Sunday, March 31, 2019

A destruição da Amazônia tem que acabar. Faça parte deste movimento!

por Eduardo Meireles

Não é exagero quando falamos da importância do Brasil para o mundo. Cerca de 20% das espécies de animais vivem aqui, somos o país mais biodiverso e abrigamos a maior floresta tropical do mundo também, a Amazônia – cuja guarda partilhamos com Colômbia, Guiana Francesa, Bolívia, Suriname, Peru, Venezuela e Equador, cobrindo em torno de 5,5 milhões de quilômetros quadrados.
Trecho de desmatamento na Amazônia.
Quando falamos em floresta Amazônica, a palavra-chave é diversidade. Em adição às grandes áreas de florestas, ela possui uma flora e fauna, com cerca de 30 mil espécies de plantas e 30 milhões de espécies animais. Além de ser um dos ecossistemas mais ricos existentes, abriga cerca de 20% dos recursos hídricos de todo o planeta, influenciando diretamente no equilíbrio climático da Terra.
Temos muitos motivos para defender nossas florestas e sua rica biodiversidade contra o aquecimento global, certo? Nenhum governo ou empresa tem o direito de explorar e destruir nosso patrimônio verde. Ano passado nós tivemos muitas atividades e conquistas, aqui no Greenpeace e em 2019 teremos muito mais desafios. Mas vamos comemorar as nossas vitórias. Você se lembra delas?
  • Corais da Amazônia: o ano começou com a segunda expedição dos Corais e com o navio Esperanza em Belém, aberto para visitação, dando continuidade à mobilização nacional pelo recife dos Corais da Amazônia. E para fechar o ano com chave de ouro, conquistamos mais uma vitória com o Não do Ibama para a Total, que teve a licença negada para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
  • Florestas: Denunciamos fraudes de madeira em áreas de manejo e participamos de vistorias em campo As denúncias e as pesquisas resultaram em relatórios e documentos fundamentais para que pudéssemos exigir ação dos órgãos competentes pela  defesa das florestas e seus povos.
  • Agrotóxicos: com a campanha #ChegadeAgrotóxicos mobilizamos milhares de pessoas, fomos porta-vozes contra os agrotóxicos e com instituições parceiras, conquistamos a aprovação da Pnara – Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. Neste ano, lançamos também o relatório Segure a Linha, que apresenta uma vasta pesquisa sobre os impactos do agronegócio no Matopiba, região do cerrado que abrange o Maranhão, o Tocantins, o Piauí e a Bahia.
  • Antártida: a imensa mobilização que resultou na assinatura de mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo a favor da criação de um Santuário na Antártida, infelizmente não  foi suficiente. Alguns países com interesses na pesca comercial impediram a criação do Santuário. Mas não desistiremos! Com seu apoio e de milhares de doadores do Greenpeace no Brasil e no mundo, vamos dar continuidade à luta para a preservação do Oceano Antártico e a criação do Santuário.
Uma coisa é certa, não podemos parar! Por isso, pedimos a sua ajuda para sempre podermos fazer mais pelo meio ambiente e lutarmos juntos contra a ganância daqueles que visam apenas lucros e não se importam com o futuro do planeta e das próximas gerações.
É tempo de cobrar do nosso governo ações que protejam a floresta e sua rica biodiversidade. A destruição do nosso meio ambiente tem que acabar. Faça parte deste movimento!

sobre o(a) autor(a)

Coordenador de Fundraising Digital. Ativista. Vegano por amor e respeito ao meio ambiente e aos animais.

Tuesday, March 26, 2019

Combate a madeira ilegal tem importante vitória na Holanda

por Greenpeace Brasil

Após ação movida pelo Greenpeace contra a autoridade de fiscalização do País, justiça determina que órgão deve punir infratores
Em 2017, o Greenpeace acompanhou equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em uma série de vistorias a Planos de Manejo Florestal Sustentáveis (PMFS), no oeste do Pará.
Depois de uma batalha legal que durou quase 5 anos, o tribunal holandês decidiu que a Autoridade Holandesa de Segurança de Produtos Alimentícios e Consumidores (NVWA) deve punir com rigor seis empresas importadoras de madeira amazônica que comercializam madeira ilegal brasileira, com documentação fraudada.
A denúncia que deu origem à ação faz parte do relatório “Crise Silenciosa na Amazônia – – Licença para lavar madeira: Garantida, lançado pelo Greenpeace em 2014. O caso foi levado às autoridades holandesas pela primeira vez em maio de 2014. Na época, o Greenpeace solicitou à NVWA que tomasse medidas contra as empresas denunciadas, mas nada foi feito.
Estas importadoras não vinham cumprindo todas as etapas de controle exigidos pela lei europeia que regula do comércio de madeira no bloco econômico (EUTR) e, por considerar que a NVWA vinha negligenciando o fato, o Greenpeace Holanda entrou com uma ação na justiça para exigir a penalização.
Em julho de 2017, o Tribunal de Amsterdã decidiu que o Greenpeace tinha o direito de solicitar uma ação de execução, mas mesmo após esse julgamento, a NVWA se recusou a impor penalidades. Não desistimos e entramos com nova ação e finalmente, na semana passada (15), a justiça decidiu a nosso favor. A NVWA é agora obrigada a punir as seis empresas, impondo multas e outras penalizações.
“É triste que a Holanda precise de um tribunal para cumprir as suas obrigações com o bloco Europeu, principalmente sobre uma questão tão importante como a preservação da floresta amazônica”, comenta Hilde Stroot, ativista de florestas do Greenpeace Holanda.
No Brasil, O Ministério Público Federal (MPF), tem movido com frequência Ações Civis Públicas (ACPs) contra indústrias madeireiras a partir de denúncias tanto dos órgãos de fiscalização, como o Ibama e a Polícia Federal, como da sociedade civil. Por aqui, o Greenpeace tem apresentado sistematicamente denúncias ao MPF sobre fraudes no licenciamento de planos de manejo florestal comercialização de madeira esquentada por uso de créditos falsos nos sistemas de controle (Sisflora e DOF).
Madeira ilegal vendida pela Pampa foi importada por empresa Holandesa.
A madeireira Madasa também foi flagrada pelo relatório do Greenpeace contaminando a cadeia de custódia holandesa.
A Pampa Madeiras, localizada em Belém (PA), uma das empresas denunciadas no documento lançado em 2014,  foi condenada no mês passado pela Justiça brasileira e terá que pagar R$1 milhão em multas por danos materiais e coletivos por fraudar o sistema de controle de madeira. Eles foram um dos fornecedores que vendiam madeira ilegal para os importadores holandeses punidos na Europa.
Em outro caso recente, a Madesa, de Santarém (PA), também foi condenada pela justiça e será obrigada a recuperar uma área degradada, por ter explorado madeira ilegalmente em terras públicas. Esta empresa também foi denunciada pelo Greenpeace em 2014 e fazia negócios com uma das empresas holandesas.
O Regulamento de Madeira da União Europeia (EUTR) foi estabelecido em 2013 para combater o comércio global de madeira ilegal e ainda carece de uma aplicação efetiva. Sua importância torna-se ainda maior agora, dentro do novo contexto político no Brasil, que dá menos prioridade à proteção da floresta tropical e seus habitantes. O mercado externo não pode fechar os olhos para tanta destruição e violência e observar que os extremos das cadeias de custódia vem sofrendo ações da justiça nos seus países de origem, tanto por exportar ou importar madeira ilegal da Amazônia, é uma sinalização fundamental de que este crime não será tolerado.
EUTR reconhece fragilidade do sistema brasileiro e aperta o cerco
No início de março deste ano a EUTR publicou sua conclusão sobre as denúncias levantadas pelo Greenpeace no ano passado, pelo relatório “Árvores Imaginárias, destruição Real”, onde reconhece que os volumes de Ipê comercializados não condizem com a realidade, o que pode indicar fraude nos processos de licenciamento de planos de manejo, como afirmou o estudo do Greenpeace.
Classificando a madeira brasileira como de alto risco, a autoridade europeia passa a exigir agora que as empresas importadoras realizem vistorias em campo para assegurar a legalidade e conformidade da madeira. Os papéis oficiais emitidos pelo Brasil, reconhecidamente frágeis e cheios de fraudes, não serão mais aceitos como única prova de legalidade e a EUTR recomenda que, na impossibilidade de fazer a verificação em campo, as empresas devem “abster-se de colocar a madeira no mercado da UE”.
“São pequenas vitórias que fazem a diferença quando o assunto é fechar a porta para produtos que promovem o desmatamento e a violência de forma tão brutal na Amazônia”, afirma Rômulo Batista, da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil.

