Monday, April 18, 2011

Pegada Ecológica das cidades é tema de debate na USP

No debate, foram discutidos os potenciais da Pegada Ecológica como ferramenta de mobilização e de gestão para as cidades

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Saiba mais sobre a Pegada Ecológica

Por Geralda Magela

O estudo da Pegada Ecológica de Campo Grande (MS), divulgado pelo WWF-Brasil e pela prefeitura da capital sul-mato-grossense na passada, está abrindo um novo leque de discussões, com o envolvimento do setor acadêmico e de instituições que atuam com as empresas. Nesta quarta-feira (13), a experiência foi apresentada na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP).

O evento foi organizado pelo professor do Departamento de Economia da FEAUSP, Ricardo Abramovay, e teve a participação de professores, pesquisadores, estudantes e de instituições que atuam com o segmento empresarial.

O trabalho da Pegada Ecológica de Campo Grande foi realizado pelo WWF-Brasil em parceria com a prefeitura da cidade, Global Footprint Network (GFN), a empresa social ecosSISTEMAS e a Universidade Anhanguera. O objetivo foi calcular – a partir da análise dos hábitos de consumo da população campo-grandense – a Pegada Ecológica da cidade e usar os resultados como ferramenta de mobilização e de gestão ambiental.

O levantamento foi apresentado na FEAUSP pelo coordenador do Programa Pantanal-Cerrado do WWF-Brasil, Michael Becker, e pelo diretor da ecosSISTEMAS, Fabrício de Campos. O Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Campo Grande, Marcos Cristaldo, também foi um dos expositores.

Participaram como debatedores os professores do Departamento de Economia da FEAUSP, do Núcleo de Economia Socioambiental (NESA), José Eli da Veiga e Ricardo Abramovay; o professor Emérito da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, Ignacy Sachs; e Paulo Itacarambi, do Instituto Ethos.

Pegada Ecológica - A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia, de um lado, o consumo e do outro a capacidade de recursos naturais disponíveis no planeta. O cálculo já é feito para os países e começa a ser realizado também em algumas cidades do mundo. No Brasil, Campo Grande é a primeira cidade a ter esse cálculo.

O estudo avaliou os hábitos de consumo da população campo-grandense e apontou uma pegada ecológica de 3,14 hectares globais por pessoa. Os resultados também mostraram que o maior consumo está relacionado aos itens de alimentação, com 45% da pegada, destacando-se o consumo de carne.

Durante a apresentação, o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Campo Grande, Marcos Cristaldo, disse que os resultados do estudo ajudaram a clarear aspectos relacionados ao consumo da cidade, que não eram conhecidos. Alguns chegaram a causar surpresa. O consumo de energia elétrica acima da média brasileira foi um desses pontos, assim como o de carne. “Com esses dados, podemos nos planejar melhor e direcionar as políticas públicas para ações que ajudem a reduzir impactos nessas áreas”. destacou.

Michael Becker destacou que o cálculo da pegada de Campo Grande é um passo importante. “Para nós, a Pegada Ecológica é um elemento agregador, uma ferramenta de gestão ambiental. Ela serve como parâmetro para discutir as estratégias de mitigação que serão adotadas visando a redução de impactos”, disse.

No entanto, Becker avaliou que ainda existe muito a ser feito. “Temos que caminhar e implementar as estratégias de mitigação para que, quando fizermos uma nova medição, possamos verificar se houve mudanças, se os impactos baixaram”, enfatizou.

Para ele, pelo fato de Campo Grande ser uma cidade com perfil muito parecido com tantas outras no Brasil, ela pode servir de modelo para outras cidades.

Potenciais da Pegada Ecológica - Após a apresentação do estudo, foram discutidos os potenciais da pegada ecológica como indicador de sustentabilidade, ferramenta para a gestão pública, instrumento de mobilização da sociedade civil e orientador sobre o papel das empresas e cadeias produtivas sustentáveis.

