Friday, December 16, 2011

Um brinde à vitória dos poluidores


Resultado da COP-17: os governos deram ouvidos às grandes corporações poluidoras em lugar do povo, que deseja o fim da dependêncResultado da COP-17: os governos deram ouvidos às grandes corporações poluidoras em lugar do povo, que deseja o fim da dependência dos combustíveis fósseis.ia dos combustíveis fósseis.Com quase dois dias de atraso, os representantes das 194 nações reunidas em Durban, África do Sul, para a Conferência do Clima da ONU, chegaram a uma resolução para evitar o fracasso absoluto da reunião.
O dia já estava amanhecendo quando o texto final foi aprovado, prevendo a renovação do Protocolo de Kyoto até 2017 – sem a participação de Rússia, Japão e Canadá – e promessas vagas de um novo acordo climático global a ser implementado a partir de 2020.

Das duas semanas de negociações, o que ficou evidente é que os governos de todo o mundo deram ouvidos às grandes corporações poluidoras em lugar do povo, que deseja o fim da dependência dos combustíveis fósseis e ações reais e imediatas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Leia também:

Diretor-executivo do Greenpeace banido da COP
O lobby contra o clima
Segundo Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, conduzidos pelos Estados Unidos, os negociadores que representam as nações poluidoras tiveram êxito em inserir uma cláusula de escape no texto, que pode evitar que o próximo acordo climático global apresente metas com força de lei para cortes de emissões.

“Adiaram um acordo global vinculante por uma década, justo quando os cientistas dizem que precisamos estabelecer um teto para as emissões de carbono”, declarou Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.

“Esta decisão pode nos levar para além do limiar de dois graus de aumento da temperatura média global. A chance de evitar uma catastrófica mudança climática escapa de nossas mãos cada vez que as nações falham em estabelecer um plano de resgate para o planeta.”

Em protesto pelo resultado, os ativistas do Greenpeace se vestiram como executivos e fizeram um brinde pela vitória das empresas poluidoras. Antes do início da Conferência, o Greenpeace divulgou um documento que mostrava como o lobby pesado de algumas corporações atinge governos de todo o mundo e mina as expectativas por um acordo global para evitar uma catástrofe climática.http://www.youtube.com/watch?v=Mt7c3XiBEi4&feature=player_embedded,Fonte;Greenpeace

Um Facebook mais verde. Curta esta idéia


O Facebook e o Greenpeace vão trabalhar juntos para incentivar o uso de energias limpas e renováveisBalão do Greenpeace sobrevou, em abril, a sede do Facebook nos Estados Unidos com a mensagem : "Junte-se à revolução energJá parou para pensar que as fotos, comentários ou simples atualizações que você publica no Facebook ficam armazenados em servidores localizados em alguma parte do mundo? E que estes servidores permanecem 24 horas por dia ligados na tomada para guardar todos bits gerados a partir dos 800 milhões de usuários da maior rede social do planeta?

Com o crescimento da internet, as empresas de TI (Tecnologia da Informação) se tornaram grandes consumidoras de eletricidade, mas até então não se preocuparam em buscar fontes de energia limpas e renováveis para alimentar seus datacenters. Agora, esta história começa a mudar.

Em parceria com o Greenpeace, o Facebook anunciou hoje um programa para promover a geração e o uso de energias limpas, além de incentivar os usuários da rede social a economizar energia e mobilizar ciberativistas para pressionar por políticas de investimento em fontes renováveis.

Este foi o resultado de dois anos de uma campanha do Greenpeace que, com o apoio de 700 mil internautas, pediu para o Facebook usar energias limpas em lugar do carvão para alimentar seus datacenters.

“O Greenpeace e o Facebook trabalharão juntos para incentivar o abandono do carvão e de outros combustíveis fósseis e, em seu lugar, o investimento em energias renováveis”, disse Tzeporah Berman, co-diretor do Programa de Clima e Energia do Greenpeace Internacional. “Esta opção por energias limpas e seguras ajudará a combater o aquecimento global e assegurar uma economia mais forte e comunidades mais saudáveis.”

Os planos do Facebook anunciados hoje incluem alimentar seus datacenters com energias limpas e renováveis em lugar da eletricidade gerada por carvão. A empresa pretende ainda compartilhar seus conhecimentos em eficiência energética com outras empresas de TI através do Open Compute Project, uma rede industrial que trabalha para desenvolver tecnologias mais eficientes.

“O Facebook acredita que nossas matrizes energéticas um dia serão limpas e renováveis e trabalhará com o Greenpeace para que este dia chegue mais rápido”, disse Marcy Scott Lynn, do programa de sustentabilidade do Facebook. “O Greenpeace tem tido grande êxito em usar o Facebook como plataforma para divulgar sua mensagem e engajar as pessoas em suas causas. Estamos ansiosos para trabalhar em conjunto e explorar novas maneiras de levar aos usuários os problemas ambientais que são de interesse de todos.”

“O compromisso do Facebook com as energias renováveis serve de exemplo a empresas como Apple, IBM, Microsoft e Twitter”, disse Casey Harrell, analista sênior de TI do Greenpeace International. “Nossa campanha provou que as pessoas ao redor do mundo querem suas redes sociais alimentadas por energias renováveis e não por carvão.”

Atualmente, o Greenpeace é a ONG (organização não-governamental) de maior presença no Facebook, com 3,85 milhões de seguidores em todo o mundo. Junte-se a nós para um mundo mais limpo.ética".Fonte;Greenpeace

Friday, November 18, 2011

Chevron: sua sujeira, nosso problema


Ativistas do Greenpeace derramam óleo na porta da Chevron no Rio de Janeiro para lembrar que o acidente no seu poço de peTransparência e providência. Esses são os dois principais pedidos endereçados à petroleira Chevron sobre o vazamento de óleo que, há mais de uma semana, atinge a Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro.

Com banners que diziam “Chevron: sua sujeira, nosso problema”, os ativistas do Greenpeace realizaram, na manhã desta sexta-feira, um protesto diante do prédio onde ficam os escritórios da petroleira, no centro do Rio. Eles despejaram barris de “petróleo” – na verdade uma substância produzida com tinta atóxica – para lembrar que as causas do vazamento e os planos da empresa para contê-lo e reduzir seu impacto na biodiversidade da costa fluminense continuam muito mal explicados.
tróleo continua muito mal explicado “O Greenpeace quer transparência da Chevron e dos órgãos do governo a respeito do acidente. As informações que se tem até agora são contraditórias. A empresa minimiza o problema. Mas a mancha de óleo pode ultrapassar 160 quilômetros quadrados de extensão”, afirma Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

“Surpreende que a empresa não tenha se prontificado a levar a imprensa e organizações da sociedade civil até o local do acidente e até agora tenha se limitado a soltar comunicados vagos sobre o que está acontecendo na costa do Estado do Rio”, diz ela. “Tanto segredo é um sinal de que a Chevron não tem um plano de segurança adequado. O Brasil não pode virar o Golfo do México.”

Dona da marca Texaco no Brasil, a norte-americana Chevron detém uma concessão para explorar três poços de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, localizado a 370 km da costa do Rio. O vazamento foi detectado no dia 8 de novembro e desde então, nem a Chevron, nem a Agência Nacional do Petróleo (ANP) souberam indicar suas causas reais.

O tamanho inicial do vazamento foi estimado pela ANP em 330 barris por dia, ou 50 mil litros de óleo. Mas imagens de satélite obtidos pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) indica um vazamento dez vezes maior. A extensão da mancha vista do espaço levam a um cálculo de 3,7 mil barris de óleo por dia – quantidade próxima a identificada no início do vazamento do Golfo do México.

O triste episódio da exploração de petróleo em alto-mar que pôs a Chevron no radar dos brasileiros, espalhou óleo por uma área que serve de rota migratória para uma longa lista de espécies de baleias – bryce, piloto, minke-anil, cachalote, francas e jubartes. E é um duro alerta para a necessidade do país de proteger suas jóias de biodiversidade marinha como os Abrolhos, na costa da Bahia.