Credibilidade jogada na lama

por Mariana Campos

Falta de transparência no licenciamento e fiscalização de barragens faz aumentar medo de pessoas que vivem próximas a empreendimentos minerários como o de Brumadinho
Barragem desativada na comunidade de Casa Branca, em Brumadinho.
Barragem desativada na comunidade de Casa Branca, em Brumadinho, provoca medo na população do entorno. © Nilmar Lage/ Greenpeace
Dois meses se passaram desde o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixando mais de 300 pessoas mortas. Dois meses em que a população de Minas Gerais convive com o medo de que outras barragens se rompam a qualquer momento.
A tragédia em Brumadinho nos mostra que a forma como as barragens de mineração vêm sendo licenciadas e fiscalizadas é extremamente frágil e equivocada no país, fazendo aumentar a desconfiança e o medo das populações que vivem próximas a esses empreendimentos.
A professora e ambientalista Vera Baumfeld é uma das pessoas que se sentem ameaçadas. Moradora de Brumadinho, ela tem participado desde o ano passado das discussões sobre licenciamento e fiscalização das barragens no estado, e atesta: há um acordo de cavalheiros entre os políticos locais e as mineradoras, impedindo a participação da sociedade no processo e garantindo a manutenção de um sistema assassino, pouco preocupado com a segurança da população.  
Como membro do Movimento Águas e Serras de Casa Branca, Vera participou ativamente dos capítulos que precederam o fatídico 25 de janeiro de 2019, na tentativa de evitar o pior — sem sucesso. Mesmo com diversos grupos alertando para os riscos, o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a pedido da Vale, aprovou em dezembro licença para que as minas Córrego do Feijão e Jangada, estruturas vizinhas, tivessem sua capacidade produtiva ampliada. Além disso, a classificação de risco do empreendimento foi rebaixada de 6 para 4 e o licenciamento foi autorizado em uma só fase, quando o correto é que seja realizado em três fases. “Nos vimos absolutamente oprimidos pelas mineradoras que atuam aqui”, ela diz.
A professora Vera Baumfeld, moradora de Brumadinho, no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça
A professora Vera Baumfeld, moradora de Brumadinho: “É possível não ter esse passivo, esse rejeito para nós? Sim, mas isso custa um pouco mais caro, diminui o lucro da empresa, e eles não querem”. © Nilmar Lage/ Greenpeace
Vera conta que, em uma das audiências na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, foi dito que a barragem de Córrego do Feijão romperia cedo ou tarde. “Não é uma questão assim, ‘pode ser que’. Pela forma como são feitas, o resultado é que, em algum momento, as barragens de rejeito irão romper”, ela diz. “A tristeza é saber que a gente pode estar prestes a enfrentar tudo isso de novo. A gente sente que a sociedade civil não tem voz, não tem vez. Nós falamos, escrevemos, pedimos, gritamos e não fomos ouvidos”.
Para piorar a vida da população de Brumadinho, a mineradora MGB vem tentando reativar a Mina Casa Branca, também situada na zona de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, entre Brumadinho, Nova Lima e Belo Horizonte. O parque garante 40% do abastecimento hídrico da capital mineira e é refúgio de vida silvestre de muitas espécies ameaçadas do Cerrado. Se as duas barragens dessa mina romperem, Casa Branca, a comunidade que mais recebe turistas na região, será totalmente consumida, e a bacia do Rio Paraopeba será novamente afetada, com a lama invadindo os ribeirões Casa Branca e Catarina.
O comerciante Wander Alves, morador de Casa Branca, também está preocupado com essas barragens. “Meu medo é de ser atingido também, pego de surpresa. A lama que descer vai pegar nossos dois córregos, que é a parte mais baixa da nossa comunidade. É onde tenho meu comércio. Assim como pegaram gente almoçando em Córrego do Feijão, pode pegar pessoas se divertindo, turistas dentro do meu estabelecimento”.
Wander Alves na frente da Barragem da Mina Casa Branca.
Wander Alves, comerciante de Casa Branca, teme uma nova tragédia em Brumadinho. © Nilmar Lage/ Greenpeace
Lucro acima de tudo
Após o rompimento da barragem da Vale em Mariana, em 2015, a sociedade civil se mobilizou e apresentou o projeto de iniciativa popular Mar de Lama Nunca Mais (PL nº 5.316/2018), que prevê o descomissionamento (fechamento) de barragens de forma segura para a população do entorno. As organizações locais batalharam junto a deputados para que o projeto fosse aprovado. “A  gente vem trabalhando muito para que o fechamento de minas seja feito responsavelmente, ou seja, para que a gente não fique com uma barragem de rejeitos sobre nossas cabeças”, ela conta. “Mas nos deparamos com o engavetamento e desconstrução desse projeto por parte de alguns deputados, que parece que trabalham para as mineradoras de uma forma irresponsável”.
Embora evidências provem o contrário, a Vale segue afirmando que não havia nada de errado com a barragem de Córrego do Feijão, e manipula as informações para que o que aconteceu seja entendido como um “acidente”. Ao lavar suas mãos para esse crime, prova que o lucro vem em primeiro lugar. Agindo assim, como podemos confiar que outras barragens não tirarão mais vidas?
“A Vale é uma empresa poderosa, emprega um número de pessoas muito grande. Gera recursos, trabalho, emprego e renda, mas ao mesmo tempo destrói o meio ambiente, traz um passivo horroroso, termina com os lugares de moradia e deixa as cidades sem alternativa de sobrevivência quando vai embora”, lamenta Vera. “O lucro vai embora e a gente fica com os buracos, as barragens, a dor e a lama”.
Wander concorda: “Valeu tirar o minério daqui? Será que vale a pena fazer esse estrago todo?  Eu acho que não vale não.”
Participando do abaixo-assinado: https://act.gp/2SU3Eip
#ParemAVale

sobre o(a) autor(a)

Jornalista do Greenpeace Brasil em Brasília. Colabora na campanha contra agrotóxicos, é vegana e gosta de andar descalça na floresta. Começou a abraçar árvores ainda criança e não parou mais.

