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Wednesday, November 30, 2016
Samsung, can you hear us?
Blogpost by Robin PerkinsOver the past week we've watched as thousands of people around the world joined our urgent call for Samsung to come up with a concrete plan to reuse or recycle 4.3 million Galaxy Note7s.
From Hong Kong to Washington DC, you called Samsung’s customer support number to ask exactly whether or not the devices will be disposed of environmentally; you tweeted #GalaxyNote7, which turned into a trending topic in Mexico and took the message directly to their HQ; and most of all you put pressure on Samsung to do the right thing!
Greenpeace activists hold signs reading "Samsung = Broken Promises” in front of the Samsung Benelux headquarters. The peaceful protest is challenging the company for breaking its promises to eliminate key toxic substances from its products. (2010)Greenpeace activists hold signs reading "Samsung = Broken Promises” in front of the Samsung Benelux headquarters. The peaceful protest is challenging the company for breaking its promises to eliminate key toxic substances from its products. (2010)
Thank you for calling Samsung
People around the world picked up their phones and called Samsung directly to ask: “What’s the plan?” Hundreds of people from Korea, Hong Kong, Taiwan, Mexico, the US, the UK, Germany, the Netherlands, Australia, Colombia and more took the power in their hands and asked for an answer.
The answer? Well, we heard responses like:
“We don’t have that information”
“Samsung will destroy these phones.”
”I’m sure they will recycle them.”
“Samsung definitely does not recycle, ever….”
Disassembly of a Samsung Note Galaxy 7Disassembly of a Samsung Note Galaxy 7
Paying a visit…
Parte das informações sobre imóveis rurais cadastrados no sistema do governo agora se tornam públicas, mas ainda não é suficiente para o monitoramento efetivo da sociedade
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Desmatamento na floresta amazônica, no estado do Pará
Na manhã de hoje (29), o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, anunciou a abertura pública dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – registro que surgiu a partir do novo Código Florestal de 2012 e permite compreender a dinâmica das propriedades rurais. Ao todo são quase 3,2 milhões de imóveis cadastrados.
A notícia é bem-vinda, ainda mais por se tratar de uma demanda antiga sociedade. Ter acesso aos dados do CAR é fundamental para exercer o controle social, além de ser uma ferramenta importante no combate ao desmatamento.
No entanto, o anúncio ainda não é completo. Dados fundamentais para monitoramento como o CPF e o patrimônio do proprietário do imóvel seguem embargados pelo governo – apenas os Estados têm acessos a essas informações. Segundo o ministro, a Advocacia Geral da União (AGU) está analisando se estes e outros dados podem ser disponibilizados ao público.
“É um avanço, mas ainda esperamos os dados completos. A transparência total dos dados do CAR é essencial para a implementação de compromissos públicos e privados que visam o desmatamento zero, à exemplo da Moratória da Soja e do Compromisso Público da Pecuária, que excluem de suas cadeias de fornecimentos produtores que ainda desmatam. Queremos a transparência completa, indispensável para eliminarmos o desmatamento”, pontua Cristiane Mazzetti, da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil.
Desmatamento na Amazônia deve subir
Durante sua fala de abertura, o ministro Sarney Filho disse que os dados atualizados sobre o desmatamento podem sair a qualquer momento. Ele confirmou um expressivo aumento nas taxas de desmate, que, segundo ele, reflete políticas equivocadas adotadas pelo governo nos últimos anos como a anistia do Código Florestal, abandono de Áreas Protegidas e a não demarcação de Terras Indígenas. Vale lembrar também o vergonhoso compromisso brasileiro de aceitar o crime do desmatamento na Amazônia por mais 15 anos.
“Agora é a hora de mudar o rumo dessa história e corrigir erros do passado. As políticas que causaram esses últimos aumentos precisam ser revistas de forma urgente, começando pela retomada da demarcação de Terras Indígenas e por estabelecer compromisso definitivo pelo Desmatamento Zero”, defende Mazzetti.
Exemplo claro disso é a resistência do povo Munduruku pela demarcação de sua terra ainda não reconhecida oficialmente pelo governo, a Sawré Muybu, às margens do Rio Tapajós no Pará. Um grupo de oitenta Munduruku esteve hoje em Brasília para pressionar o Ministério da Justiça a demarcar e proteger seu território. As Terras Indígenas são muito eficazes em proteger a floresta, principalmente em regiões com grande pressão de desmatamento. Ou seja, proteger as populações indígenas e garantir a demarcação de seus territórios é proteger a floresta.
Demarcação Já: indígenas Munduruku protestam pela garantia e proteção de seu território
Lideranças foram ao Ministério da Justiça para cobrar a publicação da Portaria Declaratória da Terra Indígena Sawré Muybu, no Pará
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Índios Munduruku protestam pela demarcação de sua terra em frente ao Ministério da Justiça em Brasília (© Otávio Almeida / Greenpeace)
Na manhã desta terça-feira, dia 29, lideranças do povo Munduruku realizaram um protesto em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília, pedindo a demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, no rio Tapajós, no Pará. A ação contou com a participação de mais de 80 indígenas e com o apoio do Greenpeace Brasil e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Foram utilizadas grandes letras vermelhas para escrever, no gramado em frente à entrada do prédio, a frase “Demarcação Já”. Também foram fincadas 180 flechas no local, representando os dias do prazo administrativo – expirado ontem (28) – para que o Ministério da Justiça defina sobre a publicação da Portaria Declaratória da terra reivindicada como tradicional pelos Munduruku.
A insistência do governo em construir hidrelétricas no rio Tapajós está no meio do caminho do processo de demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu. São Luiz do Tapajós, a maior das barragens planejadas, cujo licenciamento foi arquivado em agosto deste ano, alagaria parte da Sawré Muybu, onde estão localizadas quatro aldeias. No entanto, a Constituição Federal impede a remoção de povos indígenas de suas terras, exceto em ocasiões emergenciais, e, nestes casos, garante a eles o devido retorno.
“A demarcação das terras indígenas contribui com o fortalecimento da democracia brasileira e reconhece a importância dos povos indígenas na formação da cultura nacional e na conservação de nossos recursos naturais”, afirma Danicley de Aguiar, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
Apoio - Mais de 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo se juntaram à luta dos Munduruku pela proteção do Tapajós.
Após a realização da autodemarcação em 2014, lideranças do povo Munduruku realizaram a sinalização da Terra Indígena Sawré Muybu, em julho de 2016, instalando placas para estabelecer os limites de seu território e pressionar pela demarcação. “Nós sabemos que a terra é nossa e vamos cuidar dela. A gente vive da terra”, explica Juarez Saw Munduruku, cacique da Terra Indígena Sawré Muybu. “Os brancos também sabem que aquela parte é nossa, mas mesmo assim não respeitam os nossos limites. A demarcação nos dá mais proteção para que invasores não entrem na nossa terra”, conclui ele.
O secretário executivo do Cimi, Cleber Buzatto, avalia que “diante das graves ameaças de retrocessos relativa aos seus direitos fundiários devido às pressões do agronegócio, os povos indígenas não se conformam e mantêm a resistência e a insurgência política para terem efetivados e não suprimidos tais direitos. E isso, além de legítimo, é salutar, não só para os povos indígenas, como para toda a sociedade brasileira”.
Saiba mais - As Terras Indígenas são essenciais para garantir o modo de vida dos povos originários que as habitam, além de serem hoje a maior barreira contra o desmatamento na Amazônia. O direito à terra é uma ferramenta legal de proteção e assegura a reprodução física e cultural dessas populações. A demora em cumprir o que determina a Constituição Federal em relação à demarcação, porém, deixa os territórios e seus povos vulneráveis à invasão de madeireiros, grileiros e garimpeiros.
A Terra Indígena Sawré Muybu está localizada nos municípios de Itaituba e Trairão, no Pará, ocupando uma área de 178 mil hectares. Em abril de 2016, após mais de dez anos desde o início do processo de demarcação, a Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID) que comprova a ocupação tradicional do povo Munduruku sobre o território. Em seguida, foi aberto o período para a contestação e, desde agosto, começou a contar o prazo para que a Funai se manifeste definitivamente a respeito da demarcação.
A Constituição Brasileira de 1988 assegurou aos povos indígenas o respeito a sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e reconheceu o direito originário sobre as terras que eles tradicionalmente ocupam. Atualmente, segundo dados do Cimi, há 63 terras indígenas aguardando o Decreto de Homologação pela Presidência da República; 47 terras indígenas aguardando a Portaria de Declaração pelo Ministério da Justiça; e 175 terras indígenas aguardando a publicação do RCID pela Presidência da Funai. De acordo com os dados da própria Funai, existem ainda 475 registros válidos de reivindicações fundiárias indígenas que necessitam complementos de informações, o que deve ser feito por meio de Grupo de Trabalho especializado. Ou seja, trata-se de terras indígenas reivindicadas pelos povos que ainda não tiveram qualquer providência tomada pela Funai. As terras indígenas são fundamentais para garantir a sobrevivência física, cultural e espiritual dos 305 povos indígenas do país.
Thursday, November 24, 2016
Black Friday: Breathe, take a break – the planet can't handle it anymore
Blogpost by Kirsten Brodde
Black Friday and Cyber Monday are expected to generate billions of dollars in sales for clothing and other products this year. But this shopping bonanza also generates greater volumes of waste than ever. That is bad news for the environment.
Instead of chasing prey in the jungle like our ancestors did, we chase bargain clothing that seems like a good deal. Just look at the scenes that take place every year in American shopping malls on the fourth Friday of November, when people try to secure a favourable position in the queue outside shops in the early hours of the morning. One could say "Black Friday" deserves its name: Every year dozens of people are crushed, even to death, as has happened in the past.
Black Friday, followed by Cybermonday, are intended to mark the beginning of the big shopping season, when some people start buying gifts for Christmas. Both days use heavy price discounting and special offers to trigger a sense of urgency and "exceptional opportunity" to consumers, triggering low cost, high volume impulse buying and – as a result - overconsumption of unnecessary goods. Because it is so cheap, fast fashion is one of the highest selling product categories on Black Friday, with many major fashion brands and retail giants jumping on the bandwagon. While it is hard to resist the allure of the next must-have outfit, consumption research shows that the act of shopping only gives us a short burst of excitement, but no lasting reward. However, the environmenGreenpeace has shown that fashion production uses lots of precious fresh water and pollutes rivers and seas with toxic chemicals, long before it hits the shelves. We are also consuming and trashing clothing at a far higher rate than our planet can handle. Fashion retailers have been speeding up the turnaround of fashion trends since the 1980's, increasing the rate that we use and throw away clothes – the life cycle of consumer goods shortened by 50 percent between 1992 and 2002. A recent report shows that Hong Kongers throw out the equivalent of 1400 t-shirts a minute. Today's trends are tomorrow's trash.
We are told that clothes can be recycled, but second hand markets are already overloaded with our unwanted clothes. Greenpeace research found that up to date and comprehensive figures on clothes waste are not easily available. However, we do know that in the EU 1.5 to 2 million tonnes of used clothing is generated annually, with only 10 to 12 percent of the best quality clothes re-sold locally and much of the rest likely to be exported to countries in the Global south. Some countries in East Africa, which currently import used clothing from Europe and the US, are considering restrictions to protect their local markets.tal impact lingers and is all too real.Due to rising volumes of cheap, low-quality fast fashion, the second hand clothing system is on the brink of collapse. Technical solutions such as closed-loop recycling – which would make new fibres from old clothes – is nowhere near possible. Although there is currently much interest from fashion brands and designers and a lot of promising research, none of the technologies are commercially viable at this point. This means that, as the situation stands today, every garment we buy will eventually end up as waste, to be burned in incinerators or dumped in a landfill.
