A cada dia o desmonte do texto do Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados ganha peso com novas denúncias de irregularidades no processo. Dessa vez, uma reportagem produzida pela assessoria de imprensa da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), reproduzida no Portal Ecodebate, escancara o engodo arquitetado pelos ruralistas para passar goela abaixo do país seu projeto de destruição das florestas.
O texto detalha uma palestra feita pelo engenheiro agrônomo e pesquisador do Inpa Antônio Nobre na Reunião Anual da SBPC, que aconteceu neste mês em Goiânia. Nobre afirma que a “pesquisa” que serviu de base para os argumentos da bancada da motosserra na época da votação não passa de “ciência a soldo, feita sob encomenda”.
Uma das contestações de Nobre diz respeito ao cálculo feito pelo autor, o pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda, sobre o total de APPs (áreas de preservação permanente) existente no país. Segundo Nobre, pela legislação atual o total de APPs não ocuparia mais que 6,87% do território nacional. Já Evaristo diz que esse número chega a 21,26%.
“A SBPC e ABC (Academia Brasileira de Ciência) apresentaram uma revisão criteriosa de centenas de estudos científicos publicados, mas o Congresso ainda os ignora”, afirmou o pesquisador no Inpa. “Enquanto isso, o estudo de Miranda, esse tipo de factóide científico gerado pela informação incompleta, inacurada e pelas generalizações temerárias feitas, foi amplamente utilizado para justificar várias alterações propostas no Código Florestal.”Fonte;Greenpeace
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