O mar não está para peixe e essa é uma dura realidade dos tempos
atuais. O ser humano produz lixo, pesca excessivamente, explora petróleo
e ainda por cima descarta plástico nos oceanos. O que talvez algumas
pessoas não saibam (ou simplesmente não querem ver) é que os mares são também responsáveis por equilibrar a temperatura da Terra e fundamentais para a continuidade da vida no planeta.
Entenda como tudo isso está conectado.
O superaquecimento global já tem comprometido o trabalho dos oceanos.
O aumento da temperatura do planeta e da quantidade de carbono já está
afetando as criaturas marinhas e destruindo ecossistemas como os recifes de corais
Quando as mudanças climáticas afetam um mundo além da realidade, mais pessoas se importam?
Em algum momento você já deve ter ouvido falar de Pokémon, né? Para
quem ainda não conhece, é uma franquia japonesa que engloba jogos, anime
(desenho animado), mangá (quadrinho japonês) e várias histórias que
acompanham as pessoas desde 1995. Pokémon são monstrinhos de
bolso, literalmente, e muitos deles são inspirados em seres e objetos
que podemos ver no mundo real também.
Por que eu estou falando de Pokémon se esse era um post sobre corais? Bem, eu vim aqui contar a história do Corsola, um Pokémon coral.
Corsola @ Pokémon Company / Game Freak / Nintendo
Quando ele apareceu pela primeira vez, em 1999, podíamos ver um coral
rosa e sorridente da região fictícia de Johto, uma área cheia de
espaços verdes e solo rico. Se você quer ver um Corsola feliz, basta colocá-lo em seu habitat, as águas rasas.
Ano passado, no lançamento de Pokémon Sword and Shield, vimos que o Corsola da também fictícia região de Galar estava um pouco diferente, e triste. Ele estava branco e pálido, como um fantasma.
Sabe a teoria do pum das vacas? Então, como a pecuária é
uma das maiores fontes de emissão de carbono, podemos contribuir com o
planeta (e melhorar nossa saúde) diminuindo o consumo de carne.
Isso pode gerar uma reação em cadeia e, consequentemente, diminuir o
frenesi da indústria, que pode diminuir o desmatamento e aumentar as
áreas de floresta preservada.
Opte pelo transporte coletivo ou meios não poluentes.
O uso de combustíveis fósseis, como diesel e gasolina, prejudica o meio
ambiente porque são poluentes (emitindo gases na atmosfera) e a
exploração para obtê-los destrói ecossistemas inteiros, como podemos ver
na campanha dos Corais da Amazônia.
Essas são só algumas dicas do que você pode fazer para ajudar a vida dos oceanos e salvar outros Corsolas (: PS: Há 4 anos celebramos a revelação das primeiras imagens dos
Corais da Amazônia. Diferente dos Corsolas, eles estão vivendo em uma
área onde não se imaginava ser possível existir: em grandes
profundidades e em locais onde quase não chega luz. Leia mais sobre eles
aqui.
Voluntários de Macapá fazem ação para chamar atenção da
importância desse ecossistema e para as ameaças que colocam em risco
toda a vida existente ali
Voluntárias de Macapá em ação no Dia Mundial dos Corais da Amazônia . ® Nahiara Baddini
Hoje é o Dia Mundial dos Corais da Amazônia! Em comemoração à data, no último sábado, 25 de janeiro, o grupo de voluntários de Macapá (Amapá) fez uma ação para comemorar, relembrar e informar a população sobre o recém revelado Grande Sistema Recifal do Amazonas, um tesouro único e surpreendente que precisamos continuar protegendo.
Para dialogar com a população sobre as ações que temos feito para
defender esse ecossistema, os voluntários montaram um ponto verde no
Parque do Forte, um ponto turístico da cidade, e a artista local Moara
se voluntariou a pintar um lindo mural com ilustrações de seres marinhos
– hoje sabemos que esse ecossistema está repleto de vida e crescendo!
Enquanto as pessoas passavam pelo ponto verde, os voluntários
informavam sobre a primeira vitória da intensa mobilização que reuniu a
assinatura de mais de 2 milhões de pessoas em defesa dos Corais da
Amazônia. A Campanha conseguiu barrar a exploração de petróleo pela empresa francesa Total, com a rejeição definitiva determinada pelo Ibama.
