Sunday, April 29, 2012

Mar, doce mar do Bailique

A Vila Progresso é a comunidade mais estruturada do Bailique. Construída em cima de assentamentos estaduais, ela é uma cidade suspensa por palafitas e rodeada de flPense num mar doce. Longe de ser apenas uma força de expressão, é assim o caminho que leva até o arquipélago de Bailique, a 100 milhas (ou 160 km) da capital, Macapá (AP). Chamado de Canal do Norte, o oceano de água doce onde o rio Amazonas se encontra com o mar aberto é a porta de entrada para o mais extenso rio do mundo. Referindo-se à foz do Amazonas, Salviano, um dos sargentos do Corpo de Bombeiros que nos guiou até lá, explica: “Para nós, aqui é o início de tudo.” Trabalhando há 12 anos como bombeiro de Macapá, ele e seu companheiro, o sargento Eli, conhecem como a palma das mãos as águas navegáveis que levam até a famosa Pororoca. O fenômeno do encontro das águas do oceano com o rio forma ondas de até seis metros de altura e vários quilômetros de extensão. A Pororoca ocorre com maior intensidade entre janeiro e maio, época das chuvas, e atrai milhares de surfistas de todas as partes do Brasil às águas do Amapá. Até o Bailique, o caminho é margeado por cadeias enfileiradas de buritis e açaizeiros, e leva-se, no mínimo, quatro horas de barco rápido. As comunidades locais, normalmente viajando de Recreio, levam de 10 a 12 horas para se deslocar da capital até o arquipélago. Antes de chegar à Vila Progresso, a maior e mais estruturada das comunidades do Bailique, fizemos uma rápida parada na Vila de Itamatatuba. Chegando lá, as crianças nos receberam com admiração. A potência do barco, que fazia em muito menos tempo um percurso do mesmo tamanho, era algo incomum para seus olhinhos inocentes. Acostumados com canoas de madeira e, no máximo, uma voadeira monomotor, eles nos olhavam curiosos. “Olha, dois motores, deve ser rápido mesmo”, frisou Josué, de 9 anos. Atracando na Vila Progresso, vimos uma cidade suspensa por palafitas e toda elevada por pontes sobre o mangue e as vegetações alagadas. A comunidade de três mil pessoas foi fixada na base de quatro assentamentos estaduais e tem sua economia baseada na pesca e no extrativismo – basicamente de açaí. A vila possui comércios, igrejas, bancos e postos de saúde. Mas apesar de todo o aparente progresso do nome, ainda é carente de algumas benesses da modernidade, como energia elétrica permanente. Ao todo no arquipélago existem 7 mil habitantes, espalhados por 8 ilhas e 32 comunidades. No total são 1.700 km² de área, incluindo água e continente. Localizado no estado mais preservado da Amazônia e cheio de histórias para exportar ao mundo, o Bailique é uma verdadeira ilha de floresta intocada no meio desse oceano de água doce. * Nathália Clark está a bordo do Rainbow Warrior oresta e água por todos os lados. (©Greenpeace/Nathália Clark)Fonte;Greenpeace

Saturday, April 28, 2012

Governador do Amapá apoia lei do Desmatamento Zero

A bordo do navio Rainbow Warrior, senadores Randolfe Rodrigues e João Capiberibe também assinam a petição pela lei que pretende zerar a devastação florestal.
Senador João Capiberibe, do Amapá, assinou na tarde desta sexta a petição pelo Desmatamento Zero a bordo do Rainbow Warrior ©Greenpeace/Marizilda CruppeAinda há esperança para as florestas após a derrubada do Código Florestal no Congresso Nacional. A lei de iniciativa popular pelo Desmatamento Zero no Brasil é uma alternativa para os brasileiros que, ao contrário do Congresso, acreditam ser fundamental preservar as florestas do país. Representando o estado mais preservado da Amazônia – e do Brasil, Carlos Camilo Capiberibe, do Amapá, foi o primeiro governador a assinar a petição, declarando seu apoio à iniciativa. A bordo do navio Rainbow Warrior, o Greenpeace reuniu personalidades da política estadual e municipal na cidade de Macapá, além de técnicos do ICMBio, responsáveis pela conservação dos Parques Nacionais, para receber o apoio à iniciativa que visa acabar com a destruição das matas nativas brasileiras. Além do governador do estado, estavam presentes também os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que igualmente assinaram a petição pela lei do Desmatamento Zero. “O novo Código Florestal atenta contra o estado do Amapá. É um retrocesso e uma derrota ao meio ambiente. Nosso estado é um enorme laboratório de desenvolvimentosustentável. Uma das tragédias para as florestas é a produção de ferro gusa. O Haiti não tem mais floresta por conta do ferro gusa, e tentaram fazer isso aqui no Amapá. Por esses motivos, eu coloco a minha assinatura nesse projeto de lei com enorme satisfação”, afirmou o senador João Capiberibe. O governador Camilo Capiberibe afirmou que a lei do Desmatamento Zero não representa uma ameaça ao desenvolvimento, pois preserva o direito das minorias, como a agricultura familiar, os quilombolas e os povos indígenas. “Essa é uma lei de contraponto ao Código ruralista. O povo da Amazônia quer o PAC das florestas. E é por isso que eu assino, muito tranquilo e com senso de responsabilidade.” O governo do Amapá foi também o primeiro a revelar ao Brasil os danos do novo Código Florestal a um estado que aposta na economia sustentável. A Secretaria Estadualde Meio Ambiente do Estado (SEMA) divulgou dados preliminares do estudo que mostra os impactos do Código aprovado pelos ruralistas no desmatamento do Amapá. Segundo a pesquisa, o estado possui apenas 1,2% de seu território desmatado. Com as brechas abertas pelo novo Código, em apenas dois anos esse número quadruplicaria, chegando a 5%. Isso porque o novo texto permite que estados que possuam mais de 65% de seu território em áreas protegidas – caso do Amapá, cujos 72% do território estão divididos entre Terras Indígenas e Unidades de Conservação –, possam ter suas Reservas Legais reduzidas em 50%. “Com mais de 95% de seu território preservado, o Amapá é um grande exemplo da feliz união entre desenvolvimento econômico e conservação florestal. Estamos aqui para mostrar a Amazônia que prospera com projetos baseados na floresta. A lei do Desmatamento Zero vem como uma alternativa ao desastroso Código Florestal aprovado no Congresso, que impacta diretamente esse estado. Enquanto o Congresso faz uma lei pelo desmatamento, nós fazemos uma pelas florestas”, disse Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace. Fonte;Greenpeace

Friday, April 27, 2012

Alemanha põe em cheque a segurança de Angra 3

Ativistas protestam na sede do BNDES pedindo o fim do financiamento da usina nuclear de Angra 3. ©Ivo Gonçalves/Greenpeace O governo alemão adiou a decisão sobre o empréstimo que seria feito para a construção da usina nuclear de Angra 3. Brasil e Alemanha são parceiros atômicos desde a década de 1970 e acordaram um valor equivalente a 41,4% do custo da usina, equivalente a 1,3 bilhões de euros. O financiamento viria de uma associação de bancos europeus, com garantia de empréstimo dada pela Hermes, agência estatal de crédito alemã. O responsável pela prorrogação do financiamento foi o estudo de segurança da usina apresentado pela Eletronuclear que foi considerado insuficiente e incompleto. Alguns aspectos relevantes à segurança não foram apresentados no relatório como, por exemplo, um teste de estresse exigido pelo governo alemão depois do acidente em Fukushima, no Japão. O Greenpeace Alemanha já havia divulgado dois estudos que indicavam a possibilidade de uma catástrofe nuclear acontecer em Angra 3 devido a ausência de certos componentes essenciais de segurança que poderiam fazer com o que o Brasil tivesse uma catástrofe ainda maior do que a de Fukushima. Sem a segurança garantida, o projeto de Angra 3, concluído há cerca de quatro décadas, felizmente vai continuar sendo apenas um projeto. Um país como o Brasil, com um potencial imenso de energias renováveis, poderia aproveitar os ventos e a irradiação solar para se tornar o primeiro país com uma economia forte baseada em uma matriz energética limpa e sustentável. Não há motivos para que a exploração de petróleo na camada pré-sal seja incentivada, muito menos para receber investimentos internacionais em energia nuclear. A incoerência também foi apontada por alguns parlamentares alemães que disseram não fazer sentido a chanceler alemã Angela Merkel ter anunciado que, até 2022, não haverá mais energia nuclear na Alemanha, e continuar incentivando construções de novas usinas em outros países.Fonte;Greenpeace