O professor Ricardo Abramovay elogiou o pioneirismo do estudo realizado em Campo Grande. De acordo com ele, o alto consumo está conduzindo o mundo a uma “rota suicida” e para evitar que isso aconteça, é fundamental conhecer, diagnosticar. “Considero essa iniciativa muito importante. Estamos abertos a participar desse processo de mobilização para que possamos enfrentar esse problema”, afirmou.

O envolvimento do setor acadêmico representa um passo importante nesse processo, tanto no que se refere ao direcionamento de pesquisas para essa área quanto na realização de estudos que possam ampliar esse trabalho para outras cidades.

Uma possibilidade de cooperação da FEAUSP com esse trabalho é a abertura de uma área de pesquisa com os alunos da faculdade para desenvolver o tema da Pegada Ecológica “ Fazer uma contabilidade ambiental é um desafio para a economia”, ressaltou Abramovay.

O professor José Eli da Veiga, considerou positivo o trabalho da Pegada Ecológica de Campo Grande. Entretanto, para ele, o cálculo e alguns conceitos utilizados na metodologia ainda precisam ser melhor entendidos. “O estudo serve como um ponto de partida para ampliar as discussões. Certamente vai despertar o interesse dos estudantes para que comecem a fazer parte desse trabalho”, destacou.

O professor emérito da Escola de Altos Estudos de Ciências Sociais de Paris, Ignacy Sachs, disse que a pegada ecológica é um conceito novo que apresenta um serviço importante. No entanto, será preciso aprofundar o estudo da ferramenta, ver seus potenciais e limites e como esse conceito se encaixa com outros. “Esse é um belo desafio para a Universidade”, salientou o professor.

O diretor da ecosSistemas, Fabrício Campos, responsável pela análise dos dados e pela aplicação da metodologia, disse que a contribuição do setor acadêmico é essencial para o aprimoramento do trabalho. “A Pegada Ecológica não é uma ferramenta estática. Ela precisa ser testada e ajustada constantemente e a discussão no âmbito da academia ajuda a aperfeiçoá-la cada vez mais”, afirmou.

Participação das empresas - Outro segmento importante para o trabalho com Pegada Ecológica são os empresários. Paulo Itacarambi, do Instituto Ethos, disse que a Pegada Ecológica pode ser usada pelas empresas para mobilizar a sociedade e orientar suas cadeias produtivas. Para ele, uma forma de contribuir é por meio da inovação. “As empresas podem investir em tecnologias que aumentem a biocapacidade e também reduzam o consumo”, destacou.

De acordo com ele, outra contribuição que pode ser dada pelas empresas é influenciar mudanças das políticas públicas, apresentando propostas e cobrando dos governos que também façam a sua parte.

O que é pegada ecológica?

A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.
Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano. Já a bioacapacidade, representa a capacidade dos ecossistemas em produzir recursos úteis e absorver os resíduos gerados pelo ser humano.

Sendo assim, a Pegada Ecológica contabiliza os recursos naturais biológicos renováveis (grãos e vegetais, carne, peixes, madeira e fibras, energia renovável etc), segmentados Agricultura, Pastagens, Florestas, Pesca, Área Construída e Energia e Absorção de Dióxido de Carbono (CO2).

O resumo executivo do estudo da Pegada Ecológica de Campo Grande está disponível no site do WWF-Brasil. http://www.wwf.org.br/?28163/Campo-Grande-calcula-sua-pegada-ecolgica

