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Friday, September 16, 2016
Quarenta e cinco anos empoderando pessoas
Após inúmeras campanhas e histórias inspiradoras, uma coisa permanece central para a identidade do Greenpeace: as pessoas
Texto publicado originalmente no Huffington Post
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©Greenpeace
O Greenpeace começou com um punhado de homens e mulheres na cidade portuária de Vancouver, na costa do Pacífico do Canadá, que ofereceram seu tempo, energia e habilidades criativas para alcançarem algo maior que eles mesmos. Este pequeno grupo trabalhou em conjunto para protestar contra um teste nuclear planejado na ilha de Amchitka, ao largo da costa do Alasca.
Depois de levantar fundos e adquirir um barco, conhecido como Phyllis Cormack, que foi re-batizado posteriormente de “Greenpeace”, o pequeno grupo de ativistas partiu em sua viagem, mas, infelizmente, as autoridades norte-americanas interceptaram o barco e a tripulação voltou para casa.
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Fukushima Anniversary Action/ Greenpeace
Apesar de uma versão simplificada da história, que foi o início de uma jornada muito maior, os esforços corajosos do pequeno grupo de ativistas, que foi à luta mesmo em face da grande dificuldade e da dúvida do que viria a acontecer, ajudaram a sensibilizar a opinião pública garantindo o crescimento da oposição contra os testes necleares. Juntos construímos essa história que mostra que pequenos grupos de pessoas podem reunir as comunidades, de maneira que antes se pensava ser impossível, em direção a um objetivo comum. Este tipo de colaboração pode revelar as semelhanças das pessoas, que, neste caso, uniram seus interesses coletivos para proteger o meio ambiente.
Desde 1971, o Greenpeace teve muitas vitórias e perdas. Hoje, em nosso quadragésimo quinto aniversário, comemoramos essas vitórias, mesmo à medida que continuamos a aprender com nossas perdas. Queremos reconhecer e agradecer a todas as pessoas que estiveram envolvidas desde o início; aqueles que passaram quase uma vida inteira trabalhando incansavelmente em nossas causas. Sem os ativistas e os ciber-ativistas, nossos navegantes e representantes de campanhas, voluntários, cientistas, advogados, lobistas políticos, pesquisadores, doadores, apoiadores e aliados, o Greenpeace seria apenas uma palavra.
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Mike Schmidt/Greenpeace
Nós somos os mais de 36.000 voluntários ativos em todo o mundo, que disponibilizam de seu tempo e energia para se unir à nossa luta. Nós celebramos estas pessoas que são uma força positiva da natureza, porque estamos diante de questões ambientais significativas que ameaçam mudar radicalmente a vida do planeta que chamamos de casa. A esperança de que podemos coletivamente mudar o curso em que estamos é inflexível e necessária.
A mudança climática é, sem dúvida, o maior problema global do nosso tempo. O Acordo de Paris é um grande passo para pôr em vigor e direcionar esta ação internacional de forma mais ambiciosa para manter a elevação da temperatura global em no máximo 1,5°C e mover-nos para 100% de energias renováveis e limpa para todos. O Greenpeace está trabalhando para trilhar um futuro longe de uma economia baseada em combustíveis fósseis.
Com as mudanças climáticas, a acidificação dos oceanos é um efeito direto da absorção do dióxido de carbono em excesso (CO2), o que já está afetando a vida marinha. O Greenpeace quer mais áreas marinhas protegidas, a extinção da pesca ilegal e para isso está alinhado com grupos e organizações dando passos para salvar nossos oceanos de serem grandes depósitos de lixo.
Já elaboramos muitos trabalhos em conjunto com comunidades e grupos para fazer algo por nossas florestas milenares e florestas tropicais que estão em uma situação crítica de degradação . Este trabalho tanto apoia a biodiversidade única encontrada nessas grandes florestas como também ajuda a proteger o nosso clima, pois as florestas desempenham um papel crucial no equilíbrio entre nossos sistemas ambientais globais.
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Rogerio Assis/Greenpeace
O Greenpeace também faz campanha para que seja possível produzir nossa comida de uma maneira saudável para o planeta, para as pessoas e também para o clima global. Estamos trabalhando por um futuro livre de tóxicos, onde perigosas substâncias químicas não serão mais produzidas e usadas no meio ambiente.
Além disso, seguimos lutando vigorosamente contra a energia nuclear, e embora os testes nucleares tenham recuado graças às pessoas que se manifestaram contra essas perigosas atividades, alguns países continuam a produzir armas nucleares. Precisamos que a União Europeia proíba de uma vez o uso e desenvolvimento dessas armas.
A saúde do planeta depende da saúde de tudo que o compõe. Essas questões interconectadas são complexas e as soluções muitas vezes parecem distantes demais da realidade. Hoje, da mesma maneira que fizemos há 45 anos em Vancouver, vamos dar voz às pessoas e a chance de agir em favor do meio ambiente.
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Martin Luther King Jr. uma vez disse: “O progresso humano não é nem automático nem inevitável. Todo passo dado em direção à justiça requer sacrifício, sofrimento e luta; a incansável e apaixonada preocupação de indivíduos.”
Nos dias de hoje, a urgência de proteger nossas comunidades e o planeta está cada vez maior. As pessoas precisam se sentir cada vez mais empoderadas. Pessoas tomando ações não-violentas, testemunhando, expondo crimes ambientais, investigando problemas e propondo soluções.
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Banner Action on Christ Statue in Rio de Janeiro © Greenpeace / Daniel Beltrá
Mais e mais pessoas acreditam na causa e estamos dispostos a sonhar alto para que o nosso mundo verde e justo possa um dia se tornar real.
Feliz Aniversário, Greenpeace!
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