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Thursday, June 28, 2012
Após Rio +20, fazendeiros ameaçam Xavante
Há 20 anos esperando que invasores sejam retirados de seu território, os índios Xavante foram à Rio +20 para cobrar a promessa feita pelo governo. Durante a conferência, 12 guerreiros da Terra Indígena Marãiwatsédé, do Mato Grosso, fizeram um ato a bordo do navio do Greenpeace, participaram da Marcha dos Povos e conseguiram entregar sua reivindicação nas mãos do governo. O ministro Gilberto Carvalho, braço-direito de Dilma Rousseff, e a presidente da Funai, Marta Azevedo, receberam a carta-denúncia e prometeram agir.
Quem agiu primeiro, porém, foram os fazendeiros que, há anos, ocupam a Marãiwatsédé. Ao retornar para suas terras, os Xavante se depararam com uma série manifestações e ameaças pelo caminho. Segundo matéria do Repórter Brasil, desde o último sábado, a terra indígena “está ocupada por manifestantes que bloquearam o acesso à cidade de São Félix do Araguaia. Eles cavaram uma trincheira na estrada e queimaram pontes em outras vias de acesso à região em ato desesperado diante da sua iminente desintrusão”.
De acordo com fontes locais, não há efetivo suficiente do governo federal para garantir a segurança dos cerca de 900 Xavante de Marãiwatsédé que se protegem em sua aldeia. As manifestações se desencadearam com o retorno dos indígenas da Rio +20. Mas também na esteira da sentença que saiu em 18 de maio deste ano, quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou a retirada imediata dos invasores de Marãiwatsédé.
Saiba mais sobre a história dos Xavante de Marãiwatsedé aqui.Fonte;Greenpeace
Tuesday, June 26, 2012
Suba a Bordo do Rainbow Warrior em Santos
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Monday, June 25, 2012
Velejando na orla carioca
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Wednesday, June 20, 2012
“Marãiwatsédé é dos Xavante!”
A bordo do Rainbow Warrior, índios Xavante do Mato Grosso fazem ato para lembrar promessa não cumprida na ECO-92 para desocupação de suas terras
O cacique Damião Paridzané, durante ato no navio do Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Paiva Na tarde desta terça-feira, 19, o Rainbow Warrior se transformou em palco para a manifestação de índios Xavante. Um grupo de índios realizou um ato no navio para lembrar promessa feita há duas décadas: durante a Eco 92, uma empresa italiana, que tinha comprado um latifúndio dentro do território indígena, prometeu, por pressão internacional, devolver a área a seus legítimos donos. Hoje, a já homologada Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso, continua tomada por fazendeiros.
“O Brasil está brincando com os povos indígenas. Nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Não podemos esperar mais 20 anos”, disse o cacique Damião Paridzané. Durante o ato, o grupo apoiou a campanha do Desmatamento Zero. A atriz Alexia Dechamps também estava presente para apoiar a causa.
“O que está acontecendo na Terra Indígena Marãiwatsédé não é exceção, é regra na Amazônia”, observa Tatiana de Carvalho, que coordena a campanha do Desmatamento Zero do Greenpeace. “Os Xavantes hoje vivem encurralados em uma área rodeada por devastação, o que tem um impacto direto no seu modo de vida. Os indios precisam da floresta para sobreviver.”
Desde a década de 1960, quando foram retirados à força de seu território, abrindo espaço para a invasão de latifundiários, os Xavante enfrentam uma série de conflitos e dificuldades. Daquela época em diante, cerca de 90% da terra foi desmatada – ela é considerada uma das mais destruídas da Amazônia.
“Enquanto na conferência oficial da ONU, as florestas ficaram de fora da discussão, na Amazônia o desmatamento continua. A lei do Desmatamento Zero é uma resposta da sociedade ao descaso de nossos governantes”, finaliza TatianaFonte;Greenpeace
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Tuesday, June 19, 2012
Horizonte Renovável no Rio de Janeiro
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Ao vivo: o potencial das energias renováveis
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Os efeitos do pré-sal
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O povo quer desmatamento zero
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Greenpeace é recebido de braços abertos no Rio
O final de semana teve um gostinho de quero mais: 5 mil pessoas visitaram o navio Rainbow Warrior no Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Durante as 12 horas de abertura do navio, a população lotou o cais, recebendo com sorrisos e muita alegria o mais novo navio da organização.
