Monday, November 17, 2014

Ativistas do Greenpeace são feridos após repressão violenta da Marinha espanhola

Ativistas faziam protesto pacífico contra a exploração de petróleo na região das Ilhas Canarias, na Espanha 

 
Ativistas saem do Arctic Sunrise em direcao a plataforma de
petroleo nas Ilhas Canarias. (Greenpeace Espanha) 

Uma ativista foi hospitalizada e outro foi ferido por conta de uma repressão violenta da Marinha espanhola a protesto pacífico do Greenpeace Espanha, no último sábado. Os barcos da Marinha colidiram várias vezes com os botes do Greenpeace que levavam os ativistas em direção à plataforma Rowan Renaissance, com a qual a empresa Repsol pretende prospectar petróleo na região das Ilhas Canárias, popular destino turístico da Espanha.  Além dos ferimentos, os botes que sofreram as colisões foram inutilizados.
Os botes carregavam faixas com a mensagem “Não à exploração de petróleo. Sim para as energias renováveis”, escrito em espanhol. Durante o protesto, eles foram agressivamente interceptados por três barcos da Marinha espanhola em alta velocidade, que estava escoltando o ‘Rowan Renaissance’ desde sexta-feira. A tática agressiva da acabou derrubando uma ativista ao mar e ferindo outro. A ativista fraturou uma perna e foi levada ao hospital Las Palmas pela própria Marinha. Já o outro ativista tratou seus ferimentos no Arctic Sunrise.
Esta é a primeira campanha contra exploração de petróleo realizada pelo Arctic Sunrise desde que ele foi consertado. O navio passou 10 meses sob custódia do governo russo depois do protesto em uma plataforma de petróleo no Ártico em Setembro de 2013, em que 30 ativistas foram presos.

Em resposta ao pedido da Marinha espanhola, na sexta-feira à noite, para que o Arctic Sunrise deixasse a área próxima à plataforma Rowan Renaissance, o capitão Joel Stewart respondeu às autoridades:
“Nós vamos permanecer onde estamos. Somos obrigados a ficar aqui pelo noso compromisso com a proteção do meio ambiente. Nós não vamos permitir a exploração de petróleo pelo Rowan Renaissance nessas águas, porque isso é considerado extremamente imprudente tanto por nós quanto por nossos milhões de apoiadores. E nós estamos pedindo para que o governo da Espanha proteja o meio ambiente e as pessoas das Ilhas Canárias, em vez de proteger os benefícios corporativos da Repsol.”
O Greenpeace é contra a exploração de petróleo e avisou às autoridades espanholas que o projeto nas Ilhas Canárias não cumpre as exigências de várias diretrizes europeias. As autoridades também foram alertadas de que foi durante a fase de prospecção, em que esse projeto se encontra agora, que aconteceu o desastre no Golfo do Mexico em Abril de 2010. “Um vazamento de petróleo como o que aconteceu no lá seria devastador para o meio ambiente e também para a economia da região, bastante dependente do turismo,” disse Julio Barea, do Greenpeace Espanha.

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