Thursday, April 26, 2012

20 anos em ação

O Greenpeace Brasil se tornou referência da luta ambiental no país, levando o discurso da sustentabilidade à agenda política e trabalhando por um Brasil mais verde e limpo
O primeiro Rainbow Warrior chega ao Rio de Janeiro para a Eco-92 (©Greenpeace/Morgan) Dia 26 de abril de 1992: a tripulação do Rainbow Warrior, navio símbolo do Greenpeace, rumou para Angra dos Reis. Lá, 800 cruzes foram afixadas no pátio da usina nuclear, simbolizando o número de mortes ocorridas no trágico acidente de Chernobyl, ocorrido seis anos antes. Essa ação marcou a fundação oficial do Greenpeace no Brasil. “Quando chegamos por aqui, o ativista era um ecochato”, diz Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace Brasil. “Hoje, o ativismo é um exercício de cidadania”, analisa. Os últimos 20 anos foram suficientes para o Brasil aprender com a organização a levar mais a sério o debate ambiental. Por outro lado, o Greenpeace também aprendeu muito com o Brasil: a proteção ao ambiente não pode deixar de lado a justiça social. O Greenpeace trouxe ao Brasil uma pauta ambiental inédita, por exemplo, com a eliminação de lixo tóxico ou com o debate das mudanças climáticas. Mas a realidade do país mostrou à organização que os problemas ambientais e sociais caminham juntos. “O Brasil tornou mais amplo o olhar do Greenpeace”, diz Furtado. Hoje, o Greenpeace Brasil possui três escritórios (São Paulo, Manaus e Brasília) e mais de cem funcionários que trabalham para dar suporte às duas campanhas atualmente em curso: Amazônia e Clima & Energia. Tudo isso só é possível graças às doações de mais de 32.500 colaboradores ativos espalhados por todo o país e de aproximadamente 300 voluntários que levam nossas mensagens e campanhas Brasil afora. Apesar de muitos avanços e vitórias, os desafios do Greenpeace cresceram juntamente com o Brasil. O ritmo do desmatamento na Amazônia vem caindo, mas ainda é alarmante – e por isso a organização lançou uma iniciativa popular para aprovar uma lei pelo Desmatamento Zero. Por outro lado, o Brasil, que tinha tudo para aproveitar seus recursos naturais para se tornar uma potência energética de matriz quase 100% limpa, ainda quer investir em energias sujas e perigosas como petróleo e nuclear – e por isso a organização faz campanha pelo incentivo e pelo investimento em fontes renováveis de energia, como eólica, solar e biomassa. Muitas histórias para contar A primeira grande vitória da organização no Brasil se deu um ano após a inauguração do escritório no país, com a proibição da importação de lixo tóxico. Ainda na década de 1990, tiveram início as campanhas contra o uso dos gases CFC – que atacam a camada de ozônio – e de transgênicos. Também foi o Greenpeace que publicou o primeiro Guia do Consumidor, em que apontava quais produtos continham organismos geneticamente modificados, além de conseguir a aprovação de uma lei para a rotulagem de transgênicos. Para a redução das emissões de gases do efeito estufa, o Greenpeace também ofereceu sua contribuição ao país. Seu relatório [R]evolução Energética foi fundamental para pressionar o governo a incentivar o setor de energia eólica, hoje em contínuo crescimento. De olho na proteção da maior floresta tropical do mundo, em 1992 começou a investigação sobre a exploração ilegal e predatória de madeira. Dois anos mais tarde, foi realizada a primeira expedição naval pela região, que levou a Marinha a expulsar o navio do Greenpeace do país. Foi apenas a pressão da sociedade civil que levou o governo a revogar a ordem e permitir que a tripulação, com ativistas e pesquisadores a bordo, seguisse sua rota. Já na década de 2000, uma comunidade extrativista do município de Porto de Moz (PA) pediu a ajuda do Greenpeace para fechar o cerco contra madeireiras que invadiam ilegalmente suas terras. “Os políticos da cidade eram madeireiros. Havia uma relação direta entre política e madeira. A região era muito violenta e eram várias as ameaças de morte”, lembra Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia. Em novembro de 2004, um telefonema da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciava a vitória: o presidente Luís Inácio Lula da Silva acabara de assinar o decreto de criação da Reserva Extrativista Verde para Sempre. Já a vitória sobre o comércio predatório de madeira se deu em 2002, quando o mogno foi finalmente protegido pela Cites – órgão da ONU sobre comércio e proteção de espécies ameaçadas. Atualmente, a principal frente de devastação da Amazônia está ligada ao avanço da soja e de áreas de pastagens. Contra esses dois vetores do desmatamento, foi emblemática a atuação do Greenpeace em conseguir uma moratória da soja produzida em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia. Também um acordo com os três maiores frigoríferos brasileiros e o Ministério Público permitiu cortar de suas lista de fornecedores fazendas de gado embargadas pelo Ibama. “Temos que discutir qual o futuro que o Brasil quer para si. Para sermos modernos e tomarmos as rédeas como uma potência ambiental, precisamos manter nossas florestas em pé e investir em energias limpas”, resume Adario. Futuro De passagem pelo Brasil para o Fórum de Sustentabilidade de Manaus, em março, Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional lançou um desafio ao país: “Com o poder, vem a responsabilidade. É preciso garantir que este Brasil mais rico não promova um modelo de desenvolvimento sem justiça social ou ambiental igual àquele o qual foi vítima por séculos.” O apelo de Naidoo é um reconhecimento de que o Brasil ganha crescente destaque internacional e que tem em mãos uma oportunidade histórica: assumir a liderança global como potência verde e limpa. Afinal, o país tem recursos naturais de sobra para garantir o crescimento com energias renováveis e, ao mesmo tempo, manter a floresta em pé. Segundo Marcelo Furtado, iniciativas como a do Desmatamento Zero são fundamentais nesse sentido, uma vez que estabelecem o conceito da floresta como um ativo, não como empecilho ao desenvolvimento. “O processo de construção desse Brasil verde, limpo e justo está nas mãos de cada um. Começa nas ações do dia a dia e termina nas grandes ações que mobilizam a sociedade”, finaliza Furtado.Fonte;Greenpeace

O início do fim das florestas Adicionar comentário Notícia - 25 - abr - 2012

Hoje a Câmara dos Deputados mostrou o que quer: o fim das florestas no Brasil. Por 274 votos a 184, com duas abstenções, foi aprovada hoje a proposta que desfigura o Código Florestal.
Esta árvore solitária já foi parte de uma floresta. A foto foi realizada em fevereiro passado, próximo a Santarém (PA). (©Daniel Beltrá/Greenpeace) Hoje a Câmara dos Deputados mostrou o que quer: o fim das florestas no Brasil. Por 274 votos a 184, com duas abstenções, foi aprovada hoje a proposta que desfigura o Código Florestal, escrita pelo deputado ruralista Paulo Piau (PMDB-MG) sobre o texto aprovado pelo Senado, segue agora para sanção da presidente, Dilma Rousseff. Se ela não se mexer, e vetar o texto, esse futuro será seu legado. O texto aprovado dá anistia total e irrestrita a quem desmatou demais – mesmo aqueles que deveriam e têm capacidade de recuperar matas ao longo de rios, por exemplo – e ainda dá brecha para que mais desmatamentos ocorram no país. Ele é resultado de um processo que alijou a sociedade, e vai contra o que o próprio governo desejava. Com isso, avanços ambientais conquistados ao longo de décadas foram por água abaixo. “Acabamos de assistir ao sequestro do Congresso pelos ruralistas. Pateticamente, a presidenta que tinha a maior base de apoio parlamentar na história recente deste país, foi derrotada por 274 votos de uma malta de ruralistas que se infiltrou e contaminou o tecido democrático brasileiro como um câncer”, diz Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Desde o início do processo, o Brasil esteve refém dos interesses do setor, que fez de tudo para incorporar suas demandas ao projeto de lei. A população, que se mostrou contrária à anistia aos desmatadores e a brechas que permitem mais devastação, foi o tempo inteiro ignorada”. Há mais de uma década os ruralistas tentam acabar com o Código Florestal. Finalmente conseguiram uma brecha, alimentada pela indiferença de um governo que não dá a mínima para o ambiente e a saúde da população. O resultado é um texto escrito por e para ruralistas, que transforma a lei ambiental em uma lei de ocupação da terra. “Enquanto o Congresso demonstra claramente que se divorciou de vez da opinião pública que deveria representar – e que em sua imensa maioria se opõe ao texto do código ruralista – resta à Dilma uma única alternativa. Ela tem de demonstrar aos brasileiros que está à altura do cargo que ocupa – e que ganhou ao prometer aos eleitores que não iria permitir anistia a criminosos ambientais nem novos desmatamentos”, afirma Adario. “Caso contrário, o governo vai dar provas de que é subjugado pelos ruralistas, ao sofrer mais essa derrota.” Os brasileiros têm uma oportunidade de mostrar que não querem ver a motosserra roncar. A melhor resposta a essa reforma do Código Florestal é assinar o projeto de lei popular pelo desmatamento zero, que o Greenpeace e outras organizações encapam.Fonte;Greenpeace

Wednesday, April 25, 2012

Icloud da Apple usa energia suja

A loja da Apple em São Francisco foi uma das oito que receberam ativistas do Greenpeace que chamaram atenção para o uso da energia suja na iCloud. © Nader Khouri / Greenpeace Ativistas do Greenpeace protestaram em lojas da Apple nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Hungria, Hong Kong e Holanda pedindo para que a empresa abandone o uso de energia suja em suas instalações e passe a utilizar energia renovável. “De todas as empresas de Tecnologia da Informação que foram avaliadas no relatório ‘How Clean is Your Cloud?’ (‘Quão limpa é sua nuvem?’, em português), a Apple é a que tem o maior potencial para inovar e liderar o setor das renováveis”, afirma Gary Cook, analista sênior de Políticas do Greenpeace Internacional. “Sua tradição de ser uma empresa inovadora e pensar em ideias pouco comuns, além de seu poder financeiro, a colocam como a melhor empresa de Tecnologia da Informação (TI) para transformar o setor”. A Apple investiu em energia solar para fornecer parte da atual energia necessária para abastecer seu crescente datacenter na Carolina do Norte (Estados Unidos), mas ainda pode fazer muito mais para limpar a iCloud, como é chamada a nuvem da empresa, que continua crescendo. Apesar de suas alegações, a Apple não divulgou informação suficiente sobre como vão providenciar energia para o datacenter de Prineville para provar que ele será abastecido com energias renováveis. Além de passar a investir em mais energias renováveis, a empresa precisa ter uma maior transparência energética e pensar estrategicamente nos futuros locais onde serão construídos os novos datacenters fazendo com que eles estejam próximos à geração de energia limpa. A Apple, com toda sua influência no mercado, também pode pressionar as empresas produtoras de energia para que abandonem o carvão. Para entender como funciona a iCloud e qual energia ela utiliza, veja o vídeo aqui. Mande uma mensagem para os CEOs da Microsoft , da Amazon e da Apple, pedindo para eles utilizarem energias limpas em suas nuvens de dados.Fonte;Greenpeace

O Planeta Terra agradece

No último domingo (24/4) foi comemorado o Dia da Terra e os voluntários do grupo de São Paulo marcaram presença. A atividade fez parte da campanha Rio + Você, voltada as questões que serão abordadas na grande conferência que ocorrerá no Rio de Janeiro no mês de junho, a Rio+20.A intenção do encontro no parque, foi discutir propostas inteligentes e sustentáveis para uma São Paulo mais eficiente e limpa. O momento não poderia ser mais oportuno e marcou uma importante vitória da área de renováveis da semana passada: foi aprovada uma resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que estabelece um sistema de compensação de energia que torna possível a microprodução por meio de painéis solares, pequenas turbinas eólicas, geradores a biocombustíveis ou mesmo minicentrais hidrelétricas. Após anos de reivindicação do Greenpeace e de outras organizações civis, finalmente os brasileiros que gerarem energia de fontes renováveis na própria casa poderão ter descontos na conta de luz paga às concessionárias. O encontro no Parque foi bem interativo e organizado. A recepção foi feita com uma ciranda de abertura, onde todos que estavam presentes puderam interagir através de músicas dos aborígenes da Nova Zelândia e cantando para a Mãe Terra. Houve também um piquenique comunitário e uma feira de trocas, com direito a livros, camisetas e até frutas orgânicas. Muitos grupos de discussões com temas diversificados, um bate-papo bem descontraído, e para encerrar, foram feitas oficinas, como a de preparo de tintas não tóxicas, minhocario, imprensa, jogos, entre muitas outras. Mesmo com um dia cinza, o grupo marcou presença para trocar experiências e homenagear a nossa Mãe Terra, sem esquecer da importância da Rio+20 e de se preparar para esse grande evento. *Rafael Amorim é voluntário de São Paulo.Fonte;Greenpeace

