Protestos de junho de 2013: movimento contra o aumento das
tarifas do transporte público ganhou força após forte repressão policial
(©Greenpeace/Alexande Cappi)
O Greenpeace Brasil gostaria de prestar suas condolências à família, amigos e colegas do cinegrafista da rede Bandeirantes, Santiago Andrade, por sua triste perda. Santiago foi vítima de um artefato explosivo que atingiu sua cabeça durante a cobertura dos protestos contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro.
Esta tragédia soma-se a uma espiral de violência iniciada com a dura repressão das forças policiais às manifestações de junho de 2013 e que levou outras pessoas à morte, como a gari Cleonice de Moraes, de Belém, devido aos efeitos do gás lacrimogêneo (para citar um único caso). Sem contar as graves agressões, como a do fotógrafo Sérgio Andrade Silva, que perdeu a visão devido a uma bala de borracha, ou do estudante Fabrício Proteus Nunes, baleado por policiais em São Paulo.
Como uma organização fundada sob o princípio da não-violência, o Greenpeace reafirma seu apoio ao direito da população de expressar nas ruas seus anseios por mudanças e condena qualquer tentativa de criminalizar movimentos sociais. Tirar da cartola leis mais duras do que as que já existem, e que mais aproximariam o Brasil de países em que a população só tem o direito de concordar com o governo, não é o que vai fazer os protestos cessarem. É essencial ao Estado estar preparado para lidar com manifestantes e manifestações dentro da perspectiva da interlocução democrática e da não-violência.
A falência dos serviços públicos, o abismo social, a Justiça que funciona mais para uns que para outros, a sensação de impotência diante de um modelo de participação política que não aprendeu a dialogar com sua população. Tudo isso vem gestando um clima de insatisfação real no país e de exaltação dos ânimos, o que requer uma tarefa de mediação política, não policial.
Sabemos que os problemas reais que motivam os cidadãos a irem às ruas são resultado de séculos de descaso com os direitos da população, e que, portanto, precisam de atenção urgente. Mas o diálogo precisa ser estabelecido e o primeiro passo cabe, neste momento, às autoridades. Os governos federal e estaduais precisam assumir imediatamente suas responsabilidades em adotar o caminho da paz e radicalizar a participação democrática. Os métodos atuais de se fazer política já estão esgotados. Essa é a voz das ruas e parece que nossa míope classe política insiste em não querer escutar.
O Greenpeace Brasil gostaria de prestar suas condolências à família, amigos e colegas do cinegrafista da rede Bandeirantes, Santiago Andrade, por sua triste perda. Santiago foi vítima de um artefato explosivo que atingiu sua cabeça durante a cobertura dos protestos contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro.
Esta tragédia soma-se a uma espiral de violência iniciada com a dura repressão das forças policiais às manifestações de junho de 2013 e que levou outras pessoas à morte, como a gari Cleonice de Moraes, de Belém, devido aos efeitos do gás lacrimogêneo (para citar um único caso). Sem contar as graves agressões, como a do fotógrafo Sérgio Andrade Silva, que perdeu a visão devido a uma bala de borracha, ou do estudante Fabrício Proteus Nunes, baleado por policiais em São Paulo.
Como uma organização fundada sob o princípio da não-violência, o Greenpeace reafirma seu apoio ao direito da população de expressar nas ruas seus anseios por mudanças e condena qualquer tentativa de criminalizar movimentos sociais. Tirar da cartola leis mais duras do que as que já existem, e que mais aproximariam o Brasil de países em que a população só tem o direito de concordar com o governo, não é o que vai fazer os protestos cessarem. É essencial ao Estado estar preparado para lidar com manifestantes e manifestações dentro da perspectiva da interlocução democrática e da não-violência.
A falência dos serviços públicos, o abismo social, a Justiça que funciona mais para uns que para outros, a sensação de impotência diante de um modelo de participação política que não aprendeu a dialogar com sua população. Tudo isso vem gestando um clima de insatisfação real no país e de exaltação dos ânimos, o que requer uma tarefa de mediação política, não policial.
Sabemos que os problemas reais que motivam os cidadãos a irem às ruas são resultado de séculos de descaso com os direitos da população, e que, portanto, precisam de atenção urgente. Mas o diálogo precisa ser estabelecido e o primeiro passo cabe, neste momento, às autoridades. Os governos federal e estaduais precisam assumir imediatamente suas responsabilidades em adotar o caminho da paz e radicalizar a participação democrática. Os métodos atuais de se fazer política já estão esgotados. Essa é a voz das ruas e parece que nossa míope classe política insiste em não querer escutar.
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