Wednesday, April 13, 2011

Orçamento do Meio Ambiente para 2011 preocupa, diz ministra

CLAUDIA ANDRADE
Direto de Cancún
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, aproveitou sua participação em uma reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas durante a 16ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), em Cancún, no México, para expressar sua preocupação com possíveis cortes no orçamento e sua Pasta para o ano que vem.
"Vou falar com a nova relatora para não haver corte no orçamento do Fundo Clima", anunciou durante a abertura da reunião, da qual participaram representantes do governo, da sociedade civil e do setor privado.
O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima foi regulamentado no final de outubro e prevê um orçamento de R$ 226 milhões para 2011. Desse total, R$ 200 milhões são reembolsáveis, para empréstimos e financiamentos voltados para a área produtiva e o restante ¿a fundo perdido¿ para investimento em pesquisa e avaliação do impacto das mudanças climáticas.
A conversa com a nova relatora do orçamento, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) - que substituiu Gim Argello (PTB-DF) após a renúncia do senador por conta de denúncias - , deverá ocorrer na próxima semana, quando também será realizada outra reunião do fórum, na qual a ministra deve dizer o que ficou acertado.
A preocupação de Izabella tem como base a declaração do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que o Orçamento da União para 2011 sofrerá um corte de R$ 12 bilhões.
"O maior desafio agora é não ter contingenciamento. Se houver, que isso não seja drástico de maneira a impedir esse primeiro passo mais estruturante no funcionamento do fundo".
Convergência
A ministra do Meio Ambiente também defendeu uma maior convergência entre o Fundo Clima e o Fundo Amazônia, que capta doações para investimento em prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento.
"Precisamos mexer nas regras para dar mais celeridade e ser mais flexível. O Fundo Clima não pode ficar limitado às dificuldades que tivemos no início - e ainda temos - no Fundo Amazônia".
Esta semana, a ministra assinou com o governo alemão o contrato de doação de US$ 30,6 milhões para o Fundo Amazônia.

Friday, April 8, 2011

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06/04/11
Amazônia ainda sofre forte desmatamento

Em fevereiro perdemos 63 km² de floresta

Wikipédia


Imagem de satélite da Floresta Amazônica.


Dados do Instituto do Homem e do Meio Ambiente(Imazon), divulgados em 23 de março deste ano, revela que a Amazônia Legal perdeu 63 quilômetros quadrados de floresta no mês de fevereiro de 2011 – 28% a menos que no mesmo mês do ano passado. Rondônia foi responsável por 56% desse total, seguida pelos estados do Pará(30%), Mato Grosso(11%) e Roraima(3%).

No período de Agosto de 2010 a fevereiro de 2011, o desmatamento acumulado foi de 925 quilômetros quadrados, um quilômetro a mais que o mesmo período anterior (agosto 2009 a fevereiro 2010). Quanto à degradação florestal, o aumento nesse mesmo período cresceu assustadoramente, 304 %, num total de 3.836 quilômetros quadrados, quando no ano anterior foi de 950 quilômetros quadrados.

Porém, esses dados não são totalizantes. Devido às nuvens que cobriam parte da região no mês de fevereiro – principalmente os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso e Pará - o Imazon conseguiu monitorar apenas 12% da área florestal da Amazônia Legal.

O relatório calculou também o total de CO2 que sofreu alterações devido à degradação da floresta. Entre agosto de 2010 a fevereiro 2011, o desmatamento comprometeu 56 milhões de toneladas de C02 equivalentes. Houve uma redução de 6,5% em relação ao período anterior (agosto de 2009 a fevereiro de 2010) que teve 60 milhões de toneladas de CO2 equivalentes afetados.

A NASA também revelou um estudo que mostra uma redução generalizada no verde das florestas da Bacia Amazônica provocada pela seca que atingiu o estado em 2010. Os mapas, via satélite, apontam uma incrível perda de 965.000 milhas quadradas de vegetação na Amazônia - mais de quatro vezes a área afetada pela última forte seca em 2005.

Foto: Cesar Paes Barreto

Igarapé da Bacia Amazônica

A maior floresta tropical do mundo vem sofrendo gradualmente com as atitudes incosequentes do ser humano. Quantas pesquisas e estudos serão necessários para que as pessoas se conscientizem sobre a importância de preservar esse bem sagrado da natureza? Não há mais tempo a perder, a Amazônia precisa ser conservada.

Thursday, April 7, 2011

Greenpeace

Temos muitas histórias para contar, conheça algumas delas

O Programa Petrobras Cultural, maior programa de patrocínio do país, é realizado desde 2003 e se destaca pela democratização e pela transparência das seleções públicas. Para se ter uma ideia do volume de nossas ações, a edição 2008/2009 do Programa destinou R$ 50,5 milhões para seleções públicas de projetos.