Tuesday, April 24, 2012

A energia da Apple

A Apple é conhecida mundialmente por ser uma empresa inovadora e estar sempre pensando em soluções criativas. Steve Jobs, fundador da empresa, costumava dizer que “aqueles que são loucos o suficiente para pensar que podem mudar o mundo, são aqueles que conseguirão mudá-los de fato”. Com essa filosofia como um dos valores da empresa, não dá para entender como a Apple, uma das maiores empresas de tecnologia da informação, continua a usar energia suja em suas instalações. A iCloud é uma tecnologia que facilita o armazenamento de dados, fotos, músicas e vídeos, e que permite que seus usuários sincronizem todas essas informações facilmente. Utilizando um dos aparelhos da Apple os outros são atualizados com os novos dados automaticamente. O único problema é que a cada vez que a ‘nuvem’ é usada, carvão é queimado. Os grandes datacenters que armazenam fotos, e-mails, músicas e vídeos são um dos principais consumidores e responsáveis pela crescente demanda de eletricidade no mundo. Para manter a internet funcionando, toneladas de gases estufa provenientes da queima de carvão são lançados na atmosfera todos os dias. O crescimento e o tamanho dos investimentos na tecnologia da nuvem é enorme e a estimativa é que a quantidade de informação digital aumente em 50 vezes até 2020. A indústria da Tecnologia da Informação (TI) é liderada por algumas grandes empresas que podem escolher abandonar o uso de carvão para alimentar suas instalações. Graças aos pedidos dos usuários, o Facebook já optou por um modelo mais limpo de matriz energética e o que o Greenpeace quer é que outras grandes empresas tomem a mesma atitude. Três das maiores empresas proprietárias de datacenters – Apple, Microsoft e Amazon – podem abandonar o uso do carvão e da energia nuclear e optar por energias mais limpas. Mande uma mensagem para os CEOs da Microsoft , da Amazon e da Apple, pedindo para eles utilizarem energias limpas em suas nuvens de dados.Fonte;Greenpeace

Espanha na corrida pela “Deforestación Cero”!

segunda-feira, 23 de abril de 2012 O apresentador de TV Dani Mateo, do programa espanhol "El Intermedio" participa de atividade pela Campanha Desmatamento Zero em Barcelona (©Greenpeace Espanha) O Greenpeace Espanha tem se mostrado um grande aliado na campanha pela lei do Desmatamento Zero. Mesmo do outro lado do Oceano Atlântico, os ciberativistas espanhóis estão dando o apoio à causa de um jeito especial. Através do contato com brasileiros espalhados pelo mundo, os espanhóis tentam angariar assinaturas para a petição. Para mostrar a disposição em ajudar a salvar a Floresta Amazônica, centenas de voluntários se reuniram em um flashmob no Arco do Triunfo de Barcelona no dia 22 de Abril, Dia da Terra. Embalados por samba, capoeira e muita dança, o objetivo era encontrar brasileiros que pudessem assinar pela lei do Desmatamento Zero. Mensagens em português, espanhol e catalão se misturavam com um único objetivo: frear o desmatamento na Amazônia. No mundo online, a estratégia para conseguir assinaturas de brasileiros é a ferramenta Brazilian Friend Finder. Através dela, pessoas de qualquer país podem encontrar amigos brasileiros na internet e convencê-las a participar da campanha. Estorninos por Amazônia O programa da TV espanhola “El Intermédio”, o mesmo que juntou vários twitteiros para convencer o jogador Kaká a assinar a petição, escolheu Marcos Mion para ser o alvo seguinte da brincadeira. Centenas de ‘estorninos’ – nome dado aos twitteiros que aderem ao jogo online – lotaram a página da rede social de Marcos Mion, pedindo para que ele vestisse suspensórios nas cores de arco-íris durante o seu programa “Legendários”, que vai ao ar no sábado à noite na TV Record. O acessório faz referência ao Rainbow Warrior, navio do Greenpeace que está na Brasil para divulgar a campanha Desmatamento Zero. Marcos Mion aceitou a proposta dos ciberativistas e cumpriu a promessa no ar. Ele não só vestiu o suspensório, como também divulgou o link do site da campanha no seu programa, ajudando a bater a marca de 115 mil assinaturas que a petição alcançou nesse final de semana. Clique aqui para acompanhar a íntegra da brincadeira nas TVs espanhola e brasileira.

Sunday, April 22, 2012

Dia da Terra com florestas


Ilustração Guilherme Munhoz Hoje, 22 de abril é o dia internacional do planeta Terra. Neste dia precisamos continuar mobilizando os brasileiros para aderirem a campanha pelo Desmatamento Zero.

Precisamos mobilizar 1.4 milhão de pessoas em todo o Brasil para se juntarem à nossa luta contra a destruição das nossas florestas.

Assine a petição e junte-se a nós, cobrando dos governantes uma solução! A Terra e o Brasil precisam de uma voz: a sua!

Juntos podemos levar para o Congresso uma lei popular pelo fim da destruição das florestas. Entre na Liga das Florestas. Assine, compartilhe, ajude a salvar a flora e a fauna nacionais e participe da construção de um futuro verde para o Brasil.Fonte;Greenpeace

Friday, April 20, 2012

Extração ilegal de madeira no Corta-Corda no Globo Rural


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ativistas do Greenpeace denunciaram a extração de ilegal de madeira em assentamento do Incra, a 140 quilômetros de Santarém (©Greenpeace/Karla Gachet)
Reportagem com os desdobramentos da denúncia feita pelo Greenpeace no dia 31 de março sobre extração ilegal dentro do Projeto de Assentamento Corta-Corda do Incra, localizado a 140 quilômetros de Santarém, no Pará, foi veiculada hoje pelo Globo Rural.

Os moradores do local já haviam denunciado que madeireiras atuavam ali sem o seu consentimento. Quando o Rainboiw Warrior chegou à cidade paraense, por três noites seguidas o tráfego noturno de caminhões foi monitorado pela organização.

Como consequência desta atividade, duas semanas depois, houve a exoneração de Francisco Carneiro, da Superintendência do Incra em Santarém. Um relatório com fotos e mapas da área documentada, pedindo a investigação do caso, foi encaminhado ao INCRA, IBAMA, MPF e MPE.Fonte;Greenpeace

Que tipo de energia alimenta a sua nuvem?


Ativistas do Greenpeace protestam na sede da Amazon para que a empresa pare de alimentar sua nuvem com energias sujas e perigosas © Greenpeace Para continuar chamando a atenção da Amazon e da Microsoft para o tipo de energia que é utilizada para abastecer suas nuvens de dados, ativistas do Greenpeace fizeram um protesto na cidade de Seattle (Estados Unidos).

Eles escalaram o telhado da nova sede da Amazon e estenderam um banner em forma de nuvem onde era possível ler a mensagem “O quão limpa é a sua nuvem?”.

“As pessoas querem usar tecnologias inovadoras, como o Kindle e o Windows Phone, mas sem ter que se conectar à uma nuvem que é alimentada por energias sujas e perigosas”, afirmou Casey Harrell, Analista de TI do Greenpeace Internacional. “A Amazon e a Microsoft tem alguns dos melhores e mais inovadores engenheiros. Eles têm o potencial para abastecer suas nuvens com energia renovável e limpa, mas estão ficando para trás em relação ao Google, Facebook e Yahoo, empresas concorrentes, que já deram passos para construir uma nuvem limpa”.

Quanto mais pessoas usam a nuvem para armazenar e compartilhar fotos, vídeos e documentos, empresas como a Amazon e a Microsoft tem que construir mais datacenters que abrigam milhares de computadores e consumem uma quantidade enorme de energia. O crescimento e a escala desses investimentos na nuvem é impressionante e a estimativa é que a quantidade de informação digital aumente em 50 vezes até 2020.

Na terça-feira, o Greenpeace Internacional publicou o relatório “How clean is your cloud?” (em português, O quão limpa é a sua nuvem?), que avalia 14 empresas de TI e sua performance ambiental em áreas como transparência e eficiência energética e os investimentos e uso de energias renováveis.

O relatório mostrou que tanto a Amazon quanto a Microsoft usam principalmente energias sujas e perigosas em suas nuvens. As empresas também não tem a política de escolher locais para suas novas instalações que estejam próximos à geração de energias renováveis. Quando o assunto é o serviço de nuvem, a Amazon tem um sigilo é quase completamente secreto. A empresa se recusa a fornecer qualquer informação sobre as fontes de energia que utiliza.

“Hoje, o protesto dá início a nova campanha global ‘Limpe a sua nuvem’ (Clean our cloud, em inglês), afirmou Harrell. “Nós queremos mobilizar milhões de pessoas ao redor do mundo que amam a comodidade e a funcionalidade da nuvem, mas não querem que essa tecnologia inovadora seja alimentada por fontes de energia ultrapassados como o carvão”, completa Harrell.

A campanha do Greenpeace ‘Limpe a sua nuvem’ convida as empresas de TI que ainda estão atrasadas no uso das energias renováveis Microsoft, Amazon e Apple, para que se juntem ao número cada vez maior de companhias que estão tomando atitudes para mudar suas matrizes energéticas e dar preferência as energias renováveis. Ontem, ativistas do Greenpeace protestaram nas sedes da Apple, Microsoft e Amazon na Irlanda, Turquia e Luxemburgo, respectivamente.

Em Seattle, ativistas entregaram panfletos com mensagens para os funcionários da Amazon e da Microsoft, o objetivo do protesto era reforçar a necessidade que essas empresas têm de mudar suas fontes de energia urgentemente.Fonte;Greenpeace

O abandono da reserva


O Greenpeace entregou hoje ao presidente do Instituto Chico Mendes, responsável pelas unidades de conservação do país, a denúncia de um caso explícito de desrespeito às comunidades da Reserva Extrativista Verde para Sempre, em Porto de Moz (PA).Uma posse rural, conhecida por Fazenda Amapá, localizada dentro da Resex – portanto, em terra pública -, está à venda por meio de leilão, para suprir uma dívida com a Caixa Econômica Federal. A posse não pode ser vendida, pois foi declarada de interesse público em 2008.
Porém, o fato de um juiz ter determinado sua venda mostra:
1. Como os poderes públicos não se conversam;
2. Como a falta de regularização fundiária da Resex, que ainda não saiu mesmo após oito anos de sua criação, funciona como o primeiro dominó a cair de uma fila, com uma série de consequências;
3. A fragilidade das comunidades que vivem legalmente dentro da Resex, que podem um belo dia ser impedidos de trabalhar porque a implantação da unidade não foi ainda finalizada.
O ICMBio, que deveria zelar pela Resex, não tem hoje nenhum funcionário em Porto de Moz. Se o governo federal quer realmente cuidar da Amazônia – como diz que cuida, especialmente na véspera da Rio+20 – precisa fazer muito mais do que falar. É preciso agir.
Fonte;Greenpeace