A “descoberta” Em janeiro de 2017,
o Greenpeace levou um de seus navios, equipado com um submarino, até o
litoral norte do Brasil para obter as primeiras imagens que foram
apresentadas ao mundo. O ecossistema é formado principalmente por
esponjas-do-mar, corais e rodolitos (algas calcárias) e sobrevivem em
uma área inóspita de águas profundas e com pouca luminosidade. Antes
dessa expedição e das imagens e informações coletadas, os cientistas
acreditavam que os recifes se estendiam por uma área de 9.500 km2. Após
a expedição, a estimativa saltou para 56.000 km2. E isso antes do
Greenpeace descobrir que o sistema recifal é ainda maior, se estendendo
até a Guiana Francesa. Apesar da revelação ser considerada uma
das mais importantes da biologia marinha da última década, o governo
federal acabou de liberar lotes de venda para exploração de petróleo na
região perto dos corais, ameaçando o bem-estar do sistema recifal, dos
seres da região e de comunidades locais.
Por meio de atividades lúdicas como um jogo de quebra-cabeça gigante e
de xadrez, todos feitos com imagens e mensagens em defesa dos Corais da
Amazônia, os voluntários informavam a população sobre a importância
desse ecossistema. Além disso, foi montada uma exposição fotográfica da
primeira expedição realizada pelo Greenpeace. Ainda dá tempo de participar do Dia Mundial dos Corais da Amazônia .
Baixe banners, adesivos, imagens para compartilhar, materiais didáticos
e compartilhe com mais pessoas os motivos para proteger esse
ecossistema único! Acesse todos os materiais clicando aqui
A frase acima é do Manifesto do Piaraçu, no qual lideranças
indígenas de diversos povos reafirmam a defesa de seus territórios e o
repúdio à abertura das terras indígenas para a exploração
Ao financiar energia suja em mais de um trilhão de dólares, bancos,
seguradoras e fundos de pensão são tão culpados pela emergência
climática quanto o setor de combustíveis fósseis, especialmente aqueles
que vão para o Fórum de Davos, com a missão de “melhorar a situação do
mundo”
. Esses três fundos de pensão são o Ontario Teachers’ Pension Plan, o Canada Pension Investment Board e o PensionDanmark. Se um setor não é segurável, não é financiável.
Cinco das piores companhias de seguro do mundo no que diz respeito à
cobertura do carvão participaram da Reunião Anual de 2019 em Davos e
provavelmente retornaram lá este ano. São elas: AIG, Prudential, Sompo,
Tokio Marine e Lloyd’s.Quatro das cinco não adotaram nenhuma política pública para reduzir seu apoio a projetos de carvão.E também quatro das cinco não adotaram nenhuma política pública de desinvestimento no carvão e em outros combustíveis fósseis.A
AIG, patrocinadora da seleção de rúgbi da Nova Zelândia, é considerada a
pior seguradora, pois também não excluiu o apoio ao gigante projeto da
mina de carvão Adani, na Austrália.
“O momento de conversas vazias e enganosas acabou. Os reguladores
devem fazer seu trabalho antes que seja tarde demais. E os players
financeiros devem parar de operar como se essa questão fosse algo
habitual. Estamos em uma emergência climática e não haverá dinheiro em um planeta morto“, disse Morgan.
Afrontas à Constituição
Além do total desprezo pelo que determina a Constituição Federal em
relação à obrigação de efetivar as demarcações das terras tradicionais, a
gestão Bolsonaro pretende abrir os territórios indígenas para a
exploração de minério, petróleo e gás, construção de hidrelétricas e
instalação de agropecuária. E o que é mais chocante: o projeto de lei em
elaboração pelo governo, a princípio, não dá poder de veto aos
indígenas que, segundo a Carta Maior, têm usufruto exclusivo de seus
territórios.
“A gente atendeu ao chamado do cacique Raoni compreendendo a urgência
de já neste início de ano o movimento fortalecer suas bases para este
necessário enfrentamento às graves ofensivas do governo. Foi nossa
primeira ação de combate e contraponto à intenção de permitir que
mineradoras e pecuaristas explorem nossas terras, assim como contra o
arrendamento e todo este desmonte das políticas e direitos indígenas.
