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Wednesday, April 17, 2013
A corrida das renováveis
Em menos de uma década, as energias renováveis se consolidaram no mercado mundial e deixaram de ser consideradas energias do futuro para serem energias do presente. Em 2012, o setor das energias renováveis recebeu cinco vezes mais investimentos do que em 2004, provando que estas conseguiram conquistar seu espaço nas matrizes energéticas, mesmo que lentamente em muitos casos.O relatório publicado, hoje, pela PEW, (leia a versão em inglês) aponta que apesar da queda de 11% nos investimentos, o setor atingiu o recorde de novos 88 GW instalados no mundo, resistindo à retirada de incentivos e iniciativas prioritárias por parte dos governos. Outra novidade é a transição geográfica e tecnológica: as energias renováveis estão se movendo da Europa e dos EUA para focarem nas economias emergentes e, além disso, há uma forte transição da energia eólica para a solar.
O Brasil segue como um dos protagonistas das energias renováveis, ocupando o 8o lugar de capacidade instalada entre os países do G20. Outro relatório que traz um panorama positivo para o Brasil é o do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).Mais gigawatts no ar
O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) publicou hoje (leia a versão em inglês) os dados atualizados de energia eólica referentes ao ano de 2012. Embora a crise econômica traga incertezas sobre os principais mercados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a fonte continuou crescendo graças à manutenção de fortes mercados na China, Índia e Brasil. A publicação ainda destaca o surgimento de outros países na América Latina, África e no resto da Ásia com potencial para liderar o crescimento da fonte eólica no mundo.A China, o maior mercado do mundo, pretende aumentar 18 GW de instalações em 2013, pouco mais do que a capacidade instalada da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Enquanto isso, o mercado latino-americano continuou sendo liderado pelo Brasil que acrescentou 1 GW de energia eólica à sua matriz e 15 mil novos empregos verdes serem criados para atender a indústria eólica no país.Este cenário ainda tende a melhorar para o Brasil. Estima-se que, em 2013, o Brasil alcançará a marca de 5 GW de energia eólica, tornando-se o 10o maior mercado no mundo. O relatório aponta o país como um dos mercados mais promissores, podendo ultrapassar 2 GW de instalações anuais, mas para isso precisa de condições estáveis de incentivos, financiamento e regras de contratação, para garantir a sustentabilidade da indústria.
“A energia eólica pode ser intermitente, mas a maior ameaça ao crescimento estável da indústria é a imprevisibilidade dos políticos responsáveis por estabelecer marcos para o setor da energia”, afirmou Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho.
Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, complementa que "é necessário que as garantias de regras constantes e isonômicas entre fontes renováveis sejam mantidas nos leilões de energia, para que não apenas mantenhamos a evolução da energia eólica, mas também abramos espaço para a energia solar e recuperemos o desenvolvimento de usinas de cogeração a biomassa e PCHs, que contribuirão para a segurança energética do país nos próximos anos."
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