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Saturday, August 20, 2016
As baleias não podem mais esperar
O Brasil lança uma grande campanha pela criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, em outubro
Divulgação MMA
Com os olhos do mundo voltados para o Brasil por conta da Olimpíada, o Ministério do Meio Ambiente lançou nesta quinta-feira (18/8) a campanha “Santuário de Baleias do Atlântico Sul: #santuarioeuapoio”, para angariar força e pressionar a Comissão Internacional Baleeira (CIB) a aprovar a criação de uma área de proteção na região, algo que nós, do Greenpeace, também defendemos e apoiamos.
A reivindicação é antiga. Desde 1998, cientistas, diplomatas e ambientalistas vêm insistindo nesta medida para proteger pelo menos 51 espécies de cetáceos que habitam essas águas, entre elas seis baleias migratórias ameaçadas de extinção. A medida, no entanto, sempre sofreu oposição de alguns países conhecidos pela caça desses animais, como Japão e Noruega.
Agora, Brasil, Uruguai, Argentina, África do Sul e Gabão, com apoio de outros países-membros da Comissão, submeteram novamente a proposta, atualizada com todas as recomendações do Comitê Cientifico da CIB, para que seja finalmente aprovada na próxima reunião da entidade, que ocorrerá de 20 a 28 de outubro em Portoroz, na Eslovênia.
Para ter ideia do quanto isso é importante, apenas no século 20 cerca de 2.9
milhões de baleias
foram caçadas no mundo. Cerca de 71% de todas essas mortes ocorreram no hemisfério sul. As baleias fin, cachalote, azul, sei, franca e minke foram, de longe, as espécies mais caçadas nos oceanos Atlântico Sul e Austral. Hoje, todas elas são consideradas ameaçadas.
Mesmo com a moratória que proibiu a caça comercial em 1985, as populações de baleias e outros cetáceos vêm diminuíndo por outras atividades humanas, como captura incidental, poluição sonora, colisão com navios, lixo marinho, emalhe e a mudança do clima. Para estimular e acompanhar a recuperação dessas populações, a criação do santuário permitirá apenas ações de conservação e pesquisa científica não extrativa e nao letal das baleias. Isso é importante para evitar a caça ilegal disfarçada de pesquisa como acontece hoje.
Para saber mais sobre esta campanha, fique ligado em nossas redes sociais e neste espaço.
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