Este encontro será seguido de muitas outras ações como esta, daqui até o
final de 2020”, anunciou Sônia Guajajara, da coordenação da Articulação
dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
No Manifesto do Piaraçu, as lideranças presentes afirmam que não
aceitarão garimpo, mineração, arrendamento, madeireiros, pescadores
ilegais ou hidrelétricas em suas terras. “Somos contra tudo aquilo que
destrói nossas florestas e nossos rios”.
A liderança do sul do Pará, O-é Kaiapó, destacou dois aspectos que
também foram ressaltados no documento final: “este encontro foi de suma
importância porque tanto nossos jovens como nossas mulheres
protagonizaram boa parte dos debates sobre educação, saúde, território e
meio ambiente”. Alianças necessárias
Sônia Guajajara considera que o atual contexto político exige o
fortalecimento das alianças com ribeirinhos, quilombolas e outras
comunidades tradicionais, assim como com o movimento negro, de
estudantes, mulheres, LGBT. “Somente tendo unidade na luta é que vamos
conseguir resistir porque a avalanche que vem por aí é enorme”.
O Greenpeace tem se posicionado ao lado dos povos indígenas e defende
que a demarcação de seus territórios é uma maneira de assegurar seus
direitos e modos de vida, garantidos pela Constituição. Além disso, as
terras indígenas protegem e asseguram a manutenção da floresta em pé, o
que é fundamental em um contexto de emergência climática e crise da
biodiversidade que estamos atravessando.
Leia o Manifesto do Piaraçu
Passados dez anos do compromisso assumido com seus consumidores,
fabricantes ainda não aumentaram esforços para banir o desmatamento de
suas cadeias produtivas
Há 10 anos, algumas das maiores empresas do mundo prometeram parar de contribuir com o desmatamento até 2020, ou seja, até este ano. O tempo acabou e adivinhem? As florestas ainda estão sendo destruídas a um ritmo alarmante.
O compromisso foi assumido pelos membros do Fórum de Bens de Consumo
(The Consumer Goods Forum – CGF) em 2010, durante a Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, sob forte pressão da
sociedade civil e da comunidade científica, que já alertava para a
crise climática que se aproximava e a necessidade de preservar as
florestas. As companhias prometeram redobrar cuidados com fornecedores
das commodities mais ligadas à destruição florestal: soja, gado, óleo de
palma e papel e celulose. O que, obviamente, não aconteceu, como
demonstramos com o relatório “Contagem Regressiva para a extinção”, que traz casos de envolvimento destas empresas com desmatamento, queimadas e violência no campo.
Entre 2010 e 2020, cerca de 50 milhões de hectares de florestas foram
destruídos em todo o mundo para dar lugar à produção de commodities.
Aproximadamente um milhão de espécies no mundo correm risco de extinção.
Mas empresas como Nestlé, Unilever e Mondelez, entre muitas outras,
continuam colocando nas prateleiras produtos feitos com óleo de palma
contaminado pela destruição das florestas da Indonésia, com soja de
desmatamento do Cerrado e o gado dos incêndios florestais da Amazônia.
Estamos cansados de promessas não cumpridas.
Em um momento em que o governo brasileiro afrouxa a proteção
ambiental, numa tentativa de normalizar a destruição da floresta, é
ainda mais importante que as empresas e a sociedade civil liderem o movimento pela proteção das florestas do mundo.
Sabemos que é possível produzir alimentos sem destruir o meio
ambiente e ameaçar as pessoas. Por isso, exigimos que as empresas façam
sua parte para que o desmatamento no Cerrado, na Amazônia e em outros
ambientes naturais do mundo todo pare já!
Chegamos ao limite. É preciso segurar a linha do desmatamento, antes
que ela passe por cima de tudo o que temos de mais precioso. Ajude a
pressionar estas empresas para que:
parem de lucrar com a destruição ambiental imediatamente e se
comprometam a proteger o Cerrado, a Amazônia e outros ambientes
naturais;
coloquem em prática o compromisso firmado há anos de
não comprarem soja, gado e outras matérias-primas oriundas do
desmatamento e violações de direitos.