Wednesday, April 18, 2012

Revolta, incerteza e dor

Falar sobre Belo Monte desencadeia revolta. Falar sobre Belo Monte provoca incerteza. Falar sobre Belo Monte gera dor. Em um determinado momento, torna-se impossível falar sobre Belo Monte sem verter lágrimas. Com a voz embargada, Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, é a personalização desse momento delicado em que vive a região de Altamira, situada no Pará, aonde está sendo erguida a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte, atrás apenas da chinesa Três Gargantas, e Itaipu, que fica na divisa do Brasil e Paraguai.
Além de ser um dos expoentes desta luta que se arrasta por mais de 20 anos, a vida de Antonia será diretamente afetada pela obra: ela faz parte da triste estimativa de que 30 mil a 40 mil pessoas terão de deixar seus lares porque serão alagados quando as barragens estiverem em pé.
Por mais de duas horas tivemos o privilégio de conversar com Antonia e Dom Erwin Kräutler, Bispo do Xingu e Presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Estas duas proeminentes lideranças transformaram os protestos contra Belo Monte sua razão de vida, ou mais precisamente, de sobrevivência.
Ver lá do alto a magnitude dos três canteiros de obras de Belo Monte deixa evidente o rastro de destruição que ela já está provocando. Árvores e mais árvores no chão ou jogadas no rio Xingu, madeireiras espalhadas pela obra, enormes quantidades de terra sendo removidas, um canal sendo construído, o primeiro barramento, o frenezi de inúmeros caminhões, escavadeiras, tratores.
A floresta chora. Com ela também chora seu povo, isolado, sozinho, ignorado. E Antonia enfatiza: “Estas pessoas, ao longo de todo este tempo, não receberam um benefício sequer, não tiveram um direito garantido. É o total abandono.”
O silêncio do governo Dilma Rousseff é contundente. Tem se omitido por não ter realizado as oitivas indígenas nas aldeias impactadas e ignora as críticas que tem sofrido de organismos internacionais. Brasília já foi interpelada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho); pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que faz parte da OEA (Organização dos Estados Americanos), e também pelo MPF (Ministério Público Federal).
O CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte) e os burocratas do setor elétrico da capital federal adotam uma postura típica da época nos anos de chumbo da ditadura militar, na avaliação de Dom Erwin e Antonia. Ou seja, não há diálogo com os movimentos sociais e com os atingidos. “O que há é um monólogo. Os indígenas estão sendo esquecidos neste processo, assim como os ribeirinhos, os quilombolas, os extrativistas, os moradores das cidades do entorno˜, critica o bispo.
E o presidente do Cimi vai mais longe: a estratégia dos responsáveis pela construção da usina é deixar de informar o povo, criar uma certa expectativa de que as coisas serão feitas. Com isso, o objetivo é cortar a resistência. Matar pelo cansaço. Tal expediente tem dado resultado. O próprio Dom Erwin se viu obrigado a afastar-se de algumas pessoas pois foram cooptadas. Acabaram mudando de lado. Quase toda casa de Altamira tem alguém direta ou indiretamente ligado à construção de Belo Monte.
Delicada também é a situação das condicionantes ambientais e sociais que deveriam estar sendo cumpridas pelo construtor. Chegam a ser mais de 100, entre as licenças prévia, provisória e de instalação. De acordo com Antonia, “até o momento, nenhuma condicionante saiu do papel para o povo. O que tem saído são convênios entre prefeituras, como se fosse uma moeda de troca. Mas para o povo, nada.”
Enquanto a obra vai sendo erguida rapidamente, os impactos sociais já estão sendo sentidos. Prevê-se que em três anos a população passará dos atuais 109 mil habitantes para 200 mil. Altamira vive o boom da construção civil, e assim, a extração de areia no Xingu não para. Está caro e difícil encontrar um pedreiro.
Tal migração tem inflacionado os preços dos imóveis e até da comida. Está muito caro comer e morar em Altamira. A população sofre com a falta de hospitais e escolas. Saneamento básico é artigo de luxo e doenças como diarreias e verminoses se alastram.
O discurso dominante que foi montado para justificar Belo Monte é de que ela levaria desenvolvimento regional, que a Transamazônica seria asfaltada, que finalmente Altamira teria uma infraestrutura à altura das necessidades de seus habitantes. “Onde está esse desenvolvimento que eu não vejo?”, questiona Dom Erwin. “Na minha concepção, desenvolvimento é colocar o ser humano no centro da questão. E isto não está acontecendo aqui”, observa.
Paulatinamente, os conflitos vão se acirrando. Dom Erwin saia da Prelazia apenas com seus guarda-costas. Antonia, o jornalista Ruy Sposati – que tem sido ameaçado e perseguido – e mais outras duas pessoas do Movimento Xingu Vivo para Sempre estão proibidas de se aproximarem dos canteiros.
A ação de interdito proibitório concedida pela justiça do Pará ao CCBM estabelece que os quatro estão sujeitos a receber uma multa de 100 mil reais caso causem “qualquer moléstia à posse.” Esta reação aconteceu após uma greve de 7 mil funcionários da usina no fim de março. Na acusação dos advogados de Belo Monte, eles incitaram a paralisação.
Entretanto, o estado se faz presente somente por meio do emprego da força e da repressão. Os idealizadores da usina exigem que a Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar garantam a proteção das obras e dos funcionários. “Nosso direito de ir e vir está sendo violado”, resume Dom Erwin.Fonte;Greenpeace

Apple, Amazon e Microsoft são convidadas a abandonar energias sujas

Hoje, o desafio de limpar as nuvens de dados foi levado diretamente às empresas Apple, Amazon e Microsoft. O relatório “How clean is your cloud?” (em português, “O quão limpa é a sua nuvem?”), lançado ontem, avalia o uso de energia de 14 empresas de Tecnologia da Informação (TI) e o abastecimento de eletricidade de mais de 80 datacenters. Com base nos dados do relatório, o Greenpeace pede que a indústria da informática abandone o uso de energias sujas, basicamente carvão e nuclear, e passem a usar energias renováveis e limpas.
Para isso, o Greenpeace Luxemburgo foi até a sede europeia da Amazon, o Greenpeace Turquia até a sede da Microsoft em Istambul, e a equipe do Greenpeace Internacional foi para Cork, na Irlanda, visitar a sede da Apple. O objetivo era convidar essas três gigantes da tecnologia para que se juntem ao grupo de empresas que já tomaram a decisão de investir nas renováveis e em eficiência energética. Com a rápida expansão do uso da tecnologia do armazenamento de dados na nuvem, as empresas de TI precisam mudar suas fontes de energia.
As equipes dos escritórios do Greenpeace usaram maneiras diferentes para chamar a atenção dessas três empresas e comunicar que suas escolhas em relação aos seus datacenters e a forma de abastecimento de energia da nuvem têm impactos reais no nosso planeta. Na sede da Microsoft, ativistas subiram ao telhado com banners em formato de nuvem e, em Luxemburgo, na sede da Amazon, a mensagem ‘O quão limpa é a sua nuvem?’ podia ser vista do telhado da empresa junto com enormes balões. Já na Irlanda, ativistas utilizaram uma máquina especial para ‘fabricar’ nuvens.
O Greenpeace quer mostrar que essas empresas podem seguir os passos do Google e do Yahoo, que já optaram por abastecer suas instalações com energias limpas, e usar sua capacidade de inovação para garantir que as nuvens e o armazenamento de dados serão alimentados por fontes renováveis.
Os protestos foram recebidos de forma bastante diferente nos escritórios. Na Turquia, a segurança da Microsoft agiu agressivamente com os ativistas, enquanto na Apple muitos dos funcionários pareciam dispostos a entender a mensagem e aceitar os folhetos explicativos. Na Turquia, os ativistas foram detidos, mas logo liberados sem nenhuma acusação.
Mande uma mensagem para os CEOs da Microsoft , da Amazon e da Apple, pedindo para eles utilizarem energias limpas em suas nuvens de dados.Fonte;Greenpeace

O Ártico vale mais que petróleo

Ativistas do Greenpeace Rússia vestidos de ursos polares deram as “boas-vindas” aos delegados da segunda conferência anual “Gás e Petróleo no Ártico russo”, que começou hoje em Moscou. Eles se acorrentaram a colunas e mastros, e estenderam em frente ao hotel que sedia o evento banners com a mensagem “Sem petróleo no Ártico” e “Parem Shell e Gazprom”. Ao mesmo tempo, outros ativistas escalaram o prédio do hotel para fixar de maneira bem visível uma faixa com a frase: “Salvem o Ártico!”.
Executivos de alto escalão da Shell, Statoil, ExxonMobil, Gazprom, entre outros, estão dispostos a aproveitar a conferência para convencer investidores a apostarem na exploração de petróleo no Ártico. Com a ajuda de seus porta-vozes na conferência, o objetivo das empresas é propagandear a lucratividade e segurança da exploração off-shore na região.

Para contrapor o lobby, o Greenpeace lançou um relatório para os investidores que comparecem à conferência. O documento “Exploração de Hidrocarbonetos Off-shore no Ártico Russo: Riscos de Investimentos” argumenta que os riscos da perfuração da área não compensam, diante da baixa rentabilidade em relação às outras jazidas de petróleo da Rússia. Vladimir Chouprov, do Greenpeace Rússia, completa o questionamento: “Enquanto o uso de fontes de energias renováveis é muito mais seguro e economicamente mais eficaz, a Rússia e outros países continuam insistindo em reservas duvidosas de petróleo off-shore no Ártico.”
Além dos problemas econômicos, a questão central da exploração de petróleo no Ártico é o alto risco que a atividade oferece ao frágil ecossistema da região. As peculiaridades da geografia do Ártico, a falta de dados precisos sobre as jazidas e a baixa qualidade técnica dos projetos de perfuração e transporte de petróleo em regiões polares aumentam ainda mais os perigos sobre os pobres ursos polares.Fonte;Greenpeace

Um passo importante para a geração renovável chegar à casa dos brasileiros

Consumidores, mas igualmente produtores. Após anos de reivindicação do Greenpeace e de outras organizações civis, finalmente os brasileiros que gerarem energia de fontes renováveis na própria casa poderão ter descontos na conta de luz paga às concessionárias.
Uma resolução da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovada nesta terça-feira, 17, estabelece um sistema de compensação de energia que torna possível a microprodução por meio de painéis solares, pequenas turbinas eólicas, geradores a biocombustíveis ou mesmo minicentrais hidrelétricas.
O texto da resolução incorporou a sugestão do Greenpeace de estender a validade da compensação de energia de um para três anos. Na prática, o produtor terá mais margem para utilizar seu crédito e, portanto, um prazo maior para recuperar seus investimentos.
“Trata-se de um avanço inédito para o país, embora chegue com pelo menos uma década de atraso, se comparado com as principais economias do mundo”, disse Ricardo Baitelo, da campanha de clima e energia do Greenpeace. “Finalmente temos regras para a geração de pequeno porte, especialmente para a solar. Entretanto, o governo restringe um teto para este incentivo, não permitindo que as residências ou condomínios gerem mais do que consomem”,
“Além disso, falta resolver um ponto essencial: como financiar a aquisição desses equipamento? O governo ainda precisa estabelecer linhas de crédito específicas para a instalação de sistemas solares para os pequenos produtores. Enquanto não houver crédito, não se sabe a demanda e a indústria de placas solares não decola no Brasil.”
Impulso à energia solar
De olho no potencial solar do país, a Aneel determinou ainda um desconto nas tarifas de distribuição e transmissão de energia gerada por esta fonte para sistemas de até 30 MW –atualmente, o maior sistema de geração solar do país, o de Tauá (CE) tem capacidade de 1 MW. Enquanto outras fontes renováveis têm um desconto de 50%, a solar contará com 80% durante os dez primeiros anos de operação.
Desde 2009, um projeto de lei para o incentivo das energias renováveis (PL 630 ou Lei de Renováveis) aguarda votação na Câmara dos Deputados. Com a resolução da Aneel, o Brasil começa a seguir o exemplo de boa parte do mundo, onde as renováveis contam com incentivos tarifários.
Confira a resolução da Aneel aqui.Fonte;Greenpeace