Monday, March 25, 2019

Nestlé: Slay the Plastic Monster you created

by Mirjam Kopp

When the Rainbow Warrior recently explored the waters around the Verde Islands in the Philippines, one of the world’s most pristine marine environments, we found even its smallest inhabitants impacted by plastic.
Plastic Waste in Verde Island, Philippines. © Noel Guevara / Greenpeace
A crab trapped inside a discarded Zagu milktea cup in Verde Island Passage, the epicenter of global marine biodiversity, in Batangas City, the Philippines. © Noel Guevara / Greenpeace
For anyone who is familiar with Southeast Asia, plastic pollution seems to be everywhere, but the problem actually began somewhere else— it started in the boardrooms of the top multinational companies, when they decided to dump products packaged in single-use, non-recyclable plastic in places where there is no infrastructure to manage them. Simply put, these companies created a #PlasticMonster.
That’s why we’re going to ship this plastic monster back to where it was created. As part of the global #BreakFreeFromPlastic movement, we are demanding corporations take concrete, bold action to stop producing throwaway plastic.
Plastic Waste Dump in Dumaguete, Philippines. © Greenpeace
A discarded pack of Nescafe from Nestle is seen on a pile of trash at a dumpsite in Dumaguete City, Philippines. © Greenpeace
Nestlé and Unilever were named as the top plastic polluters in the Philippines, based on a series of waste audits done there by the Global Alliance for Incinerator Alternatives (GAIA).
This past weekend, Greenpeace activists and volunteers paid a visit to Unilever. We danced our way to the headquarters in Rotterdam, Netherlands, and delivered a huge plastic monster.
Plastic Monster
Our oceans and communities all over the world are being devastated by plastic pollution. It’s time companies like Unilever take responsibility for the #PlasticMonster they’ve created! Share the video and tell Unilever to #BreakFreeFromPlastic!
Posted by Greenpeace International on Friday, March 22, 2019
Now we want Nestlé to get the message too: you created a plastic monster, and it’s about time you take responsibility for it.
Onboard the Greenpeace ship Beluga, we’re traveling down Europe’s Rhine River, through the Netherlands, Germany, and France, and carrying the plastic monster with us to send a message to Nestlé that they can’t ignore: it’s time to stop polluting our world with single-use plastic.
Nestlé has finally acknowledged that recycling alone won’t solve this crisis. But they are not moving with the urgency and scale needed to tackle plastic pollution and reduce throwaway packaging.
Plastic Waste Dump in Dumaguete, Philippines. © Greenpeace
An elderly female waste picker carries a basket full of trash at a dumpsite in Dumaguete City, Philippines. © Greenpeace
Nestlé uses 1.7 million tonnes of plastic annually. In the past five years, the company’s use of plastic in its packaging portfolio has increased by 5%. A whopping 98% of Nestlé’s products are sold in single-use packaging, and Nestlé is third in the list of top plastic polluters globally, according to global brand audits of plastic pollution.
We need Nestlé to walk the talk: start phasing out single-use plastics across its supply chain and, crucially, invest in new delivery systems of refill and reuse. Simply shifting the problem from one throwaway material to another is not a solution.
Nestlé, it’s time to take responsibility for the plastic monster you’ve created. It’s time to go beyond vague statements and small-scale trials and show real leadership.
Mirjam Kopp is the Global Project Lead for the plastics campaign at Greenpeace Switzerland

Saturday, March 23, 2019

Three ways coal is depleting the world’s water resources

by Gan Yiwei

Last year, the city of Cape Town narrowly averted day zero – the day the city’s water taps would run dry. Many of the city’s four million residents patiently joined lines to receive their water ration, as the city desperately worked to restrict water usage in the weeks leading up to day zero.
Locals Collect Water at Brewery Spring in Newlands, Cape Town © Kevin Sawyer / Greenpeace
Locals collect water at Brewery Spring in Rondebosch, Newlands, Cape Town. © Kevin Sawyer / Greenpeace
While for some Capetonians, water rationing was something to adjust to, many residents and communities around the world have already been living day zero. Worldwide, half a billion people experience severe water scarcity 365 days out of the year.
There are many reasons for the global water crisis, and coal is one of them. In addition to polluting the air we breathe, it contaminates groundwater, pollutes streams and rivers, and is the single-biggest driver behind climate change.

From mining to combustion, coal depletes water resources at nearly every step of the process. Its devastating impact is visible worldwide.

1. Toxic water

Coal mining, washing and burning all release toxic chemicals and heavy metals into the environment, by the truckload. For every tonne of coal mined, between 1 and 2.5 cubic meters of groundwater is made unusable.

A Greenpeace investigation found that almost half of the rivers in Indonesia’s South Kalimantan province are at risk from coal mining activities. These activities include open-cast mines, which can cause permanent damage to rivers and aquifers.
Coal Mining Site in South Kalimantan © Yudhi Mahatma / Greenpeace
Two Greenpeace investigators by a toxic settling pond used by the coal industry in Asam-asam Coal Mine in South Kalimantan, Indonesia. © Yudhi Mahatma / Greenpeace
Even after coal mines are closed, they continue to be a source of acidic runoff, often tainted with toxic heavy metals like cadmium and cobalt. The acidity kills fish and other wildlife, and heavy metals from runoff accumulate in the bodies of animals that drink the water.

In addition, hazardous coal ash can coat crops in toxic chemicals, leach into groundwater and streams, and be transported hundreds of kilometers by strong winds. At some sites, wastewater from coal-fired power plants remains poorly treated, pouring a dangerous mix of carcinogens into the environment.

2. Less water for farming

A 500 MW coal-fired power plant with once-through cooling uses enough water to drain an Olympic swimming pool every three minutes. This is water that could instead be used for agriculture, drinking, and cooking.  

During a severe drought in northeast India, millions of cubic meters of water that could have gone to crop irrigation and drinking water were instead diverted to coal-fired power plants.

A Greenpeace report revealed that India’s government continued to build coal-fired power plants in areas facing water stress, worsening the crisis.

Likewise in coal-rich northern China, massive coal bases are sucking up precious water resources, and nearby residents have reported wells running dry.

In 2013, residents living near one coal-to-chemical project said that it was no longer possible to grow crops in the area due to sinking water levels.