Maior recife de corais do Hemisfério Sul, Abrolhos é tão importante como recurso natural que foi transformado em Parque Nacional em 1983. É ele que garante a riqueza da pesca e os benefícios do turismo para grande parte do litoral nordestino. E a exploração de petróleo está chegando lá. “O acidente o poço da Chevron é um recado eloquente em favor de uma moratória na exploração petrolífera nos Abrolhos”, diz Leandra.
Fonte;Greenpeace

Thursday, November 17, 2011

O tamanho do estrago


Primeiro vazamento de petróleo no Brasil, acidente com Campo da Chevron se assemelha ao do Golfo do México e alerta sobre moratória em Abrolhos Na imagem, detectada pelo satélite Modis, da Nasa, o Greenpeace destaca a extensão da mancha de óleo causada pelo vazamento no poço da Chevron, na Bacia de Campos.
Completada uma semana desde que veio a público o derrame de petróleo da empresa Chevron no Campo de Frade, na Bacia de Campos, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) finalmente se pronunciou e estima que o vazamento possa chegar a mais de 330 barris, ou mais de 50 mil litros de petróleo a cada 24 horas. Primeiro vazamento desse tipo no Brasil, o acidente reproduz a história do Golfo do México. Por sinal, a plataforma SEDOC 706, que perfura os três poços da Chevron de onde saiu o vazamento, é da mesma empresa que operava com a BP no triste episódio mexicano, a Transocean.

A área da mancha de óleo avistada em alto-mar, e que já foi detectada pelos satélites da Nasa, foi estimada pela Chevron no último domingo em 163 quilômetros quadrados. No entanto, após ver as imagens divulgadas pela Nasa, o geógrafo John Amos, diretor do site SkyTruth, especializado em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, concluiu que o derrame pode chegar a 3.738 barris por dia, mais de dez vezes o que a ANP afirmou. Com isso, não se pode confiar em mais nada.

“A causa ainda é desconhecida. A Chevron declara que o vazamento é resultado de uma falha natural na superfície do fundo do mar, e não no poço de produção no campo de Frade. Mas essa falha natural não aparecia no Estudo de Impacto Ambiental (EIA). O que aconteceu em Frade para a ‘falha natural’ começar a jorrar petróleo? Onde está o EIA de Frade, para que a população possa acessá-lo?”, questiona Leandra Gonçalves, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

A ANP aprovou, no último domingo, o Plano de Abandono apresentado pela Chevron para o poço 9-FR-50DP-RJS, onde ocorreu o vazamento. O plano prevê usar lama pesada para fechá-lo. Em seguida será usado cimento para extinguir o poço de forma definitiva. Segundo o cronograma previsto, o vazamento deverá ser controlado nos próximos dias e o procedimento deve ser concluído até a próxima semana.

Na semana passada, logo que o vazamento veio à tona, a presidente Dilma Rousseff determinou “atenção redobrada e uma rigorosa apuração das causas do acidente, bem como de suas responsabilidades”.

“A declaração da presidente indica alguma preocupação do país com casos como esse, mas ainda falta seriedade, agilidade e transparência à ANP, que apenas ontem divulgou qualquer tipo de informação sobre o vazamento à população. Esperamos agora que as autoridades públicas cumpram sua ordem e sejam transparentes com as informações”, afirmou Leandra.

Enquanto isso, a população se pergunta se a ANP recebeu as imagens da mancha, e se continua a considerá-la um “pequeno vazamento”. A foto da Nasa é uma prova de que não são apenas umas gotas inofensivas, mas uma imensa mancha negra de óleo no meio do oceano.

Em nota, a ANP responsabiliza inteiramente a Chevron pelo acidente e pela contenção do vazamento. No entanto, a Petrobras detém 30% da produção, e mesmo assim não foi nem sequer perturbada. Além de não ter oferecido à população informações claras sobre o caso e suas possíveis conseqüências, a petroleira possui uma estrutura de contenção insuficiente, e por isso está sendo socorrida por outras empresas do ramo.

“Vazamentos como este mostram que a exploração de petróleo em alto-mar não é segura nem no Golfo do México, nem no Brasil”, afirma Leandra. “Isso apenas reforça a necessidade urgente de uma moratória para a exploração do petróleo na região de maior diversidade do Atlântico Sul, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos”, conclui.
Fonte;Greenpeace

Friday, November 11, 2011

James Bond versão nuclear


Em ato antidemocrático, estatal elétrica francesa é condenada por espionar ações do Greenpeace contra o avanço de energia suja Greenpeace pede fim da energia nuclear no Reino Unido. Países europeus já anunciaram fechamento de suas usinas.
Em tempos de Wikileaks e de organizações transparentes que prestam contas de suas ações, ainda há quem contrate espiões. Mas esse ato não fica impune. A estatal francesa de energia elétrica, Electricité de France SA (EDF), foi condenada hoje por um tribunal francês sob a acusação de espionar o Greenpeace. A empresa foi multada em 1,5 milhão de Euros e ainda terá de pagar 500 mil Euros à organização por danos não-materiais.

Maior produtora européia de eletricidade, a EDF foi acusada de cumplicidade na ocultação de documentos roubados e interferência em uma rede de computadores. Em 2006, a EDF contratou um hacker e um investigador particular disfarçado, num esforço particular de espionar as operações do Greenpeace França.

A operação de espionagem monitorou a organização enquanto esta desafiava os planos do governo do Reino Unido de trabalhar com a EDF para expandir suas operações nucleares. O hacker conseguiu roubar mais de 1.400 documentos do computador do diretor do programa do Greenpeace França.

"A multa contra a EDF e os danos atribuídos ao Greenpeace têm potencial de enviar um sinal forte para a indústria nuclear de que ninguém está acima da lei", disse Colin Adélaïde, diretor de comunicações do Greenpeace França.

"Em meio à corrida para a campanha presidencial das próximas eleições, este veredicto mostra que a indústria nuclear não é compatível com a democracia francesa. Os eleitores devem manter esse escândalo em mente e tentar garantir que a questão energética na França não seja feita refém pela indústria nuclear e os políticos", afirmou Adélaïde.

O desastre nuclear de Fukushima expôs os perigos inerentes da energia nuclear e a falta de segurança na indústria. Mesmo assim, mais de três quartos da eletricidade produzida na França provém de usinas nucleares. Por esse motivo, o Greenpeace passou vários anos em campanha contra as operações nucleares da EDF.

Na Europa, países como Alemanha, Itália, Suíça e Bélgica anunciaram que estão extinguindo a energia nuclear de sua matriz. Na próxima eleição na França, os eleitores terão a oportunidade de enviar aos políticos uma mensagem contra o poder nuclear.

Além das acusações de espionagem, dois funcionários de segurança nuclear da EDF e dois funcionários da Kargus Consulting, empresa contratada pela EDF para espionar o Greenpeace, foram condenados por acusações relacionadas à espionagem. Todos os quatro foram presos, com parte de sua pena suspensa. Três deles também foram multados.

Atualmente, os quatro reatores nucleares franceses estão sendo construídos na Finlândia. A França e a China estão bastante atrasadas por conta de sérios problemas nas construções. No caso dos reatores da EDF na Finlândia e na França, os orçamentos ainda estão ultrapassados em bilhões.

"Este caso de espionagem da EDF deve enviar um sinal para qualquer país que considere construir reatores nucleares, de que a indústria nuclear não pode ser confiável", afirmou Colin. "Quem pode confiar em uma indústria espiã e que, no caso do acidente de Fukushima, não diz a verdade ao público sobre seu desastre nuclear? Em vez de trabalhar com a indústria nuclear, os países devem investir em fontes limpas e seguras de energia renovável", conclui o diretor.
Fonte;Greenpeace

Thursday, November 10, 2011

No colo do governo


Com relatório aprovado, texto do novo Código Florestal não sofre mudanças com emendas, que foram deixadas para a próxima etapa, na Comissão de Meio Ambiente do Senado Código segue para ser analisado na Comissão de Meio Ambiente, última etapa antes da votação final no Senado. Crédito: Lia de Paula / Agência Senado
Era para ser uma votação de emendas que modificariam o relatório do novo Código Florestal, aprovado ontem em duas comissões do Senado. Mas a sessão foi esvaziada pelos parlamentares. Mais uma vez, não houve qualquer manifestação ou esforço do governo para melhorar o texto, cujo teor a presidente Dilma Rousseff prometeu não aceitar durante sua campanha eleitoral.

Das 20 propostas de alteração apresentadas pelas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura, uma foi aprovada e duas, rejeitadas. As demais foram simplesmente retiradas da pauta de votação e jogadas para a próxima etapa, na Comissão de Meio Ambiente (CMA), sob a relatoria do senador Jorge Viana (PT-AC).

A justificativa dos senadores é de que havia um grande acordo sobre o que seria aprovado ou rejeitado hoje. “O acordo funcionou muito bem enquanto se tratava de rejeitar as emendas que fariam o texto ficar ‘menos ruim’. Porém, quando chegou a vez de aprovar mudanças no projeto que diminuiriam o ronco da motosserra, aí o acordo deixou de valer”, disse Marcio Astrini, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

Pontos mais polêmicos, como as emendas apresentadas pelo presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), por exemplo, mesmo com parecer favorável do relator Luis Henrique (PMDB-SC), foram deixados para serem incorporados no próximo relatório. Elas propunham maior proteção às Áreas de Preservação Permanente (APPs) e que apenas fossem aceitos como imóveis de quatro módulos fiscais aqueles que assim os tivessem definidos até a data de 22 de julho de 2008. A idéia era barrar o fracionamento de terras pelos grandes proprietários.