Belo Monte e seu rastro de caos e destruição

Governo planeja construir 63 usinas hidrelétricas em diversas bacias hidrográficas da Amazônia. Altamira vive as consequências geradas pelo aumento populacional: faltam escolas, hospitais e saneamento básicoO Greenpeace sobrevoou a Usina Hidrelétrica de Belo Monte no dia 10 de abril e essa atividade fez parte das programações que envolvem o navio Rainbow Warrior, que na perna amazônica tem dado ênfase à campanha da Lei do Desmatamento Zero. Até o momento, mais de 93 mil pessoas assinaram a petição online que objetiva coletar no mínimo 1,4 milhão de assinaturas para esse projeto de lei de iniciativa popular.

O fato de o governo federal projetar a construção de 63 hidrelétricas nos rios Madeira, Teles Pires, Tapajós, Negro, Xingu, Trombetas e seus afluentes tem gerado perplexidade e deixado a Amazônia em estado de alerta máximo. E a se valer pelo que vem acontecendo na construção desta usina paraense, a preocupação tem razão de ser.

As consequências desta obra começam a ser sentidas em Altamira, uma das cidades mais afetadas pelo caos que se instalou devido à falta de infraestrutura. Crianças estão estudando dentro de contêineres, o sistema de saúde é deficiente, o tratamento de água é algo raro por lá e doenças como diarreias e verminoses se alastram. O preço da cesta básica disparou. No entanto, o Consórcio Norte Energia se comprometeu a fazer investimentos para que esses impactos fossem minimizados, mas até agora tudo não passou de promessa.

Um dos argumentos favoráveis à Belo Monte que mais se ouve em Altamira é de que as barragens levarão desenvolvimento para a região. Mas Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu e presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) tem outra concepção a respeito: “Ao meu ver, desenvolvimento é quando o ser humano é colocado no centro da questão. E não é o que tem acontecido aqui. Não há leitos novos no hospital, os barrageiros ganham no máximo R$ 1 mil, vivemos na capital da dengue e da malária. Desenvolvimento ocorre quando se melhora a qualidade de vida da população.”

Há a previsão de que Belo Monte venha desalojar entre 30 mil e 40 mil pessoas. Os futuros afetados são moradores dos municípios do entorno, ribeirinhos, extrativistas, indígenas e quilombolas. Isto acontecerá porque a obra pode alagar uma área de 516 km2. Em contrapartida, devido à forte migração, a população atual, que está em torno de 109 mil pessoas, pode chegar a 200 mil habitantes já em 2013.

“No caso desta hidrelétrica, os estudos de impactos sociais e ambientais apresentados até o momento estão claramente subdimensionados. As condicionantes são desrespeitadas e não cumpridas. Os povos afetados reclamam que estão sendo ignorados. O desrespeito é generalizado, mas mesmo assim o ritmo de construção da usina está cada dia mais acelerado. Para eles, o meio ambiente e as pessoas são o que menos importam”, pontua Marcio Astrini, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

Desmatamento

Outra abordagem que pode ser observada é que as construções dessas usinas também poderão contribuir para o aumento do desmatamento na região. O Greenpeace fez uma análise dos dados de desmatamento divulgados pelo Prodes do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) relativos à Belo Monte.

Segundo o Laboratório de Geoprocessamento da organização, como a área de influência indireta foi definida de forma conservadora no EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental- Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), ao se observar os dados de satélite dos últimos três anos, houve aumento significativo do desmatamento fora dessa região pré-estabelecida. Ou seja, ao se estender um raio de 50 km, constatou-se que o desmate foi cinco vezes maior.

No entanto, não é nenhuma novidade afirmar que obras de infraestrutura são grandes catalisadores de novas clareiras. De acordo com Astrini, “o governo federal e os responsáveis pela obra sabem disso, mas não há nada que esteja sendo feito para barrar esta tendência. E desta forma, o que vai acontecer é o de sempre: enquanto os responsáveis pela hidrelétrica dão suas desculpas, a floresta paga com a vida."

Energias renováveis e eficiência energética

Diante deste cenário, vale destacar que o Brasil dispõe de um enorme potencial em outras fontes renováveis, como eólica, solar, biomassa e mesmo energia oceânica. A eólica poderia atender ao triplo da demanda atual por eletricidade e já apresenta o segundo custo mais baixo de geração entre todas as fontes, com preços relativamente próximos às hidrelétricas. A energia solar é a que mais cresce no mundo e os preços vêm caindo consistentemente.

O potencial de eólicas atualizado é de 300 mil MW (megawatts), suficiente para atender ao triplo da demanda elétrica atual do país. Já a solar poderia abastecer cerca de 10 vezes a necessidade energética nacional. Apenas a cogeração a bagaço de cana poderia gerar uma quantidade de energia superior a duas usinas de Itaipu, que produz 14 mil MW.

Por outro lado, as projeções de demanda do insumo do governo federal são superestimadas, mesmo considerando os índices de crescimento da economia, e é nisso que o governo Dilma Rousseff se apoia ao defender a exploração do potencial hidrelétrico dos rios amazônicos.

“Há uma folga de demanda contratada e se investíssemos em medidas mais agressivas de eficiência energética poderíamos abrir mão de uma série de usinas impactantes para o meio ambiente e para a sociedade”, avalia Ricardo Baitelo, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

Ainda há a parte dos custos de Belo Monte, que chegam a impressionantes 30 bilhões, sem incluir externalidades de impactos socioambientais. Especula-se que 80% desse montante virá de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“O mesmo investimento para construir essa usina geraria praticamente a mesma energia em parques eólicos e até dez vezes mais de economia se fossem adotadas medidas de eficiência energética”, observa Baitelo.

Outro aspecto positivo das energias renováveis é que as indústrias eólica e solar geram mais empregos que a hidrelétrica para instalar a mesma potência. Essas cadeias empregam mais pessoas de forma permanente, em atividades de instalação, manutenção e vendas.Fonte;Greenpeace

Limpe o que há de mais sujo na internet


Cada vez que um internauta compartilha músicas ou fotos usando a tecnologia da nuvem de dados, a demanda energética das gigantes da informática – como Apple, Microsoft, Facebook, Google, entre outras – aumenta.
O novo relatório do Greenpeace, “How clean is your cloud?” (“Quão limpa é sua nuvem?, em inglês), avalia 14 empresas de TI e o abastecimento de eletricidade de mais de 80 datacenters. O resultado da pesquisa mostrou que muitas das grandes companhias ainda utilizam, em sua maioria, energia proveniente do carvão, extremamente poluente, e nuclear. Essas empresas vão ter que se expandir para atender mais e mais usuários, vão precisar de mais energia e a má notícia é que muitas pretendem continuar usando energias sujas.
Mande uma mensagem para os CEOs da Microsoft , da Amazon e da Apple, pedindo para eles utilizarem energias limpas em suas nuvens de dados.
Veja o ranking sobre a utilização de energia pelas empresas:Veja o ranking sobre a utilização de energia pelas empresas:Alguns desses datacenters são tão grandes que podem ser vistos do espaço e seu consumo energético é tão elevado que se fossem considerados um país seriam o quinto maior consumidor de eletricidade no mundo. Para evitar maiores emissões de gases estufa e um desastre climático, é necessário que essas empresas passem a tomar medidas que incentivem o uso de energias renováveis e uma maior eficiência energética. Google, Yahoo e Facebook já começaram a caminhar nessa direção, priorizando energias limpas.
Já é um começo, mas estamos longe do ideal. O que o Greenpeace pede é que todas as empresas de TI abandonem as energias sujas e passem a incentivar seus fornecedores a fazer o mesmo. Além disso, que sejam mais transparente em relação ao uso de energia e sobre suas pegadas de carbono.
Mande uma mensagem para os CEOs da Microsoft , da Amazon e da Apple, pedindo para eles utilizarem energias limpas em suas nuvens de dados.Fonte;Greenpeace

Tuesday, April 17, 2012

Por uma nuvem mais limpa


Grandes empresas de TI alimentam com energia suja seus datacenters, usados para guardar informações dos internautas de todo o mundo, mostra relatório do GreenpeaceDatacenter da EvoSwitch que utiliza energia renovável. ©Frank van Biemen/ EvoSwitch/ GreenpeaceEnquanto cada vez mais pessoas se conectam à “nuvem”, como é chamado o ambiente virtual que armazena dados e arquivos dos internautas, a demanda por energia aumenta – muitas vezes suprida por fontes sujas.

As fontes sujas de energia, especialmente o carvão, estão no centro do problema que causam as mudanças climáticas. Isso porque, ao serem queimados, emitem grandes volumes de gás carbônico, o principal gás que causa do efeito estufa.

Portanto, quando um internauta sobe uma foto em uma rede social, por exemplo, ele pode piorar inadvertidamente o aquecimento global. É isso que mostra o novo relatório do Greenpeace, “How clean is your cloud?” (“Quão limpa é sua nuvem?”, em inglês), que avalia 14 empresas de TI e o abastecimento de eletricidade de mais de 80 datacenters.

“Quando as pessoas ao redor do mundo compartilham suas músicas ou fotos na nuvem, elas deveriam ter o direito de saber se esta é alimentada por energia limpa e segura”, afirma Pedro Torres, coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Empresas como Google, Yahoo e Facebook estão tomando medidas para utilizar energia limpa para alimentar suas nuvens. Já outras, como Apple, Amazon e Microsoft, ficaram para trás, optando por construir seus datacenters movidos por carvão e energia nuclear. Mais da metade da demanda energética da Apple é abastecida por carvão e a energia nuclear é responsável por providenciar quase um terço do que a Amazon utiliza.

