Friday, April 1, 2022

As maiores mentiras do agronegócio

Greenpeace Brasil 

 Todo dia é dia da mentira para quem quer o lucro acima do bem-estar do povo e do planeta. Para desmentir esses perigos, reunimos as principais fake news do agro (que não é pop!) 

Para alguns ruralistas, todo dia é dia da mentira e uma das mais famosas é a frase: “agro é pop”. Mas o modelo agroeconômico que temos é o oposto de pop ou popular, porque não é voltado para a população, já que prioriza o lucro de poucos, enquanto prejudica o bem-estar da geração atual e das futuras.

Para desmentir esses boatos perigosos, fizemos um top 5 com as principais fake news do agronegócio. Se informe e nos ajude a combater essas falácias que só aprofundam a crise em que o Brasil se encontra, pois são contadas para confundir a opinião pública e afastar a sociedade de um modelo de país baseado na justiça social, ambiental e econômica.


TOP 5 MENTIRAS DO AGRONEGÓCIO

1 – “Sem agrotóxicos não tem comida para todo mundo”
MENTIRA! A agricultura que usa veneno não produz comida, produz commodity. Na prática, agrotóxicos significam mais plantações de commodities, o que desestimula o cultivo de comida de verdade, como arroz e feijão. Um exemplo são as próprias safras de commodities brasileiras, que bateram recordes de produção e exportação nos últimos anos, inclusive na pandemia, enquanto a fome e a miséria se agravaram em todo o Brasil.


2 – “A agricultura brasileira depende de fertilizantes, como potássio” 
MENTIRA! Apenas 30% das propriedades rurais brasileiras usam fertilizantes químicos e minerais (Censo Agropecuário, 2017). A maior parte do uso é para a produção de commodities, como a soja, que está em expansão desenfreada no Brasil e que é nutrida pela violência contra povos da floresta, pelo desmatamento e pelo uso de insumos danosos (agrotóxicos e fertilizantes), colocando em risco a população e a biodiversidade em todo país.

3 – “Há muita terra para pouco índio”
MENTIRA! Segundo o último Censo, a agropecuária ocupa a principal parte do território brasileiro (41%). Em sua origem, o Brasil inteiro é terra indígena, porém, após cinco séculos de violência e invasões, atualmente, apenas 13% do território nacional é demarcado como Terras Indígenas, que estão entre as áreas mais preservadas do país. Para se apossar desses territórios e de suas riquezas naturais, a bancada ruralista e o governo Bolsonaro têm promovido políticas anti-indígenas, como o PL 191 e o Marco Temporal

4 – “Leis de proteção ambiental atrapalham a economia do Brasil
MENTIRA! Enfraquecer as políticas ambientais vai na contramão de importantes discussões internacionais, que estão cada vez mais preocupadas e atentas às questões ambientais e climáticas. Por exemplo, os países da União Europeia estão discutindo uma lei para banir produtos que tenham origem em áreas desmatadas. Já na COP 26, Estados Unidos e China assinaram um acordo bilateral se comprometendo a combater o desmatamento para enfrentar o aquecimento global. 

5 – “Grilagem beneficia a agricultura familiar” 
MENTIRA! Camuflada de “regularização fundiária”, a grilagem estimula mais desmatamento e favorece grandes ladrões de terras, principalmente na Amazônia. Mesmo assim, a bancada ruralista no Congresso quer aprovar a lei da grilagem, com a desculpa de que é para beneficiar a agricultura familiar. Mas a própria Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que representa 10 milhões de agricultoras e agricultores familiares em todo Brasil, é contra esse projeto de lei

Cansou das mentiras dos agro? Então, venha conhecer um outro sistema alimentar que é justo, sustentável e saudável: a agroecologia. Aqui você pode encontrar alguns produtores perto da sua casa. Acesse: https://greenpeace.org.br/comida-sem-veneno/ 

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