Em Berlim, as declarações da Ministra Tereza Cristina sobre a
sustentabilidade da agricultura brasileira fantasiam sobre futuro e são
recebidas com protestos
Atividades econômicas, como pesca e a exploração de petróleo, estão
exercendo tanta pressão sobre as populações desses animais em todo o
mundo que seis das sete espécies estão ameaçadas de extinção.
A mudança no comportamento
é fruto do aumento rápido da temperatura dos oceanos e das alterações
nas correntes, ambas causadas pelas mudanças climáticas. E, segundo o
estudo, como estão tendo que viajar mais, a energia extra gasta pelas
tartarugas-marinhas provavelmente reduzirá o número de ovos que elas vão
depositar a cada estação, reduzindo ainda mais o tamanho da população.
No litoral da Guiana Francesa, o número de ovos postos pelas
tartarugas-marinhas é aproximadamente 100 vezes menor agora do que no
estudo anterior: são menos de 200 ninhos por temporada. Nos anos 90 eram
50 mil.
As tartarugas-marinhas sobreviveram à extinção dos dinossauros, mas
podem não sobreviver à presença dos seres humanos na Terra. Nossas
atividades econômicas exerceram uma pressão tão severa sobre as
populações desses animais em todo o mundo que seis das sete espécies
estão ameaçadas de extinção.
Para o estudo, pesquisadores colocaram GPSs em dez tartarugas nas
praias da Guiana Francesa, e rastrearam suas migrações pelo oceano
Atlântico Norte. Para encontrar áreas de alimentação, algumas delas
nadaram até o Canadá, outras até a França. Cada uma delas recebeu um
nome e uma, a Frida, foi encontrada morta em uma praia no Suriname, a
apenas 120 quilômetros de seu ponto de partida. Ela ficou presa em uma
rede de pesca e morreu afogada.
Para proteger as tartarugas-marinhas e todas as formas de vida dos mares, o Greenpeace está em uma expedição do Polo Norte ao Polo Sul,
defendendo a criação de um Tratado Global dos Oceanos. Este documento,
acordado entre as nações do mundo abriria o caminho para uma rede global
de santuários marinhos, que podem proteger as espécies. Segundo
cientistas, precisamos de santuários em 30% dos oceanos do mundo até 2030.
Isso daria a tartarugas marinhas, a todas as outras formas de vida
marinha e aos próprios oceanos, o espaço necessário para se recuperar de
atividades humanas prejudiciais. A Jornada das Tartarugas Junto aos criadores de “Fuga das Galinhas”, lançamos o curta-metragem “A Jornada das Tartarugas”,
que conta a história de uma família que tenta chegar em casa em um
oceano cheio de ameaças. A história é ficção, mas baseada nos riscos
reais que esses animais correm. Assista!
Greenpeace lança curta-metragem com a comovente história de uma
família tentando chegar em casa em um oceano cheio de ameaças. O filme é
do mesmo estúdio que Fuga das Galinhas
Uma viagem que poderia ser a de qualquer família: no carro, o pai
dirige, o adolescente se irrita enquanto o caçula fala e apronta sem
parar, a mãe tenta controlar a bagunça e a filha do meio grava tudo pelo
celular. Só que o filme lançado hoje pelo Greenpeace, a família é de
tartarugas-marinhas que estão tentando chegar em casa. Pelo caminho,
eles enfrentam várias ameaças, como a atividade petrolífera,
derramamento de óleo e a pesca de arrasto. O resultado é uma comovente
história.
A animação foi produzida em parceria com o premiado estúdio Aardman, criador de A fuga das galinhas e Wallace & Gromit.
Os atores que dão voz aos personagens são renomados e ganhadores do
Oscar: Helen Mirren e Jim Carter são os avós, David Harbour é o pai,
Olivia Colman a mãe, Bella Ramsey a filha, Ahir Shah a adolescente e a
estrela-do-mar é a atriz brasileira Giovanna Lancellotti.