“All the trees around here have already died. The grasslands have turned into deserts, and the dunes are expanding.”

Dead Young Pine Trees in Inner Mongolia © Qiu Bo / Greenpeace
Hand planted pine trees that surround the Shenhua Coal-to-Liquid Project facility have died due to lack of water. © Qiu Bo / Greenpeace

3. Worsening droughts

Coal is the single-biggest driver of climate change and was responsible for 40% of global fossil CO2 emissions in 2017.
While Australia has always experienced droughts, climate change is making them worse, and coal has a lot to do with this too.

In 2018, Australia experienced one of the worst droughts in its history. A quarter of the continent was drought declared in the second half of the year and rainfall levels in many areas dropped to record lows. In early 2019, following the extended drought, a stretch of river dried up, killing a million fish.

As the driest continent on Earth apart from Antarctica, Australia is extremely vulnerable to increasing droughts and bushfires, yet the coal industry drains over a hundred billion litres of water per year.
Open Cut Coal Mine in Australia © Dean Sewell / Greenpeace
Pumps operating to remove water from a flooded Collinsville open cut coal mine. © Dean Sewell / Greenpeace

But there is a solution.

The good news is that clean energy sources like solar and wind require very little water, and are increasingly cheaper than coal.
Source: https://www.greenpeace.org.cn/co-benefits-of-wind-and-solar-power-in-china-report/
Source: https://www.greenpeace.org.cn/co-benefits-of-wind-and-solar-power-in-china-report/
Wind and solar installations in water-stressed areas of northwest China have taken off in recent years. By 2015, wind and solar capacity had displaced 570 million m3 of water consumption in China, equivalent to the basic water consumption of 31.6 million people.
Wind Farm and Solar Power Plant In Ilocos Norte © Veejay Villafranca / Greenpeace
The Energy Development Corporation in Burgos town started investing in solar farms, incorporating it with their wind turbines. © Veejay Villafranca / Greenpeace
On a global scale, the problem is not whether there is enough water. It is about how water resources are managed and whether they are equitably distributed. There are many alternatives to fossil fuels, but for humans, there is no alternative to water.

For more information, visit the Greenpeace coal water map.
Gan Yiwei is a Global Coal Water Campaigner at Greenpeace East Asia

Friday, March 22, 2019

Three questions EXXON doesn’t want you to ask

by Sebastian Mang

In response to a petition from Food & Water Europe, ExxonMobil is at the center of yet another inquiry into its role in promoting climate change denial. This time in Brussels, the seat of the European Union. And the consequences for the company are getting real.
On 21 March, two European Parliament committees held a joint hearing into climate change denial and invited Exxon CEO, Darren Woods, to participate. But he refused to show up or send someone else on the company’s behalf.
Action at Exxon Mobil HQ in the US © Robert Visser / Greenpeace
Greenpeace activists who have chained themself to a Greenpeace vehicle and to the entrance of the Exxon Mobil Headquarters are being observed by a couple of policemen and -women. © Robert Visser / Greenpeace
By not attending the hearing, Exxon lobbyists may end up being banned from the European Parliament. But Exxon’s attempt to avoid public questioning is no surprise. It did the same thing when the Commission on Human Rights of the Philippines requested Exxon and 46 other companies to be part of an inquiry about climate-related human rights abuses.
And let’s not forget Exxon is also facing an investigation by the Massachusetts Attorney General, and an ever-growing number of climate cost recovery lawsuits being filed in the US by cities, counties, states, and even a private fishermen’s association.
Recent research shows Exxon has spent over €35 million since 2010 in lobbying EU institutions to delay and weaken essential climate action. But the company’s influence doesn’t end there, Exxon can also rely on a number of major trade associations to lobby on its behalf.
Exxon shouldn’t get away with climate denial. Join us in tweeting @ExxonMobil one of these 3 simple questions:
  1. Should @ExxonMobil be banned from lobbying the European Parliament for refusing to show up at the climate denial hearing? #ExxonKnew #ExxonKnewEU
In 2017, Monsanto (now a Bayer subsidiary) refused to attend an EU Parliament hearing on allegations of regulatory interference for the continued use of glyphosate, a key ingredient in the company’s profitable RoundUp weedkiller. European parliamentarians removed the company’s privileges to lobby based on rules that allow for revocation of parliament access for companies ignoring summons.
Green European parliamentarian Molly Scott-Cato is pushing to apply these same rules to Exxon. It’s time to protect European policy-making and ban lobbying by fossil fuel companies – just as the World Health Organisation did with public health officials and the tobacco lobby.
  1. When did @ExxonMobil know about climate risks, and what did the company do about it? #ExxonKnew #ExxonKnewEU
The oil industry, including Exxon, has known for well over 50 years that burning fossil fuels would lead to climate change. In fact, ExxonMobil (then Humble Oil) led some of the world’s earliest scientific research into climate change, with findings that acknowledged the link between fossil fuels and atmospheric carbon dioxide as early as 1957.
Instead of raising the alarm, fossil fuel companies spent millions to deceive the public and policymakers as part of a massive scheme to delay actions that could reduce demand for their products.
  1. Will @ExxonMobil finally take responsibility for the costs of climate change and adapt its business model to prevent the worst impacts? #ExxonKnew #ExxonKnewEU
Governments lost more than a generation worth of time to act on climate change because of the fossil fuel industry’s efforts to delay action. Now communities must adapt to protect people, especially those most vulnerable. And the fossil fuel industry’s lies are hurting us all.
While Exxon is finally communicating climate change poses risks, words alone are not enough. Fossil fuel companies must demonstrate that business models match their stated positions. There is evidence that, if unchecked, the current plans of fossil fuel producers could contribute to overshooting the temperature rise limits set out in the Paris climate agreement, causing a severe environmental breakdown.
Climate denial is not an option and those who disingenuously promote it need to be accountable. People and communities are using the law to push back on governments and corporations, to lead the way towards sustainable economies.
Make a difference. Don’t let @ExxonMobil get away with climate denial. Ask the company any of these questions by tagging @ExxonMobil on Twitter.