The only solution is to reduce our levels of consumption. It could be as simple as taking a break from shopping on Black Friday to participate in global "Buy Nothing Day". This symbolic day invites people to stop shopping for a day and reflect on what they really need. Greenpeace supports the message of "Buy Nothing Day" and is calling for "Time out for Fast Fashion".It's time to trash the throwaway-mentality and re-think what we really need in our wardrobes, instead of queueing up for the next cheap outfit. We can wear our clothes for longer, look after them, repair them, restyle and re-invent them, swap them with friends and pass them on. It's time for fashion brands to re-invent themselves and design clothes that we really need and enjoy wearing – designed for better quality, longevity and for re-use.
This is the only way to make fashion fit for the future. Let’s call timeout on fast fashion.
Happy Buy Nothing Day!
Dr. Kirsten Brodde is the Detox my Fashion Global Project Lead at Greenpeace Germany
Câmara tenta ressuscitar PL do carro a diesel
Projeto de lei que libera carros de passeio movidos a combustível diesel, um dos mais poluentes do mundo, pode ser votado ainda este mês pelos parlamentares
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Texto publicado inicialmente pelo Observatório do Clima
Uma Comissão especial da Câmara dos Deputados pode votar nos próximos dias o Projeto de Lei 1.013/2011, que libera a fabricação e a venda de carros de passeio movidos a óleo diesel no país.
O movimento acontece após o encerramento da COP22, a conferência do clima de Marrakesh, durante a qual o governo brasileiro afirmou seu compromisso com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5oC. E apenas cinco dias após o presidente Michel Temer ter vetado a proposta, também originária da Câmara, de criar um programa de incentivo às termelétricas a carvão mineral no Brasil.
O PL do diesel vai na contramão das metas brasileiras de redução de emissões de gases de efeito estufa e atenta contra a saúde de moradores das regiões metropolitanas, já que um de seus efeitos será elevar a concentração de material particulado fino e óxidos de enxofre, que carros a diesel emitem muito mais do que carros a gasolina. Cidades como Londres e Paris já marcaram data para tirar esses carros de circulação. Em setembro, a montadora Renault traçou um plano para parar de fabricar carros a diesel na Europa. Segundo estimativa do Conselho Internacional pelo Transporte Limpo, a aprovação da lei pode causar até 150 mil mortes precoces por poluição do ar até 2050 no país.
Além disso, ao criar um desincentivo ao álcool combustível – que precisará competir na bomba com o diesel, mais barato –, ele também vai na contramão da Plataforma BioFuturo, lançada na COP22 pelo governo brasileiro e outros 19 países para incentivar combustíveis de baixo carbono.
Em junho deste ano, uma ampla coalizão da sociedade civil lançou um manifesto pelo arquivamento do projeto. De acordo com o documento, assinado por cinco ex-ministros do Meio Ambiente, por associações empresariais, entidades ambientalistas e pesquisadores, o PL atenta contra os interesses da sociedade brasileira em quatro aspectos: no ambiental, no de saúde, no econômico e no democrático.
O PL 1.013 foi rejeitado em duas comissões da Câmara antes de ser colocado para tramitar na comissão especial, criada em 2015 pelo então presidente da Casa – ora presidiário – Eduardo Cunha.
Wednesday, November 23, 2016
Stand for Indigenous rights – and for the planet
Blogpost by Dawn Bickett
For centuries, Indigenous Peoples have been fighting to protect their lands and secure their rights in the face of colonisation, environmental destruction and violence. Today – with looming global environmental crises like climate change – Indigenous communities continue to lead the world in protecting the Earth. While Indigenous Peoples represent about 6% of the world’s population, their traditional lands hold about 80% of the world’s remaining biodiversity.
Yet Indigenous communities are often those first and most impacted by environmental destruction. Again and again, governments and companies put profit above Indigenous Peoples’ rights. When Indigenous Peoples stand up for their rights and their traditional lands, those in power often go to great lengths to suppress them – from legal maneuvers, to violence, to assassination.
Just this past Sunday, militarised police forces in the United States injured over 300 people standing up to stop the Dakota Access Pipeline on the traditional lands of the Standing Rock Sioux. Last year, 185 environmental activists were killed globally, and of those, 40% were Indigenous.
Fighting for Indigenous rights and fighting for the planet are often one and the same. Here are four ways to stand with Indigenous communities in urgent, important struggles across the Americas.
Water Protectors and the Dakota Access Pipeline
For months, the Standing Rock Sioux and their allies – known as water protectors – have been working to stop the construction of the Dakota Access Pipeline in the United States.
The pipeline was approved without consultation from the tribe – even though it would carry nearly 500,000 barrels of crude oil a day across Sioux ancestral lands and under the Missouri River. It poses direct threat to the rights and safety of the Standing Rock Sioux, who live less than a mile downstream.
Thousands have joined the peaceful resistance at Standing Rock – but law enforcement has reacted with extreme aggression: teargas, rubber bullets, concussion grenades. Across the United States and around the world, from New Zealand to Laos, people are demanding that the US government stop the violence – and stop the pipeline.
TAKE ACTION: Send a message to President Obama now to stop the Dakota Access Pipeline, and learn more about directly supporting the water protector camps.
You can also call banks financing the pipeline to tell them to withdraw their investments – and consider switching banks if you are a customer of a bank funding the pipeline. One major bank has already withdrawn investment from the pipeline after facing public criticism.
Clara Natanine on Arctic Sunrise in Davis Strait, 11 Aug, 2016, © Greenpeace
The People of Clyde River and seismic blasting
In just one week, the people of Clyde River – an Inuit community in the Canadian Arctic – are going to the Supreme Court of Canada to fight for their rights, their culture and their livelihoods.
The Canadian government failed to properly consult with the Clyde River community, as required by law, before giving permits to fossil fuel companies for oil exploration in the area. The way companies would look for oil is called seismic blasting – a practice so destructive it could injure whales and other marine life that the community depends on. Without these animals, the people of Clyde River would lose a vital part of their culture and their food security.
“Save our Arctic home”
"We are fighting for our children." Tell Prime Minister Justin Trudeau to support Clyde River and stop seismic blasting! >> http://bit.ly/2bxWN6c #ArcticHome
Posted by Save The Arctic on Wednesday, August 17, 2016
TAKE ACTION: Send Canadian Prime Minister Justin Trudeau a noise complaint and a message in support of Indigenous rights. And if you're in Canada, join the rally outside the Supreme Court in Ottawa next week.
Justice for Berta Caceres and the Lenca People in Honduras
Berta Cáceres Flores was a Honduran Indigenous rights and environmental activist who led a courageous movement to defend Indigenous lands and communities. One of her biggest battles was to stop the Agua Zarca hydroelectric project – a dam that threatens a sacred river for the Lenca Indigenous People in Honduras.
But her life was cut short. On 2 March, 2016, intruders broke into her house and shot her to death. In the words of her son: “She was killed for defending life, for safeguarding our common goods and those of nature, which are sacred.” Several weeks later, another member of the organization she founded was also killed. While the Honduran government arrested several people for her murder, those who called for her assassination have yet to be exposed and brought to justice. Other leaders in her organisation in Honduras continue to be attacked.
Recently, several international lawyers launched an independent investigation into her murder. But we cannot let the spotlight on the violence facing Indigenous and environmental activists in Honduras fade, nor can we allow the Agua Zarca hydroelectric project to move forward.
TAKE ACTION: Demand justice for Berta, for the truth of her murder to be exposed, and for the halt of the Agua Zarca dam project.
The Munduruku People of the Amazon and devastating dams
The Munduruku people of the Brazilian Amazon have been fighting to have their traditional lands officially recognized for decades, and at the end of his month, the Brazilian government could finally decide their case.
Timing is critical. Right now, the government is planning a series of dams that would flood portions of the Amazon rainforest and threaten their way of life. As one Mundurku chief expressed: “The river is our blood.” If the Munduruku People win recognition of their territory, the government will need to get their permission before the dams can move forward.
Already, one mega-dam project on Munduruku land was cancelled this year after more than a million people around the world stood in solidarity with them. We must keep our attention on the Brazilian government to make sure Munduruku rights are honoured.
TAKE ACTION: Add your name to stand with the Munduruku people as they seek the rights to protect their traditional lands. Make sure the Brazilian government knows the world is watching.
These are just a handful of the many, many fights for Indigenous rights happening around the world right now. A green and peaceful world is only possible when Indigenous Peoples’ cultures, lands and waters are respected, whether in Canada or Brazil, the US or Honduras.
Please take action right now to stand in solidarity with Indigenous communities around the world.
Dawn Bickett is the content editor for the Americas at Greenpeace USA
Blog post by: Dawn Bickett
Dawn Bickett is a Content Editor for the Americas Communications Hub at Greenpeace USA.
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Tuesday, November 22, 2016
One phone call could #SaveTheGalaxy
Blogpost by Robin Perkins
At the beginning of the month we launched a petition to ask Samsung to reuse or recycle materials from 4.3 million Galaxy Note7 phones following its global recall in October.
Since then the story has been picked up by media all over the world and over 25,000 people signed the petition calling on Samsung to do the right thing.
via GIPHY
Samsung has already publicly said it “recognises the concerns” and is “reviewing possible options that can minimize the environmental impact” of these millions of phones.
However, we still haven’t seen any public plans and now it’s time to up the pressure.
Right now, Samsung’s management is considering what to do. If you can spare a phone call and just three minutes of your time today we can convince them to make the right decision on behalf of our planet.
What can I do?
It’s easy - join us in asking Samsung directly what is the plan with one simple phone call:
1) Find the number of the Samsung support in your country from the list here. (If your country isn’t here let us know with a comment!)
2) Call and ask these three easy questions. Write down or film the response!
(i) I heard that you are currently collecting millions of Galaxy Note 7 phones. As a customer, could you tell me what Samsung plans to do with these phones?
(ii) Will Samsung use this opportunity to recycle or reuse the components?
(iv) (If there is no plan): When will Samsung announce publicly what it will do?
If we keep up the pressure we can convince Samsung to see the opportunity in this crisis and rethink how it designs, produces, and reuses precious materials from the millions of phones it makes every year.
Robin Perkins is the Detox Programme Leader at Greenpeace México
Saturday, November 19, 2016
The world unites, vulnerable countries inspire – but there’s hard work ahead
Blogpost by Jennifer Morgan
I have attended countless UN Climate conferences during the past two decades, but Marrakech will be among the more memorable, and not just because there was a sense of renewed determination here in the face of the election of Donald Trump.
Two things inspired me today. Standing with hundreds – from the Moroccan Minister of the Environment to grassroots activists fighting to keep fossil fuels in the ground – around our giant #WeWillMoveAhead banners. It was hot, but I felt a sense of connection and determination through this moment of shared solidarity. Thanks to all of you who sent your #WeWillMoveAhead messages. Keep them coming.
The second inspiration today was 47 countries at the forefront of climate change committing to a 100% renewable future. That is the kind of vision and leadership we would want from everyone. The Climate Vulnerable Forum is setting the pace here and we will be their supporters and allies all the way so that their Marrakech Vision is turned into reality on the ground.