Os motivos do interesse do público são muitos: em plena Rio+20, visitar o navio que perpetua e narra a história da organização é oportunidade que, sem dúvida não pode ser perdida. Isso, sem contar as inúmeras visitas à tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, onde os visitantes conheceram a oficina solar e uma exposição de fotos que conta os 20 anos de Greenpeace no Brasil e suas campanhas.Fonte;Greenpeace
Ao vivo: riscos ambientais do pré-sal
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Monday, June 18, 2012
Ao vivo: riscos ambientais do pré-sal
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Sunday, June 17, 2012
Posição preliminar sobre a Rio+20
Greenpeace considera documento das negociações preparatórias pouco ambicioso e insatisfatório para 'o futuro que queremos'
Se adotado por completo, o texto que disponibilizado pelo governo brasileiro na noite do dia 16 de junho, na Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 - condenaria o mundo a um futuro de poluição, destruição e fraude. "Não existe nenhuma ação no documento, nenhum compromisso, nada do futuro que queremos”, disse Daniel Mittler, diretor de Política do Greenpeace International.
"Resumidamente: dos 287 pontos, apenas sete começam com nós nos comprometemos. A palavra ‘voluntário’ aparece 16 vezes, enquanto ‘conforme apropriado’ – linguagem da ONU para ‘não fazer nada’ – domina o texto, com 31 menções. As estatísticas não são tudo, mas estes números mostram que os governos, em geral, estão negociando adiamentos e nenhuma ação real no Rio de Janeiro”.
"Um dos assuntos que se salvam é o compromisso com um plano de proteção dos reservas marinhas. Se os governos se comprometerem a um plano de proteção dos oceanos sera a única conquista dessa conferência”, completou Mittler.
Análise ponto a ponto
Oceanos
Estamos satisfeitos com a priorização do assunto oceanos, uma questão chave para a conferência, em um parágrafo que concorda em negociar um plano de proteção das áreas marinhas – um acordo sobre a biodiversidade em alto mar está proposto no novo texto brasileiro. Esta é uma notícia positiva e também uma oportunidade para que essa conferência ofereça algo substancial para o meio ambiente. O parágrafo tem de ser reforçado nas negociações, e um prazo para a celebração desse acordo em 2016 deve ser reinserido.
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
O texto não aborda a urgência de uma ação sobre questões fundamentais como as alterações climáticas, energia, desmatamento zero e proteção dos oceanos. Ele ainda não consegue definir os temas para as novas metas a serem acordadas. Em vez disso, ele apenas sugere que o processo seja iniciado, com um pedido de um relatório em setembro de 2013. A linguagem sobre a mobilização de recursos financeiros não é nada mais que um gesto simbólico em resposta à pressão dos países do G77 (ver Meios de Implementação).
Meios de Implementação
Em geral, o texto está enfraquecido. Não há mais qualquer referência a metas financeiras concretas (tais como os 30 bilhões estimados até 2017). O quadro de mobilização financeira exigida pelo G77 foi transformado em uma estratégia mais genérica. Uma vez que a referência a "financiamento inovador" é um passo à frente, se os governos estão seriamente empenhados em fazer alguma ação séria na conferência, eles se farão um compromisso sobre um imposto sobre transações financeiras. A criação de um processo intergovernamental de financiamento ainda está em discussão, incluindo a criação de um comitê até 2014.
Quadro Internacional para o Desenvolvimento Sustentável
O texto não apoia a criação das instituições necessárias para finalmente atingir o desenvolvimento sustentável. Ele só aspira a "construir" uma Comissão para o Desenvolvimento Sustentável desmantelada. Em vez de criar um novo corpo para o Desenvolvimento Sustentável no Rio, tudo o que temos é uma proposta para iniciar negociações sobre um novo Fórum de discussões para ser aprovado em setembro de 2013.
Não há uma proposta para atualizar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) ao status de Agência Financiadora. A proposta de financiamento extra é positiva, mesmo apesar de ser delimitada a partir do orçamento já sobrecarregado do núcleo das Nações Unidas. Isso, pelo menos, acaba com a situação do PNUMA de ter que implorar por fundos a cada ano.
