por Greenpeace Brasil
Escritórios do Greenpeace em pelo menos 15 países realizaram atividades no Dia de Ação Global pela Amazônia. Somos muitos pela defesa da floresta!
O Dia de Ação Global pela Amazônia movimentou as redes sociais e os escritórios do Greenpeace pelo mundo neste sábado (5). Durante todo o dia, que foi escolhido por ser o Dia Internacional da Amazônia, voluntários e ativistas realizaram ações em pontos conhecidos de seus países e muitas vozes se uniram também online para exigir que governos e empresas se comprometam com a proteção da maior floresta tropical do mundo.
Enquanto nas últimas semanas a floresta arde em chamas, muitos têm se unido em sua defesa. No dia 27 de agosto, ativistas e voluntários do Greenpeace França realizaram mobilizações em cerca de vinte cidades do país, incluindo Paris, para denunciar a inação do governo francês diante da destruição da floresta. Para os manifestantes, o governo francês deve fazer mais para evitar a entrada de produtos originados no desmatamento, além de fazer frente à política antiambiental do Brasil.
No dia seguinte (28), jovens do movimento Fridays For Future (Greve Pelo Clima) ao redor do mundo realizaram três dias de tuitaço em defesa da Amazônia e a ativista Greta Thunberg bateu um papo com Sônia Guajajara sobre as ameaças à floresta e aos povos indígenas.
Ao longo dessa semana, o Greenpeace Espanha levou a fumaça das queimadas para a frente da Embaixada do Brasil em Madrid, para enviar uma mensagem ao presidente do Brasil: “Bolsonaro, não há futuro sem Amazônia”.
Na Alemanha, ativistas fizeram uma projeção na fachada do Ministério das Relações Exteriores em Berlim, alertando o governo alemão a recuar da decisão de aprovar o Acordo entre Mercosul e União Europeia neste semestre, pois ele pode promover ainda mais desmatamento na Amazônia. Voluntários alemães também foram às ruas em diversas cidades ontem, com intervenções criativas em apoio à proteção da floresta.
O dia também foi intenso na Itália, onde voluntários levaram às ruas a conscientização sobre o impacto do consumo de carne sobre a Amazônia – a maior parte das áreas recém desmatadas na floresta são ocupadas por gado.
Os escritórios do Canadá, EUA, Croácia, Colômbia, Chile, Eslovênia, Argentina e Reino Unidos também se uniram ao Dia de Ação Global em seus canais oficiais.
Música e diversão em nome da Amazônia
Em uma parceria do Greenpeace com as produtoras Flake e Flow, músicos do Brasil, Noruega e Estados Unidos uniram diferentes sonoridades no festival Amazon Alarm
, que rolou ao longo de toda a tarde de sábado, com transmissões ao vivo.
Durante o evento foram arrecadadas doações para ajudar o trabalho da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), que vem mobilizando esforços, materiais e recursos para apoiar os povos indígenas no enfrentamento da Covid-19 e também dos impactos das queimadas.
Mas essa não foi a única forma de apoiar a causa. No Brasil, as atrizes Priscila Sol e Daniela Escobar deram voz à Amazônia, em um vídeo que mostra a mágica e as ameaças à floresta e ao nosso próprio futuro, afinal, estamos todos conectados e a Amazônia é fundamental para combater a crise climática.
O TikTok
também serviu de plataforma para se manifestar pela floresta. Por lá, a atriz Giovanna Lancellotti e o Greenpeace convidaram os tiktokers a participar do desafio da Amazônia, contando o que desejam para o futuro da nossa grande floresta.
A Amazônia precisa de nós e nós precisamos dela
O desmatamento é a principal fonte de emissão de gases do efeito estufa do Brasil e a destruição florestal só cresce. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, foram detectados alertas de desmatamento em 9205 km² da Amazônia, o equivalente a 1,1 milhão de campos de futebol, segundo o Deter. Isso representa um aumento de 34%, em relação ao ano passado, que já teve desmatamento recorde.
Além de fundamental por sua biodiversidade, a floresta é uma peça chave na distribuição de umidade pelo continente – as árvores da Amazônia lançam mais de 200 mil metros cúbicos de água por segundo para a atmosfera – e também na luta contra a crise climática.
Pesquisas apontam que se o desmatamento continuar a subir e atingir entre 20-25%, partes da Amazônia podem nunca mais se recuperar e podemos perder para sempre os serviços ecossistêmicos que ela nos fornece. Hoje já desmatamos 17% do bioma e 20% da amazônia brasileira, e a situação tem se agravado rapidamente desde o início do governo Bolsonaro, que vem promovendo um desmonte completo de todas as políticas ambientais construídas no país ao longo de mais de uma década.
Como o dia cheio de atividades demonstrou, é juntos que lutamos pela Amazônia. Enquanto a proteção da floresta e de seus povos seguir sob risco, é somando as nossas vozes e de cada vez mais gente que vamos enfrentar as ameaças e chamar à responsabilidade quem precisa agir para mudar a situação. Hoje, defender a floresta é defender a vida e o nosso futuro.
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