Indeed, there is much hard work to do when we get home. The mood here was positive and determined. But the news is not good. 2016 will be – once again – the hottest year on record. And while global climate pollution is no longer rising quickly, it urgently needs to come down. Coal plants have to close very soon – and there need to be just transition plans developed for all workers affected.
Still, the transformation of the electricity sector is now unstoppable. Not only the 47 vulnerable countries are committed to it. We are also seeing cities, islands, states and businesses delivering 100% renewable electricity on the ground. But that is only the start. To prevent dangerous climate change we need to transform also the transport sector and urban planning, switch to agro-ecology and protect our forests and oceans. Indeed, we need to transform the way we live and share our resources more fairly.
There is much work to do. But what we can learn from the electricity sector is that one of our founders, Bob Hunter, was right when he said that “big change looks impossible when you start and inevitable when you finish.” I remember how people looked at me strangely when I said that a 100% renewable world is possible. Those days are over. The renewable energy revolution is now a reality. We need to replicate the success we are having on electricity in other sectors.
Inspired by the solidarity I felt today, I know we can do it. So let's. Together.
Jennifer Morgan is the Executive Director of Greenpeace International
Blog post by: Jennifer Morgan
Jennifer Morgan is the Executive Director of Greenpeace International.
Previously, she was the Global Director of the Climate Program at the World Resources Institute. A climate activist, she has been a leader of large teams at major organisations, and her other ports of call have included the Worldwide Fund for Nature, Climate Action Network, and E3G.
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Tweet @climatemorgan
Chega ao fim a COP22. E seguiremos em frente no combate às mudanças climáticas
Postado por Pedro Telles*
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Durante a COP22, pessoas foram às ruas apoiar fontes de energia limpas, como a solar e a eólica. A marcha foi organizada pelo MCoalition for Climate Justice. (Foto: ©Jeremy Sutton-Hibbert/ Greenpeace)
A 22a Conferência do Clima da ONU, que se deu em Marrakesh, acabou nesta sexta-feira (18/11) cumprindo a importante missão de manter vivo o espírito do Acordo de Paris. E entregou o básico do que era esperado em termos de decisões formais. Passou o recado de que governos e a sociedade civil de todo o mundo seguirão adiante enfrentando as mudanças climáticas, e deu alguns passos importantes apesar de não superar expectativas.
A grande pergunta que assombrou a conferência foi sobre o futuro deste processo, e da ação climática como um todo, com a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos. Trump, que nega a ciência do clima e já ameaçou abandonar o Acordo de Paris, é evidentemente uma pedra no caminho.
Pouco após o abalo inicial da notícia, porém, muitos governos – apoiados por fortes chamados de ONGs, movimentos e até empresas mais comprometidas com o clima – passaram a destacar que seguirão adiante. Um número expressivo deles inclusive aumentou o nível de seus compromissos.
Vale citar os 48 países do Climate Vulnerable Forum que se comprometeram com a meta de 100% de energias renováveis, e a Marrakech Action Proclamation, que não traz novidades mas reforça o compromisso político. A situação dos EUA sem dúvidas é bem desafiadora, mas este não é um tema em que este país dá as cartas sozinho. Outros pesos-pesados (como a China) seguirão ativos e anunciaram que não aceitarão retrocessos.
No que diz respeito às negociações em si, esta COP tinha como objetivo começar a construção de medidas para a implementação do Acordo de Paris, detalhando como acontecerá na prática aquilo a que o acordo promete (lembrando que o primeiro ciclo de compromissos do acordo começa a valer em 2020). É mais ou menos como o processo de regulamentação de uma lei depois que ela é aprovada.
Um dos pontos-chave era a definição da data em que todas as medidas devem estar definidas. Felizmente foi batido o martelo de 2018, apesar de alguns países inicialmente terem preferido um prazo mais longo ou flexível. Outro ponto importante era o de construir condições para que uma revisão do progresso marcada também para 2018 seja usada para estimular governos a elevar a ambição de seus compromissos nacionais. O chamado para isso se fortaleceu bastante, mas o tema segue em aberto nas negociações em si. Um terceiro tema de destaque é o de apoio financeiro a países em desenvolvimento, e esse infelizmente segue avançando lentamente, com promessas significativas mas praticamente nenhum avanço concreto com relação a como torná-las realidade.
Sobre o papel do Brasil, houve atitudes louváveis e outras detestáveis. Por um lado, a COP e o que fizemos aqui foi importante para garantir o veto a novos subsídios a carvão que nosso Congresso havia aprovado em outubro. Esse veto ter acontecido durante a COP contribuiu para fortalecer a mensagem de que o mundo segue adiante no combate às mudanças climáticas.
Também vimos a volta do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, agora coordenado por Alfredo Sirkis com o apoio de Natalie Unterstell, que promoveram suas duas primeiras reuniões com a sociedade civil brasileira durante a conferência. E vimos a Moratória da Soja brasileira ser elogiada como grande exemplo de iniciativa de proteção às florestas em diversos eventos paralelos.
Por outro lado, o Ministro da Agricultura Blairo Maggi falou barbaridades em vários momentos – incluindo uma ironia com assassinatos de ambientalistas e insistentes indicações de que não pretende agir mais com relação ao clima. O governo não divulgou os novos dados de desmatamento do PRODES, que geralmente saem antes da COP. E eles devem apontar para um aumento do problema.
Houve também intensos debates entre organizações e movimentos brasileiros em torno da falsa solução dos offsets, por meio da qual tenta-se compensar (e não reduzir) emissões via proteção de florestas – um tema cheio de armadilhas que voltou à tona em tempos recentes. Nosso time de negociadores manteve a postura balanceada pela qual é conhecido, defendendo alguns pontos importantes mesmo sem se destacar tanto quanto ano passado, na COP de Paris – o que de qualquer forma não era muito favorecido pelo contexto e pauta de Marrakesh.
Seguimos adiante. O desafio certamente aumenta com Trump na presidência dos EUA, mas a esperança felizmente segue firme.
*Pedro Telles é da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Determinação renovada para todos, avanços de liderança de alguns
Com o encerramento da Conferência do Clima deste ano, porta-vozes do Greenpeace falam sobre os pontos altos e baixos das negociações entre os países.
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Pessoas e governantes que apoiam o Acordo de Paris se reúnem na COP22. No banner, a mensagem "Seguiremos em frente" mostra a determinação em avançar no combate às mudanças climáticas. (Foto: ©Angie Rattay/Greenpeace)
Marrakesh, 18 de novembro de 2016 – A respeito do resultado das negociações durante a 22a Conferência do Clima em Marrakesh, Jennifer Morgan, diretora-executiva da Greenpeace Internacional, se pronunciou: "As duas últimas semanas presenciaram uma determinação renovada em avançar com o Acordo de Paris. Aqui na ONU, os países deram um pequeno passo juntos e alguns já estão dando os gigantes saltos que precisamos. Quarenta e sete países na linha de frente das mudanças climáticas estão definindo o ritmo, e seu compromisso com energias 100% renováveis mostra a exata liderança e visão que precisamos de todos.
Já Kaisa Kosonen, líder de Políticas Globais do Clima do Greenpeace, afirmou: “Precisávamos de um plano de trabalho para conseguir cortar rapidamente e intensamente as emissões de gases de efeito estufa e, de uma forte diretriz de implementação do Acordo de Paris até 2018. Nós conseguimos o suficiente na COP22. Mas não há nada comparável ao apoio aos países vulneráveis".
Ghalia Fayad, líder do programa mundial do Greenpeace Mediterrâneo Árabe, disse: "As negociações em Marrakesh podem estar terminando hoje, mas agora é a hora de o Marrocos liderar uma ambiciosa transição para um futuro com energias 100% renováveis na região. O Marrocos tem a oportunidade de guiar outros países árabes e africanos para um futuro energético que não depende de combustíveis fósseis, mas sim pelo sol e pelo vento. Se o Marrocos tomar essa liderança, a Conferência do Clima desse ano será lembrada como a COP da ação".
Li Shuo, assessor de política do Greenpeace China, também se pronunciou: "Temos visto a China continuar com suas ações pelo clima e em apoio ao Acordo de Paris. É do seu interesse fazê-lo. O consumo chinês de carvão está diminuindo as emissões globais e combatendo a poluição do ar em nossa casa. Podemos esperar novas ações à medida que a China colhe os benefícios de suas políticas climáticas ".
Paulo Adário, da campanha de Floresta do Greenpeace Internacional, declarou: "Manter o aquecimento do planeta abaixo de 1,5 oC requer um grande avanço na proteção e restauração das florestas, não apenas de algumas etapas. Aqui em Marrakesh, falou-se muito sobre o uso de florestas para compensar as emissões de carbono de setores defasados como a aviação. Mas falou-se pouco sobre o compromisso de salvar essas nossas florestas ".
Para concluir, Jennifer Morgan disse: "Se os governos levarem a sério o Acordo de Paris, nenhum novo projeto de combustíveis fósseis será licenciado. Para evitar uma catástrofe climática, precisamos manter os combustíveis fósseis no solo, proteger nossas florestas e oceanos e fazer uma transição rumo à agricultura ecológica e fontes de energia 100% renováveis. Seremos a geração que terminará com combustíveis fósseis. "
Ônibus elétricos são viáveis em São Paulo e um grande passo na redução de emissões
Postado por rgerhard
Dossiê produzido pelo Greenpeace mostra que é possível zerar as emissões de carbono e poluentes da frota de ônibus de São Paulo sem impactar a tarifa ao usuário e com benefícios para o clima, a saúde e a economia da cidade
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Na cidade de São Paulo, quase metade da fuligem que polui o ar é gerada pelos ônibus do transporte público Foto: Rafael Neddermeyer/ Públicas
Usar combustíveis limpos e renováveis na frota de ônibus da cidade de São Paulo é obrigatório desde 2009 por meio da Política Municipal de Clima. Essa medida, no entanto, sempre foi negligenciada sob o argumento da inviabilidade técnica e financeira. O Greenpeace elaborou um dossiê que demonstra o oposto: além de viável – e mais eficiente que o veículo movidos a biocombustíveis –, a adoção dos ônibus elétricos em toda a frota é indutora de benefícios para a saúde, para a economia e para o clima. E sem pesar no bolso do usuário.
A publicação Dossiê Ônibus Limpo: Benefícios de uma transição para combustíveis renováveis na frota de São Paulo foi produzida em agosto de 2016 a partir de levantamento de dados operacionais do sistema de transporte da capital, os custos de manutenção e das fontes disponíveis, de testes realizados por fabricantes de veículos em outras cidades, e de pesquisas em saúde ambiental.
“Queremos elevar a discussão técnica e cobrar que a nova licitação de ônibus da Prefeitura de São Paulo incorpore a adoção gradativa de combustíveis limpos, como exige a Lei Municipal do Clima, que determina a transição completa até 2018”, diz Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
A publicação também é uma forma trazer mais informações independentes para que a sociedade cobre por mudanças no setor. Afinal, quem não gostaria de um sistema de transporte público mais silencioso, moderno, sem aquela fumaça preta tóxica que mata cerca de 4.700 pessoas por ano na região metropolitana e contribui com o aquecimento global? Cerca de 47% do material particulado (fuligem) e 13% das emissões de CO2 que poluem o ar da capital paulistana são gerados pelos ônibus a diesel. Com emissão zero de os ônibus elétricos podem tornar essa realidade possível.
