Petição “Petróleo na Amazônia Não” pressiona o presidente Lula e o governo federal para que se comprometam a frear o avanço do petróleo na região
Diante da crescente pressão em defesa da abertura de novas fronteiras de petróleo na costa amazônica, o Greenpeace Brasil lança, nesta terça-feira (24), um abaixo-assinado para pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo federal a declarar a Amazônia como uma zona livre de petróleo, impedindo o avanço da atividade na região.
Lula tem colocado o Brasil como liderança climática e amazônica, no entanto, esse protagonismo está ameaçado pela aposta na expansão do petróleo em áreas sensíveis, como a Bacia da Foz do Amazonas.
A proteção da Amazônia é um compromisso assumido pela gestão federal. Apoiar projetos com alto potencial de impacto socioambiental na região é uma contradição que pode fazer com que o país fracasse em se consolidar como potência ambiental e climática em nível global.
Além das ameaças à biodiversidade a aos povos da floresta, priorizar o petróleo é continuar a investir em um modelo que agrava a crise climática e eventos extremos como a seca severa que atinge a Amazônia hoje.
Diante do processo de descarbonização da economia global, estamos falando não só de um erro socioambiental e climático, mas também de um possível equívoco econômico considerando a perspectiva de declínio da demanda mundial de petróleo.
A postura pode, inclusive, fragilizar o papel assumido pelo presidente Lula de cobrar os países mais ricos, que mais contribuem para a crise climática, e até mesmo afastar oportunidades de financiamento climático.
“Estamos chamando o presidente Lula e o governo federal para um posicionamento compatível com o desafio climático que o mundo enfrenta hoje, e para que transformem discursos em ações reais”, reitera Enrico Marone, porta-voz da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil.
“Para fortalecer o protagonismo do Brasil no combate à crise climática, reduzir o desmatamento não basta: é preciso impedir o avanço do petróleo na Amazônia, que conta com áreas sensíveis como a Bacia da Foz do Amazonas, região que abriga extensas faixas de manguezais e o Grande Sistema de Recifes do Amazonas, uma biodiversidade única que deve ser protegida”, ressalta o oceanógrafo.
Atualmente na Amazônia brasileira existem 451 blocos, marítimos e terrestres, nas categorias “em estudo”, “oferta” e “concessão”, o que nos dá a dimensão do tamanho da ameaça aos povos, à floresta e aos rios e mares da costa amazônica.
O petróleo é nosso passado. É hora de investir em uma transição energética justa de verdade! Precisamos de um modelo de desenvolvimento que respeite os limites da natureza, os direitos dos povos e que conte com o comprometimento de diversos setores do Estado – incluindo a própria Petrobras, com uma transformação gradual e efetiva de seu portfólio para que se torne 100% renovável.
Para garantirmos um futuro, para o Brasil e para o planeta, precisamos deixar o petróleo para trás e defender a Amazônia para além do discurso.
Nos ajude a pressionar o presidente Lula e o governo federal para que declarem a Amazônia como zona livre de petróleo. Podemos contar com você? Assine e compartilhe com seus contatos!
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