“Companhias altamente inovadoras e lucrativas estão construindo datacenters que utilizarão energia proveniente da queima de carvão, e agindo como se seus clientes não soubessem disso ou não se importassem. Eles estão errados”, entende Gary Cook, analista sênior de Políticas do Greenpeace Internacional. “Muitas empresas de TI têm feito grandes progressos em termos de eficiência energética, mas isso é apenas metade do que deve ser feito. Elas precisam ter certeza de que a energia que utilizam é proveniente de fontes limpas.”.

Quanto mais pessoas usam a nuvem para armazenar e compartilhar fotos, vídeos e documentos, mais datacenters as empresas de TI têm de construir. São edifícios tão grandes que muitas vezes podem ser vistos do espaço, e que abrigam milhares de computadores consumindo uma quantidade assustadora de energia elétrica.

Alguns datacenters usam a mesma energia necessária para abastecer 250 mil residências europeias. Se a nuvem fosse considerada um país, ela seria o quinto maior consumidor de eletricidade no mundo. A expectativa é de que essa demanda triplique até 2020. Como conseqüência do uso de matrizes energéticas sujas, os datacenters são responsáveis por uma grande emissão de gases de efeito estufa. Em 2007, eles emitiram 116 milhões de toneladas de gás carbônico.

Google, Yahoo e Facebook começam a investir em eficiência energética, priorizar energias renováveis e exigir melhores opções energéticas do governo. Tanto o Google quanto o Yahoo estão aumentando a participação das energias renováveis em suas instalações, inclusive em suas novas construções. Já o Facebook compartilha o OpenCompute, tecnologia de eficiência energética, e anunciou em dezembro uma nova política que prioriza o uso de energia limpa.

O Greenpeace convida todas as empresas de TI que utilizam tecnologia de nuvem para:

Serem mais transparentes sobre seu uso de energia e sua pegada de carbono e compartilharem soluções inovadoras para que o resto do setor possa melhorar;
Desenvolver uma política de escolha de local de instalação de seus datacenters que demonstre a preferência por áreas em que há energia limpa;
Comprar ou investir diretamente em energias renováveis;
Exigir que os governos e os usuários aumentem a quantidade de energia renovável disponível na rede.
Como o Brasil pode participar

O Brasil é um país privilegiado. Com enorme potencial ainda inexplorado de energia eólica, solar e de biomassa, pode planejar-se para utilizar as fontes renováveis da maneira mais eficiente possível. Empresas que buscam fontes de energia limpa podem se beneficiar com esse potencial.

“Nosso país já é um dos maiores consumidores de tecnologia digital no mundo, com 80 milhões de internautas. É preciso informá-los que essas empresas, ditas modernas, utilizam fontes energéticas do século passado em seus países”, afirma Pedro Torres, do Greenpeace Brasil.

Por outro lado, o Brasil, com o enorme potencial das novas fontes renováveis pode selar o casamento perfeito que nos colocaria na ponta da dita terceira Revolução Industrial. “Unir empresas de TI e novas fontes renováveis é gerar empregos verdes para o país, contribuir para o desenvolvimento sustentável e ajudar no combate aos gases poluentes que tanto prejudicam o equilíbrio do clima de nosso planeta.”

Acesse a página da petiçãoFonte;Greenpeace

Seja um ativista pelo Desmatamento Zero

Todo cidadão brasileiro possui o direito de propor leis para o país. Com 1.4 milhão de assinaturas, podemos submeter ao Congresso Nacional um projeto de lei pelo desmatamento zero no país.
Você pode nos ajudar a recolher as assinaturas, levando o nosso pedido para as pessoas que você conhece. Chame o namorado(a), os amigos da faculdade, o porteiro do prédio, a galera da praia e da academia. Através de um formulário impresso, você recolhe as assinaturas e nos envia pelo correio.
Cada formulário possui espaço para 15 assinaturas, lembrando que precisamos do título de eleitor para submeter o projeto para o Congresso Nacional.

O país pode crescer sem desmatar, já temos áreas abertas o suficiente para dobrar a produção de alimentos. Ao zerar o desmatamento, o Brasil fará sua parte assegurando o uso responsável da Amazônia e das demais florestas, preservando a nossa biodiversidade e diminuindo sua contribuição para o aquecimento global.
O texto da lei e sua justificativa estão publicados no site da Liga das Florestas onde você também pode assinar a petição e participar do desafio de recolher mais assinaturas e concorrer* a prêmios como: camisetas, bonés, ecobags e fitas de pulso.
*Veja o regulamento.Fonte;Greenpeace

Música e meio ambiente numa só nota

O Brasil é o país da música, do carnaval, do futebol e das florestas. Reconhecido mundialmente pelo seu grande potencial musical e de entretenimento, o país recebe milhões de pessoas para a festa de rua, exporta canções e ritmos da sua cultura, povoa os times estrangeiros com craques nacionais, mas deixa a desejar no cuidado com um de seus maiores tesouros.
Há séculos as florestas são constantemente destruídas em prol de uma idéia ultrapassada de desenvolvimento. Contra isso, duas das riquezas brasileiras, a música e o meio ambiente, se unem para preservar a história nacional.
E o sobrenome Villa-Lobos está cravado nessa história. Como seu tio-avô, o maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, o músico Dado mostra que também honra o folclore, os cantos populares e a cultura de seu país. Sem as matas, que fazem do Brasil um “gigante por natureza”, nada disso seria como é. As florestas são parte fundamental da identidade brasileira e por isso elas têm que ser preservadas.
Seu parceiro de Rock and Roll, Charles Gavin, também respeita o que o Brasil tem de mais importante, e ajuda a passar o recado aos brasileiros: a responsabilidade de cuidar desse patrimônio é de todos nós.
Além da paixão pela música, os roqueiros estão ligados por uma outra causa, a consciência da importância das florestas. Por isso e por um futuro melhor para o Brasil, eles assinaram a petição pela lei do Desmatamento Zero.
Faça como eles: assine, compartilhe, participe.Fonte;Greenpeace

Sunday, April 15, 2012

Cai superintendente do Incra de Santarém

A denuncia feita pelo Greenpeace sobre a extração ilegal de madeira dentro do Projeto de Assentamento Corta-Corda foi a gota d´água para a exoneração do Sr. Francisco Carneiro da Superintendência do Incra de Santarém.
No dia 31 de março, quando o Rainbow Warrior estava na cidade, ativistas foram até o local, a cerca de 140 quilômetros da cidade de Santarém, no meio da floresta, para documentar o corte das árvores e fotografar as toras derrubadas sem o consentimento dos assentados e sem autorização do governo. O relatório com fotos e mapas da área documentada, pedindo a investigação do caso, foi encaminhado ao INCRA, IBAMA, MPF e MPE.

Os assentados já denunciaram diversas vezes ao Incra a ação ilegal de madeireiros no Corta-Corta. Mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém, a solução proposta pelo Incra, em vez de fiscalização, foi tentar destinar quase toda a área coberta com florestas do assentamento - rica de madeiras de lei - para grileiros que exploram madeira na região. Pelo projeto, o Corta-Corda seria reduzido de 52 mil para 11 mil hectares. A área continua em disputa.

Em fevereiro de 2012, servidores do INCRA encaminharam ao Ministério Público Federal, uma carta onde relatavam denuncias de corrupção feitas por lideranças comunitárias de outros 3 assentamentos da região.
Para ajudar a acabar com a destruição incessante da floresta, assine a petição pela lei do Desmatamento Zero no Brasil.
* Tatiana Carvalho é coordenadora da Campanha Amazônia do GreenpeaceFonte;Greenpeace

Heloisa Helena na luta pelas florestas

luta pelos direitos dos brasileiros marca sua trajetória. Desde sempre engajada com as questões sociais, Heloisa Helena é um dos nomes femininos mais fortes na cena política hoje. E nada melhor do que ela para levar a mensagem do Desmatamento Zero a uma boa parte de brasileiros. Em depoimento exclusivo ao Greenpeace, a ex-candidata a presidência e hoje vereadora por Maceió mostra seu apoio à lei de iniciativa popular.
“Todas as áreas que já foram desmatadas no Brasil são muito mais do que suficientes para dinamizar a economia local, gerar emprego e renda, produzir alimentos. Tudo isso já é suficiente para um país que se queira moderno. Por isso, eu sou a favor do desmatamento zero”, disse Heloisa Helena.
Isso mostra o quanto o desmatamento zero é uma questão nacional – e fundamental. De Marina Silva a Fernando Henrique, do MST aos artistas globais, todos já assinaram a petição que zela pela preservação das florestas do Brasil.
Enquanto os parlamentares no Congresso Nacional tentam desmontar o Código Florestal, legislação brasileira que protege as matas nativas, longe dali, a Amazônia vai sumindo a passos largos. A única solução para acabar com essa destruição é a lei do Desmatamento Zero.
Até agora, mais de 82 mil pessoas já declararam que são a favor do projeto de lei. Faça como eles e participe dessa batalha. Você pode ser um dos 1,4 milhão de brasileiros a ajudar a deixar um mundo melhor para as futuras gerações.http://www.ligadasflorestas.org.br/?utm_source=blog&utm_medium=button&utm_campaign=DZFonte;Greenpeace

Mais óleo no mar brasileiro

Mais indícios de vazamento de petróleo da costa brasileira. Dessa vez foi no Campo de Roncador, operado pela Petrobras, e vizinho ao Campo de Frade, aquele mesmo onde em novembro passado houve o maior vazamento de óleo já registrado no país, causado pela norte-americana Chevron.
As informações ainda são desencontradas e controversas. Em nota à imprensa, a Petrobras alegou que as amostras coletadas não detectaram a presença de óleo, mas de parafina, um fluido da operação de exploração.
De qualquer maneira, é preocupante a crescente frequência com que estes acidentes começam a pipocar. Fica cada vez mais claro que nem o governo, nem as empresas estão preparadas para proteger o meio ambiente dos desastres provocados pela exploração petrolífera em alto-mar.
O governo brasileiro é anfitrião da Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e deveria dar o exemplo de como construir o futuro que nós queremos – verde, limpo e justo!
*Leandra Gonçalves é coordenadora da campanha de Clima & Energia do GreenpeaceFonte;Greenpeace

Novo gás para motosserra ruralista

Enquanto o governo adia mais uma vez o decreto de crimes ambientais e negocia o desmonte do Código Florestal em Brasília, a floresta vai encolhendoPela quarta vez em menos de quatro anos o Governo Federal adiou a entrada em vigor do decreto de crimes ambientais. A nova prorrogação tem validade de dois meses e, assim como em dezembro do ano passado, o motivo é o Código Florestal.