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Alguns dados do dossiê:
- No caso dos ônibus elétricos puros, testes têm demonstrado que o custo de manutenção pode ser 25% menor e a economia com combustível pode chegar a 64,7% em comparação com os convencionais a diesel;
- O leasing de baterias é uma alternativa para reduzir drasticamente o custo dos ônibus elétricos, aproximando-o do valor do veículo a diesel;
- Por meio da tecnologia V2G (Vehicle to Grid), os ônibus não são apenas consumidores de energia, mas parte do sistema elétrico. Eles podem incorporar as fontes eólica e solar, servir de backup e fornecer energia à rede, tornando todo o sistema mais eficiente;
- A redução na queima do diesel convencional poupa vidas e recursos: em dez anos, uma redução de 20% poderia evitar mais de 7 mil mortes e os cofres públicos economizariam R$ 53 milhões em gastos de saúde decorrentes de problemas cardiorrespiratórios.
Elétricos ou biocombustíveis?
Na Conferência do Clima da ONU, no Marrocos, a participação do setor de transporte no combate às mudanças do clima foi um dos temas debatidos. No Brasil, ele é responsável por cerca de 46% das emissões relacionadas à queima de combustíves fósseis, mas é o setor que tem recebido menos atenção em relação aos usos de energia, na avaliação do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho.
Nesta quarta-feira (16), o governo brasileiro lançou, em parceria com outros 19 países, uma iniciativa de promoção dos biocombustíveis, sobretudo etanol de cana-de-açúcar e o biodiesel de soja, como a solução para reduzir as emissões do setor. "Precisamos urgentemente encontrar soluções de curto e médio prazo para emissões de transportes e implantar todas as medidas sustentáveis que pudermos dispor", afirmou o ministro.
Embora os biocombustíveis sejam uma tecnologia mais limpa comparada ao diesel, para um corte mais agressivo de emissões no setor de transporte, especialmente de passageiros nos centros urbanos, o mundo ruma rapidamente em direção aos veículos elétricos, e uma metrópole como São Paulo deve estar na vanguarda desse movimento”, afirma Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
Em função disso, para a frota de ônibus coletivo nas cidades, os biocombustíveis podem ser encarados como uma solução paliativa, pois amenizam o problema agora, mas precisarão ser substituídos depois, quando metas mais agressivas de redução de emissões serão exigidas. Assim, o custo acabará sendo maior. "Além dos veículos, temos de considerar toda a infraestrutura necessária para atendê-los. Nosso dossiê mostra que os investimentos de aquisição dos ônibus elétricos se pagam em médio prazo, e essa infraestrutura elétrica, mais duradoura, irá promover uma modernização que beneficiará a cidade como um todo”, diz Bárbara.
A meta brasileira é reduzir 37% das emissões de CO2 até 2025 e 43% até 2030. Para isso, alguns meios são ampliar a bioenergia sustentável na matriz energética para aproximadamente 18% do setor e aumentar em 45% a participação de energias renováveis na matriz energética brasileira.
Mais respeito, senhor ministro!
“É só 50”, diz Blairo Maggi, ministro da Agricultura, sobre ambientalistas assassinados no Brasil; país é líder mundial na morte de defensores do meio ambiente
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Dar bom dia a cavalo é o destino de quem fala demais, nos ensina o dito popular. Lição valiosa, ainda mais para falantes que vestem a camisa de representação do país. Mas parece que Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura, não dá muita importância para tal ensinamento.
Esta semana, na 22ª Conferência do Clima em Marrakech, o ministro desferiu uma série de “gafes” neste que é um dos encontros mais importante da ONU. Em uma delas, disse que no Brasil os rios são protegidos pela consciência dos agricultores, algo que para ele seria maior que a própria lei. Consciência esta, aliás, que faltou ao Senador Blairo quando, apenas alguns meses atrás, relatou uma emenda constitucional (PEC 65/2012) propondo a extinção do licenciamento ambiental no país. Um tapa na cara das vítimas do desastre promovido pela mineradora Samarco em Mariana.
Mas nada do que disse o ministro pode ser comparado com a falta de respeito demonstrada em relação ao número de homicídios no campo no Brasil, que dão ao país o lamentável título de campeão mundial de assassinato de ambientalistas. Questionado sobre o assunto durante uma de suas palestras, Blairo afirmou que a morte dessas pessoas não passava de “problemas de relacionamento”, um incrível desrespeito às vítimas e suas famílias. E não parou por aí.
Em outro evento, Maggi se superou quando, sem pudor e aos microfones abertos, disparou que ”morreram menos 150 ambientalistas de ontem pra hoje” ao fazer joguete com o número de assassinatos, citando que no dia anterior havia visto um dado que indicava que o número de mortes era de 200 pessoas e que “hoje é só 50 “. “Então, já melhorou bem o Brasil”, complementou. Lamentável.
Ouça aqui o áudio com a fala do ministro Maggi
Na matemática, o ministro confundiu o número mundial de assassinatos de ambientalistas, 200, com os casos brasileiros, que sozinhos somam 50. Mas, no caso, o erro não foi de cálculo, e sim de falta de respeito.
A declaração ocorre às vésperas do julgamento do assassinato do casal de extrativistas Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, cujo caso ainda está impune, assim como a grande maioria dos assassinatos da região Amazônica. Ocorre também 20 anos após a matança de 19 trabalhadores no massacre de Eldorado dos Carajás.
O ministro viajou ao Marrocos, local da conferência, com despesas custeadas pelo dinheiro de impostos pagos pela população, incluindo o das famílias das vítimas que foram alvo de suas brincadeiras. Face à gravidade da violência que impera na disputa de terras no Brasil, o mínimo que se deseja receber das autoridades que ocupam cadeiras ministeriais é respeito ao tema. Blairo não teve. Melhor que tivesse ficado calado.
Friday, November 18, 2016
Uma dívida para sempre com o Xingu
Uma dívida para sempre com o Xingu Roda de conversa realizada em Alter do Chão discute impactos causados por Belo Monte e a preocupação com as futuras hidrelétricas planejadas para o rio Tapajós
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Roda de conversa sobre os impactos das hidrelétricas na Amazônia, durante o Festival das Águas (© Greenpeace)
“As experiências de Belo Monte são as piores possíveis”. É assim que Antonia Melo, liderança do movimento Xingu Vivo, define, cerca de um ano após o enchimento do reservatório, o que aconteceu e continua acontecendo em Altamira e no rio Xingu, com a instalação de Belo Monte.
A fala aconteceu durante uma roda de conversa que reuniu lideranças, pesquisadores, representantes de movimentos sociais e organizações não governamentais para discutir as hidrelétricas na Amazônia. O evento foi parte da programação do Festival das Águas, realizado em Alter do Chão, no Pará, no rio Tapajós, para mobilizar a sociedade sobre a importância das águas e dos rios para o Planeta.
A trajetória de Antonia Melo na luta contra Belo Monte teve início quando o projeto ainda estava no papel. Desde então, ela viu Belo Monte ser cancelada para depois ressurgir com força total durante o governo Lula. Quando a obra se tornou realidade, Antonia teve que deixar sua casa, suas memórias e a história de uma vida para trás. Hoje Belo Monte está construída, com cinco turbinas em funcionamento, mas isso não significa que a luta tenha chegado ao fim. Os impactos causados por esse “monstro”, como Antônia e muitos outros que acompanharam de perto a hidrelétrica a definem, continuam acontecendo a olhos nus e precisam ser monitorados e discutidos para não se repetirem com a construção de novas hidrelétricas na Amazônia.
“Belo Monte para nós não é fato consumado, é uma desgraça, eles têm uma dívida para sempre com as populações do Xingu”, disse Antonia. “A luta contra essa forma de gerar energia destruindo o rio, as florestas e as populações continua. Gostaríamos que vocês ficassem atentos para todas as lições que Belo Monte trouxe para os povos do Xingu e que não queremos que se repitam no Tapajós”.
Altamira, no Pará, onde está Belo Monte, sofre com problemas graves na área da saúde, educação e violência, especialmente contra mulheres, crianças e adolescentes. A obra está mudando ainda todo o ecossistema da região sediada abaixo da barragem, afetando a vida dos povos indígenas que vivem a jusante do reservatório e que hoje não conhecem mais o rio que é vital para a sua sobrevivência, pois a água que agora chega para eles depende do controle da vazão realizado pela barragem.
Quando o lago da usina começou a ser formado, entre o final do ano passado e começo deste ano, foi constatada a morte de mais de 16 toneladas de peixes na região de Altamira. Atualmente, os peixes mostram sinais de doenças, como cegueira e a presença de parasitas. “Hoje em dia a gente sai pra pescar mas não sabe se vai pegar comida, não sabe o que vai acontecer. Antes, quando o rio enchia, você sabia os tipos de peixe que ia encontrar, hoje não existe mais isso”, disse Elinalva Juruna.
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Acari, peixe muito comum na região de Altamira, cego e com parasitas (Foto: © Torkjell Leira)
Lições que não podem se repetir
“O pior de Altamira é que o mundo está vendo a lição ali na frente e estão tentando acabar mais ainda”, disse Raimunda Gomes, pescadora afetada por Belo Monte. Para além desta hidrelétrica, existem mais de cem projetos que o governo insiste em propor para a Amazônia, como é o caso das barragens no rio Tapajós, onde vive o povo Munduruku.
“As hidrelétricas são parte de uma visão estatal que enxerga a Amazônia como província mineral e energética, apenas, como se não houvesse ninguém vivendo nela”, explicou Danicley de Aguiar, do Greenpeace. “Mas o rio, na Amazônia, é o elemento principal do bioma, se você começa a bloquear o fluxo de sedimento e toda a vida que está no rio, a pergunta é o que acontece com o bioma, o que acontece com a bacia amazônica. Está tudo em risco”, afirmou ele.
Recentemente, a maior hidrelétrica prevista no rio Tapajós foi cancelada, porém, ainda existem pelo menos outras 40 planejadas ou já em construção apenas na bacia do rio Tapajós. O povo Munduruku luta para que nenhuma dessas hidrelétricas saia do papel e para que seu território tradicional no médio Tapajós seja finalmente demarcado. Mais de 1,2 milhão de pessoas ao redor do mundo também apoiam essa causa. “Hoje a nossa luta tem que ser com argumentos, com a Constituição, a Convenção 169”, disse Karo Munduruku. “Quero chamar a todos vocês para se unirem na luta contra esse mal que está tirando o sono dos caciques, das crianças e de todos que moram no rio”, finalizou ele.
Thursday, November 17, 2016
We will win – despite Trump
Blogpost by Jennifer Morgan
I am hopeful and determined today. The first ever truly global agreement to fight climate change, the Paris Agreement, is having its first ever formal meeting. I have been working towards this moment for decades. This is no normal diplomatic affair. Few expected this first meeting to happen in this year. But here we are. The world has ratified the Paris Agreement at record speed. The cynics who claimed that the world would fail to unite against the threat of climate change were proven wrong. The world is coming together to address the biggest threat we face.
This gives me hope. Indeed, it is remarkable to what degree these global climate negotiations are now about good news. Over the past many years these negotiations were about raising the alarm. I remember clearly the fire alarm that Greenpeace rang at the negotiations in 2000. It was deafening!
Greenpeace activists sound the alarm with a siren in a cage at the climate conference COP6 in The Hague as protest against the lack of action by governments to prevent dangerous climate change. The banner reads "Climate Alarm". 17 Nov, 2000 © Greenpeace / Ben Deiman
But now, with every new step, I meet someone who is already building a better, renewable world. I hear of the host country Morocco shifting its electricity system to 52% renewable by 2030. I learn from my Greenpeace Mediterranean colleagues about the women of Tahala taking the lead in that transformation. Thanks to solar power, schools, mosques and the women's club in Tahala, a remote village, now have reliable, free electricity.
