No Dia Internacional da Vida Selvagem, vale a pena lembrar que, proteger a biodiversidade é proteger também nossa própria existência
Hoje é Dia Mundial da Vida Selvagem, uma data criada pela ONU, para conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar a biodiversidade – inclusive aquela que ainda não conhecemos. Porque, se você está vivo hoje e lendo este texto, é graças a incrível biodiversidade do planeta Terra, que permitiu que a humanidade pudesse prosperar nesta grande rocha pairando no espaço.Pois não se engane, estamos todos conectados. Do menor inseto ao maior mamífero, do fungo mais imperceptível à árvore mais majestosa, todos têm um papel importante a desempenhar no equilíbrio que mantém a vida. Por isso, este ano, o tema da comemoração será “Sustentando toda a vida na Terra”.
“Essa rica diversidade e os bilhões de anos durante os quais seus inúmeros elementos interagem são exatamente o que tornou nosso planeta habitável para todas as criaturas vivas, incluindo os humanos. Historicamente, dependemos da constante interação e interligação entre todos os elementos da biosfera para todas as nossas necessidades: o ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, a energia que usamos e os materiais de que precisamos para todos os fins”, ressalta o site oficial da ONU
.
Mas, graças à ação humana, estamos levando espécies à extinção a um ritmo alarmante. Estudos mostram que o desaparecimento da biodiversidade global vem ocorrendo mil vezes mais rápido
do que se acontecesse naturalmente e, atualmente, cerca de 1 milhão
Atualmente, quase um quarto de todas as espécies do mundo, entre animais e vegetais, correm o risco de serem extintas nas próximas décadas, e seu desaparecimento aceleraria o desaparecimento de inúmeras outras, colocando em perigo também a nossa própria existência, de acordo com a ONU.
SIM! Proteger a biodiversidade é proteger também a nossa própria vida – parece óbvio, eu sei. Mas se fosse tão óbvio não veríamos desmatadores avançando diariamente sobre a floresta, destruindo habitats importantes, plantas jamais catalogadas. Não veríamos empresas petroleiras atentando sobre ambientes submarinos únicos e insubstituíveis. Não veríamos governos inteiros incentivando a destruição, doa a quem doer.
Foi pensando nisso que o Greenpeace lançou este ano o projeto Protegendo o Desconhecido, para tratar das novas espécies e os fatores que colocam seus habitats em risco e também o Programa Tatiana de Carvalho de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade da Amazônia. Queremos que o mundo conheça a floresta e tudo o que está em jogo com sua destruição, e uma das formas de fazer isso é incentivando a ciência, a produção de pesquisa e de conhecimento.
A Amazônia, como toda a Terra, é um organismo vivo e complexo, de uma tecnologia que jamais poderemos igualar. A maior floresta tropical do mundo abriga cerca de 30 milhões de espécies animais, 2.500 espécies de árvores lenhosas e 30 mil espécies de plantas. E isso é só o que é conhecido pela ciência. Ao persistir no erro do desmatamento, estamos perdendo espécies que ainda nem conhecemos e a Amazônia se aproxima cada dia mais de um ponto de não retorno, onde a floresta pode se transformar em uma savana, levando à perda de serviços ambientais e biodiversidade. Precisamos conhecer e valorizar esta preciosidade que, por uma sorte do destino, tivemos a sorte de poder chamar de casa. NOSSA casa, pois apesar de estar sob nossa responsabilidade, este é um mega condomínio, habitado por milhares e milhares de moradores.
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