Os senadores, portanto, continuaram com o mesmo argumento que utilizam desde que o projeto chegou ao Senado, de que ele será melhorado na comissão seguinte. De concreto mesmo, pôde ser visto apenas o texto ruralista avançando mais um quadrado nesse tabuleiro de peças marcadas. Isto é, o desmatamento e a anistia continuam mantidos com força total no Projeto de Lei do Código Florestal.

“O Rollemberg fez questão de dizer em público que seu voto contrário às emendas 53 e 58 do senador Valadares – Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), foi em sacrifício ao acordo feito entre os senadores, pois ele concordava com as emendas. Porém, logo em seguida, quando era para aprovar as propostas que melhorariam alguma coisa no texto, esse mesmo acordo foi descumprido. Parece que hoje ficou bem claro como funcionam os acordos com ruralistas”, afirmou Astrini.
Fonte;Greenpeace

Quem sabe faz mais limpo


Nova edição, maiores desafios. Sai o Guia de Eletrônicos Verdes, que avalia marcas de equipamentos em critérios como gasto de energia, uso de materiais tóxicos e reciclagem Após cinco anos de liderança no mercado, o Guia de Eletrônicos Verdes, mais abrangente ranking de boas práticas das principais empresas do setor, ficou mais criterioso. Melhor para as empresas que assumem e honram seus compromissos ambientais, pior para aquelas que só fazem promessas. Nesta edição, o Greenpeace parabeniza HP, Dell e Nokia, as três primeiras colocadas, e condena grandes como Toshiba e LGE, na lanterna.

Para encabeçar a lista, que já virou referência para consumidores de todo o mundo, fabricantes de equipamentos eletrônicos precisam, além de demonstrar que seus produtos não contém substâncias químicas perigosas à saúde humana e ambiental, comprovar práticas de redução de emissões de carbono, através de planos de limpeza da matriz elétrica das empresas. O ciclo de vida dos equipamentos é avaliado desde o conteúdo de suas embalagens – papel proveniente de desmatamento ilegal, nem pensar - até o sistema de reciclagem praticado pelas marcas.

A multinacional americana HP lidera o ranking deste ano, com 5,9 pontos de 10. A boa marca vem de esforços em rastrear a cadeia produtiva de seus fornecedores, além de um programa efetivo de medição de emissões de carbono. Ao lado da também americana Dell, vice campeã com 5,1 pontos, dá exemplo de rigor com a matéria-prima que usa: as duas são as únicas empresas a zerarem o desmatamento ilegal do papel de suas embalagens. A empresa, no entanto, peca em políticas mais efetivas de reciclagem de seus produtos em países onde não há legislação específica.

Após amargar o 10o lugar na edição passada, a Dell finalmente consegue comprovar que está a caminho de eliminar substâncias maléficas, tais como o PVC, componente tóxico do plástico, da sua linha de computadores. Já a Nokia, campeã desde 2008, nesta versão cai para 3o lugar, por falta de estratégias de redução de consumo de energia, seja com eficiênca energética ou aumento do uso de renováveis.

"Ao incorporar o critério de uso de energia nos processos produtivos, o novo Guia de Eletrônicos mensura o impacto ambiental proveniente de emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes", diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace no Brasil. "O resultado final serve como motivação para que empresas equacionem este problema, adotando cada vez mais medidas de eficiência energética ou mesmo geração de energia renovável em suas unidades produtivas", complementa.

Na sequência vêm Apple – subiu posições com melhorias em seus equipamentos, mas somou poucos pontos em energia – Philips, Sony Ericsson, Samsung, Lenovo, Panasonic, Sony, Sharp, Acer, LG Eletronics, Toshiba e RIM. Entre as últimas colocadas, LG e Toshiba também não fizeram bonito em quesito de energia. A canadense RIM, fabricante dos celulares Blackberry, é nova no ranking.
Fonte;Greenpeace

E aí, Dilma?



Relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) passa em mais duas comissões, sem melhoras em favor das florestas. Do ladAntonio Cruz / Agencia Brasil Brasília - Estudantes protestam contra a aprovação do relatório do novo Código Florestal nas comissões de Agricultura (CRA) e Ciência e Tecnologia (CCT) do Senadoo de fora, estudantes são agredidos e presos O povo brasileiro presenciou hoje mais um episódio do circo ruralista que toma conta do Congresso. Os senadores protagonizaram um verdadeiro vexame nacional, com a clara anuência do governo. O relatório do Luiz Henrique (PMDB-SC) foi aprovado nas Comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), por 27 votos a 1. “O texto guarda a essência do projeto original, votado na Câmara e elaborado de forma brilhante pelo deputado Aldo Rebelo”, resumiu o relator. E dessa forma, o Código Florestal caminha a passos largos para o maior retrocesso da história.

“A presidente Dilma prometeu na sua campanha que não aceitaria qualquer dispositivo que aumentasse o desmatamento ou significasse anistia a crimes ambientais. E é exatamente essa a essência à qual o senador Luiz Henrique se refere. Portanto, o texto aprovado ao gosto do governo é contrário aos compromissos e declarações da presidente, que, ou não irá cumprir com o prometido, ou não consegue controlar a ação de seus aliados no Congresso”, disse Marcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

O relatório apresentado para votação nesta manhã tinha alterações com relação ao anterior, lido na última sessão do dia 25 de outubro. O relator incorporou algumas emendas, que alteraram, por exemplo, os artigos 4º e 35. Essas mudanças fizeram com que a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) fizesse um pedido de vista antes da votação, para saber o que estava em jogo.

Mesmo com as mudanças flagrantes, declaradas pelo próprio relator, e estando o pedido de acordo com o regimento da Casa, ele foi negado pelo presidente da CCT, Eduardo Braga (PMDB-AM).

O que pôde ser visto na votação de hoje, portanto, foi a sequência do trator ruralista que está sendo passado desde a Câmara. A única novidade, de fato, é que ficou claro, de uma vez por todas, que o governo é parceiro na construção do texto aprovado. O senador Jorge Viana (PT-AC), que representa o Planalto como relator na Comissão de Meio Ambiente, entrou mudo e saiu calado, como tem sido seu costume.
Encerrando o show ruralista, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) ainda deixou claro que não está totalmente contente com o texto apresentado. Ela quer piorar ainda mais a redação, e terá mais uma chance amanhã, quando serão votados em separado os destaques e emendas ao texto. Ela deu a entender que irá procurar retirar do texto as já minguadas necessidades de recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs). Ela chegou a lembrar aos Senadores da ameaça de que, caso esse dispositivo não seja retirado, os ruralistas na Câmara irão derrubá-lo.

A senadora também criticou os artistas que gravaram vídeos defendendo a proteção das florestas, e mandou que eles cuidassem de outros assuntos, como a poluição da Lagoa Rodrigo de Freitas e do rio Tietê.

Trator neles!
O trator ruralista parece não distinguir ninguém. A mesma truculência utilizada na votação do texto contra as florestas do Brasil foi usada hoje contra os estudantes que defendiam a proteção das mesmas. Alunos da Universidade de Brasília e membros do Comitê Universitário em Defesa das Florestas foram barrados na porta do plenário e agredidos impunemente.

Um dos manifestantes, o estudante de geologia Rafael, foi sufocado pelos seguranças do Senado e por um homem sem identificação. Depois de agredido, já em pé e com as mãos para cima em sinal pacifista, ele foi atingido, pela polícia do Senado, por uma arma de choque, que o desmaiou. Carregado, o estudante foi levado à Polícia Legislativa.

O único parlamentar que se prontificou a prestar ajuda ao estudante na delegacia e a dar as caras para a imprensa do lado de fora do plenário foi a senadora Marinor, a mesma que votou, sozinha, contra o relatório.
Cartaz de manifestação que levou os estudantes a serem agredidos por seguranças e capangas no SenadoNa saída da delegacia, ela afirmou que esse fato não ficará somente nas palavras, e que será apurado. “Claro que foi um excesso! Algemar alguém que está se manifestando de forma pacífica é contra a lei! E também não é estranho que os capangas do agronegócio transitem entre nós”, disse.