Este trabalho integrado e contínuo rendeu excelentes frutos. Somos reconhecidos como a empresa que mais apoia a Cultura no Brasil e investimos

em ações voltadas para a produção, difusão e circulação dos bens culturais. Além disso, estamos presentes na formação de novos públicos e de novas plateias, na memória e na reflexão sobre a cultura e o pensamento brasileiros.

Nosso olhar para Cultura gira em 360º: preservamos o passado, marcamos o presente e investimos no futuro. Esta é a cara da Petrobras.


Licenciamento ambiental

O processo de licenciamento tem como objetivo manter as atividades da empresa em conformidade com a legislação vigente, atendendo aos preceitos legais e regulamentares durante todo o ciclo de vida das instalações e operações.

As licenças são expedidas em fase de planejamento e concepção do empreendimento, reconhecendo a viabilidade ambiental; na autorização da instalação após análise do projeto de acordo com as medidas de controle ambiental; e na autorização da operação.

Estudos e Relatórios

Em projetos de maior complexidade e com impactos relevantes, os órgãos ambientais poderão exigir a realização de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que é disponibilizado para consulta pública.


Petrobras,Meio Ambiente

Temos muitas histórias para contar, conheça algumas delas

Quando olhamos para fora da nossa empresa, entendemos que ações bem planejadas são o segredo para uma política ambiental de sucesso.
Nossa estratégia se divide em três pilares:

  • Investimentos em patrocínios a projetos ambientais, por meio de seleção pública. O objetivo é apoiar, de forma transparente, iniciativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável do país.

  • Interação entre Terceiro Setor, Poder Público e outras empresas por meio da formação de parcerias e de redes. Os temas centrais são água, clima e biodiversidade marinha. Essa ação também inclui contribuições para a capacitação das instituições parceiras.

  • Disseminação de informações para o desenvolvimento sustentável, por meio de ações de comunicação voltadas para a discussão do modelo e dos papéis de cada um.

Para nós, praticar a responsabilidade ambiental é garantir a sustentabilidade do nosso negócio. Desta forma, comprovamos que é possível aliar rentabilidade ao respeito às pessoas e ao meio ambiente.

  • Programa Petrobras Agenda 21

    É o reflexo do nosso comprometimento com o desenvolvimento sustentável. Divulga princípios e promove ações da Agenda 21 nas comunidades e municípios das áreas de influência de nossas unidades de operações e subsidiárias no Brasil.

  • Programa Petrobras Ambiental

    A Petrobras investe em iniciativas que visam à proteção ambiental e à difusão da consciência ecológica. Conheça nossa política de patrocínio ambiental, que confirma o compromisso de contribuir para a implementação do desenvolvimento sustentável.

  • Agenda 21 Comperj

    Com a implantação do polo petroquímico em Itaboraí, a Petrobras escolheu utilizar a Agenda 21 como uma nova forma de relacionamento com a região, fomentando assim o desenvolvimento sustentável nesses municípios.

  • Game ORT

    Caminhando por seu mundo, Ort se vê cercado de ambientes em desequilíbrio. Ele sabe que precisa agir e que pequenos detalhes podem melhorar todo o cenário. Bem parecido com o nosso mundo, não é? Acompanhe o Ort nessa jornada em que é preciso aguçar o olhar e apontar as direções para um planeta sustentável.

  • Conpet

    Usar bem para usar sempre. Esta é a visão do Conpet, criado em 1991 para difundir a importância de uma cultura antidesperdício. Nós apoiamos as iniciativas do Programa para racionalização de energia, e com isso reforçamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável do país.

  • Província Petrolífera de Urucu

    Na Amazônia, produzimos petróleo e gás com total respeito ao meio ambiente. A responsabilidade de trabalhar no coração da floresta impulsionou o desenvolvimento de tecnologias visando a máxima segurança e controle operacional.