Este será o último ano de vigência do acordo, que deverá ser substituído por um novo mecanismo de controle da produção
Há sete anos, a moratória da soja tem sido uma ferramenta essencial para contribuir com a redução do desmatamento na Amazônia (© Greenpeace/Daniel Beltrá)
O GTS, formado por organizações da sociedade civil, o
governo, as comercializadoras de soja, a Abiove (Associação Brasileira
da Indústria de Óleos Vegetais) e a Anec (Associação Nacional de
Exportadores de Cereais), se comprometeu a desenhar, testar e
implementar durante esse período um mecanismo para substituir a
moratória. O novo mecanismo terá como diretriz a consolidação do Sicar
(Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), ferramenta de
regularização ambiental prevista no novo Código Florestal.
“Após duras negociações, o GTS concordou em manter por mais
um ano as principais premissas que garantiram o sucesso da moratória: o
monitoramento e o desmatamento zero a partir de 2006. Num contexto em
que o desmatamento dá sinais de aumento e novos projetos de
infraestrutura estão sendo consolidados no coração da Amazônia para o
transporte da soja, os desafios continuam enormes. Por isso, um novo
acordo precisa ser ainda mais consistente que a atual moratória”, disse
Paulo Adario, do Greenpeace.
A renovação do acordo ocorre meses após a taxa de
desmatamento na Amazônia subir 28%, conforme divulgado pelo Inpe no
final do ano passado. Os dois estados responsáveis pelos índices de
aumento mais alarmantes são também os maiores produtores de soja da
Amazônia Legal: Mato Grosso, que registrou alta de 52% no desmatamento, e
Pará, que ficou com 37%.
Essa será a última renovação da moratória, que há sete anos
tem sido uma ferramenta essencial para contribuir com a redução do
desmatamento na Amazônia e fortalecer a governança na região. O
Greenpeace continua engajado no processo coletivo para garantir o
desmatamento zero e a proteção permanente da Amazônia.
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