Sebastian Mang is the Greenpeace European Unit climate and energy policy advisor

Sem Florestas, Sem Água, Sem Clima e Sem Comida!

por Greenpeace Brasil

Os Guardiões da Floresta estão na linha de frente da proteção da Amazônia e, mais do que nunca, precisam do nosso apoio
Estamos no meio de duas datas importantes, mas que passam quase despercebidas: hoje (21) é o Dia Internacional das Florestas e amanhã é o Dia Mundial da Água. Você pode estar se perguntando: “e o que eu tenho a ver com isso?!” Bem… na real, tudo!
De modo geral, nossas sociedades se afastaram tanto da natureza que parece que nosso bem-estar é vinculado, acima de tudo, ao nosso poder de compra e consumo. Se conseguimos pagar nossas contas e satisfazer alguns sonhos e desejos, “as coisas estão indo bem”.
Mas a garantia da qualidade de vida de cada um de nós depende de uma teia de relações muito mais profundas. Na natureza, tudo está interconectado, e nós fazemos parte desta trama.  Segue a linha:
1 – Cada árvore da Amazônia tem capacidade de jogar na atmosfera de 300 a 1 mil litros de água, que são retiradas do solo;
2 – Isso quer dizer que a Amazônia transpira, diariamente, 20 trilhões de toneladas de vapor de água para a atmosfera – volume superior à vazão do Rio Amazonas (que é de 17 bilhões de metros cúbicos por dia). Ou seja, as árvores geram 10 vezes mais vapor de água para atmosfera que o Rio Amazonas;
3 – Toda essa umidade forma os “rios voadores” que são levados, com o vento, para outras regiões do país, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água;
4 – A Amazônia em pé é uma das maiores usinas naturais de captação de carbono: ela estoca mais de 155.555 gigatoneladas (Gt) de CO2eq, impedindo que esses gases alcancem a atmosfera. Portanto, tem um papel fundamental no equilíbrio climático de todo o planeta;
5 – Quando a floresta é derrubada, todos esses gases são liberados, agravando impactos das mudanças climáticas, que já estão sendo sentidos, como as secas severas prolongadas e as temperaturas extremas. Isso significa dizer que zerar o desmatamento é uma das medidas mais urgentes que devemos tomar;
6 – Ou seja, a água que chega em nossas torneiras e a comida de nossos pratos estão intimamente ligadas à existência das florestas. O desmatamento da Amazônia coloca em risco as coisas mais simples e essenciais da nossa vida.
Mesmo assim, a Amazônia continua sendo drasticamente destruída. Atualmente, uma área equivalente a dois campos de futebol é desmatada a cada minuto.
É trágico reconhecer que a Amazônia está sendo destruída rapidamente para encher o bolso de poucas pessoas.
Povos Indígenas, os Guardiões da Floresta
Muitos povos indígenas afirmam que são a própria natureza, não há distinção. Eles são os maiores protetores das florestas © Rogerio Assis / Greenpeace
Por outro lado, tem muita gente que arrisca suas vidas diariamente para proteger as florestas. Na Amazônia brasileira, 180 povos indígenas estão, há séculos, na linha de frente desta resistência, que não sai nos jornais.
Estudos científicos, baseados em dados de satélites, comprovam que as terras indígenas são as áreas que mais bloqueiam o desmatamento e, claro, as suas graves consequências.
Ao lado dos povos indígenas estão moradores de comunidades tradicionais, como ribeirinhos, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco e outras populações que vivem do agroextrativismo.
No entanto, decisões tomadas nos gabinetes políticos têm reflexos diretos pra quem vive da terra. Nos últimos anos, iniciativas da bancada ruralista no Congresso Nacional aliadas a promessas e ações do novo governo brasileiro têm estimulado um aumento do desmatamento, das invasões em terras indígenas e áreas de proteção ambiental e da violência contra os povos indígenas e as comunidades tradicionais.
Basicamente, por defenderem a Amazônia, seus rios, suas matas e toda a sua pulsante teia de relações e de vida, estes Guardiões das Florestas estão sendo crescentemente criminalizados e têm sofrido diversos tipos de violência e violações a seus direitos. Eles e a Amazônia nunca estiveram tão ameaçados!
Não podemos deixar que esta realidade se agrave ainda mais. Agora é o momento de protegermos os protetores: Sem Guardiões, Sem Floresta!
Participe do abaixo-assinado agora. Não temos tempo a perder!

Wednesday, March 20, 2019

Nos EUA, lideranças denunciam ataque aos povos indígenas

por Greenpeace Brasil

Durante a visita de Bolsonaro aos Estados Unidos, lideranças brasileiras alertam para o desmonte da política indígena
Resista Banner in front of the White House in Washington D.C. © Tim Aubry / Greenpeace
Em frente à Casa Branca, ativistas cobram proteção às florestas e aos direitos indígenas © Tim Aubry / Greenpeace
Na semana em que o presidente Jair Bolsonaro faz sua primeira visita oficial aos Estados Unidos e se reúne com Donald Trump, lideranças denunciam o “ataque brutal” que o novo governo brasileiro, assim como o norte-americano, tem promovido contra os direitos indígenas.
Em artigo publicado no jornal Washington Post, Joênia Wapichana, primeira mulher indígena eleita como deputada federal, escreve: “Entre os muitos paralelos entre suas administrações, Bolsonaro e Trump estão tomando medidas extremas para tirar os direitos duramente conquistados pelos povos indígenas em benefício das indústrias extrativas e do agronegócio. Estas políticas apresentam ameaças às nossas comunidades, à integridade dos ecossistemas e à estabilidade do clima”.
À voz de Joênia, soma-se a da também líder indígena Sônia Guajajara, da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), que em entrevista publicada pelo The New York Times, também nesta semana, declarou: “Em apenas 50 dias de governo Bolsonaro houve um retrocesso de 30 anos dos nossos progressos. Estamos tendo que lutar para manter tudo que temos construído desde então”.
Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro vem enfraquecendo os órgãos e as políticas de proteção do meio ambiente e dos povos indígenas. Entre outros retrocessos, o novo governo já defendeu a exploração de terras indígenas para mineração, a redução da fiscalização ambiental, o afrouxamento das regras de licenciamento ambiental e a redução da atuação de ONGs em defesa da floresta.
“O objetivo parece claro: abrir áreas protegidas, especialmente na Amazônia, para a extração de minérios e expansão do agronegócio. São terras da União, de todos os brasileiros, e que podem ser entregues a empresas estrangeiras”, afirma Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.
Vale lembrar que no início deste mês, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou, diante de uma plateia de investidores e executivos de mineradoras no Canadá, que o país planeja permitir a atividade de mineração em Terras Indígenas e em zonas de fronteira.
Além de essenciais para a sobrevivência dos povos tradicionais, as Terras Indígenas são fundamentais para a preservação da biodiversidade, rios e solo. Entre 2004 e 2014, o desmatamento na Amazônia foi reduzido em 80%, devido principalmente à criação de áreas protegidas e a ações de controle e repressão ao crime coordenadas pelo Ibama – o que comprova que as áreas protegidas desempenham um papel determinante na contenção do desmatamento e das mudanças climáticas.

