Jaqueline Sordi
Começa neste domingo (6/11) a maior conferência anual do clima, e o Greenpeace está com um time de craques no aquecimento para acompanhar as negociações
Logo logo vai ter COPA. Mas antes, não esqueça: Vai ter COP!
A partir deste domingo (6/11), o balneário de Sharm El-Sheikh, no Egito, será o palco da 27ª Conferência das Partes, a COP27, o principal encontro anual sobre clima que reúne, desde 1995, líderes de praticamente todos os países para discutir estratégias para lidar com a crise climática. E o Greenpeace Brasil está levando um timaço para acompanhar de perto as negociações deste campeonato onde só há um vencedor: o planeta Terra!
Neste ano, quatro itens fundamentais para o progresso do combate à crise climática estarão em jogo:
- (i) o aumento da ambição e a implementação das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa;
- (ii) a criação de um mecanismo próprio de financiamento às perdas e danos climáticos;
- (iii) a discussão de uma meta global de adaptação à mudança do clima; e
- (iv) o aumento dos compromissos dos países ricos de fornecer dinheiro para ação climática nos países mais pobres.
No entanto, um conceito que deve estar muito presente em todas as negociações é o de Justiça Climática. Você sabia que nas regiões mais vulneráveis à crise climática, como países do Sul Global, o número de mortes por secas e enchentes foi 15 vezes maior na última década do que nas regiões menos vulneráveis? Pois é, e são os povos dessas regiões os que menos contribuíram para chegarmos a esse cenário.
Quando o que está em jogo é o futuro do planeta, as comunidades em situação de vulnerabilidade não podem mais ficar no banco de reservas. Não é aceitável que a voz de populações que vivem um processo histórico de segregação e exclusão como jovens, negros e negras, povos indígenas, mulheres e o Sul global sejam tangenciadas e fiquem de fora da mesa de decisão.
A COP27 é uma oportunidade para pressionar os tomadores de decisão a ouvir essas vozes, para que suas histórias sejam contadas e para que essas populações participem mais ativamente nos acordos multilaterais de enfrentamento a essa crise.
A convite do Greenpeace Brasil, os ativistas climáticos Marcelo Rocha, diretor executivo do Instituto AYÍKA, e Amanda Costa, fundadora do coletivo Perifa Sustentável, estão embarcando para o Egito neste final de semana para acompanhar as principais jogadas deste grande campeonato.
Para a Amanda, “essa COP, que vai acontecer em um país africano, é bem estratégica para abordar o tema de Justiça Climática e enfrentamento ao racismo ambiental. Trazer a Justiça Climática para o centro das negociações não é apenas mais uma pauta, mas é a pauta central, que precisa reverberar para além das conferências”.
Já o Marcelo entende que nessa conferência “teremos mais uma oportunidade de discutir Justiça Climática, principalmente porque o novo presidente da República eleito já aceitou o convite de estar lá e articular junto à sociedade civil. Vai ser uma COP de unificação, que pode abrir portas para o Sul Global estar dentro dos processos e espaços de negociação”.
Durante as duas semanas da conferência, o Marcelo, a Amanda e mais um time do Greenpeace estarão acompanhando todos os detalhes e bastidores das negociações, além de levar a voz de jovens periféricos dos quatro cantos do Brasil para o centro das tomadas de decisão.
Quer entrar para esse time de craques da Justiça Climática e acompanhar tudo o que vai acontecer no campeonato, quer dizer, na conferência? Siga as nossas redes, curta e compartilhe!
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