I learn that Brazil is refusing a $1 billion subsidy for coal. I hear about renewable energy in China providing jobs and opportunities even in an old coal town.
These stories show that the energy revolution is delivering for people and planet alike. It is now unstoppable. We will be the generation that ends fossil fuels - and we will work hard to do so in a just manner while defending workers rights.
Of course, the election of Donald Trump, who is personally invested in fossil fuels, hangs like a dark cloud over sunny Marrakech. But country after country is making it crystal clear here that they will continue to act on climate change, no matter what the US does. Germany's environment minister said that Europe will make up for any emission reductions the US fails to make. Countries here know that climate action is in their interest. That the consequences of climate change are already happening now. They do not want to pay the price of more droughts or more ferocious hurricanes.
Greenpeace USA is preparing to fight hard for people and climate under president-elect Trump – and I know many states, cities, businesses and citizens will continue to advance climate action (also) in the US. So despite the dark cloud, there is a ray of light. The tide of history has turned. Climate action is happening. By continuing to fight for it we will ensure that it is here to stay – and we will win.
Please join in and support us!
Jennifer Morgan is the Executive Director of Greenpeace International
Blog post by: Jennifer Morgan
Jennifer Morgan is the Executive Director of Greenpeace International.
Previously, she was the Global Director of the Climate Program at the World Resources Institute. A climate activist, she has been a leader of large teams at major organisations, and her other ports of call have included the Worldwide Fund for Nature, Climate Action Network, and E3G.
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Wednesday, November 16, 2016
Trump as President: Here’s how we get through this
Blogpost by Annie Leonard
I never thought I’d have to write this. The election of Donald Trump as President of the United States, has been devastating. He’s spent months threatening immigrants, women, people of colour, Muslims and the differently-abled community, among many others. This election will be hard news to process for a long time.
2016 Election Result Vigil, New York City, 9 Nov, 2016
There are many people around the United States today who are terrified for their safety and their future. Our hearts go out to you. Our first priority is to reinforce and re-commit ourselves to protecting and loving one another. Now, more than ever, we need to be here for each other.
And we will continue to work with you and our many partners to fight for a country and a world where everyone feels respected, valued and safe.
Hillary Clinton’s loss does not erase the value of the progressive movement in the US.
Current figures show that she actually won the popular vote. This means that almost 50 million Americans, and perhaps many more who either couldn’t or didn’t vote, believed in something better. Fear may have won this election, but hope, action and perseverance can overcome.
So I want to make a promise to you: Greenpeace USA is not going anywhere, and we are committed to continue building a movement that fights for environmental, social, racial and economic justice. We are going to get through this — together.
What can each of us do right now to make the world a more loving and just place? We have some ideas, and we'd love to hear from you too.
Posted by Greenpeace USA on Wednesday, November 9, 2016
There’s no question, Donald Trump’s climate denial is staggering.
Not only does he consider it a hoax, he wants to shut down the US Environmental Protection Agency, “cancel” the Paris Climate Agreement, stop funding clean energy research and “drill, baby, drill.” But US election results don’t change the science or the reality of climate change, so we will need to double down on finding solutions both in the United Statesand with allies around the world.
The climate movement is a global one. We are a broad community bound by courage, action and optimism. If we join together, we can make our plans for a just transition to a renewable energy society possible even with a man who actively opposes progress for the human race in the White House.
If you feel like you want to start today — and I’ve been amazed by the number of people that have already asked how they can help — here are some ideas:
Check in on your neighbours and friends, ask how they are doing, how you can support them
Write up a list of what skills you can contribute to the movement
Help make the most of Obama’s presidency: Take action to stop the Dakota Access Pipeline.
Attend an organising training
Make a donation to an organisation or cause you care about
Get in touch with your local Greenpeace office or use Greenpeace’s Greenwire platform to find and connect with other activists in your community and organise with them (also great if you need to find support from like-minded people!)
Together, we are stronger than Donald Trump will ever be.
Annie Leonard is the Executive Director of Greenpeace USA
A version of this blog was originally posted by Greenpeace USA
“It's about the people, not about the products” - the faces of PFC pollution
Blogpost by Elske Krikhaar and Jeffrey Dugas
Elske Krikhaar, Greenpeace International
The first thing that went through my mind as I entered Jan and Ineke van Genderen’s living room was how close the DuPont/Chemours facility was. I could almost see it from the window. It is one street over.
Jan and Ineke are a friendly retired couple from Dordrecht, a town of about 118 000 people in the western Netherlands. They have lovely grandchildren and are active in their community. Jan worked at the DuPont’s Teflon division. He met Ineke at the entrance of the plant 35 years ago.
Today they have become the faces of PFC pollution in the area, a group of chemicals produced by DuPont and other chemical companies and used in many consumer goods, including packaging, cookware and outdoor waterproof gear.
In April 2015, the Dutch newspaper Algemeen Dagblad wrote about their story and published their blood test results. Both showed high levels of PFOA in their blood. Ineke’s results were almost three times higher than those of her husband although she never worked at the plant.
PFOA was used until 2012 for the production of Teflon. PFOA was placed on the REACH Candidate List of Substances of Very High Concern in 2013 and is being considered for inclusion on the international Stockholm Convention that globally restricts certain Persistent Organic Pollutants because of its persistent, bioaccumulative and toxic properties. The chemical affects the reproductive system and has been classified as possibly carcinogenic to humans by IARC
For Jan and Ineke it is a waiting game. The doctors cannot predict what their PFOA concentration means for their health, but serious health conditions have been associated with PFOA exposure in other contaminated areas.
Watch more human impact stories about PFC pollution from other corners of the world.
Elske Krikhaar is a Toxics Campaigner at Greenpeace International.
Jeffrey Dugas, from the NGO Keep Your Promises DuPont
In 2015, Gwen and Earl Botkin and thousands of local residents joined to form Keep Your Promises DuPont, which is dedicated to holding DuPont accountable for decades of drinking water contamination. For decades, DuPont dumped PFOA a PFC used to make Teflon, directly into the Ohio River.
A class action lawsuit on behalf of thousands of Ohio residents established that DuPont had credible scientific evidence that PFOA might be harmful to human health and that the company covered up the evidence and hid the facts from local residents, regulators, and elected officials. By the time they were forced to stop, DuPont had dumped, poured and released over 1.7 million pounds of PFOA (770 tonnes) into the environment. A science panel established as part of the Dupont case, concluded that for six disease categories there was a “probable link” to C8 (also known as PFOA) exposure: diagnosed high cholesterol, ulcerative colitis, thyroid disease, testicular cancer, kidney cancer, and pregnancy-induced hypertension.
By partnering with organisations like Greenpeace, we have succeeded in drawing worldwide attention to PFC contamination and DuPont's actions in the United States. When we discovered that DuPont had caused many of the same contamination issues at their plant in the Netherlands, we traveled to Dordrecht to learn more, bring our knowledge of DuPont's deceptive practices, and organise local activists, NGOs, elected officials, and scientists to ensure that DuPont cannot get away with contaminating our environment and exposing people to hazardous chemicals once again. Our partnership with Dutch activists has resulted in protests, parliamentary hearings, investigations, and more, and we are just getting started!
To support this crucial work, go to KeepYourPromisesDuPont.com/GwenandEarl.
Jeffrey Dugas is a Campaign Manager at Keep Your Promises DuPont.
While in the US and Europe PFOA has been mostly replaced with shorter chain PFCs, in China it is still being used in some factories. But also short chain PFC are hazardous chemicals: more than 200 scientists from 38 countries have signed a statement discouraging the use of all PFCs - including short chain - in the manufacture of consumer goods.
Join our fight against toxic chemicals to make sure the sad stories from people like Jan, Gwen and Earl are not repeated over and over again.
Watch more human impact stories about PFC pollution from other corners of the world.
Citizen science in action: open-source air pollution monitoring in Bulgaria
Blogpost by Teodora Stoyanova
Every day, we breathe in between 15,000 and 20,000 litres of air – enough to fill three hot air balloons in a year. This precious substance is made up of 78% nitrogen, 21% oxygen and 1% carbon dioxide. But what else is in the air we breathe, how did it get there, and what does it mean for our health?
Air pollution is an invisible problem. But the consequences for our everyday health are serious. Polluted air can cause shortness of breath, coughing, burning eyes, and can agitate asthma. Long-term deterioration of air quality can lead to more serious consequences for our health such as asthma, cardiovascular disease and lung cancer, as well as diseases related to the nervous and reproductive systems. According to the World Health Organisation, air pollution is responsible for the premature deaths of 7 million people every year.
Greenpeace Bulgaria activists protest in Stara Zagora, part of the '#GetUpAnd' day of action, 30 May 2015. © GreenpeaceGreenpeace Bulgaria activists hold a banner reading 'A Future Without Coal?' in Stara Zagora, Bulgaria, 30 May 2015
When it comes to air quality, Bulgaria is one of the most polluted countries in the EU. At Greenpeace Bulgaria, we’ve been working on ways in which we can shine a light on this invisible problem.
In October we officially launched our "Dustcounters" project in Stara Zagora in Southern Bulgaria. In collaboration with the Robotev robotics lab, we created and designed the Dustcounter - an easy to use, easy to assemble, do-it-yourself device that allow users to measure the levels of dust and particulate matter near their homes or workplaces. The innovative design allows for straightforward assembly from easy to find hardware, and was created with open-source technology (Arduino), making the device affordable and easy to build and operate for non-professionals without technical expertise.
'Dustcounter' DIY Air Pollution Measuring Tools in Bulgaria, 24 Oct, 2016. © Ivan Donchev / Greenpeace'Dustcounter' DIY Air Pollution Measuring Tool, Bulgaria, 24 Oct 2016
We want to use Dustcounters to empower people to think about the air they breathe, and to take action when it comes to air quality and pollution. The devices will not collect official data, they are intended to encourage members of the public to get involved, and to raise awareness of this serious issue. The campaign began with a workshop for volunteers and activists from Stara Zagora - a region with the worst coal pollution in Bulgaria - to come and learn how to build their own Dustcounter.
Building DIY Air Pollution Measuring Tools in Bulgaria, 24 Oct 2016, © Ivan Donchev / GreenpeaceBuilding 'Dustcounter' DIY Air Pollution Measuring Tools, Bulgaria, 24 Oct 2016
Almost all the devices are now active and operational, taking measurements of pollutive dust levels in the air, every hour. Once a day, the data is sent to the Greenpeace Bulgaria website, where people can view the results for each device. At the end of February next year, we will compile, analyse and assess these results. Based on this information we intend to improve and develop better, more precise “Dustcounters 2.0” in 2017.
You can find instructions here (in Bulgarian) explaining how to create your own air pollution monitor.
Dustcounter Assembly, Bulgaria, 24 Oct 2016
Air belongs to all of us. We are all responsible for its pollution. Human activities - burning fossil fuels for energy, transport and industrial agriculture - are among the leading sources of pollution in the air.
We need to be better informed to take control of the air we breathe. Together, we can help to reduce harmful emissions and improve the quality of all our lives.
Teodora Stoyanova is a Climate and energy campaigner at Greenpeace CEE in Bulgaria
Tuesday, November 15, 2016
Vitória! Governo vetará incentivos ao carvão
Após mais de 50 mil assinaturas e pressão da sociedade civil, Ministro do Meio Ambiente anuncia na COP22 que o governo não acatará o programa de incentivos ao carvão como fonte de energia.