Economia Verde
O texto de Economia Verde não faz sentido. O acordo da Agenda 21, de 20 anos atrás, era mais significativo do que o que está sendo proposto agora. O que temos é nada menos do que um convite para uma proposta enganosa de sustentabilidade, com países como a Coréia colocando energia nuclear como economia verde.
Florestas
O texto que fala de florestas é uma imensa vergonha. O já enfraquecido combate ao desmatamento foi eliminado das propostas.
Alimentação e Agricultura
Este texto é um insulto para os pequenos agricultores que precisam de apoio urgente para fazer a transição para uma agricultura ecologicamente sustentável. Não foi estabelecido qualquer compromisso, ou metas ou prazos. Os únicos satisfeitos com este texto serão as empresas do agronegócio que podem continuar a empurrar os seus intensivos químicos e sistemas agrícolas industriais ultrapassados goela abaixo da sociedade.
Mudanças Climáticas
O texto é simplesmente inútil: ele não faz nada além de repetir o triste estado das negociações da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Compenhagen.
Energia
Este texto foi enfraquecido. Enquanto fala em alcançar uma maior utilização de fontes de energias renováveis, não propoe metas baseadas nas "tecnologias de baixo carbono" da qual tanto se fala – um eufemismo para tecnologias perigosas e caras como a energia nuclear e o sequestro de carbono.
Subsídios aos combustíveis fósseis
Não há ação quanto a subsídios aos combustíveis fósseis, sem menção a prazos para eliminar o aquecimento global, apenas uma vaga menção a "ineficientes" subsídios aos combustíveis fósseis.
Fonte;Greenpeace
Amazônia entregue de bandeja na Rio+20
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Saturday, June 16, 2012
Vinte anos depois, marchando para trás
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Helena De Carlos faz parte da tripulação que está a bordo do novo Rainbow Warrior no Brasil. A marinheira do Greenpeace nasceu no Rio de Janeiro e, apesar de ter esquecido a língua portuguesa, tem muitas memórias sobre sua infância em Ipanema e em Copacabana.
Aos 6 anos, seus pais se mudaram para a Austrália, o país de origem de sua mãe, e levaram suas duas filhas junto. "No começo, eu me sentia estranha. Eu era mais espontânea e aberta do que as outras crianças, acho que isso sempre vai fazer parte do meu jeito brasileiro", diz Helena.
Sua história no Greenpeace começou no time de web do escritório neozelândes. Ela teve a oportunidade de embarcar em um dos navios e foi quando decidiu que queria ser marinheira e viajar o mundo assim como seus pais fizeram. Agora, a bordo do Rainbow Warrior ela teve, pela primeira vez, um reencontro emocionante com sua cidade natal.Fonte;Greenpeace
A marinheira carioca
Helena De Carlos faz parte da tripulação que está a bordo do novo Rainbow Warrior no Brasil. A marinheira do Greenpeace nasceu no Rio de Janeiro e, apesar de ter esquecido a língua portuguesa, tem muitas memórias sobre sua infância em Ipanema e em Copacabana.
Aos 6 anos, seus pais se mudaram para a Austrália, o país de origem de sua mãe, e levaram suas duas filhas junto. "No começo, eu me sentia estranha. Eu era mais espontânea e aberta do que as outras crianças, acho que isso sempre vai fazer parte do meu jeito brasileiro", diz Helena.
Sua história no Greenpeace começou no time de web do escritório neozelândes. Ela teve a oportunidade de embarcar em um dos navios e foi quando decidiu que queria ser marinheira e viajar o mundo assim como seus pais fizeram. Agora, a bordo do Rainbow Warrior ela teve, pela primeira vez, um reencontro emocionante com sua cidade natal.Fonte;Greenpeace
Agenda de atividades no Rio de Janeiro
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Desmatamento zero chega à Rio+20
Evento leva a iniciativa popular pela proteção total das florestas brasileiras para a Cúpula dos Povos e dá voz às centenas de milhares de pessoas que já assinaram a petição
Populares assinam pelo Desmatamento Zero na Cúpula dos Povos ao lado da tenda do Greenpeace Foto: ©Greenpeace/Juliana Coutinho O desmatamento zero chegou à Rio+20. Um evento realizado nesta manhã, na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos, reuniu atores da sociedade civil organizada para dar voz à iniciativa popular para proteger de vez as florestas do Brasil.