Tuesday, March 19, 2019

Our favourite photos from the student climate strike

by Sudhanshu Malhotra

On Friday the 15th of March 1.5 million school students took to the streets in 123 countries out of fear for their future, love of our planet and anger at our leaders’ failure to act.  
They are asking policy-makers and business leaders: are you as smart as we are? 
Here are the images that moved us most:

 School students who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change. © Christian Åslund / Greenpeace
School students who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change. © Christian Åslund / Greenpeace

Fridays for Future Student Demonstration in Washington DC. © Livia Ferguson / Greenpeace
Student activists join the international movement and strike to show the climate crisis is the most important issue humanity faces. Strikes took place across the US and in more than 40 countries around the globe. © Livia Ferguson / Greenpeace

SYDNEY, AUSTRALIA - MARCH 15: Protesters during a Climate Change Awareness March on March 15, 2019 outside Sydney Town Hall, Australia. The protests are part of a global climate strike, urging politicians to take urgent action on climate change. James Gourley/Getty Images
SYDNEY, AUSTRALIA – MARCH 15: Protesters during a Climate Change Awareness March on March 15, 2019, outside Sydney Town Hall, Australia. The protests are part of a global climate strike, urging politicians to take urgent action on climate change. James Gourley/Getty Images

Swedish climate activist Greta Thunberg at the demonstration. The Fridays for Future is an international movement of school students who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change. © Christian Åslund / Greenpeace
Swedish climate activist Greta Thunberg at the demonstration. The Fridays for Future is an international movement of school students who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change. © Christian Åslund / Greenpeace

Fridays for Future Student Demonstration in Bangkok. © Biel Calderon / Greenpeace
Students in Bangkok strike and demonstrate to support the School strike for the climate movement, also known as Fridays for Future, Youth for Climate and Youth Strike 4 Climate. Students demand politicians to act urgently in order to prevent further global warming and climate change. © Biel Calderon / Greenpeace

Fridays for Future Student Demonstration in Bangkok. © Biel Calderon / Greenpeace
Students in Bangkok strike and demonstrate to support the School strike for the climate movement, also known as Fridays for Future, Youth for Climate and Youth Strike 4 Climate. Students demand politicians to act urgently in order to prevent further global warming and climate change. © Biel Calderon / Greenpeace

Fridays for Future Student Demonstration in Italy. © Massimo Guidi / Greenpeace
Rome’s school student go on strike and take to the streets to protest about climate change. © Massimo Guidi / Greenpeace

Fridays for Future Student Demonstration in Italy. © Massimo Guidi / Greenpeace
Rome’s school student go on strike and take to the streets to protest about climate change. © Massimo Guidi / Greenpeace

School students in Hong Kong who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change.
School students in Hong Kong who are deciding not to attend classes and instead take part in demonstrations to demand action to prevent further global warming and climate change.

PARIS, FRANCE - MARCH 16: A protester holds a sign reading "Game over" as he takes part in the "March of The Century" (La Marche du Siecle) to demand answers to climate change on March 16, 2019 in Paris, France. Several thousand people demonstrated in Paris to denounce the government's inaction on climate. Chesnot/Getty Images
PARIS, FRANCE – MARCH 16: A protester holds a sign reading “Game over” as he takes part in the “March of The Century” (La Marche du Siecle) to demand answers to climate change on March 16, 2019, in Paris, France. Several thousand people demonstrated in Paris to denounce the government’s inaction on climate. © Chesnot/Getty Images

TOKYO, JAPAN - MARCH 15: Participants hold signs and shout slogans during the Fridays for Future march on March 15, 2019 in Tokyo, Japan. Students around the world took to the streets on March 15 to protest a lack of climate awareness and demand that elected officials take action on climate change. Inspired by Greta Thunberg, the 16-year-old environmental activist who started skipping school since August 2018 to protest outside Sweden's parliament, school and university students worldwide have followed her lead and shared her alarm and anger. Takashi Aoyama/Getty Images
TOKYO, JAPAN – MARCH 15: Participants hold signs and shout slogans during the Fridays for Future march on March 15, 2019, in Tokyo, Japan. Students around the world took to the streets on March 15 to protest a lack of climate awareness and demand that elected officials take action on climate change. Inspired by Greta Thunberg, the 16-year-old environmental activist who started skipping school since August 2018 to protest outside Sweden’s parliament, school and university students worldwide have followed her lead and shared her alarm and anger. © Takashi Aoyama/Getty Images

Fridays for Future Student Demonstration in Washington DC. © Livia Ferguson / Greenpeace

#ChegaDeAgrotóxicos completa dois anos

por Greenpeace Brasil

Ao invés de continuar intoxicando nossa comida, novo governo precisa ouvir a população brasileira, que diz “chega de veneno!”
Plataforma online Chega De Agrotóxicos
Participe do abaixo-assinado! © Christian Braga/ Greenpeace
Já imaginou mais de um milhão de pessoas mobilizadas pela defesa da produção de alimentos sem veneno no país? Essa é uma conquista da plataforma #ChegaDeAgrotóxicos, que acabou de completar dois anos no último fim-de-semana e já conta com mais de 1,5 milhão de assinaturas! A mobilização da sociedade para garantir o direito de todos os brasileiros a uma alimentação sem agrotóxicos continua sendo peça-chave para superar o cenário tóxico em que vivemos. Até o momento, em pouco mais dois meses, a ministra da Agricultura Tereza Cristina já concedeu registro a 86 produtos, quantidade significativamente maior que as liberações nos anos anteriores, para o mesmo período.
Os números são alarmantes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os agrotóxicos causam 200 mil mortes por intoxicação por ano. É por isso que, desde 17 de março de 2017, uma parceria entre o Greenpeace e outras organizações, como a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos, Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Fiocruz, Slow Food e Aliança pela Alimentação Saudável e Adequada, tem seguido na linha de frente em defesa de uma política nacional que prioriza a transição para uma agricultura menos tóxica. Confira abaixo o que aconteceu de mais relevante durante esse período.
A porta-voz do Greenpeace Marina Lacôrte discursa em Brasília, mostrando os perigos de se colocar ainda mais veneno em nossa comida
A porta-voz do Greenpeace Marina Lacôrte discursa em Brasília, mostrando os perigos de se colocar ainda mais veneno em nossa comida © Julia Mente/ Greenpeace
Mobilização contra o Pacote do Veneno
No primeiro semestre de 2018, a sociedade se mobilizou contra o Pacote do Veneno (PL nº 6.299/2002), projeto de lei que pretende colocar ainda mais agrotóxicos no prato dos brasileiros, incluindo alguns comprovadamente cancerígenos. Em maio, duas sessões para tentar votar o PL na Câmara chegaram a ser canceladas, por conta da enorme pressão popular. Uma enquete no site da Câmara na época mostrou que mais de 90% dos participantes não querem o Pacote do Veneno. Infelizmente, em 25 de junho, os ruralistas, liderados pela então deputada Tereza Cristina (DEM-MS), atualmente ministra da Agricultura, conseguiram aprovar, a portas fechadas, o texto do PL com 18 votos a favor e 9 contra. Agora, precisamos continuar pressionando para que o projeto seja rejeitado em plenário e para que a nova ministra pare de nos enfiar goela abaixo o Pacote do Veneno repartido em “pílulas”, como tem feito desde o início de 2019.
PNaRA
Ao mesmo tempo em que a bancada ruralista virava as costas para a população e tentava aprovar o Pacote do Veneno, a sociedade brasileira se organizava pela democratização do acesso à alimentação de qualidade e da garantia da saúde tanto de quem produz quanto de quem consome. A Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA – PL nº 6.670/2016) foi apresentada como projeto de lei ainda em 2016 e desde então tem sido nossa grande esperança para uma agricultura mais sustentável e saudável no país. Em maio de 2018, foi criada uma Comissão Especial para analisar a PNaRA na Câmara dos Deputados, seguida por diversas audiências públicas, seminários e atos em defesa dessa política e da comida de verdade. Na reta final do ano legislativo de 2018, uma importante vitória: o texto da PNaRA foi finalmente aprovado pela Comissão Especial. Em 2019, seguiremos na luta para que ela seja aprovada no plenário da Câmara.
Apoio de organizações e representantes da sociedade civil
A chef de cozinha Paola Carosella é nossa aliada na luta contra os agrotóxicos
A chef de cozinha Paola Carosella é nossa aliada na luta contra os agrotóxicos © Julia Mente/ Greenpeace
O apoio de instituições e representantes da sociedade civil foi essencial durante esses dois anos da campanha #ChegaDeAgrotóxicos. Mais de 320 organizações que trabalham com temas relacionados à alimentação, saúde e meio ambiente, como ONU, Anvisa, Ibama, Instituto Nacional do Câncer e Fiocruz, emitiram posicionamentos e notas técnicas contestando o Pacote do Veneno. Chefs de cozinha como Bela Gil, Paola Carosella e Bel Coelho e artistas como Gisele Bündchen e Caco Ciocler apoiaram a causa.
“Já está muito claro que a sociedade brasileira não quer mais comer comida com agrotóxicos, mas a bancada ruralista insiste em legislar em causa própria. Continuaremos lutando para que a PNaRA seja aprovada em 2019, porque só uma agricultura sem veneno garantirá a saúde de quem produz e de quem consome e o bem-estar do planeta”, diz Marina Lacôrte, da campanha de Alimentação e Agricultura do Greenpeace.
Dois anos se passaram desde que reunimos em uma única plataforma esse grande grito em defesa da vida das pessoas e do meio ambiente. Os próximos capítulos desta história não serão fáceis, e é por isso que precisamos de mais e mais pessoas abraçando essa causa. Afinal, alimento saudável deve ser um direito de todos e não um privilégio de poucos. Chega de Agrotóxicos!