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Foto: © Will Rose / Greenpeace
Mais de 50 mil pessoas pressionaram e ONGs se mobilizaram para que o Brasil não desse um passo para trás e aumentasse a emissão de gases poluentes que agravam o aquecimento global. A mobilização valeu a pena.
Hoje, o Ministro do Meio Ambiente José Sarney anunciou na 22a Conferência do Clima que o presidente Michel Temer vetará o artigo que criaria um programa de incentivo a usinas termelétricas a carvão mineral – o mais poluente entre os combustíveis fósseis. O próprio ministro participou de reuniões com o presidente para cobrar a decisão. Aprovar o artigo seria uma medida imprudente e incoerente com a posição do Brasil no combate às mudanças climáticas. O país foi um dos primeiros a ratificar o Acordo de Paris.
Somos o sexto país que mais emite gases de efeito estufa no mundo. Se apostássemos no carvão como fonte de energia, tornaríamos o cumprimento do acordo inviável. “O Brasil tem plenas condições de explorar apenas fontes limpas e renováveis para gerar energia. E nessa semana, em que representantes do mundo todo estão reunidos na COP22, o Brasil toma uma decisão acertada e barra o retrocesso que seria mais investimentos no carvão”, diz Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Quando a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram a MP que continha o artigo do incentivo ao carvão, houve uma grande mobilização da sociedade civil para barrar o artigo. O Greenpeace Brasil e ONGs, como a WWF-Brasil, escreveram uma carta ao Senado, organizaram uma petição e chegaram a levar ao Palácio do Planalto as mais de 50 mil assinaturas de apoio ao abaixo-assinado.
Essa mobilização conjunta foi importante para mostrar aos nossos governantes que nós, brasileiros, não queremos ver o carvão como fonte de energia. Queremos que o governo trabalhe para cortar as emissões de gases de efeito estufa e combata o aquecimento global, que tanto nos traz riscos. Algumas soluções para isso já sabemos. Queremos, por exemplo, desmatamento zero em nossa floresta Amazônica e energias renováveis já!
O texto da Medida Provisória vai voltar agora ao Congresso Nacional, onde os parlamentares podem, em teoria, revogar a decisão do presidente. Nós estaremos vigilantes para que nenhum passo para trás seja dado depois dessa importante vitória.
Monday, November 14, 2016
Russian gas in the EU: How consumers threaten an international nature reserve
Blogpost by Evgeny Yusov
he Kurgalsky nature reserve, which traverses the shallow waters of the Gulf of Finland, numerous islands, and the Kurgalsky Peninsula between Russia and Finland, is home to a great diversity of flora and fauna, supporting numerous species of threatened plants, mammals, birds, amphibians and reptiles.
Forested area within Kurgalsky Nature Reserve, 31 Aug, 2016. © Greenpeace / Evgeny UsovForested area within Kurgalsky Nature Reserve, 31 Aug, 2016
Despite it's protected status, investigations conducted by Greenpeace Russia and a local NGO, Green World, have discovered drilling rigs inside the reserve. Kurgalsky is protected by two separate international conventions; one which protects wetlands, and another which protects the fragile marine ecosystem in the Baltic region.
Workers on one of the construction rigs currently operating in the Narva Bay protected area said they are involved in the Nord Stream 2 construction project on behalf of the Saint-Petersburg Museum of Soil Science, conducting soil testing for the consortium of energy companies responsible for the project. This multi-billion dollar pipeline is intended to deliver Russian gas directly to the EU.
Rig in the Narva Bay Protected Area, 31 Aug, 2016. © Greenpeace / Evgeny UsovRig in the Narva Bay Protected Area, 31 Aug, 2016
Another rig was discovered in the forest, a few kilometres from the shore.
This kind of work is supposed to be prohibited by Russian and International agreements, signed by Russia. Greenpeace Russia has filed a request to the Prosecutor’s office in Leningrad regarding this violation of international environmental agreements.
The construction of Nord Stream 2 through Kurgalsky reserve will threaten the habitat destruction of many rare and endangered species of animals and plants, including the white-tailed sea eagle (Haliaeetus albicilla). Greenpeace experts have confirmed that nesting sites of the white-tailed sea eagle lie within 50 metres of the proposed pipeline route. Despite the risks, Nord Stream 2 AG has announced that running the pipeline through the Kurgalsky Reserve is the optimal route.
The construction of this pipeline will inevitably threaten the habitat of this and the other rare species. It is a gross violation of Russian and international environmental legislation.
White-tailed sea eagle nest near to proposed pipeline route. 31 Aug, 2016. © Greenpeace / Evgeny UsovWhite-tailed sea eagle nest near to proposed pipeline route. 31 Aug, 2016
As Valery Buzun, a researcher with the Department of Vertebrate Zoology at the Biological Faculty of St. Petersburg University, states, “It will not be just a pipe. There will be also be infrastructure for the pipe. The pipe itself will pass under part of Luga River with it's islands, reed beds and meadows, home to many birds, wolves and bears. Laying pipe there will destroy this ecosystem”.
Pipeline Location Marking, Kurgalsky Nature Reserve. 31 Aug, 2016. © Greenpeace / Evgeny UsovPipeline Location Marking, Kurgalsky Nature Reserve. 31 Aug, 2016
The Nord Stream 2 project will make Russian gas consumers like Germany, France, the U.K. and the Netherlands, unwitting participants in an environmental crime. They will share the responsibility for the destruction of one of the most valuable natural areas under international protection, together with the Russian authorities and Gazprom, the Russian state-owned gas producer.
Greenpeace Russia demands the compliance with Russian law and international agreements from the consortium of companies involved in the Nord Stream 2 project.
Evgeny Yusov is a spokesperson for Greenpeace Russia
Smog is India's new Instagram filter
Blogpost by Sudhanshu Malhotra
India’s capital, Delhi, is right now the most polluted city in the world. According to a WHO report, 12 out of 22 of the world’s most polluted cities are in India. It’s a public health disaster, but it wasn’t always like this.
Winters in Delhi have always had a special appeal to me. I have grown up in its famous mist, shivering in the cold breeze. Riding on my father's scooter to Shahjahan road for chaat (Indian snacks) would be an adventure the whole family would look forward to in the winters. I don't think it was the chaat we all craved for though, it was always the freezing rides through the Lutyens Delhi - the old colonial part of Delhi.
Years later, my memories of winters revolved around long heated discussions with friends at the local chai wallah (roadside tea stall). Winter was the only thing that made Delhi stand apart from India's other sprawling cities. But now all this sounds like an old folk tale.
A lot has been said about the smog hovering over Delhi in the last few weeks. Somewhere between the blame games and television debates, I have been noticing a new trend among the younger Delhites. Like any adverse situation, smog has given them a chance to express their creativity.
I've noticed the same thing in China. We have seen some amazing work coming from Beijing over the last few years, where artists told stories of air pollution in their own unique way.
Air pollution has also reached Indians' Instagram accounts, with more and more of us talking about pollution online, making sure we don't forget these smoggy days in a weeks time. It's a sad reality that this is now becoming the new norm.
Mudanças climáticas vão agravar a desigualdade social no Brasil
Estudo do Greenpeace Brasil traz dados sobre os principais setores da nossa economia e os impactos previstos na sociedade caso o aquecimento global não seja combatido.
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O que mudanças climáticas tem a ver com o nosso arroz e feijão de cada dia? Tudo. O Brasil é uma potência agrícola, mas que depende das condições naturais para manter sua produtividade. Se no campo chove mais ou menos do que o esperado ou a temperatura sobe ou cai muito, a colheita pode sofrer danos e haver até perda de áreas produtivas. A consequência disso é o aumento do preço dos alimentos nos supermercados.
E mudanças climáticas têm tudo a ver com perda de padrões no regime de chuva ou de eventos climáticos. Essas informações estão no relatório E agora, José? – O Brasil em tempos de mudanças climáticas. Lançado pelo Greenpeace Brasil durante a 22a Conferência do Clima das Nações Unidas, o documento reuniu e analisou 46 estudos publicados entre 2008 e 2016. Todos tratam dos efeitos observados ou previstos para o país a partir do aumento nas temperaturas médias no planeta.
>> Leia o relatório na íntegra
>> Ou acesse sua versão resumida
“Este relatório mostra que o tema das mudanças climáticas não se resume a um debate entre diplomatas, cientistas e ambientalistas que se reúnem em conferências da ONU. É uma questão presente no dia a dia das pessoas e pode trazer fortes impactos negativos, afetando a conta de luz no final do mês e influenciando no preço dos alimentos. Os prejuízos de um planeta mais quente serão grandes. No Brasil, quem vai pagar a maior parte desta fatura será a população mais pobre”, diz Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.
Em nosso país, o excesso de gás carbônico na atmosfera trará prejuízos também para setores como o de energia. Uma das previsões ligadas ao aquecimento global é a diminuição na vazão de rios em que estão hidrelétricas. “Como 64% de nossa eletricidade vêm dessas usinas, menos água significa menos produtividade. E o governo tem o costume de compensar isso ligando termelétricas – de onde sai uma energia bem mais cara e poluente”, diz Pedro Telles da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Para Astrini, acabar com o desmatamento e promover as energias renováveis como solar, eólica e biomassa contribui para o combate ao aquecimento global e, ao mesmo tempo, tornará o Brasil mais resistente às mudanças do clima. “Não adotar estes mecanismos – ou fazê-los de forma insuficiente – irá alimentar ainda mais a desigualdade em nosso país. Atuar pelo clima é uma questão de justiça social”, afirma.
Friday, November 11, 2016
Está no Congresso: projeto para reduzir uso de agrotóxicos
Sob ameaça de retrocesso da lei, sociedade civil entrega a deputados iniciativa para frear químicos nas lavouras; para presidente da Câmara, ‘tema é urgente’
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Ativistas do Greenpeace oferecem a deputados tomate com agrotóxico no Congresso Nacional
Nesta terça-feira (8) foi apresentada na Câmara dos Deputados a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA), que determina a diminuição gradual do uso de pesticidas no campo. A iniciativa foi protocolada na forma de Sugestão de Projeto de Lei por uma rede de entidades e movimentos sociais ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), que se comprometeu em criar uma Comissão Especial para analisar a matéria.
A iniciativa popular se apresenta como contraponto ao Projeto de Lei (PL) 6299/2002, de autoria do senador Blairo Maggi (PP/MT). A proposta de Maggi, aprovada pelo Senado, já circula na Câmara e coloca em risco a atual legislação de agrotóxicos (Lei 7.802/89), causando seu desmonte e facilitando ainda mais a liberação e uso dessas substâncias para o maior consumidor de pesticidas do mundo, o Brasil.
Durante coletiva de imprensa, Carla Bueno, da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, afirmou que a construção do PNARA vem para ser um reforço das organizações sociais e do povo brasileiro na luta para impedir o avanço do PL 6299. “Não dá mais para aceitar tanto veneno em nossa vida cotidiana. Precisamos barrar mais esse retrocesso”, defendeu.
Rodrigo Maia se mostrou favorável ao projeto de redução de agrotóxicos. “Vamos trabalhar para criar uma comissão especial, para que a gente faça esse debate num ambiente exclusivo para discutir o tema, que é urgente na vida das famílias brasileiras”, afirmou o presidente da Câmara.
Vai agrotóxico aí, deputado?