Feito em julho de 2008, o decreto é um instrumento para por em prática a legislação ambiental do país e punir aqueles que se negam a cumpri-la. “Porém, se depender das negociações entre governo e ruralistas para o desmonte do Código Florestal, o decreto, quando em vigor, pode não ter mais a quem punir”, diz Paulo Adário, Diretor da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

No Congresso, Deputados alardeiam que já há um acordo para votar o novo Código nos dias 24 e 25 deste mês. Do outro lado, o Governo declara que a proposta final do texto a ser votado – cujo relator é o Deputado ruralista Paulo Piau (PMDB-MG) – ainda não está pronta.Desmatamento flagrante

Enquanto tudo isso acontece nos corredores de Brasília, na Floresta Amazônica o que se ouve é o som incessante das motosserras. Segundo dados do INPE, o desmatamento quase triplicou de janeiro a março de 2012. A cobertura florestal perdeu 389 km², número 188% maior se comparado ao mesmo período de 2011. Deste total, a maior parte foi detectada no estado do Mato Grosso, um dos maiores desmatadores do país.

No início do mês, o Greenpeace denunciou uma madeireira operando sem autorização dentro do assentamento Corta-Corda, do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), a 140 km da cidade de Santarém (PA). Pátios de madeira, toras cortadas, desmatamento recente e uma serraria foram registrados em documento enviado ao governo.

“No meio da floresta, a falta de fiscalização e a destruição acontecem à luz do dia. E o novo Código irá promover ainda mais desmatamento. A Presidente Dilma precisa cumprir suas promessas de campanha e realizar o veto total ao texto que chegará às suas mãos”, afirmou Adário.

A própria Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reconheceu, em coletiva realizada nesta semana, que o perdão a crimes ambientais e as mudanças propostas no Código foram motivos que levaram ao aumento da devastação. Ela afirmou que existe quem diga que “você pode desmatar que vai ser anistiado”.

Pelo fim do desmatamento

Em resposta ao desmonte da legislação florestal e à falta de governança, o Greenpeace lançou, em março deste ano, um projeto de lei de iniciativa popular que propõe acabar com o desmatamento nas florestas brasileiras. O projeto faz parte da Campanha pelo Desmatamento Zero e, para ir à votação no Congresso Nacional, precisa arrecadar 1,4 milhão de assinaturas de eleitores. O lançamento do projeto foi feito a bordo do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, no início de sua excursão pelo Brasil.

“Em Brasília eles estão fazendo uma lei para beneficiar o desmatamento. Resolvemos então fazer uma para proteger as florestas. A campanha pelo Desmatamento Zero é uma resposta à falta de governança e à desastrosa proposta do novo Código. Nós brasileiros precisamos reagir, antes que façam de nossas florestas apenas uma vaga lembrança”, concluiu Adário.
Fonte;Greenpeace

Desmatamento, sangue e celulares

Hoje o CineClube SocioAmbiental exibe o documentário “Celular Manchado de Sangue” (Blood in the Mobile), dirigido pelo dinamarquês Frank Piasecki Poulsen. O filme mostra o lado obscuro da produção de celulares no mundo. No Congo, a floresta tropical dá lugar a minas clandestinas, de onde sai a maior parte dos minerais usados na indústria de telefonia celular.
A República Democrática do Congo é um dos países que abrigam a segunda maior floresta tropical do mundo, só perdendo para a Amazônia. Outra característica a aproxima da nossa floresta: é um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. Em parte, sua destruição se explica pela situação econômica das populações locais, que devastam a floresta para a agricultura de subsistência e extrativismo mineral. No caso da Rep. Democrática do Congo, a interminável guerra civil cria um cenário de falta de governança, o que facilita o desmatamento desenfreado da região.
Essa realidade é exposta pelo documentário, que mostra as condições precárias às quais os mineradores estão sujeitos. Crianças trabalham dias a fio nas minas e, junto com outros adultos, espremem-se em túneis estreitos, sem condições mínimas de segurança. Tudo isso é fiscalizado por homens armados. Segundo a ONU, a atividade financia os grupos armados que disputam a guerra civil no país. Cinco milhões de cidadãos já morreram em consequência desse conflito armado, que se arrasta por 15 anos na República Democrática do Congo.
O filme é um tentativa para pressionar a Nokia, maior fabricante de celular do mundo, a tomar uma atitude. E assumir suas responsabilidades socioambientais.
Local: Cine-clube Socioambiental
Endereço: Rua Fidalga, 521 - Vl. Madalena
Data e horário: 12/04/2011, às 20hs
Entrada gratuita
Fonte;Greenpeace

Doe um tweet para o Greenpeace

Doar sua conta no Twitter para o Greenpeace a partir dela, postar mensagens em defesa do meio ambiente, é uma ferramenta muito importante para ajudar em nossas mobilizações e espalhar as mensagens das nossas campanhas para um número maior de pessoas na internet.
Muitos internautas já aderiram a causa e doaram seu tweet. Para fazer parte dessa corrente, basta autorizar o aplicativo JustCoz em seu perfil. As mensagens serão automaticamente postadas pelo Greenpeace em seu perfil apenas uma vez ao dia. É muito simples, veja abaixo o passo a passo para se juntar a essa corrente.
Veja como fazer:
1 – Clique em http://justcoz.org/GreenpeaceBR
2 – Depois clique no botão vermelho “Donate a tweet a day”
3 – Digite seu login e senha do twitter para autorizar o aplicativo JustCoz;
4 – Clique no botão Tweet e poste para os seus amigos contando que você doou um tweet por dia para o Greenpeace Brasil;
5 – Agora, é só acompanhar as mensagens que iremos postar a partir da sua conta.
Fonte.Greenpeace

Tuesday, April 10, 2012

Um recado das Marias do Brasil

São tantas Marias, Marcos, Camilas, Marcelos, Joãos. O Brasil é do seu povo. E é ele quem pede, pela voz de artistas e pessoas comuns – alguns com os mesmos nomes, a proteção das florestas. Maior patrimônio que o país possui, as matas protegem a vida dessa e das próximas gerações.

Atores, apresentadores, músicos, comerciantes e estudantes dão seu apoio à lei de iniciativa popular pelo desmatamento zero no Brasil. Parceiros como o Movimento Gota D’Água também participam da campanha, mostrando a importância das florestas na proteção dos rios, do solo e do clima no planeta.

A atriz Maria Paula e sua xará falam sobre a grande oportunidade que o país tem de virar uma das maiores potências econômicas com sustentabilidade. A ciência já provou que para se desenvolver e crescer economicamente o Brasil não precisa mais derrubar nem uma árvore sequer.

A série de depoimentos não para por aqui. Acompanhe pelo site e participe também. Precisamos de 1,4 milhão de assinaturas para fazer do nosso país um exemplo no mundo, de como ser mais verde e ainda continuar à frente no mercado global. Temos um poderoso diferencial e precisamos preservá-lo. Junte-se a nós.Fonte;Greenpeace

Um recado das Marias do Brasil

São tantas Marias, Marcos, Camilas, Marcelos, Joãos. O Brasil é do seu povo. E é ele quem pede, pela voz de artistas e pessoas comuns – alguns com os mesmos nomes, a proteção das florestas. Maior patrimônio que o país possui, as matas protegem a vida dessa e das próximas gerações.

Atores, apresentadores, músicos, comerciantes e estudantes dão seu apoio à lei de iniciativa popular pelo desmatamento zero no Brasil. Parceiros como o Movimento Gota D’Água também participam da campanha, mostrando a importância das florestas na proteção dos rios, do solo e do clima no planeta.

A atriz Maria Paula e sua xará falam sobre a grande oportunidade que o país tem de virar uma das maiores potências econômicas com sustentabilidade. A ciência já provou que para se desenvolver e crescer economicamente o Brasil não precisa mais derrubar nem uma árvore sequer.

A série de depoimentos não para por aqui. Acompanhe pelo site e participe também. Precisamos de 1,4 milhão de assinaturas para fazer do nosso país um exemplo no mundo, de como ser mais verde e ainda continuar à frente no mercado global. Temos um poderoso diferencial e precisamos preservá-lo. Junte-se a nós.Fonte;Greenpeace

A força dos ventos


Turbinas eólicas em Fortaleza, Ceará, o estado com a maior capacidade de geração elétrica com ventos. (©Greenpeace/Flavio Cannalonga) Durante o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, na semana passada, a presidenta Dilma Roussef deu declarações polêmicas em relação à energia eólica e enfatizou a importância da continuidade dos investimentos em hidrelétricas. Ela afirmou que “para garantir energia de base renovável que não seja hídrica, fica difícil, porque eólica não segura. E todo mundo sabe disso”, e continuou, dizendo que seria necessário usar outros tipos de energia já que “não venta o tempo todo e não tem como estocar vento. Não posso dizer que só com eólica é possível iluminar o planeta”.

“As críticas de Dilma só reforçam a necessidade de desmistificar a concepção de que só teremos luz em nossas casas se construirmos grandes hidrelétricas, como Belo Monte”, afirma Sérgio Leitão, Diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil. O Brasil tem potencial para ser o primeiro país a ter toda a sua matriz energética proveniente de fontes renováveis e limpas e deve dar o exemplo de que desenvolvimento sustentável é possível.

O parque elétrico brasileiro é majoritariamente hidrelétrico e a energia gerada por hidrelétricas corresponde a mais de 80% de toda a matriz elétrica do país, o que não significa que este seja o melhor modelo de produção de energia. “Esse modelo de obras faraônicas causa profundos impactos socioambientais e precisa ser abandonado”, disse Leitão. Só o potencial de energia dos ventos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, é de 143 Gigawatts, o equivalente à produção de dez Itaipus.

Ainda, segundo Leitão, o Brasil apresentou a maior taxa de expansão da fonte eólica no mundo nos últimos 12 meses, o que deve colocá-lo entre os dez maiores produtores em 2013. O país tem hoje a energia eólica mais barata do mundo, o que oferecerá a oportunidade de complementar nossa produção energética com a exploração do “pré-Vento”, muito menos oneroso que o pré-sal que investirá mais de R$ 600 bilhões até 2020 para viabilizar a sua exploração no exato momento em que o uso de combustíveis fósseis é cada vez mais inviável devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas.Fonte;Greenpeace

Friday, April 6, 2012

De cara com o desmatamento


Nos três primeiros meses de 2012, os alertas de desmatamento triplicaram com relação ao ano passado na Amazônia Legal. Foto: ©Greenpeace/Daniel Beltra Com volume consideravelmente menor de nuvens na Amazônia Legal neste início de ano, o desmatamento resolveu dar o ar da graça aos satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados de alerta do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) referentes ao primeiro trimestre de 2012 mostram que a devastação quase triplicou com relação ano passado. Foi detectada a possível perda de 389 km² da cobertura florestal, número 188% maior se comparado ao mesmo período de 2011, quando a região perdeu 135 km².

Mesmo com o aumento pontual, não houve aumento do desmate em números absolutos. Quando comparados, os períodos de agosto de 2011 a março de 2012 e os mesmo meses entre 2010 e 2011 apresentam praticamente os mesmo números. No ano passado, 1.340 km² foram desmatados, enquanto que neste ano foram cerca de 1.400 km². Nesse mesmo período, o estado que mais se destacou negativamente foi Roraima, onde houve aumento de 363% da área devastada.