Sunday, March 17, 2019

Failed Economics

by Rex Weyler

“The rich get richer, and the poor get poorer,” is an ancient maxim that dates back thousands of years. In our era, we must add: “And wild nature gets trampled.”
 Deforestation for palm oil Indonesia © Ulet Ifansasti / Greenpeace
A recently cleared forest in West Kalimantan, Indonesia. © Ulet Ifansasti / Greenpeace
At the end of 2018, Credit Suisse published its updated report on global wealth. Forty-two-million millionaires and billionaires comprise the richest 0.5% of the world’s population. That translates to 0.8% of adults in the report, possessing 44.8% of the world’s economic wealth. A decade ago, researchers commonly reported that the wealthy 15% of humanity owned 85% of the resources. Today, 6.2% (9.5% of adults) now claim 85% of the wealth. The rich got richer.
The super-elites, the 2,208 billionaires — those who attend Global Economic Summits, own banks, buy off governments, pollute with impunity, and hold political influence in virtually every nation in the world — comprise not the “1%” but only 28-millionths of a percent of the human population. According to Forbes magazine, the average billionaire makes about $635 million dollars every year, $12 million per week, even when they’re on holiday.
For these people, neo-classical economic theory works just fine, but only if one ignores the human and ecological costs: poverty, squalor, homelessness, migrations, biodiversity loss, global heating, disappearing forests, toxic land and water, and rising, acidic oceans. Capitalism is designed to benefit those who have capital, the wealthy. For most of humanity, modern neo-classical economics erodes well being. For the ecosystem at large, neo-classical economics serves as a rationalisation for plunder.
A Prize for Ecological Ignorance
Last year, international economists awarded their colleague, William Nordhaus, the “Nobel Memorial Prize in Economics.” This is not a genuine Nobel prize, but rather an award sponsored by Sveriges Riksbank “in Memory of Alfred Nobel.”
In the 1970s and 80s, Nordhaus played a key role in dismissing the now-confirmed, “Limits to Growth” study. In a 1991 paper, “To slow or not to slow,” Nordhaus argued that although economic growth increases carbon emissions, nations should not sacrifice growth to combat climate change. He discouraged carbon emissions reduction because, in his estimation, global heating just doesn’t hurt the world’s economy that much. “Don’t let anyone distract you from the work at hand,” Nordhaus told his students, upon winning the prize, “which is economic growth.”
Climate scientists and ecologists have blamed Nordhaus for rationalising the failure of governments to take urgent climate action. Some fellow economists — Nicholas Stern at the London School of Economics; Martin Weitzman, at the US National Bureau of Economic Research; and others — have disputed Nordhaus’ assumptions, calculations, and conclusions. In February, at the Scottish Economics Conference in Glasgow, Steve Keen, Head of the Economics, History and Politics School at Kingston University in London, explained errors and omissions in Nordhaus’ theories, which lead to what Keen calls his “absurd” conclusions about climate action.
Nordhaus and other economists choose, arbitrarily, to discount the future. If we valued future generations equally to ourselves, we would assume a discount rate of zero. Nordhaus prefers to discount the future at 6% annually, which presumes that communities twelve years from now have less than half the value of a community today. A community or individual 70 years from now has only 1% of our value. The high discount rate allows Nordhaus and colleagues to argue that the economic cost of reducing emissions today is too high compared to the “low” benefit of protecting people in the future. No wonder the youth are in rebellion.
© Nicolas Maeterlinck / AFP / Getty
Students in Brussels go on strike for the climate. © Nicolas Maeterlinck / AFP / Getty
Furthermore, neo-classical economic theory discounts the poor, since they don’t add much to economic growth. For example, Nordhaus dismisses the global heating threat to agriculture, forestry, and fishing because these enterprises contribute only about 4% of global GDP. Should food production decline, starvation in poor nations will hardly impact global GDP. Furthermore, these economists discount the entire biosphere — insects, birds, whales, forests, rivers, and dying coral reefs. The thousands of species that go extinct each year due to human activity don’t matter since they were not, allegedly, adding anything to human economics or well-being. This suite of discounts bolsters the Nordhaus argument that slowing carbon emissions is not important.
In a 1992 paper, Nordhaus feigned to take the 1972 Limits to Growth study seriously, while shrewdly mocking the study, referring to its acceptance by the “popular imagination” and by “the anti-growth school … of pessimism,” wherein people “fretted” over trivialities such as “climates overheated by greenhouse gases.”  Meanwhile, he implied that sophisticated economists, such as himself, understood that “an efficiently managed economy need not fear … resource exhaustion,” nuclear meltdowns, or global heating.
By insisting on linear, simplified economic models, dismissing biophysical limits as trivial, status quo economists ignore the way dynamic living systems actually function. Biological growth in living ecological system necessarily encounters complex interactions, resource depletion, population limits, waste recycling, feedbacks, and system-changing tipping points. All of this remains virtually absent in Nordhaus and most of modern economics.
Nordhaus admits that his analysis relies on “oversimplifications” of “climatic complexities,” but claims that “oversimplifications are necessary … allowing greater transparency.” What he means here by “transparency,” is that he can substitute easily understood mathematical formulae for genuine ecological complexity. This is convenient, but not necessarily accurate. The map is not the territory.
The Damage Function
According to Keen, one of classic economists’ biggest blind-spots is that their theories “leave out energy.” Keen adds that this is “an enormous error … a huge hole in economic theory.” Energy transformation appears as a central, key process within every biophysical system. Since human society is a subsystem within Earth’s ecological system, Human economics must acknowledge the roll of energy. Keen explains that neo-classical economics retains “a labour and capital theory of production. Production without energy?” asks Keen. “Absurd.”
This failure to correctly account for energy transformations leads to what systems-theory economists believe is Nordhaus’ central error regarding climate change: The so-called “Nordhaus Damage Function,” a mathematical construction that allegedly accounts for future damages from climate change.
In his 2017 paper, just prior to his “Nobel Memorial” prize, Nordhaus claimed — based on his Damage Function — that a 3°C change in average Earth temperature would only reduce global GDP by 2.1%, and that a soaring 6°C change would only slow GDP by 8.5%. Nordhaus considers these economic losses acceptable, concluding that climate action is unnecessary. For this, he won his profession’s highest honour.
Drought in Maharashtra, India © Subrata Biswas / Greenpeace
Drought in Maharashtra, India © Subrata Biswas / Greenpeace
According to Keen, this “takes the cake for stupid assumptions by economists.”  Keen claims that the Nordhaus quadratic function of temperature change is “nonsense” because it does not include any factors for sharp thresholds, tipping points, or non-monetary social or biological impacts. Nordhaus and his supporters, says Keen, are “playing with your future.”
To understand how absurd the Nordhaus Damage Function is, consider two scenarios. First, imagine that Earth got colder and froze. According the Nordhaus Damage Function, this would cause a 40% loss in economic activity. Really? Sixty percent of human economic activity could continue on a frozen Earth?
Secondly, assume Earth warmed up to the 6°C that Nordhaus assumes is acceptable with an 8.5% loss in global economy. The last time Earth heated up by that magnitude, during the Permian age, 235-million years ago, the warming took millions of years, and led to the largest extinction event of all time, during which 95% of Earth’s species went extinct. The last time Earth sustained an average temperature 6°C higher than today, no humans existed on Earth.
Real ecosystems remain complex and non-linear. Consider that a 1°C rise in average ocean temperature can produce a 4-6°C increase in shallow coastal zones, killing off seagrass, the food and shelter source for small fish, thus depriving larger fish of food and creating anoxic dead zones. None of this would be captured in Nordhaus’ prize-winning mathematical function.
We know that dangerous feedbacks from global heating have already appeared after a 1°C temperature increase, including methane releases, forest die-off, wildfires, and Earth’s reflective index due to melting ice. A 6°C increase would likely push us into a hothouse Earth scenario.
According to the Global CCS Institute, a research lab for carbon emissions abatement, “there is no economic or scientific basis,” for the Nordhaus Damage Function.  Peter Howard and Thomas Sterner, in a study for the Agricultural & Applied Economics Association, found that Nordhaus’ “damage function significantly under-estimates climate damages by a factor of two to three.” They are probably being conservative. In a 2014 paper in Nature, Richard Revesz and colleagues report that that some academics believe the uncertainties of climate tipping points “render the estimate useless.” They point out that “climate-economic models need to be extended to a wider range of social and economic impacts.”
The risks from unmanaged climate change,” wrote Nicholas Stern in the  Journal of Economic Literature, are “potentially immense.” He noted that “the scientific models, because they omit key factors … substantially underestimate these risks [and] come close to excluding the possibility of catastrophic outcomes.”
By ignoring biological and physical patterns of nature, Keen believes economics has become “inconsistent, unscientific and empirically unsupported.” He claims that “neoclassical economics is a degenerative research program, not generating new knowledge but growing a belt of protective auxiliary hypotheses to shield its core beliefs from critique.”
“Neoliberal economics is ecologically and behaviorally ignorant,” laments Dr. William Rees, developer of ecological footprint analysis. “It is a social construction utterly devoid of useful reference to the structure, function, behaviour or time-relevant properties of the  biophysical and social systems with which the actual economy interacts in the real world.” 
Modern neoliberal economics serves only billionaires and bankers. The rest of humanity and all of wild nature get crushed under its simplistic, rationalising theories.