Ativistas do Greenpeace fizeram uma intervenção no Salão Verde do Congresso, enquanto acontecia a coletiva de imprensa sobre o lançamento do PNARA. Com bandeijas em mãos, os voluntários ofereciam aos deputados e servidores tomates-cereja com um “toque” de agrotóxico: um spray de água simbolizando veneno que era aplicado sobre a fruta ao servir.
Entre reações engraçadas e de surpresa, há quem não gostou da brincadeira, como o deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG) e Osmar Serraglio (PMDB/PR), que compõem a Bancada Ruralista – principal frente que apoia a flexibilização da legislação de agrotóxicos.
Para o deputado Ivan Valente (PSOL/SP), “a bancada ruralista quer sempre discutir a questão na Comissão de Agricultura, quando na verdade esse é um debate que interessa a saúde pública e a defesa do meio ambiente”.
Já Nilto Tatto (PT/SP) chama atenção para as mudanças negativas que o PL 6299 propõe: “[A matéria] Vai tirar o Ministério da Saúde do processo de liberação de novos agrotóxicos, como também excluir o parecer do Ibama sobre os impactos no meio ambiente. A liberação de agrotóxicos será feita exclusivamente pela CTNFito (Comissão Técnica Nacional de Fitossanitários)”, órgão que será controlado exclusivamente pelo Ministério da Agricultura – chefiado por Maggi.
“Com o compromisso firmado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que uma Comissão Especial parlamentar será criada para apreciar a iniciativa do PNARA, temos material concreto para fortalecer esse debate no Congresso. As organizações da sociedade civil envolvidas não vão deixar de cobrar os parlamentares para isso”, afirma Rafael Cruz, da Campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.
Entre as entidades e movimentos dedicados ao meio ambiente, saúde e agricultura estão o Greenpeace, o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), proponente oficial da Sugestão do Projeto de Lei.
Após a coletiva houve um ato no hall da taquigrafia da Câmara dos Deputados com entidades da sociedade civil. Participaram Movimento Sem Terra (MST), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombola (CONAQ), Fórum Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT), Agência Nacional de Águas (ANA), Comissão Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Via Campesina e Levante Popular da Juventude.
Protesto na Áustria em defesa do Tapajós
Ativistas do Greenpeace realizaram um protesto em Viena para pedir o fim da construção de hidrelétricas na Amazônia
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Ativistas em defesa do rio Tapajós abriram faixa escrito, em inglês: “não destruam a Amazônia para construir hidrelétricas!” (© Greenpeace/Mitja Kobal)
Hoje, 10 de novembro, ativistas do Greenpeace Áustria fizeram um protesto no 19º Seminário Internacional de Hidrelétricas, uma conferência que reúne as principais empresas do setor. Buscando conscientizar sobre a devastação causada pelas hidrelétricas na Amazônia, eles pediram para que as empresas não participem de futuros projetos na região. Durante a atividade, abriram uma faixa com os dizeres, em inglês: “não destruam a Amazônia para construir hidrelétricas!”
O povo Munduruku, um dos principais atingidos pela construção de barragens no rio Tapajós, está lutando contra o barramento dos rios e pela proteção de seu território. Mais de 1,2 milhão de pessoas ao redor do mundo já se juntaram a essa luta. Em agosto de 2016, o processo de licenciamento da principal hidrelétrica a ser construída na região foi cancelado, o que foi um importante passo para a proteção do coração da Amazônia. No entanto, ainda existem pelo menos outras 40 hidrelétricas planejadas ou em estágio avançado de construção somente na bacia do rio Tapajós.
As hidrelétricas construídas em biomas frágeis como a Amazônia impactam gravemente a biodiversidade e a vida dos povos da floresta, sem falar que também podem emitir quantidades consideráveis de gás carbônico contribuindo com as mudanças climáticas.
Grandes empresas que detêm a tecnologia para a construção de hidrelétricas, como a Siemens, GE e a Andritz não se distanciaram desses projetos e ainda podem se envolver com a construção dessas novas barragens. O Greenpeace pede para que elas se comprometam a publicamente a não participar das hidrelétricas na Amazônia.
É possível garantir a energia que o Brasil precisa sem condenar a Amazônia, sua biodiversidade e seus povos tradicionais. Em vez de contribuir com a destruição da floresta e a violação de direitos, o governo brasileiro e as empresas deveriam ajudar o país a desenvolver um futuro de energia renovável e verdadeiramente limpa, como a eólica e a solar.
Declaração das Diretoras Executivas do Greenpeace Internacional sobre a eleição dos EUA
Postado por Greenpeace
Amsterdam, Holanda, 9 de novembro de 2016
“Evitar uma catástrofe climática acaba de se tornar mais difícil, mas não impossível. O presidente eleito Donald Trump pode ser a ameaça mais infame e poderosa ao clima, porém não desistiremos. Vamos trabalhar ainda mais e convidar outras pessoas a se unirem a nós nesse poderoso movimento. O risco para esta e as futuras gerações é muito alto e não temos tempo a perder.
Não vamos permitir que o governo Trump desvie o mundo de uma conjuntura favorável à revolução energética, que beneficia o clima, a saúde pública, a criação de empregos e a segurança global.
A transição para as energias renováveis é inevitável. China, Índia e outros países estão disputando a liderança na geração de energia limpa. Donald Trump vai se dar conta de que os Estados Unidos não podem ficar para trás.
Pessoas ao redor do mundo vão intensificar sua atuação junto a defensores do clima nos EUA: senadores, membros do Congresso, governadores, prefeitos, cidadãos e com o Partido Republicano. O Greenpeace vai continuar a trabalhar com as milhões de pessoas no mundo todo que acreditam que um mundo mais verde, pacífico, seguro e justo é possível.”
Por: Jennifer Morgan e Bunny McDiarmid, Diretoras Executivas do Greenpeace Internacional.
Wednesday, November 9, 2016
One year later and no justice: Communities affected by dam disaster speak out
Blogpost by Fabiana Alves
The word JUSTIÇA (justice) appears at the ruins of Bento Rodrigues school in Mariana, Brazil. The message is the school's last lesson and a remembrance of those who perished and those whose lives were affected by the mud that destroyed the Rio Doce basin. 5 Nov, 2016 © Yuri Barichivich / Greenpeace
This past Saturday – 5 November, 2016 – hundreds of people gathered at the ruins of the Bento Rodrigues school in Mariana, Minas Gerais state, Brazil. They were there out of remembrance, and to call for justice.
Exactly one year before, two nearby dams holding mining waste collapsed, sending a wall of contaminated mud into the surrounding community. Without any warning, the Bento Rodrigues school, along with the homes and livelihoods of thousands, were utterly destroyed. Twenty-one people were killed.
That was only the beginning of this environmental catastrophe. 25,000 Olympic pools-worth of toxic mineral waste and mud released by the dams flowed into the nearest waterway – Brazil’s Rio Doce. Over the course of weeks, the contaminated material slowly worked its way to the Atlantic Ocean – choking out life along 700km of the river. Families, animals, houses, entire cities and the Doce River were devastated.
NASA Earth Observatory image by Joshua Stevens November 30, 2015
Still, the mining company in charge of the dam, Samarco (controlled by Vale and Anglo-Australian company BHP Billiton), has continued to act irresponsibly. One full year after the collapse of the dams, these companies have done little to repair the damages they caused.
That’s why people from the organization Movement of People Affected by Dams (Movimento dos Atingidos por Barragens or MAB), together with Greenpeace Brazil activists and representatives of social movements from twelve other countries, took a stand this weekend in Mariana. The millions of people affected by mining companies Samarco, Vale and BHP deserve justice, starting with rebuilding what was lost: places like the Bento Rodrigues school.
Greenpeace activists and people affected by the dam collapse ask for justice in Mariana 5 Nov, 2016 © Julia Moraes / Greenpeace
This tragedy also merits special scientific attention. So much of the impact of this mud – contaminated with arsenic, lead and chromium – is unknown. And the first step in the recovery of the Rio Doce Basin is to develop an in-depth understanding of this disaster’s socio-environmental impact.
In order to jump-start further investigation and ensure that there is space for independent scientific research, Greenpeace Brazil and #RiodeGente have published a call for proposals for independent studies in five different areas: fauna, flora, water, social impacts and human rights. Out of 60 projects submitted, six have been selected to receive around R$70,000 each in donated funds.
Hopefully, this new research will help recovery efforts in the Rio Doce Basin, and help hold Samarco, Vale and BHP accountable. The studies are expected to be completed by mid-2017.
Researchers study environmental impacts in Mariana. 6 Dec, 2015 © Todd Southgate / Greenpeace
For now though, it is up to all of us to make sure that the call for justice doesn’t just come from Mariana, but from people everywhere.
Help build pressure for Samarco, Vale and BHP to fulfill their responsibilities to the communities and ecosystems that they destroyed, and prevent tragedies like this one from happening again. Share this story.
Fabiana Alves is a water campaigner at Greenpeace Brazil.
I survived the strongest typhoon to ever hit the Philippines. But my family didn’t.
Blogpost by Joanna Sustento
Imagine this…
“Super Typhoon Haiyan is moving over the Philippines this weekend bringing with it winds close to 200 miles per hour…” – ABC World News
An elderly couple walk past rubble left by the damage caused by Typhoon Haiyan in Tacloban City. An elderly couple walk past rubble left by the damage caused by Typhoon Haiyan in Tacloban City.
November 7, 2013, just like any other day, I wake up to the music of the Beatles playing on the stereo. My 60-year-old parents are avid fans, especially my mom, Thelma. I go out of my room to the dining table and find my father, Cesar, taking a sip of his morning coffee as he discusses current events with my elder brother, Julius. Being lawyers, their discussion eventually turns into a debate, and the only person who can pacify the situation is my nephew, Tarin who is calmly eating his breakfast - eggs, banana and sweet potato dipped in peanut butter - specially prepared by his dad: my eldest brother, Jonas.
I go to the kitchen and find my mom cooking champorado (rice mixed with cocoa) while dancing to the music of the Beatles. She glances at me with her wonderful smile and says, “Good morning baby!” Yes, at 22-years-old I am still her baby. I embrace her from behind and dance with her, as my sister-in-law, Geo, feeds me French toast that she’s prepared. It was a typical, happy Thursday morning for our family.
Exterior of the Tacloban Provincial Capitol building after Typhoon Haiyan hit on the 8th November.Exterior of the Tacloban Provincial Capitol building after Typhoon Haiyan hit on the 8th November.
Now, imagine this…
Two days later, I am awakened by the strange howling of dogs. Eventually, the howling stops and my surroundings are filled with a deafening silence. I stand up; it is dark, cold and gloomy. No breakfast prepared on the table. No more Tatay (father) and Nanay (mother), no more Kuya Tata (older brother) and Ate Geo (older sister), no more Tarin. It is just me and my elder brother, Julius. All of a sudden the horrifying scenes of November 8, 2013, flashback.
When the wind and rain had stopped, when the surge had receded, when the typhoon had died down and left Leyte in catastrophic ruins, everyone thought the storm was over. Little did we know that the real storm - the struggle for those who were left behind - was just about to begin.
Police authorities distribute water in Tacloban City, Philippines. Tacloban is one of the hardest hit areas by Typhoon Haiyan. Police authorities distribute water in Tacloban City, Philippines.