Entidades tais como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), assim como o governo do Amapá e lideranças políticas de defesa do meio ambiente prestigiaram o debate e expuseram o quão importante é o Brasil ter uma um projeto de nação que acabe com o desmate. O PV (Partido Verde) anunciou que já está nas ruas coletando assinaturas.
“A campanha é uma resposta dos brasileiros à ofensiva em Brasília que acabou com o Código Florestal. Mostra também que as pessoas querem um futuro mais verde mesmo quando seus governantes decidem puxar o freio de mão e ignorar o que o mundo de fato necessita, como parece acontecer nestes dias no Rio”, afirma Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
O projeto tem como objetivo recolher 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros para levar, ao Congresso Nacional, um projeto de lei popular, nos moldes do Ficha Limpa. Até agora, mais de 334 mil já deram seu apoio, além de políticos, artistas, organizações sociais e ambientais.
Segundo Dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Pró-Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), agora deve-se “aproveitar o momento desta campanha de coleta de assinatura para fortalecer os movimentos sociais. Estamos vivendo um refluxo: eles não estão tão fortes e combativos como tempos atrás. É hora de reerguer esta luta. Povo forte é um povo consciente e participativo.”Nos últimos 3 meses, o Rainbow Warrior também serviu de plataforma de divulgação da iniciativa do desmatamento zero e angariou parceiros por onde passou, especialmente entre aqueles que dependem da floresta para sobreviver. A cada parada na Amazônia – como em Santarém, Porto de Moz, Gurupá e Belém – sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, ONGs, grupos de extrativistas, agricultores familiares, quilombolas e lideranças indígenas deram seu suporte.
Em Macapá, o governador Carlos Camilo Capiberibe foi o primeiro a assinar a iniciativa pelo desmatamento zero. O Amapá é o Estado amazônico que tem mais florestas preservadas em seu território, e assim quer permanecer. “Seus dois senadores, João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), se opuseram às mudanças no Código Florestal, o que demonstra a preferência do Estado pela preservação.” Ambos também subscreveram a iniciativa pelo desmatamento zero.
O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, destacou que “é uma insanidade não punir quem desmata, emprega mão de obra escrava e viola os direitos humanos.” Na sua avaliação, o esforço da população brasileira para entregar 1,4 milhão de assinaturas no parlamento é algo possível.;Fonte;Greenpeace
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Sunday, June 10, 2012
Rumo ao Rio de Janeiro
Mal havíamos acabado de tomar o café da manhã ontem e o Rainbow Warrior levantou âncora e recomeçou sua viagem. Em Recife e Salvador, o Greenpeace conseguiu mostrar a todos o enorme potencial das energias renováveis no Brasil e como elas podem ser aproveitadas para fazer com que o país cresça e se desenvolva, mas sem ter que deixar rastros de destruição.
Nossa próxima parada é o Rio de Janeiro onde devemos aportar na quarta-feira. Enquanto navegamos na imensidão azul, nos preparamos para os eventos dos próximos dias, entre eles, a Cúpula dos Povos e a Conferência Rio+20 na qual, mais uma vez, discutiremos desenvolvimento sustentável. A primeira vez em que este termo foi usado foi em 1987, na Comissão das Nações Unidas para Meio Ambiente e Desenvolvimento, para dizer e garantir que desenvolvimento e preservação ambiental são compatíveis e complementares.
De lá pra cá, 25 anos se passaram, e o tema ainda continua sendo uma das maiores preocupações mundiais e uma das equações mais complicadas para os países resolverem. Nesse meio tempo, ainda tivemos a ECO-92, da qual uma série de documentos foram aprovados e na qual muitos países se comprometeram com questões como mudanças climáticas e proteção da biodiversidade.
Dito tudo isso, fica clara qual a preocupação com a Rio+20. Quais serão os compromissos que os países vão assumir para que as próximas gerações tenham acesso aos mesmos recursos naturais que temos hoje? E será que estes serão cumpridos? A sociedade civil tem importância fundamental neste debate e, junto com o Greenpeace e outras organizações, deve cobrar respostas para essas perguntas.
Enquanto a Rio+20 não chega, vocês podem dar uma espiada em algumas cenas que o nosso fotógrafo Rodrigo Paiva, que está a bordo do Rainbow Warrior, fez do dia a dia do navio e ao final da nossa estadia em Salvador.
