Criado em 2008 para financiar iniciativas de proteção florestal no Brasil, o Fundo Amazônia caminha a passos lentos, apesar dos mais de R$ 830 milhões que já recebeu em doações. Administrado pelo BNDES, o Fundo até agora só financiou 23 projetos, liberando R$ 70 milhões – menos de 10% do total –, como mostra reportagem da Reuters.
Para Ênio Candotti, diretor do Museu da Amazônia, a burocracia imposta pelo BNDES para liberar os financiamentos é uma “epopeia”. O museu levou cerca de um ano e meio para ter seu projeto aprovado. “É muito mais fácil conseguir crédito para gado ou soja, do que investir em óleo de copaíba, por exemplo. A floresta em pé tem que valer mais do que áreas sem floresta”, criticou ele.
A situação coloca o Brasil em contradição e saia justa. O país sempre levantou a bandeira de que os países ricos devem ajudar financeiramente as nações em desenvolvimento na luta contra o desmatamento. Com a grana na mão, o Brasil está mostrando que o que falta mesmo é vontade política. Afinal, é o mesmo BNDES que tem liberado rios de dinheiro para represar rios amazônicos e instalar frigoríficos na região. Sem muitas burocracias.
Fonte.Greenpeace
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