“Juntando as duas comissões, foram 27 votos de apoio ao texto sem que o governo fizesse nenhum esforço ou demonstrasse qualquer insatisfação com o que foi votado. Com isso, hoje, um terço dos senadores, que estavam presentes na votação conjunta, optaram pelo desmatamento e pela anistia a crimes ambientais. Na verdade, o que parece é que o Planalto está gostando do que vê”, concluiu Astrini.
Fonte;Greepeace

Monday, November 7, 2011

Clima vira carvão na sede da COP


Ativistas do Greenpeace se penduram em guindastes no canteiro de obras da termelétrica Kusile, para mandar uma mensagem à África do Sul: "Nenhum futuro no carvão” Na sede da próxima COP do Clima, ativistas do Greenpeace pedem fontes mais renováveis de geração de energia.Enquanto a África do Sul se prepara para sediar, no final deste mês, a conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP-17, o país segue investindo em geração de enegia elétrica a carvão, e uma de suas futuras usinas termelétricas, a estação de Kusile, prevista para entrar em operação até 2014, caminha para se tornar a quarta maior poluidora mundial em termos de gases do efeito estufa. A fim de parar essa evolução de energia suja, ativistas do Greenpeace África ocuparam hoje um guindaste no canteiro de obras da central, pedindo à estatal Eskom que abandone o projeto e passe a investir em empregos e fontes de energia verdes.

Seis ativistas estenderam uma faixa gigante no topo do guindaste, que dizia: “Kusile: matador do clima”. Enquanto isso, outros sete ativistas trancaram-se em frente aos portões de entrada do canteiro, com banners onde podia ser lido: “Empregos verdes agora” e “Nenhum futuro no carvão”.

Melita Steele, da Campanha de Clima do Greenpeace África, afirma que as promessas feitas pelo governo sul-africano para combater as alterações climáticas não têm sentido, a menos que parem a construção de novas centrais de energia a carvão como Kusile. “Números recentes mostram que as emissões de gases de efeito estufa pela queima de carvão são uma espiral fora de controle, tendo como uma das causadoras as novas usinas como Kusile. Se não for revisto, isso vai condenar centenas de milhões de pessoas para as terríveis conseqüências das mudanças climáticas”, diz Steele.

Além disso, um relatório do Greenpeace publicado recentemente – “O verdadeiro custo do carvão na África do Sul: pagando o preço da dependência do carvão” – mostra que Kusile não somente impulsionará o caos climático, mas os seus custos externos e ocultos serão de US$ 8 bilhões por ano, um preço que os cidadãos sul-africanos mal podem para pagar.

“Estamos aqui para mostrar que o verdadeiro custo da Kusile é demasiado elevado para os sul-africanos pagarem. É um preço que nem nós, nem o mundo pode pagar. Carvão deixou de fornecer eletricidade a mais de 10 milhões de sul-africanos. Há maneiras mais verdes, mais limpas e mais rápidas de trazer serviços energéticos para a África, o carvão está no meio do caminho e deve ser remetido para o lixo da história”, afirma Melita Steele.

O Greenpeace pede que a África do Sul se torne um verdadeiro líder das questões climáticas, através do investimento em larga escala em energias renováveis, e por não comprometer o futuro de seu povo. Isso criaria uma situação vitoriosa em termos
de criação de empregos, da proteção do clima e da prestação dos tão necessários
serviços de energia.

“Quando o mundo aterrissa sobre Durban no final do mês e as pessoas em todos os lugares têm esperança de que o progresso possa ser feito para se chegar a um acordoque preserve o clima, o governo sul-africano tem a chance de liderar, a chance de
fazer história como um herói para o clima, para a justiça e para o planeta. Ele não deve desperdiçar essa chance, deixando uma empresa do próprio governo como a Eskom zombar das negociações”, concluiu Steele.
Fonte;Greenpeace

Thursday, November 3, 2011

Novo fôlego às florestas da Indonésia


Mais uma grande empresa se afasta do fantasma do desmatamento e cancela contrato com a Asia Pulp and Paper (APP), fabricante de papel e adepta da devastação florestal no país As atividades da APP colocam em risco as metas da Indonésia de acabar com o desmatamento em suas florestas tropicaisAs florestas tropicais da Indonésia tiveram hoje mais um alento. E a empresa Asia Pulp and Paper (APP), produtora de papel, mais um bom motivo para acabar com a degradação florestal. A Hasbro, uma das maiores fabricantes de brinquedo do mundo, tornou público o seu afastamento do desmatamento, se juntando ao grupo de grandes marcas que cancelaram seus vínculos com a APP.

A APP foi muitas vezes acusada de devastar para produzir embalagens descartáveis de papelão. Entre seus clientes listavam importantes marcas de brinquedos como a Disney. Recentemente, após grande pressão do Greenpeace, gigantes do ramo como a Mattel, empresa por trás da famosa boneca Barbie, e a Lego decidiram mudar sua política de compra de papel e deixar de estar associada com a destruição florestal.

Cada vez mais companhias mundo afora se identificam com a conservação dos ecossistemas do planeta, e as empresas destruidoras seguem perdendo seus melhores contratos. Hoje a Hasbro tornou público seu comprometimento. Mas muitas outras empresas também estão agora comprometidas com o fim da degradação florestal e anunciaram que vão parar de comprar da APP.

Entre elas estão a Warehouse, maior grupo de lojas de departamento da Nova Zelândia; a Delhaize, segunda maior varejista na Bélgica e proprietário da Lion Food nos EUA; a Metcash, uma das maiores cadeias de supermercados da Austrália; a Montblanc, famosa fabricante de canetas de luxo; a Tchibo, quinta maior torradora de café do mundo; e a Cartamundi, líder mundial dos fabricantes de cartas de baralho.

Em resposta à vitoriosa notícia de que ainda mais empresas em todo o mundo estão cortando os laços com a gigante papeleira, o Greenpeace pediu hoje à Asia Pulp para que se empenhe em acabar com a destruição das florestas tropicais do país.

O Greenpeace também alertou que a continuação da degradação florestal pela APP ameaça o próprio compromisso do presidente indonésio de dedicar seu tempo restante de mandato para salvar as floresta na Indonésia.

“A Asia Pulp and Paper é ruim para as florestas e para a reputação da Indonésia. APP deve se comprometer imediatamente a parar de destruir as florestas tropicais”, disse Bustar Maitar, da Campanha de Florestas do Greenpeace na Indonésia.

Conhecidas grandes companhias também têm excluído a APP de suas cadeias de suprimentos. Isso inclui a Staples, uma das maiores empresas mundiais de material de escritório, que concluiu que a APP é um “grande perigo à nossa marca”, bem como as multinacionais de bens de consumo Kraft, Nestlé e Unilever.

Varejistas internacionais como Carrefour, Auchan, Grupo Metro e Tesco, todas excluíram a APP de seus produtos de marca própria nos últimos dois anos. A gigante Adidas também parou de negociar com a APP.

Metas de combate ao desmatamento

A Indonésia é o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer metas ambiciosas para reduzir o desmatamento, as emissões de gases de efeito estufa, e para combater as alterações climáticas. Entretanto, os planos do presidente Susilo Bambang Yudhoyono continuam a ser prejudicados por atividades como a da APP.

No mês passado, a campanha “Olho de tigre” do Greenpeace encontrou extensas clareiras florestais dentro de concessões da APP em Sumatra. As áreas que estão sendo apuradas incluem aquelas mapeadas como habitat para o tigre de Sumatra, hoje em perigo de extinção. Apesar de o uso do fogo para limpeza de terrenos ser proibido na legislação da Indonésia, foram identificados incêndios florestais usados para desmatamento dentro de duas áreas de concessão da APP.

No início deste ano, a empresa irmã da APP, a Golden Agri Recursos, introduziu novas políticas de combate ao desmatamento. Desde então, começou a reconquistar os clientes que tinha perdido no mercado internacional, incluindo a Nestlé.

"A APP deve seguir o exemplo da GAR e imediatamente comprometer-se a pôr um fim no desmatamento", concluiu Maitar.
Fonte;Greepeace

Thursday, October 27, 2011

Motosserra corre solta no Senado


Relatório do senador Luiz Henrique ignora cientistas e mantém anistia a desmatadores. Dilma e o governo seguem calados sobre Parecer do senador Luiz Henrique nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura mantém anistia a desmatadores e libera para os estados a decisão sobre atividades em APP (Crédito: Greenpeace)o assunto O relatório do Luiz Henrique está 90% igual ao aprovado na Câmara”. A frase, dita pelo Senador Acir Gurcacz (PDT-RO), é emblemática e resume com precisão o novo relatório de mudança do Código Florestal apresentado nesta terça-feira (25) pelo Senador Luiz Henrique (PMDB-SC), durante a reunião conjunta das Comissões de Agricultura e Ciência e Tecnologia do Senado. Acir se disse feliz com o texto. Infelizmente, a felicidade dele é a tristeza das florestas.