*Marina Yamaoka está a bordo do navio Rainbow Warrior;Fonte,Greenpeace
Thursday, June 7, 2012
Dia de visita em Salvador
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Wednesday, June 6, 2012
Você conhece a história de Marãiwatsédé?
“Antiga mata bonita”. O significado da palavra Marãiwatsédé define com precisão a Terra Indígena que nomeia. No norte de Mato Grosso, na região conhecida como Vale do Araguaia, o local que abriga cerca de mil Xavantes é uma terra arrasada.
Os peixes que alimentam a população chegam de carro: com rios secos ou contaminados, os indígenas não pescam mais. Periodicamente, um veículo carregado de pesca vende o produto na aldeia. É assim também para a construção das malocas. Sem florestas ao redor – 85% do território foi desmatado –, resta aos indígenas comprar paus, cipós e palhas no comércio fora dali.
Demarcada em 1993 e homologada em 1998, a Terra Indígena Maraiwatsede é o avesso do que a lei determina para uma TI. No papel, a legislação é clara ao proibir “qualquer pessoa estranha aos grupos tribais (...), assim como atividade agropecuária ou extrativa” nessas áreas. É o que mais se vê ali.
Em 2012, as promessas para devolução do território tradicional dos Xavante de Marãiwatsédé completam duas décadas, e o povo indígena estará na Rio +20 cobrando isso do governo e da Justiça. “O Brasil está brincando com os povos indígenas. Hoje a Justiça só está trabalhando através do dinheiro. Por isso nada acontece, não tiram o posseiro, não tiram o fazendeiro. É uma vergonha. Por isso, vamos cobrar duro, vamos pressionar”, avisa o cacique Damião Paridzané.
Investigações do Greenpece feitas nos ultimos três anos dá nome aos bois: a JBS, maior frigorífico do mundo, tem comprado gado de fazendas ilegais instaladas na Marãiwatsédé. E, com isso, tem jogado carne e couro brasileiros ilegais no mercado internacional. Grandes clientes da JBS na Europa, como Adidas, Clarks, Ikea, Princess, Sainsbury’s, Asda e Tesco anunciaram hoje ter quebrado contratos.
Os indigenas de Marãiwatsédé, porém, precisam de ajuda. E para isso, o maior número de pessoas tem que começar a conhecer sua história. Nesta quarta-feira, 6, às 11h, compartilhe a palavra #Maraiwãtsédé nas redes sociais, exigindo que o o governo retire imediatamente os fazendeiros da terra indígena.
Para saber mais detalhes sobre essa história e sobre a mobilização dos Xavante de Marãiwatsédé durante a Rio + 20, clique aqui. E assista o vídeo abaixo, que mostra a devastação que grandes empresas têm financiado nesse território.Fonte;Greenpeace
Tuesday, June 5, 2012
Agora, mais do que nunca
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Chegou a vez de Salvador
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As energias do futuro
Em sua quarta versão, o [R]evolução Energética inclui um guia detalhado e prático sobre como reduzir a demanda de petróleo em 80%
Aerogeradores do Parque Eólico de Taíba em São Gonçalo do Amarante (CE). (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba)
A expansão das energias renováveis e mais eficiência energética dariam ao mundo maior independência dos combustíveis fósseis e evitariam a exploração de petróleo no pré-sal brasileiro e no frágil Ártico. Essa é a conclusão do relatório “[R]evolução Energética: uma Perspectiva Global de Energia Sustentável”, lançado pelo Greenpeace, em parceria com o EREC (Conselho Europeu de Energia Renovável) e com o GWEC (Global Wind Energy Council).
Em sua quarta versão, o documento inclui um guia detalhado e prático sobre como reduzir a demanda de petróleo em cerca de 80%, especialmente no setor de transporte.
“O caminho para reduzir a demanda de petróleo e acabar com a ameaça de perfuração no Ártico é fabricar carros muito mais eficientes e fazer uso dos sistemas de transporte elétricos alimentados por energia renovável”, disse Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace Internacional e coautor da publicação.
Veja a íntegra do [R]evolução Energética aqui [em inglês].