Giovanna Lancellotti, embaixadora dos Oceanos pelo Greenpeace Brasil
já esteve com o Greenpeace no navio Esperanza alerta: “Eu me sinto cada
vez melhor em fazer parte de movimentos que pensam no nosso futuro, no
futuro dos animais e principalmente do nosso planeta. O Greenpeace tem
me abraçado muito nessa busca. E essa animação mostra, de forma simples e
real, como os animais são subestimados e sujeitos a situações horríveis
graças às ações humanas. Eu espero que essa consciência global continue
crescendo e que possamos, juntos, proteger os oceanos e respeitar os
animais como eles merecem.”
Ameaça de verdade
O
filme é baseado na situação real dos animais pelos oceanos do mundo.
Seis das sete espécies de tartarugas-marinhas estão em risco de extinção
devido às pressões de atividades econômicas, como a pesca excessiva e a
busca pelo petróleo, e pela poluição dos plásticos. Além disso, as
mudanças climáticas estão causando a acidificação e o aquecimento dos
oceanos. Isso está interrompendo o suprimento de alimentos para a vida
marinha e danificando ecossistemas.
Proteger os oceanos e
fornecer um lar seguro para a vida marinha é algo crucial no
quebra-cabeça no combate à emergência climática e na garantia de um
futuro mais seguro para todos nós.
A combinação de secas e ondas de calor recordes, efeitos das
mudanças climáticas, foram o combustível que faltava para queimadas sem
precedentes no país
A Austrália enfrenta, desde setembro, um evento de queimadas sem
precedentes, que já consumiu 6,3 milhões de hectares, matou 23 pessoas e
um número ainda incalculável de animais. Com focos especialmente
concentrados na região leste da Austrália, onde a situação mais grave é
no estado de Nova Gales do Sul, que fica no sudeste da ilha, o fogo já
destruiu mais de 2.500 prédios em todo o país – sendo que 1.500 apenas
em Nova Gales do Sul
Os incêndios florestais acontecem todos os anos, em todo o país –
diferente do que acontece na Amazônia, o fogo faz parte da ecologia da
Austrália. Mas o que têm tornado a situação deste ano tão catastrófica é
a combinação de secas e calor recordes que, segundo pesquisadores, é um
dos efeitos previstos das mudanças climáticas. E as notícias não são
boas: as projeções mostram que esta pode ser a temporada de fogo mais
longa do país.
O fogo na Austrália não é “causado” pelas mudanças climáticas. Mas as
mudanças climáticas estão tornando esses eventos cada vez mais extremos
e mortais. Estudos já apontavam que os incêndios florestais no país
durariam mais e seriam mais severos e imprevisíveis, à medida que o
planeta aquece. Isso já é uma realidade.
Muitas das áreas afetadas pelas queimadas, que começaram por volta de
setembro, registraram um total de chuvas 50% abaixo da média, de
janeiro a agosto de 2019.
A poluição do ar nas cidades de Sydney e Brisbane têm sido
classificadas com frequência como as mais prejudiciais do mundo,
causando graves problemas respiratórios para jovens, idosos e pessoas
com condições pré-existentes, como asma. Por isso, e pelo risco de ter a
casa queimada, muitas pessoas estão sendo evacuadas de seus lares.
O que o clima tem a ver com isso?
Um dos impactos das mudanças climáticas são os eventos climáticos
extremos. A metade sul da Austrália experimentou um dos períodos mais
secos de sua história, de janeiro a agosto. A seca, combinada à um
inverno com recordes de calor, proporcionou o cenário ideal para que o
fogo se alastrasse pela vegetação. Ou seja, o que vemos agora são alguns
dos efeitos práticos das mudanças climáticas do mundo. É isso mesmo, o
futuro já começou
As mudanças climáticas na Austrália significam que os incêndios florestais começam mais cedo, duram mais e são mais extremos.
Por isso, entre as principais demandas da sociedade civil
australiana, estão que seu primeiro ministro, Scott Morrison, tome
medidas de emergência para manter os australianos seguros – o que
significa mais recursos para os serviços de combate a incêndios e ações
urgentes de combate às mudanças climáticas, começando com a manutenção
de combustíveis fósseis no solo.
Os serviços de emergência da Austrália estão na linha de frente da
crise climática neste momento, muitos deles são voluntários. O
Greenpeace reconhece a coragem, a resiliência e a dedicação daqueles que
respondem ao agravamento dos eventos do clima e dos incêndios
florestais da Austrália, impulsionados pelas mudanças climáticas.