Desde que o Código Florestal chegou às mãos dos senadores, eles dizem, orgulhosos, que lá o debate seria mais equilibrado e que a ciência, os juristas, a sociedade e demais estudiosos do assunto seriam ouvidos. De fato, alguns foram ouvidos, mas também solenemente ignorados nos textos até agora apresentados.

Na Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo, renomados juristas afirmaram, em audiência, que a redação continha graves erros de constitucionalidade e que, se aprovado como estava, causaria ainda mais insegurança jurídica. Mesmo assim, o texto seguiu sua tramitação na base do voto de confiança ao relator, que havia se comprometido a mudar o projeto nas outras comissões onde também responde pela relatoria.

Para ajudar na melhoria do texto, há cerca de duas semanas a SBPC encaminhou propostas e considerações aos senadores, ressaltando iniciais 10 pontos que deveriam ser imediatamente revisados para “corrigir os equívocos verificados na votação da matéria na Câmara dos Deputados”. Porém, na manhã de ontem, muito pouco havia mudado e o parecer duplo apresentado continha os mesmos erros e retrocessos de antes.

Até mesmo a questão da agricultura familiar, já exaustivamente discutida pelos parlamentares, ficou de fora do texto apresentado. Os senadores afirmaram concordar que o setor deve receber um tratamento diferenciado, mas o tão comentado capítulo especial que ditasse sobre essa diferenciação não foi incluído no relatório.

Durante a campanha eleitoral, a Presidente Dilma se comprometeu a não aceitar anistias e nem estímulos a mais desmatamentos no texto do novo Código. Porém, o relatório apresentado nesta terça, por um senador da própria base do governo, continua anistiando crimes ambientais de forma generalizada e estimulando mais derrubadas de floresta.

"Na Câmara a ciência nem chegou a ser consultada, e no Senado ela foi completamente ignorada", afirmou Márcio Astrini, responsável pela Campanha de Florestas do Greenpeace.

O relatório manteve, no artigo 53, a permissão de qualquer atividade agrossilvopastoril, pastagens e plantações anuais em Áreas de Preservação Permanente, cabendo aos órgãos estaduais a definição do que poderá ser mantido.

Além disso, o texto concede anistia a todas as ocupações irregulares feitas até hoje em manguezais, mantém a possibilidade de pastagens em encostas e topos de morro, e mantém a possibilidade de que cada governador possa, por decreto, prorrogar eternamente o prazo no qual ninguém poderá ser multado por irregularidades cometidas até a data de 2008.

"O projeto de alteração do Código Florestal está no Senado há mais de quatro meses, e o texto pouco mudou. Isso significa que ou o Executivo não trata a questão com a importância que deveria, ou está gostando do que está vendo", disse Astrini.

Você também pode ajudar, pressionando os senadores e enviando seu recado: assine a petição em defesa das florestas e mande sua foto pelo Facebook.
Fonte;Greepeace

Tuesday, October 25, 2011

Salvador a favor das florestas


Voluntários do Greenpeace enviam sua mensagem ao SenaMesmo debaixo de chuva, os voluntários do Greenpeace mandaram seu recado para os senadores da Bahia: desliguem a motosserra que ataca o Código Florestal.

Na semana passada, a mensagem foi passada no Pelourinho, onde chamou a atenção dos soteropolitanos que passavam por lá, no Farol da Barra e no Elevador Lacerda. O recado foi reforçado em uma palestra na Universidade Federal da Bahia, em que as mudanças na legislação ambiental foram discutidas por cientistas.
do. ©Greenpeace/Raul SpinasséAli ficou clara a necessidade de proteger a vegetação do Estado, ameaçada em diversos sentidos: no interior, onde existe cerrado, do avanço sem controle das atividades agropecuárias extensivas; mais perto do litoral é preciso cuidar dos remanescentes de mata atlântica, que sofreram séculos de exploração.

“Essa é a hora de a população pedir atenção a seus senadores que não permitam uma mudança no Código Florestal ruim para o meio ambiente”, disse Tatiana de Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace.

Você também pode ajudar, pressionando os senadores e enviando seu recado: assine a petição e mande sua foto pelo Facebook.
Fonte;Greepeace

Monday, October 24, 2011

Dilma, desliga a motosserra


Enquanto os senadores debatem o Projeto de Lei que altera o Código Florestal, os índices de desmatamento voltam a crescer depois de anos de Greenpeace / Rodrigo Baleiaqueda. Aparentemente mais preocupada com obras de infraestrutura – que em geral geram desmatamento – do que com a conservação das florestas, tem se mantido ausente do debate sobre o futuro do patrimônio florestal brasileiro. Mas não deixou de marcar presença hoje, na inauguração da ponte que atravessa o Rio Negro, ligando os municípios de Manaus e Iranduba, no Amazonas. O Greenpeace estava lá, para chamar a presidente a agir antes que seja tarde.

Durante a manifestação, foi inflado um balão com a mensagem que a organização vem repetindo desde que a proposta de mudanças na legislação ambiental entrou na pauta dos parlamentares: “Senado, desliga essa motosserra”. Em sua campanha eleitoral, a presidente fez promessas de vetar qualquer dispositivo legal que possibilite mais desmatamentos. Além disso, o Brasil também se comprometeu mundialmente com a redução nas emissões de gases estufa, principalmente combatendo o desmatamento na Amazônia, feito que rendeu ao país um papel de destaque internacional na questão climática.

“O projeto de lei coloca em risco, de forma irresponsável, a credibilidade do país. Está na hora de a presidente e seus líderes de governo agirem de forma clara, tomando para si as rédeas desse debate e demonstrando ao Congresso que um retrocesso na legislação florestal não será tolerado”, diz Tatiana Carvalho, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

Às vésperas de sediar a Conferência Rio+20, os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, e o país está atento às decisões da presidente e de seus parlamentares. Mesmo antes de ser votada, a proposta de alterações no Código, que contém promessas de anistia e de estímulo à devastação, já fez estragos e foi sentida nas últimas medições de desmatamento feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O monitoramento já indica que a queda do desmatamento, um importante legado do governo Lula, está sendo revertida, e os índices de degradação florestal voltaram a crescer. Baseado nos dados do INPE, o Greenpeace calcula que esse aumento na destruição pode chegar a até 15% com relação ao ano passado.

Durante um comício em Belo Horizonte, no dia 23 de outubro de 2010, Dilma disse que era a favor de uma política de desmatamento zero. “O Brasil pode expandir sua produção agrícola sem desmatar”, afirmou. Uma vez na presidência, ela esqueceu o discurso e cruzou os braços na tramitação do novo Código. Ele saiu da Câmara exatamente como ela prometeu que não sairia.

O debate agora corre no Senado. Dilma segue calada, a despeito do alerta de renomadas instituições, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a USP e a UnB, de que o projeto do Código é um estímulo à devastação florestal. Mal se sabe sobre a posição do governo em relação às mudanças previstas. “Com esse comportamento, a presidente está condenando as florestas à motosserra e manchando a sua história política”, diz Tatiana.
Fonte;Greenpeace

Thursday, October 20, 2011

Couro manchado pelo desmatamento



Em praça pública, Greenpeace faz ensaio fotográfico com modelos na Itália para mostrar que indústria da pecuária continua botando no mercado couro vindo da devastação da Amazônia. Em praça pública na Itália, modelos alertam: o couro que vem da Amazônia ainda pode estar manchado com desmatamento.
Enquanto uma das maiores feiras de couro do mundo, a Linea Pelle, acontece na Itália, uma sessão de fotos organizada pelo Greenpeace na principal praça da cidade de Bolonha uniu modelos italianas para alertar que ainda há produtos da indústria mundial produzidos com couro proveniente do desmatamento da Amazônia. Ao lado das modelos, a mensagem era passada: “Você se importa com a Amazônia? Salve sua pele”.

Dois anos depois de os três maiores frigoríficos brasileiros jurarem de pé junto que não mais o fariam, pelo menos um deles falhou no intento. No relatório “Quebra de confiança”, o Greenpeace divulga informações sobre a compra de gado pela JBS, a maior produtora de carne e couro do Brasil, de 19 fazendas que estão ou dentro daTerra Indígena Maraiwatsede, no Mato Grosso, ou envolvidas com trabalho escravo ou com áreas embargadas.

A comercialização foi feita neste ano, entre janeiro e maio, quando o frigorífico em questão diz usar um sistema de monitoramento que permite identificar e excluir fazendas “sujas”.

