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Saturday, September 24, 2016
Vota ou não vota?
Aproveitamos o Dia Mundial Sem Carro para testar o quanto os eleitores estão atentos às propostas dos candidatos à prefeitura de São Paulo
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O público na Praça da República disse o que quer para a mobilidade urbana. Fotos: Paulo Pereira
Quando o Dia Mundial Sem Carro é celebrado a 10 dias das eleições municipais, é impossível não aproveitar essa oportunidade real de mudanças para repensar as políticas que envolvem o uso do automóvel nas cidades. Mas o quanto as propostas de campanha para a mobilidade estão sendo compreendidas e consideradas pelos eleitores? Foi o que procuramos descobrir, com o jogo “Vota ou Não Vota”.
Em parceria com o coletivo Cidade dos Sonhos, reunimos uma turma animada, entre voluntários do Greenpeace e outras organizações, e fomos nesta quinta-feira (22/9) até a Praça da República, no centro de São Paulo, para convidar as pessoas a votar ou não nas propostas que estão sendo apresentadas. Só depois de concordar ou discordar com a proposta é que o eleitor tentava descobrir qual candidato estava por trás das ideias que interferem no transporte público, nas calçadas e ciclovias, nos espaços destinados aos carros e aos corredores de ônibus, por exemplo.
O analista de sistemas André Luiz Santini, 33, tomou um susto ao saber que a intenção de descentralizar a cidade, de forma a priorizar a locomoção no próprio bairro, vem de um candidato que ele jamais pensou em votar. Ele esta entre aqueles que trocou o carro, mas no caso dele, pelo long board, um tipo de skate mais comprido, como o meio de transporte para circular pela cidade. Foi apelidado de vagalume, pois usa luvas com luzes para sinalizar aos motoristas a sua presença na pista. “Com mais gente ocupando as vias agora, temos que melhorar a convivência entre todos no trânsito”, avalia.
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O analista André Santini defende mais educação no trânsito
A atividade contou também com 40 jovens da ong Rede Cidadã. “Trouxemos os jovens para que eles participem dessas discussões. É importante que as pessoas sejam ouvidas, que esse debate chegue à população”, diz a educadora Kellen da Rocha Faria, 27.
“O que mais gostei foi essa interatividade social e a ideia de focar nas propostas e não nos candidatos, pois muitas vezes julgamos pela figura e não pelo conteúdo”, afirma a estudante Silvia Guerra, 19. Para ela, a prioridade são medidas para dar maior segurança ao pedestre.
Para Vitor Leal, da campanha de Mobilidade do Greenpeace, foi uma experiência bastante positiva. “Percebemos duas coisas: a população entende a relevância de medidas como redução de velocidades e priorização de transportes coletivos e não motorizados; e que as falas de candidatas e candidatos estão superficiais, conversando pouco com as necessidades da sociedade”, avalia.
Para Gabriela Vuolo, da organização Here Now, se queremos construir cidades melhores, é fundamental conhecer as propostas de cada candidatura. "Essa atividade foi um esforço de levar às pessoas as falas de cada candidatura. Mas os debates, as checagens de dados feita pela Aos Fatos e as redes sociais também são ótimas ferramentas para se informar sobre quais candidatas e candidatos podem de fato transformar os nossos sonhos em realidade", afirma.
Se ficou interessado em participar, aproveite o fim de semana: o Vota ou Não Vota será realizado novamente neste sábado (24/9), às 10h, no Largo da Batata, e no domingo (25/9), das 13h às 17h, na Av. Paulista Aberta. Apareça e participe!
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O que você quer para a sua cidade?
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