A ministra Izabella Teixeira, que apresentou os dados nesta quinta-feira em Brasília, não considera que os dados representam um crescimento no desmate. Entretanto, chamou a atenção para a elevação de atividades ilegais. O aumento, segundo ela, pode estar associado a uma migração de desmatadores do Pará para o estado e também à flexibilização do Código Florestal.

“O que nós temos de informação em campo está associada ao debate do Código Florestal. Ainda tem gente dizendo que você pode desmatar que vai ser anistiado, mas tem muita gente também achando que o Ibama não poderia multar. Agora, eu não posso afirmar que é por causa disso [que houve aumento em alguns Estados]”, afirmou a ministra.

Já Gilberto Câmara, diretor do Inpe, afirmou que não houve desmatamento detectado no ano passado “porque nós não víamos nada”. Para ele, a pesquisa em campo feita pelos órgãos de fiscalização verificou que 68% das áreas encontradas devastadas (por desmate e queimadas) resultam de atividades ilegais ocorridas em 2011.

Para acabar com a atividade ilegal e qualquer investida contra a proteção das florestas, assine a petição pela lei do desmatamento zero no Brasil. Seja você também um herói das florestas.Fonte;Greenpeace

Dilma, o mapa e a fantasia


Primeiro vazamento de petróleo no Brasil, acidente com campo da Chevron na Bacia de Campos alerta sobre o risco do pré-sal, inclusive para as emissões brasileiras. Crédito: Rogério Santana / Divulgação / Governo do Rio A presidenta Dilma recebeu ontem no Palácio do Planalto um mapa do Greenpeace com a radiografia das emissões de carbono da indústria do petróleo no Brasil. A publicação revela que por trás do "bilhete premiado" do petróleo, o pré-sal, há também uma bomba de carbono, que não pode ser ignorada nem considerada apenas uma "fantasia" de ambientalista.

Com o incremento da indústria do petróleo no país, estaremos também diante de uma curva ascendente de emissão de gases do efeito estufa. O estudo mostra que, impulsionado pelas reservas do pré-sal, em 2020, o Brasil produzirá 6,09 milhões de barris de petróleo por dia, o que representará 955,82 milhões de toneladas de CO² na conta de emissões mundiais - um crescimento de 197% comparado aos números atuais. Essas emissões podem consolidar o Brasil na incômoda posição de estar entre os três maiores emissores globais de gases do efeito estufa.

Às vésperas da Rio+20, a presidenta Dilma precisa decidir se o Brasil vai exercer o papel de liderança, como pretende, ou se vai manter o modelo de desenvolvimento do business as usual. Dilma tem agora em mãos um mapa da indústria petrolífera brasileira e suas emissões e pode utilizá-lo para repensar o peso do petróleo na nossa matriz de combustível e na matriz energética.

Se em seu discurso a presidenta reconhece a importância das questões climáticas e a necessidade de considerar o "clima" como um tema transversal a outros assuntos, então que seu governo ponha em prática políticas que estimulem de fato inovação tecnológica. O governo investe apenas 0,61% do PIB em inovação e a indústria - setor que afirmou ontem no Planalto que não será possível cumprir a meta de 5% de redução de emissões até 2020 - investe apenas 0,55%. Esses números estão muito aquém do desejável e do possível.

Impulsionar novas fontes renováveis de energia, garantir a qualidade da água, aumentar a proteção das florestas, investir em cidades sustentáveis e em tecnologias mais limpa e segura não é fantasia. Se o Brasil que propor na Rio+20 um novo paradigma de crescimento que não pareça etéreo e fantasioso, isso só será possível se a utopia da sustentabilidade for ouvida. Crescer, incluir, proteger e conservar é um mantra possível se os pilares da proteção e conservação forem de fato respeitados.

*Renata de Camargo é coordenadora de Políticas Públicas do Greenpeace

Mais um corpo estendido no chão


A extração de madeira tem sido umas das principais causas do acirramento de conflitos agrários no Estado do Amazonas, onde, neste fim de semana, uma extrativista foi assassinada © Greenpeace / Isabelle Rouvillois Infelizmente, a história se repete novamente: a violência na Amazônia fez a sua mais recente vítima na noite do sábado passado (31). Quem tombou, sem chances de reagir, foi a extrativista Dinhana Nink, de 27 anos, brutalmente assassinada em frente de seu filho de apenas seis anos de idade.

O crime à queima roupa ocorreu no distrito de Nova Califórnia, distante a aproximadamente 200 quilômetros de Porto Velho, no estado de Rondônia. Os supostos assassinos foram identificados como Eussueli Arraia e seu filho Jeferson Arraia. Relatos do pai da trabalhadora rural apontam que eles a vinham ameaçando constantemente.

Quando o corpo de Dinhana foi encontrado, seu filho estava ao seu lado chorando aos prantos, chocado com tamanha brutalidade. Ambos estavam se preparando para dormir, de acordo com a polícia local.

Os vizinhos da vítima disseram que há quatro meses essas mesmas pessoas foram responsáveis por atear fogo em sua casa, que fica no acampamento “Ramal Mendes Júnior”, dentro do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Gedeão, localizado no município de Lábrea (a 703 quilômetros de Manaus). As informações foram veiculadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

A jovem extrativista pagou com sua própria vida por lutar para proteger a floresta. Ela havia denunciando seus algozes por estarem praticando extração ilegal de madeira no sul do estado do Amazonas, uma região muito conflagrada.

No momento em que sua casa ardia em fogo, Dinhana foi agredida fisicamente por Jeferson, gerando, assim, um Boletim de Ocorrência. Porém, as investigações não foram adiante e o crime acabou se consumando.

A situação no Amazonas denota os conflitos agrários enfrentados pelos povos tradicionais. Atualmente, nove lideranças estão recebendo proteção policial por estarem sofrendo ameaças de morte. Dentre elas, consta o nome de Nilcilene Miguel de Lima, também moradora do PDS Gedeão. Ela está sob escolta armada da Força Nacional de Segurança.

Estes casos são consequência da falta de governança na Amazônia. Se você quer o fim desta situação e, ao mesmo tempo, almeja que nossas florestas sejam preservadas da ação de seres inescrupulosos, assine a petição pelo Desmatamento Zero. Esta realidade, triste e revoltante, precisa mudar, e logo. Junte-se a nós.Fonte;Greenpeace

Thursday, April 5, 2012

O verde não está à venda


Atracados em “assembleia flutuante” junto ao navio Rainbow Warrior, 31 barcos pedem ao governo que efetive a regularização fundiária da reservaPlaca dá recado ao governo de que a Reserva Verde para Sempre não está à venda. (©Greenpeace/Karla Gachet)“A Verde para Sempre não está à venda.” Essa é a mensagem em uma placa que as comunidades extrativistas da Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre e o Greenpeace deixaram ontem dentro da unidade de conservação federal, localizada em Porto de Moz, no Pará.
Hoje 31 barcos se atracaram em uma “assembleia flutuante” ao navio Rainbow Warrior, que está no município, para pedir ao governo federal que leve adiante a regularização fundiária da reserva.

Isso porque, depois de sua criação, a Resex Verde para Sempre não foi realmente implementada e a regularização fundiária emperrou. Ela ainda não tem plano de manejo, os extrativistas ainda não receberam um documento de concessão de uso da terra e fazendeiros e madeireiros continuam ali, não sendo desapropriados como prega a lei.

Um exemplo da bagunça é o caso da fazenda Amapá. Contra tudo o que a lei fala, um pedaço da reserva foi posta a leilão no ano passado por um juiz da região, para pagar uma dívida de R$ 8 mil de uma madeireira que tem uma posse de 7.200 hectares ali dentro – o dono desta posse nenhum dos extrativistas nunca viu.

Já assinou a petição pela lei do Desmatamento Zero?“A falta de regularização fundiária permite que a pressão sobre as unidades de conservação permaneça. Com isso, elas não podem cumprir seu papel de proteger a floresta e quem depende dela para sobreviver”, diz Tatiana de Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace. “O governo federal posa de ‘amigo da natureza’ e quer vender essa imagem na Rio+20. Mas a verdade é que o descaso toma conta da política ambiental hoje no Brasil.”

A Resex tem quase 1,29 milhão de hectares e fica onde o Rio Xingu encontra o Rio Amazonas. Ela foi criada em 2004 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma longa batalha das comunidades e do Greenpeace contra madeireiros locais. Em 2002, o rio que cruza a reserva foi bloqueado por barcos dos moradores, que não deixaram balsas carregadas de madeira ilegal saírem da região.

Com a criação, as comunidades esperavam que a pressão sobre a floresta e sobre eles mesmos reduziria. Ela realmente caiu – como mostram os números do desmatamento da região, que foram de 18 mil hectares em 2003 para 1.300 ha em 2011. Mas não parou. Toras de madeira ainda são retiradas ilegalmente, como contam os moradores da reserva.

“Não é a Dilma que está defendendo esse planeta, é o povo da Amazônia. E esse povo foi esquecido pelo governo”, conta Idalino Nunes de Assis, coordenador do Conselho Nacional das Populações Tradicionais. “Somos extrativistas e não vem nada para a gente. Negociação de escritório tem muita, mas orçamento nunca tem. Acorda, Dilma.”Fonte;Greenpeace

Tuesday, April 3, 2012

Amazônia para todos


Lááááá no fundo, a 2,5 km do navio, está a floresta (©Greenpeace/Cristina Amorim)
Fazia muitos anos que eu não vinha para o interior da Amazônia. Tempo demais.

Apesar de trabalhar no Greenpeace há quase três anos e, antes disso, cobrir o desmatamento para o jornal “O Estado de S.Paulo”, primeiro a maternidade e depois uma avalanche de trabalho no escritório me seguraram nas cidades.

Até que hoje, com a saída do navio Rainbow Warrior do porto de Santarém, eu senti que estava de volta. Estamos agora navegando pelo Rio Amazonas, imenso e barrento. Lá no fim do horizonte, as árvores de 20 metros de altura parecem minúsculas. Aqui neste ponto, o rio tem 3,5 quilômetros de largura. Em uma das margens, a chuva deixa o céu todo riscado. A sensação de estar aqui é maravilhosa.

Os brasileiros sentem muito orgulho de sua floresta. Com razão. É um lugar único.

Antes de partirmos, cruzamos com um cruzeiro europeu em Santarém. Turistas que vieram conhecer as belezas da Amazônia. Todos, brasileiros e estrangeiros, deveriam ter a possibilidade de vir até a Amazônia e vê-la de perto, ver o rio, ver a chuva.

Espero que possamos ter a lei do desmatamento zero em breve, para que todos possam aproveitar a floresta agora e sempre.

*Cristina Amorim está a bordo do Rainbow Warrior,Fonte;Greenpeace