A JBS descumpriu sua promessa duplamente. Em outubro de 2009, ela assinou um compromisso público que tiraria de sua lista de fornecedores quem produzisse em regiões recém-desmatadas, dentro de áreas protegidas e que usassem trabalho escravo. Em maio de 2010, assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público Federal no Mato Grosso, que cortaria fazendas embargadas pelo Ibama, situadas dentro de áreas protegidas ou que fossem flagradas usando trabalho escravo da lista de fornecedores.
Uma investigação mostra que a JBS, maior frigorífico do mundo, continua colocando carne e couro de desmatamento no mercado.
Até quando uma empresa do porte da JBS incentivará o desmatamento da Amazônia e o uso de escravos? Já passou da hora de o frigorífico limpar sua lista de fornecedores, para garantir que seus consumidores não participem da destruição da maior floresta tropical do mundo”, afirma André Muggiati, da campanha Amazônia do Greenpeace.

A pecuária é o principal motor atualmente de destruição da floresta tropical. De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 61% das áreas já desmatadas na Amazônia são ocupadas por pasto. “Se a reforma do Código Florestal for aprovada do jeito que deseja a bancada ruralista no Congresso, a situação só vai piorar, com os incentivos à anistia e a mais desmatamento”, diz Muggiati. “É preciso avançar no registro das fazendas. Chega de escuridão sobre o que acontece na Amazônia.”
O que o Greenpeace pede:

Frigoríficos

Que o acordo “Critérios mínimos para operações com gado e produtos bovinos em escala industrial no bioma Amazônia”, firmado em 2009, seja inteiramente cumprido e implementado pela JBS e demais signatários;

• A suspensão imediata, pela JBS e pelos outros signatários do acordo de 2009, das relações comerciais com as fazendas expostas neste relatório;

• Que a JBS e os outros signatários produtores de carne e couro brasileiros, em colaboração com seus clientes, criem e implementem uma metodologia de monitoramento eficiente e transparente, e que esse processo seja auditado para a implementação dos compromissos;

• O apoio público da JBS e dos outros signatários do acordo de 2009 apoiem publicamente leis fortes que ajudem a eliminar o desmatamento pela pecuária no Brasil.

Empresas consumidoras:

• Precisam trabalhar com seus fornecedores para garantir maior transparência na comercialização de gado das fazendas para os frigoríficos, o que inclui colaborar nos Termos de Referência para as auditorias dos frigoríficos;

• Implementar políticas de compra que contemplem critérios ambientais;

• Devem apoiar a criação de leis no Brasil que legalizem/institucionalizem as conquistas do acordo assinado em 2009.

Governo brasileiro:

• Deve evitar mudanças no Código Florestal cujas consequências sejam permitir o aumento do desmatamento ou a concessão de anistia a quem desmatou ilegalmente no passado;

• Precisa tomar, imediatamente, medidas administrativas para aumentar o registro das fazendas e seu licenciamento ambiental;

• Adote medidas imediatas para remover fazendas ilegais da Terra Indígena Maraiwatsede.
Fonte;Greepeace

Saturday, October 15, 2011

O novo guerreiro se lança ao mar


Projetado totalmente sob medida para o Greenpeace, o navio Rainbow Warrior III parte para suas primeiras missões em defesa do meio ambiente. O Rainbow Warrior III faz navegações de teste no Mar do Norte. (créditos: Oliver Tjaden/Greenpeace)
Um novo e destemido defensor dos mares teve hoje sua grande estréia. Projetado totalmente sob medida para o Greenpeace para o trabalho de ativismo ambiental, o navio Rainbow Warrior III parte para suas primeiras missões em defesa do meio ambiente.
O novo guerreiro do arco-íris leva o selo de sustentabilidade. Em lugar dos combustíveis fósseis, seu principal motor será a força dos ventos. O design revolucionário do mastro e o posicionamento das velas foram otimizados para uma maior eficiência.
Sua operação por motores só será acionada em caso de condições do tempo adversas. Mesmo assim, seu casco foi desenhado para reduzir ao máximo o uso de combustíveis. O calor dos geradores será reutilizado no aquecimento da água a bordo, em cabines e banheiros, e para o pré-aquecimento das máquinas.Com capacidade para uma tripulação de até 30 pessoas, o novo Rainbow Warrior III continuará a ser uma plataforma segura e funcional para campanhas e estudos. Sua infraestrutura inclui modernos equipamentos de comunicação e de pesquisa científica, dois botes salva-vidas e heliponto.Tudo isso foi possível graças ao apoio de colaboradores de todo o mundo. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, patrocinando a compra de peças e outros equipamentos por meio da internet até que a construção do navio fosse finalizada.Tudo isso foi possível graças ao apoio de colaboradores de todo o mundo. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, patrocinando a compra de peças e outros equipamentos por meio da internet até que a construção do navio fosse finalizada.A madrinha da embarcação, a canadense de origem índígena Melina Laboucan Massimo, lembrou uma citação do povo Cree que deu origem ao nome Rainbow Warrior: “Um dia a terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos nas correntezas dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão o seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar ao homem branco a reverência pela sagrada terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Íris.”

O navio vai iniciar sua empreitada com uma turnê pela costa europeia. Em seguida, ele fará a primeira travessia no oceano para começar a campanha nas Américas.
Fonte;Greepeace

Thursday, October 13, 2011

Soja sem desmatamento




Enquanto ruralistas tentam derrubar o Código Florestal, empresas consumidoras querem compromisso permanente pela preservação florestal e indústria dá continuidade à moratória da soja. As 25 empresas comercializadoras de soja representadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Brasileira de Exportadores de Cereais (ANEC) reafirmaram na manhã de hoje, em evento em Brasília, seu compromisso com a moratória da soja. Isso significa que, pelo quinto ano consecutivo, nenhuma dessas empresas – que representam 90% da comercialização de soja no país – poderá comprar o grão de fornecedores na Amazônia que tenham desmatado após julho de 2006.

Enquanto a cerimônia acontecia no Brasil, na Europa a Amazon Alliance – grupo internacional formado por empresas consumidoras de soja brasileira, como McDonald’s, Carrefour e Tesco – divulgava nota reafirmando seu compromisso com o desmatamento zero. No comunicado, as companhias se disseram preocupadas com as alterações propostas no Código Florestal, já que “uma das razões pelas quais a moratória da soja é bem-sucedida reside no fato de que ela é mais ambiciosa que a legalidade – mirando o desmatamento zero”.
“A renovação da moratória e o comunicado da Amazon Alliance mostram que existe um setor do agronegócio brasileiro capaz de crescer sem derrubar mais floresta. Mas, enquanto isso, no Congresso e no campo, tem gente que ainda prefere um modelo de produção atrasado e predatório”, diz Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace. Prova disso está nas taxas de desmatamento, que após dois anos de queda voltaram a crescer, na esteira das promessas de anistia a quem cometeu crimes ambientais discutidas no Congresso.
Ministra Izabella Teixeira entre Paulo Adario (Greenpeace, 1º esq.) e Carlo Lovatelli (Abiove, 1º dir) Abiove/Divulgação
O Mato Grosso, onde predomina a produção de soja, retomou a posição de Estado que mais derruba floresta em 2011. Segundo uma análise feita pelo Greenpeace, esse avanço ocorreu principalmente em áreas agrícolas, com um aumento de 46% das derrubadas. Se forem levados em conta apenas os municípios da moratória no Estado, o crescimento é ainda maior: 58% de um ano para o outro. “O número de casos vem crescendo em ritmo preocupante, e esse aumento no Mato Grosso colocará, em um ou dois anos, muito mais soja de desmatamento no mercado. A moratória nunca foi tão importante”, afirma Adario.

“A cadeia produtiva da soja está se adaptando a novos requisitos dos mercados internacionais, que estão exigindo cada vez mais produtos certificados. Os resultados são promissores, mas os desafios para se avançar na direção de uma agenda ambiental ainda são muito grandes”, diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também presente na cerimônia.
Governança © Greenpeace/Nilo D'Avila
Durante a coletiva, a Abiove e a Anec também divulgaram proposta para promover o Cadastro Ambiental Rural (CAR) entre os produtores, iniciativa aplaudida pela Amazon Alliance. O CAR é um instrumento público de regularização ambiental. Por meio dele, informações básicas das propriedades rurais, como perímetro das fazendas e quantidade de vegetação remanescente, são disponibilizadas publicamente.

A proposta apresentada é um conjunto de ações a serem executadas para promover o cadastro na região de influência da soja. “O CAR é fundamental para que a indústria possa monitorar a moratória e garantir ao consumidor um produto livre de desmatamento. Agora é necessário o estabelecimento de metas, especialmente em municípios onde o desmatamento aumentou”, frisa Paulo Adario.
Fonte;Greepeace

Abrolhos é uma outra forma de riqueza”, diz Gil

Como noticiamos semana passada, o cantor Gilberto Gil declarou apoio à campanha do Greenpeace Brasil contra a exploração de petróleo na região de Abrolhos.