Resources and Links:
“Global Wealth Report, 2018,” Credit Suisse, December, 2018.
“Profit Maximization, Industry Structure, and Competition: A critique of neoclassical theory,Steve Keen & Russel Standish, J. Physica A 370, 81–85, 2006.
Debunking Economics: The Naked Emperor of the Social Sciences,” Steve Keen, Pluto Press Australia, 2001.
“Damages Function Estimates,”  Global CCS Institute.
“What is the ‘Damages Function’ for Global Warming and what difference might it make?” Martin L. Weitzman, Department of Economics, Harvard University, 2010, World Scientific.
“Loaded DICE: Refining the Meta-analysis Approach to Calibrating Climate Damage Functions,” Peter H. Howard, New York University School of Law; Thomas Sterner, University of Gothenburg; Agricultural & Applied Economics Association, 2014
“As Bad as it Gets: How Climate Damage Functions Affect Growth and the Social Cost of Carbon,” Lucas Bretschger, Aimilia Pattakou, Environmental and Resource Economics, January 2019, Volume 72, Issue 1.
“Global warming: improve economic models of climate change,” Revesz R.L. et al. Nature, 508:173–175, 2014.
“The structure of economic modelling of the potential impacts of climate change: grafting gross underestimation of risk onto already narrow science models,” Nicholas Stern, Journal of Economic Literature, 2013.
“How sensitive is Nordhaus to Weitzman? Climate policy in DICE with an alternative damage function,” W.J.Wouter Botzena, Jeroen C.J.M.van den Bergh, Economics Letters, V.117, Issue 1, October 2012,
“GHG targets as insurance against catastrophic climate damages,” Martin Weitzman, National Bureau of Economic Research, Cambridge, Journal of Public Economic Theory, Volume14, Issue2, 2012.
“Global warming is unstoppable while capitalism blocks prevention,” Ed Finn
Rabble.ca, February 1, 2019.
“Are we on the road to civilisation collapse?” Luke Kemp, BBC, 19 February 2019.
“The Structure of Economic Modelling of the Potential Impacts of Climate Change: Grafting Gross Underestimation of Risk onto Already Narrow Science Models.” Nicholas Stern, Journal of Economic Literature, v.1, n.3, 2013.
William Rees on neoliberal economics: Via personal email.

about the author

Rex Weyler was a director of the original Greenpeace Foundation, the editor of the organisation's first newsletter, and a co-founder of Greenpeace International in 1979. Rex's column reflects on the roots of activism, environmentalism, and Greenpeace's past, present, and future. The opinions here are his own. Follow him on Twitter or visit his personal website.