De acordo com o novo cenário apresentado pelo documento, as energias renováveis forneceriam 90% da eletricidade global e mais de 70% do que os meios de transporte consomem. Esta transformação não afetaria o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, garantiria custos de energia mais baixos. As emissões de carbono também seriam drasticamente diminuídas – medida essencial diante da ameaça da crise climática.
O nível de investimento global para implementar tal mudança seria de US$1,2 tri por ano até 2050, cerca de 1% do PIB anual mundial. Embora seja o dobro dos US$506 bi de investimentos necessários para explorar petróleo no mesmo período, se investirmos em energias renováveis agora, no futuro, isso representará uma economia de US$1,3 tri por ano.
"Os investimentos iniciais mais elevados serão compensados no longo prazo, tanto em termos econômicos quanto para a sociedade em geral”, disse Josche Muth, secretário-geral do Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC).
“O documento aponta como o mundo poderá reduzir as emissões de CO2 e aumentar a disponibilidade de energia mesmo desativando todas as usinas nucleares”, disse Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia do Greenpeace Brasil, que participou na revisão dos números da América Latina. “A boa notícia é que as projeções que o relatório apresenta para energias renováveis, no Brasil e no mundo, têm sido superadas pelos números reais de instalação, o que demanda sua constante atualização.”Do Ceará ao Rio Grande do Sul, do Amazonas a São Paulo, o Greenpeace registrou imagens e depoimentos sobre como as energias provenientes do Sol, dos ventos ou mesmo da biomassa já se tornaram uma realidade no país.
Leia mais sobre as novas publicações.
A publicação é o testemunho de que podemos ter energia sem que seja necessário destruir a floresta ou afetar a vida de milhares de pessoas, como acontece quando se constrói grandes hidrelétricas na Amazônia. Ou ainda, sem colocar em risco permanente os que vivem em áreas de impacto das usinas atômicas, quando a opção é por expandir a exploração da energia nuclear.
O documento acompanha um mapa que apresenta o potencial de geração destas novas fontes renováveis no Brasil. O documento mostra que, com investimentos e vontade política, as fontes de geração sustentáveis têm todas as condições de atender à demanda energética atual e futura de um país em pleno crescimento.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-potencial-escondido-no-horizonte1/http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/O-potencial-escondido-no-horizonte1/Fonte;Greenpeace
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Monday, June 4, 2012
Mais de 10 mil pessoas visitaram o Rainbow Warrior no Recife.
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Friday, June 1, 2012
Na terra do "pré-sol"
A bordo do Rainbow Warrior, Pernambuco mostra ao Brasil sua visão de crescimento sustentável com investimentos em TI e Energias Renováveis
Na terra do "pré-Sol", ativistas testam o trailler solar em Olinda (PE). O Nordeste está ensinando ao Brasil que é possível crescer com sustentabilidade. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva) Na terra do "pré-Sol", ativistas testam o trailler solar em Olinda (PE). O Nordeste está ensinando ao Brasil que é possível crescer com sustentabilidade.Fonte;Greenpeace
O potencial escondido no horizonte
Greenpeace lança o documento “Horizonte Renovável”, fruto de uma expedição por todo o Brasil para documentar o avanço das energias renováveis no país Do Ceará ao Rio Grande do Sul, do Amazonas a São Paulo, o Greenpeace registrou imagens e depoimentos sobre como as energias provenientes do Sol, dos ventos ou mesmo da biomassa já se tornaram uma realidade no país.
A publicação é o nosso testemunho de que podemos ter energia sem que seja necessário destruir a floresta ou afetar a vida de milhares de pessoas, como acontece quando se constrói grandes hidrelétricas na Amazônia. Ou ainda, sem colocar em risco permanente os que vivem em áreas de impacto das usinas atômicas, quando a opção é por expandir a exploração da energia nuclear.
O documento acompanha um mapa que apresenta o potencial de geração destas novas fontes renováveis no Brasil. O documento mostra que, com investimentos e vontade política, as fontes de geração sustentáveis têm todas as condições de atender à demanda energética atual e futura de um país em pleno crescimento.