No vídeo que divulgamos hoje, Gil fala sobre a necessidade de priorizar outras formas de energia no lugar dos combustíveis fósseis. Para ele, é necessário investir em energias renováveis, como a eólica, a solar e a biomassa.

Gil vai além: diz que precisamos livrar Abrolhos do petróleo e deixá-la com sua vocação [natural, turística]. “O petróleo é uma forma de riqueza. Mas Abrolhos é outra forma de riqueza.”
Gilberto Gil deixou registrado seu recado. E você, concorda que Abrolhos deve ficar fora dos planos de exploração de gás e petróleo? Então some forças a nossa campanha e diga ao governo e às empresas com blocos na área que este paraíso merece ser preservado.
Saiba mais sobre Abrolhos

Zona de maior biodiversidade do Atlântico Sul, Abrolhos corre o risco de virar um grande poço de petróleo. A região foi loteada em 2003 pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) e agora dez empresas nacionais e estrangeiras estão prontas para começar a exploração dos 13 blocos atualmente sob concessão do governo.

É por isso que o Greenpeace Brasil começou uma campanha em que pede uma moratória na exploração de gás e petróleo nos arredores do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.

Com uma área aproximada de 93.000 km², a moratória estabelece uma zona de segurança ao redor do parque nacional. Dentro desta área, estará banida apenas a exploração de gás e petróleo, evitando que um desastre ambiental contamine ecossistemas sensíveis, responsáveis pela reposição dos estoques pesqueiros e reprodução de inúmeras espécies ameaças de extinção.

A moratória, entretanto, depende de um acordo entre o governo e as empresas com blocos de exploração nesta região. São elas Petrobrás, Vipetro, Perenco, OGX, HRT, Shell, Vale, Cowan, Sonangol e Repsol.

Localizado no litoral sul da Bahia, dentro da região identificada como a Costa do Descobrimento, Abrolhos é lar de mais de 1300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos. Dentre elas, 45 delas estão consideradas em risco de extinção.
Fonte;Greepeace

Tuesday, October 11, 2011

O Xingu arde


Foto tirada da Estação Espacial Internacional mostra queimadas ao longo do Xingu (Crédito: ISS/Nasa)Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ou ISS, na sigla em inglês) registraram uma imagem da Amazônia que nós, como brasileiros, não podemos ter orgulho: áreas queimadas e uma considerável nuvem de fumaça ao longo do rio Xingu, um dos mais extensos da Amazônia.

A foto, obtida no dia 17 de setembro de 2011, ilustra o corte e a queima no estado do Mato Grosso. Na imagem ainda é possível ver algumas áreas expostas de areia, o que mostra que o rio está em seu estágio de baixo fluxo, ou seja, no período anual da seca.

Ao longo de seus 2,3 mil km, o rio Xingu tem sido impactado por projetos de infraestrutura como as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Mas a história não se resume a isso, infelizmente. Desde a década de 1960, a Amazônia se tornou alvo crescente de grandes grupos ligados ao agronegócio e sofe contínuo e acelerado processo de conversão de suas florestas para pastos e lavouras de produção extensiva.

Um dos métodos mais utilizados para o desmatamento é o fogo. E queimadas, especialmente na época de seca, são vistas ao longo do curso dos rios e em espaços abertos no meio da floresta. Uma vez que as regiões desmatadas são facilmente identificáveis a partir do espaço, também fica mais fácil seguir a taxa de desmatamento.

Neste ano, enquanto acirrava-se o debate sobre a reforma do Código Florestal no Congresso Nacional, o Mato Grosso – conhecido internacionalmente pela produção de grãos, pela agropecuária e por seus passivos ambientais – teve o maior índice de derrubada entre os Estados amazônicos. Se os ruralistas de Brasília ganharem o que desejam, os astronautas verão cada vez mais cenas como essa.
Fonte;Greepeace

Friday, October 7, 2011

Não estamos sós


Estudo sobre legislações florestais de 11 países mostra que proteção e desenvolvimento andam juntos. Cai por terra um dos mais repetidos argumentos ruralistas utilizados nas discussões sobre a reforma do Código Florestal Brasileiro na Câmara dos Deputados. Um estudo realizado sobre as normas de 11 nações demonstra que, definitivamente, a legislação florestal não é uma exclusividade brasileira.

A pesquisa mostra que o Brasil não está só nesse barco, e, ainda mais, que pode aprender muito com a experiência de outros países. Há leis que regem as florestas mundo afora, inclusive anteriores à nacional, e vivências que podem enriquecer em muito o debate, caso os parlamentares do Congresso Nacional as examinem.

É a partir da análise da história que devem ser revistos os erros e acertos passados, para uma melhor formulação do que se quer como futuro. Por esse motivo, partiu do Greenpeace a iniciativa de requisitar a pesquisa técnica, que reúne dados de Alemanha, China, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Indonésia, Japão, Polônia, Reino Unido e Suécia. A compilação dos dados foi levada a cabo por duas das mais renomadas instituições científicas sobre o tema: o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e o ProForest, organização afiliada à Universidade de Oxford, na Inglaterra, e autoridade global no assunto.

O que se constata é a conscientização da importância das florestas e dos recursos naturais: nações que devastaram muito no passado hoje correm atrás do que foi perdido, com leis de proteção e incentivos financeiros para recuperação. E quem não perdeu cuida do que tem com unhas e dentes.

Alguns dos países estudados possuem legislações muito anteriores à nossa. A Suécia, por exemplo, colocou em vigor seu “Código Florestal” em 1886 e estipulou que áreas desmatadas deveriam ser reflorestadas. O resultado salta a olhos vistos: a área florestada cobre 69% do território. O país possui ainda 22,7 milhões de hectares de terras florestais produtivas e 0,7 milhão de hectares dessas terras estão dentro de áreas protegidas.

“Esse estudo desconstroi o discurso ruralista para justificar uma mudança no Código Florestal – o de que nenhum outro país tem uma legislação como a nossa e que temos o direito a desmatar. A discussão na Câmara ficou baseada em mantras que foram repetidos como verdade, mas que foram produzidos em cima de falácias”, afirma Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace. “Os senadores, quando ouviram outras visões, começaram a perceber que teriam de sair do circo montado pelos ruralistas na Câmara dos Deputados.”

Privado não é intocável

O estudo mostra que há uma preocupação geral contra o desmatamento, inclusive em propriedades privadas. Derrubada em terras particulares tem de ser justificada e aprovada, assim como em áreas públicas.

Na França, por exemplo, quem quiser derrubar uma área maior a 25 hectares precisa fazer um estudo de impacto ambiental, e não pode começar a operação sem autorização. Algo similar também acontece na Alemanha e outros países.

“A regra do mundo hoje é a recuperação florestal, não a perda. Na discussão no Congresso, vemos os mesmos personagens que atuavam no Brasil do passado. Mas nós já estamos no Brasil do futuro, que está na beira de uma conferência como a Rio+20, e que já se coloca como uma potência mundial”, afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon e um dos coordenadores do estudo. “Temos de ver o que o país quer: se colocar como um exemplo ou afundar ainda mais. Os 56% de cobertura florestal que possuímos hoje já é o fundo do poço.”

Floresta de volta

Na outra ponta, a recuperação também é valorizada. O exemplo da China é significativo. Com uma baixa relação per capita entre população e floresta, e após dezenas de séculos de exploração, o governo chinês lançou um amplo programa de reflorestamento, o que a torna atualmente o país com o maior incremento anual em florestas plantadas entre as nações estudadas.

No Reino Unido, o governo assumiu compromissos com a criação e a gestão de florestas como um recurso natural renovável. Depois da ECO-92, no Rio de Janeiro, o governo adotou uma política florestal para promover o uso sustentável dos recursos e assegurar uma expansão constante da cobertura vegetal.

Outro exemplo bem sucedido em países ricos é o dos Estados Unidos, cuja cobertura florestal tem se mantido relativamente estável desde 1907. Em 1900 o país possuía 34% de área coberta. Em 1950 ela sofreu ligeira redução passando a 33%, e permanece nesse patamar até hoje – isso sem comprometer a produção agrícola.

Segundo Veríssimo, não podemos nos dar ao luxo de destruir nossa floresta tropical, cuja restauração é muito mais difícil. “Nós não temos conhecimento científico suficiente das espécies. A agropecuária deve ter a consciência de que a fronteira está fechada, senão não irá mudar o seu modelo produtivo. Devemos saber que manter floresta não afetará o preço da carne. Com tecnologia e uma mudança de modelo, a produção pode triplicar.”

