por
Greenpeace Brasil
Antes de embarcar para a capital alemã ela mencionou, em suas redes sociais, que essa seria uma grande oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo o que pensa sobre a agricultura do futuro. Mas o discurso não trouxe nenhuma novidade, apenas reflexões vazias sobre a importância dos pequenos agricultores, da mulher agricultora e da bioeconomia. Na prática, entretanto, a política levada à cabo pelo ministério é do século passado: incentivo aos grandes latifúndios e a monocultura, uso intensivo de agrotóxicos e esgotamento ambiental. Uma declaração que deixa clara essa falta de liderança e responsabilidade do governo foi de que a “agricultura não pode ser a vilã do clima”
, enquanto todas as evidências apontam o atual modelo de produção de commodities como um dos principais emissores de gases do efeito estufa.
O que ficou claro é que, ao invés de trazer propostas de novos rumos, a ministra decidiu se defender e reforçar posições indefensáveis do atual governo em relação ao meio ambiente. Tereza parece seguir alheia ao que acontece no próprio quintal. Ao invés de ser protagonista de mudança, a ministra se exime de responsabilidade. No final do ano passado, ela havia declarado que a agricultura nada tinha a ver com a Amazônia
.
E, nisso, ela insistiu novamente em Berlim – argumento que, não a toa, arrancou gritos de “mentira” da plateia. A ministra, que comanda a pasta da agropecuária brasileira, segue mantendo silêncio sobre o fato que grande parte do bioma amazônico segue sendo desmatado e que existe uma forte relação disso com a atividade pecuária no bioma
.
Hoje, mais importante do que falar vagamente do futuro, precisamos de medidas efetivas para enfrentar os desafios ambientais que já estamos vivendo, começando por assumir que, sim, o modelo agrícola atual e a agricultura e pecuária brasileira têm contribuído direta e significativamente para o aquecimento global. Além disto, a cada dia que passa, mais veneno é liberado, mais direitos sociais são desrespeitados e mais violência no campo é registrada. Seguir neste rumo de negar tais mudanças e, portanto, de não agir a respeito, irá nos colocar em um rumo cada vez mais perigoso e nos jogar para um futuro mais sombrio.
O que foi evidenciado nas declarações da ministra é que os impactos ambientais da agropecuária continuam a ser minimizados, ignorados ou até defendidos. E se essa for de fato a posição do poder público, a produção de alimentos continuará a ser parte do problema e pode se concretizar não apenas como a vilã do nosso, mas também de seu próprio futuro
Em Berlim, as declarações da Ministra Tereza Cristina sobre a sustentabilidade da agricultura brasileira fantasiam sobre futuro e são recebidas com protestos
A ministra da agricultura, pecuária e abastecimento, Tereza Cristina, foi recebida sob protestos na última quinta-feira (16), em Berlim, onde participou, a convite do governo alemão, da abertura do Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA). Os manifestantes traziam cartazes chamando atenção para a agenda antiambiental do governo brasileiro como um todo, que é seguida à risca pela pasta da agricultura. Entre as mensagens estavam manifestações a favor da proteção à floresta, dos direitos indígenas e pela redução do uso de veneno na agricultura – esse último, um ponto sensível à ministra, que tem a defesa do uso e liberação de agrotóxicos no Brasil como uma das principais marcas de sua gestão.Antes de embarcar para a capital alemã ela mencionou, em suas redes sociais, que essa seria uma grande oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo o que pensa sobre a agricultura do futuro. Mas o discurso não trouxe nenhuma novidade, apenas reflexões vazias sobre a importância dos pequenos agricultores, da mulher agricultora e da bioeconomia. Na prática, entretanto, a política levada à cabo pelo ministério é do século passado: incentivo aos grandes latifúndios e a monocultura, uso intensivo de agrotóxicos e esgotamento ambiental. Uma declaração que deixa clara essa falta de liderança e responsabilidade do governo foi de que a “agricultura não pode ser a vilã do clima”
, enquanto todas as evidências apontam o atual modelo de produção de commodities como um dos principais emissores de gases do efeito estufa.
O que ficou claro é que, ao invés de trazer propostas de novos rumos, a ministra decidiu se defender e reforçar posições indefensáveis do atual governo em relação ao meio ambiente. Tereza parece seguir alheia ao que acontece no próprio quintal. Ao invés de ser protagonista de mudança, a ministra se exime de responsabilidade. No final do ano passado, ela havia declarado que a agricultura nada tinha a ver com a Amazônia
.
E, nisso, ela insistiu novamente em Berlim – argumento que, não a toa, arrancou gritos de “mentira” da plateia. A ministra, que comanda a pasta da agropecuária brasileira, segue mantendo silêncio sobre o fato que grande parte do bioma amazônico segue sendo desmatado e que existe uma forte relação disso com a atividade pecuária no bioma
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Hoje, mais importante do que falar vagamente do futuro, precisamos de medidas efetivas para enfrentar os desafios ambientais que já estamos vivendo, começando por assumir que, sim, o modelo agrícola atual e a agricultura e pecuária brasileira têm contribuído direta e significativamente para o aquecimento global. Além disto, a cada dia que passa, mais veneno é liberado, mais direitos sociais são desrespeitados e mais violência no campo é registrada. Seguir neste rumo de negar tais mudanças e, portanto, de não agir a respeito, irá nos colocar em um rumo cada vez mais perigoso e nos jogar para um futuro mais sombrio.
O que foi evidenciado nas declarações da ministra é que os impactos ambientais da agropecuária continuam a ser minimizados, ignorados ou até defendidos. E se essa for de fato a posição do poder público, a produção de alimentos continuará a ser parte do problema e pode se concretizar não apenas como a vilã do nosso, mas também de seu próprio futuro
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