As my brother and I walked the streets of Tacloban, I looked at the city’s mountain range. I was surprised to see that the abundant greenery was now brown and dull; not a single tree survived the storm. Half the roads were blocked with piles of debris, the stench of death filled the humid Tacloban air, cadavers of humans and animals surrounded the city, and people looking like zombies were all over the streets walking with no clear direction. It was as if a sheet of cloth was forcibly pulled from underneath us and left the whole of Leyte Province devastated. All I wanted was to go home. All I wanted was to feel the comfort and security of my family. But where do you go when your home has been washed away? What do you do when your strongest support system - your family, whom you loved the most - is gone? Who do you hold on to? How do you move forward when the future seems to be a blur?
The authorities collect dead bodies, victims of the typhoon, near the Tacloban City Hall. The authorities collect dead bodies, victims of the typhoon, near the Tacloban City Hall.
Three years. How long does it take for someone to move on from a tragic experience? I find myself often apologizing to people whenever I’m about to breakdown and cry, because I feel that after three years I should have moved on by now. But the truth is, I haven’t. How can I even start over when the last memory I have of my father was seeing him struggling to surface the water, gasping for air, as he was being swallowed under the deluge of Haiyan? How can I even sleep at night when the only thing I can think about is my mom, drowning in the floods because her own daughter failed to save her? How can I go on with my life when I promised my brother and his wife that I will do everything to find their son, but failed? How can I manage to let go of the memories when the idea of my nephew navigating the world without us, if he is still alive, breaks my heart? How can I even have the strength to wake up in the morning knowing that my family will never be complete again?
They say time heals. Well, maybe it applies to other people, but definitely not to me. As years pass, the reality of living without the people you love the most sinks in even more. I thought I could get used to reading the names of my parents, brother, sister-in-law, and nephew on paper intended for a mass offering for the dead. I thought I could get used to hearing their names during novena prayers for the dead. I thought I could get used to seeing their names engraved on a tombstone. I thought heartache fades through time, but it doesn’t.
On the eve of the Super Typhoon Haiyan's 3rd year anniversary, people from Tacloban light a candle that spells out "Climate Justice" to commemorate the devastating landfall three years ago. On the eve of the Super Typhoon Haiyan's 3rd year anniversary, people from Tacloban light a candle that spells out "Climate Justice" to commemorate the devastating landfall three years ago.
Since 2013, November has been a depressing month for all of us here in Leyte. Although we try to make it a solemn celebration of life and a humbling tribute to the world, concealed emotions of grief are dredged up as posters and video ads circulate all throughout the province announcing the commemoration of Haiyan’s anniversary. Memories of the super typhoon’s ferocious winds, cruel waves, and vicious rain come to mind...not that it has ever left. These days, the memories just become more vivid. I cannot help but look back on my life and think about how different things were back then. It has been three years since I was left with no choice but to let go of my mom’s lifeless body so I may live. Sometimes, I still ask myself if I had made the right decision or if it would have been better for me if I had just let myself drown, because living without my family just didn’t make sense. It’s always difficult to be the one left behind, you have to deal with all the questions, the grief, the pain, the regrets. You have to deal with the reality that no matter what you do, things will never be the same.
Why my family? Why me? What did I do wrong to deserve this? I can not help but blame myself for what happened, if only I could have done something different, maybe my family will still be around and I would not have all these lingering questions in my mind. I know no one could ever provide me with the right answer; I need to find it on my own.
On the eve of the Super Typhoon Haiyan's 3rd year anniversary, people from Tacloban light a candle that spells out "Climate Justice" to commemorate the devastating landfall three years ago. On the eve of the Super Typhoon Haiyan's 3rd year anniversary, people from Tacloban light a candle that spells out "Climate Justice" to commemorate the devastating landfall three years ago.
A year after the onslaught of Haiyan, Leyte was anticipating the landfall of Hagupit - another super typhoon. I can not articulate how exhausting it is to feel so helpless as I waited for the damage it would bring to my city. Then, I thought, is this it? Is this all we can do? To wait for another super typhoon to happen? Are we just going to record the casualties? The injured? The missing? Are we just going to wait for relief and aid from foreign countries every time we are met with catastrophes? Are we just going to rebuild and rehabilitate every time super typhoons such as Haiyan wreck our homes, buildings and livelihood?
I am done waiting. I do not want to see my whole world fall apart right before my eyes once again. And I could never bring myself to think about my children, and my children’s children bear the agony and trauma of what my family experienced. Homes, buildings, and livelihoods can always be rebuilt, but no amount of money can ever bring back the thousands of lives lost and the emotional turmoil caused by these dreaded calamities. We have already survived the worst, it is time we do more than just adapt and endure. Haiyan may have changed our lives, transformed our principles and altered our priorities, but we needed that change. Just like a caterpillar breaking out from its chrysalis, it endures the painful process to become a butterfly and achieve its beauty. We have to know that embracing our own metamorphosis can be extreme, but definitely worth the pain.
Tacloban City residents wait at the airport as they try to get a seat on outgoing C130 planes bound to Manila. Supplies have been scarce particularly water for the last four days and many are wanting to leave the city. Tacloban City residents wait at the airport as they try to get a seat on outgoing C130 planes bound to Manila. Supplies have been scarce particularly water for the last four days and many are wanting to leave the city.
It took three extreme, furious waves and raging winds to annihilate our homeland. It took more than 10,000 lives lost and over 14 million people displaced for the whole world to finally be able to put a human face on the climate crisis. For the longest time, climate change issues have always been about theoretical studies and scientific researches. But when Haiyan spread its fury and we were stripped of all that we had and everything that we were, it made us realize that the long-standing issue of climate change poses a major threat and has a price to pay, and it is not a small one. Haiyan is an example of what's to come. Climate change is not just statistics and numbers; it is already about us, the people.
The climate crisis is as real as a father who has worked all his life to provide for his family, only to wake up one day and realize his livelihood has been torn apart. It is as real as a mother bearing the agony of looking for her missing husband all day, and sleeping beside the dead bodies of her children at night. It is as real as a child who is looking forward to an education only to find out his school is damaged and he can not study anymore. The climate crisis is as real as the thousands of families who lost their homes and livelihood -- who until today are living in makeshift homes, struggling to make ends meet, with little to no food and clean water. It is as real as the thousands of victims who perished -- the accounted and the unaccounted. It is as real as the thousands of survivors who lost their families -- and with them, their dreams and ambitions. The climate crisis is as real as the Filipino who has been adapting to its effects all his life, but is now taking a stand to intervene and fight for his basic human right to a safe, clean, and healthy environment; the right to have a peaceful and quality life, with no fear or worry about the future adverse impacts of climate change.
Tacloban City residents wait at the airport as they try to get a seat on outgoing C130 planes bound to Manila. Supplies have been scarce particularly water for the last four days and many are wanting to leave the city. On the eve of the typhoon haiyan third year anniversary, people from Tacloban light a candle that spells out "Climate Justice"
Haiyan was apocalyptic. It was the strongest typhoon ever recorded in history. Nevertheless, we Filipinos, known for our courage and resilience, were able to rise. Of course, with the whole world coming to our rescue and the adaptive nature embedded in the Filipino culture, we were able to push ourselves forward despite unprecedented circumstances. However, now the real question is: are we still going to wait for another Haiyan before we take action? I want people to be aware of the things happening on our side of the world and that the decisions we make today will also affect the choices of future generations. We only have one planet, one home; let us not take it for granted.
It is high time that we Filipinos be known not only for being victims of tragedies. We should prove to the world -- and more importantly to ourselves -- that although we were left with nothing but the trauma of wrecked homes, shattered livelihoods and death, our story does not end there. Every cut and dent signifies our struggle, every bruise and scar marks how we are reborn. The storm may have given us an inconceivable heartbreak, but it has refined us and it has given us the resiliency to continue our life’s story and make it a triumphant one.
© Joanna SustentoJoanna Sustento, far left.
Joanna Sustento, is at the forefront of Taclobanons trying to make sense of the Typhoon Haiyan tragedy and lending their voices to the call for climate justice. In 2013 she and her brother Julius lost their immediate family to the storm.
Primeira regra dos buracos: quando estiver em um, pare de cavar
No mundo todo, a indústria do carvão está desesperadamente tentando desafiar as leis da física. Ela quer nos fazer acreditar que, se estivermos num buraco, é só continuar cavando para sair dele. Ainda bem que o ECO teve um excelente professor de física e tem um conselho mais sensato: quanto estiver num buraco, pare de cavar.
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Agora que o Acordo de Paris já foi assinado por 193 países e ratificado por mais de 100, o recado está muito claro: a era dos combustíveis fósseis acabou. Mas parece que nem todo mundo entendeu o recado, pois em alguns países o lobby do carvão é teimoso e acredita poder prorrogar o inevitável. Tomemos o Brasil como exemplo.
O Brasil gosta de se vangloriar por ser campeão do clima, mas o Congresso do país acaba de aprovar um subsídio de um bilhão de dólares para a indústria do carvão. Tão problemático quanto, isso surge num momento em que o carvão representa menos de 5% da geração de eletricidade no Brasil, porém mais de 20% das emissões. Será que alguém no Congresso brasileiro fez as contas?
A indústria do carvão gasta uma fortuna fazendo lobby. Mas o Presidente Michel Temer tem a oportunidade de vetar esse subsídio, desejo esse expressado por dezenas de milhares de brasileiros. O mundo está de olho e espera ações importantes de um país que poderia ser um dos primeiros a alcançar 100% de energia renovável.
Mas não é só no Brasil que o carvão ainda sonha com um futuro. Recentemente, a revista Forbes afirmou que o Japão “reatou um romance com o carvão”, com mais de 40 novas usinas sendo construídas, planejadas ou propostas para antes de 2020. Se implementadas, seria um pesadelo para o clima.
Talvez seja até pior, já que a paixão reatada por Tóquio não fica confinada ao país. Como maior fonte mundial de financiamento público para projetos de carvão, o Japão investiu mais de US$ 22 bilhões no exterior, de 2007 a 2015, incluindo o financiamento de diversos projetos de carvão propostos – esperem só! – no Brasil. Está na hora de o Japão acordar, se adequar aos novos tempos e parar de financiar o passado dos imundos combustíveis fósseis, tanto no próprio país quanto no exterior.
A situação da Turquia é igualmente doentia. Ontem, o país ganhou na COP 22 o primeiro prêmio Fóssil do Dia, em parte devido aos planos absurdos de construir 70 novas usinas de carvão, que acrescentariam mais de 70 GW de capacidade de energia suja. Só de escrever essa frase, o ECO fica com enjoo. Não importa como se fazem cortes, mas essa negação ostensiva da física é ruim; é um remédio ruim para um clima doente. Se a Turquia quiser ser levada a sério, precisa ter lições corretivas e voltar a andar nos trilhos dos renováveis. Os financiadores do carvão que investem no país e na região dos Balcãs são peixes grandes: em grande parte, é dinheiro chinês que passa por diferentes bancos de desenvolvimento.
No mundo todo, a indústria do carvão está desesperadamente tentando desafiar as leis da física. Ela quer nos fazer acreditar que, se estivermos num buraco, é só continuar cavando para sair dele. Ainda bem que o ECO teve um excelente professor de física e tem um conselho mais sensato: quanto estiver num buraco, pare de cavar. Uma coisa é certa: para cumprir a promessa do Acordo de Paris, cada país precisa ser mais ambicioso com suas metas de redução de emissões. E se livrar do carvão imundo seria uma ótima maneira de começar.
*Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Este texto foi originalmente publicado no boletim ECO, publicado pela Climate Action Network (CAN) durante a 22a Conferência do Clima, no Marrocos.
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