Acesse aqui as novas publicações:
Horizonte Renovável
Aquarela Energética
“O potencial de fontes renováveis como eólica, biomassa e energia dos oceanos pode atender a mais de cinco vezes a demanda brasileira por eletricidade. E quando o assunto é energia solar, uma área de apenas 400 km2 de painéis solares seria capaz de atender à demanda atual nacional. Para efeito de comparação, esse tamanho é menos de 1% da área total do estado de Pernambuco”, diz Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Com uma orientação política clara e consciente, o Brasil tem todas as condições para se tornar a primeira grande potência energética de matriz quase 100% limpa, conforme o Greenpeace demonstrou em seu relatório [R]evolução Energética. Infelizmente, o país dá sinais de que prefere colocar esforços e investimentos em combustíveis fósseis, a despeito dos graves riscos ambientais.A exploração do pré-sal, por exemplo, vai exigir R$ 686 bilhões em investimentos entre 2011 e 2020. Essa é uma escolha que pode se revelar desastrosa do ponto de vista estratégico, justo quando a iminência de um desastre climático empurra o mundo a discutir alternativas ao petróleo.Fonte;Greenpeace
Os bastidores de uma epopeia
Davi contra Golias: o momento em que o Rainbow Warrior encosta o Clipper Hope na parede. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva) zoom
Davi contra Golias: o momento em que o Rainbow Warrior encosta o Clipper Hope na parede. (©Greenpeace/Rodrigo Paiva)
A lua ainda despontava no céu de São Luis do Maranhão, e a tripulação inteira do Rainbow Warrior já estava de pé, todo mundo pra lá e pra cá. Os farelos na mesa do refeitório denunciavam o café da manhã apressado: às 5h15 da manhã, os botes foram para a água. Os ativistas esperaram a senha: quando o sol apareceu no horizonte, grande e laranja, os três botes partiram rumo ao Porto de Itaqui.
O Rainbow Warrior foi atrás. No porto, 31 mil toneladas de ferro gusa esperavam para ser carregadas pelo navio Clipper Hope, que depois de ser bloqueado por dez dias em alto-mar, acabara de atracar no local. A carga, mostra investigação do Greenpeace, tinha mancha de desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas na Amazônia.
Em questão de minutos, o primeiro grupo de ativistas já estava no porto, em cima da imensa pilha de gusa, com a mensagem: “Amazônia vira carvão”. Tempo suficiente para o Rainbow Warrior chegar e, com seus modestos 57 metros de comprimento, encurralar contra a parede o Clipper Hope, quase três vezes seu tamanho. Sob os gritos do capitão – “Vou cortar a corda de vocês!” – outro time de ativistas tomou o navio cargueiro, acorrentando os imensos guindastes que fariam o carregamento.No porto, a coisa esquentou. Enquanto os ativistas assavam sob um sol inclemente, alguns trabalhadores se negavam a dar água para eles beberem: “Só se vocês saírem!”, chantageavam. Outros eram mais solidários: “Eu comprei a água com meu dinheiro e vou dar pra eles, sim!”. A polícia, que chegava com viaturas, ônibus e helicóptero, teve que apartar a briga entre eles.
As operações do porto foram paradas. No céu, acima do helicóptero da polícia, o avião usado pelo Greenpeace fazia imagens aéreas: foram sete horas seguidas sobrevoando em círculos. Por rádio, o Rainbow Warrior recomendou a Fernando, piloto que há dez anos sobrevoa a Amazônia conosco, que pousasse, para evitar problemas. Ele retrucou: “Estou dentro da lei. Não vou sair daqui”.
Ninguém se mexeu, aliás, até que o telefone tocasse no Rainbow Warrior. Era o vice-governador do Maranhão, Washington de Oliveira. Avisamos que só sairíamos dali com duas condições: que houvesse uma reunião com a indústria de ferro gusa e que nenhum ativista fosse detido. No fim das contas, a tripulação do Clipper Hope ainda propôs uma troca: dois blocos de ferro gusa por camisas do Greenpeace. Tratos feitos.
A reunião aconteceu dois dias depois na sede do governo, com a presença do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da indústria e de movimentos sociais do Maranhão. Num exemplo do que é democracia, nossa ação forçou governo e indústria a sentarem à mesa para tratar com seriedade um assunto que se acostumaram a ignorar diariamente.
No dia 15 de junho, a indústria promete assinar um pacto proposto pelo Greenpeace, contra desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas em sua cadeia de produção. Vai ser apenas o início de um longo processo. Vamos continuar de olho.Fonte;Greenpeace
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