A experiência em outros países mostra que o Brasil precisa investir em tecnologia, para aumentar a produtividade, e em preservação, para reescrever a história perversa de perda de recursos naturais que se viu em outros países.

“O mundo de hoje não é mais o mundo pré-industrial. Não existe mais uma sociedade isolada. Os compromissos que o governo brasileiro assumiu internacionalmente refletem essa posição. Temos de estar antenados com as regras internacionais de mercado. Desse modo, a proteção das florestas é também uma proteção de mercado”, diz Paulo Adario. “Mudando o Código Florestal como querem os ruralistas sacrificaremos os interesses do país em nome de um setor que é fundamentalmente atrasado.”
Fonte;Greepeace

Thursday, October 6, 2011

Urânio de Caetité viola Direitos Humanos


Protesto do Greenpeace em Caetité (BA), diante das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
As atividades de mineração de urânio em Caetité, município baiano distante 757 km de Salvador, viola direitos fundamentais dos cidadãos e tem forte impacto à saúde, ao meio ambiente e à economia da região.

Esta é a conclusão do documento “Relatório da Missão Caetité: Violações de Direitos Humanos no Ciclo do Nuclear”, lançado na manhã de hoje em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da Câmara.

Produzido pela Plataforma Dhesca Brasil (Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais), o documento é resultado de dois anos de investigação sobre as contradições que envolvem a mineração de urânio em Caetité, cidade onde se localizam instalações das Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Estas unidades são responsáveis pela mineração e transformação do urânio mineral em concentrado de urânio – o chamado yellow cake, que é a principal matéria prima do combustível nuclear.

De acordo com o relatório, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) se vale de argumentos de segredos militares para impedir o acesso às informações sobre as atividades nucleares na região. Exemplo disso foi a liberação de poços contaminados sob “circunstâncias administrativas pouco claras”. “Seria apenas um dos indícios mais evidentes dos graves riscos para a saúde a que está sujeita, em princípio, a população rural de Caetité e dos municípios vizinhos [...]”, destaca o documento.

Segundo os autores do relatório, as ameaças à saúde dos trabalhadores e da população local são graves e urgentes. A contaminação radioativa pode ter atingido um número maior de pessoas em função do fluxo hidrográfico da bacia do Rio das Contas, da toxicidade das substâncias, da persistência ambiental dos contaminantes e dos riscos associados ao transporte do yellow cake.

Além das dúvidas que pairam sobre os riscos à saúde, os moradores relatam as dificuldades de vender sua produção agrícola devido às suspeitas de contaminação radioativa. Também seu acesso à água tem sido prejudicado, uma vez que existem indícios de que a captação de água para as atividades mineradoras tem secado os poços da região.

Em 2008, uma investigação do Greenpeace revelou que a água de poços do município de Juazeiro, a 8 km do centro minerador, continha uma concentração de urânio sete vezes maior que a permitida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa denúncia resultou na interdição de três poços em novembro de 2009, medida que foi suspensa posteriormente sem justificativas convincentes.
Fonte;Greenpeace

Wednesday, October 5, 2011

A desmatadora arrependida


A boneca mais famosa do mundo dos brinquedos quer abandonar a famAtivistas protestam contra Mattel em Helsinki, na Finlândiaa de Depois do drama que se arrastra desde o fim do namoro com Ken, a boneca mais famosa e luxuosa do mundo dos brinquedos quer abandonar a fama de desmatadora das florestas.
A Mattel, fabricante da Barbie, anunciou hoje que deixará de comprar embalagens de papelão que estejam ligadas à devastação das florestas tropicais da Indonésia. Para cumprir com sua promessa, a Mattel deu instruções a seus fornecedores para que evitem comprar fibra de celulose de empresas “conhecidas por seu envolvimento com o desmatamento”.

Esta é uma referencia direta à Asia Pulp and Paper (APP), a mais notória responsável por derrubar as florestas tropicais indonésias e por em risco a vida de milhares de espécies, como o ameaçado Tigre de Sumatra.

A nova política para compras de matérias primas divulgadas pela Mattel também tem o objetivo de aumentar o uso de papel reciclado e de produtos com origem certificada pela Forest Stewardship Council (FSC), que garante a procedência da celulose a partir de manejos sustentáveis.

"A Mattel acaba de demonstrar que, quando pressionadas, as empresas assumem responsabilidades para preservar seus mercados, o que é uma decisão madura e inteligente", diz Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace.

"Este é um exemplo que precisa ser seguido por empresas que atuam na Amazônia e que ainda carregam a mancha do desmatamento na sua produção. E não adianta mudar Código Florestal para legalizar o desmatamento quando o próprio mercado diz que não quer produto de destruição".

A campanha global lançada pelo Greenpeace para pressionar a Mattel começou em junho passado, quando uma investigação revelou que as embalagens usadas para vender a boneca Barbie tinham origem em madeira das florestas tropicais da Indonésia. Uma enorme faixa foi pendurada na sede da empresa, na cidade de El Segundo (EUA). Nela aparecia uma foto de Ken e a frase: “Barbie, acabou. Eu não namoro garotas que se envolvem com desmatamento”.

Além dos Estados Unidos, ativistas da Inglaterra, Dinamarca, Finlândia e Taiwan realizaram ações nos mesmos moldes, chamando a atenção para o problema. A empresa também recebeu mais de 500 mil e-mails de internautas que pediam o fim da devastação das florestas tropicais da Indonésia, onde mais de 1 milhão de hectares de matas nativas são derrubadas a cada ano.

Mas agora que a Barbie se arrependeu, resta a dúvida: o casal vai reatar o namoro? Melhor não especular ainda sobre o assunto, mas a hostilidade entre os dois finalmente cessou.
desmatadora Fonte;Greepeace

Monday, October 3, 2011

Gilberto Gil quer petróleo fora de Abrolhos

A campanha promovida pelo Greenpeace Brasil, contra a exploração de petróleo na região de Abrolhos, ganhou um apoiador ilustre. O cantor Gilberto Gil aderiu à causa e quer essa indústria longe do maior banco de corais do Atlântico Sul.

“Devemos nos colocar em prol desta luta. A luta para manter Abrolhos como Abrolhos tem sido até hoje”, disse Gil.
Faça como Gilberto Gil e apoie você também esta campanha. Assine nossa petição e diga às empresas e ao governo que você é contra a exploração de petróleo em Abrolhos.

Saiba mais sobre esta campanha

Zona de maior biodiversidade do Atlântico Sul, Abrolhos corre o risco de virar um grande poço de petróleo. A região foi loteada em 2003 pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) e agora dez empresas nacionais e estrangeiras estão prontas para começar a exploração dos 13 blocos atualmente sob concessão do governo.

É por isso que o Greenpeace Brasil começou uma campanha em que pede uma moratória na exploração de gás e petróleo nos arredores do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.

Com uma área aproximada de 93.000 km², a moratória estabelece uma zona de segurança ao redor do parque nacional. Dentro desta área, estará banida apenas a exploração de gás e petróleo, evitando que um desastre ambiental contamine ecossistemas sensíveis, responsáveis pela reposição dos estoques pesqueiros e reprodução de inúmeras espécies ameaças de extinção.

A moratória, entretanto, depende de um acordo entre o governo e as empresas com blocos de exploração nesta região. São elas Petrobrás, Vipetro, Perenco, OGX, HRT, Shell, Vale, Cowan, Sonangol e Repsol.

Localizado no litoral sul da Bahia, dentro da região identificada como a Costa do Descobrimento, Abrolhos é lar de mais de 1300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos. Dentre elas, 45 delas estão consideradas em risco de extinção.Fonte;Greepeace

Greenpeace Brasil supera 400 mil seguidores no Twitter


Essa semana, a conta de Twitter do Greenpeace Brasil ultrapassou a barreira dos 400 mil seguidores. Se por um lado, ainda estamos longe dos 3 milhões de seguidores de celebridades como Ivete Sangalo e Luciano Huck, superamos perfis corporativos de comunicadores natos, como os jornais Folha SP ou Estado de S.Paulo.

Esse salto no número de seguidores foi excepcional nos últimos dez meses. Em 2010, fechamos o ano com 155 mil – o que significa um crescimento de aproximadamente 158% até o início de outubro deste ano.

A mobilização de nossos ciberativistas em defesa do meio ambiente ajuda a explicar esse crescimento. Em especial, campanhas contra as mudanças do Código Florestal, na Câmara, em abril, e os protestos contra a exploração de petróleo na região de Abrolhos, em agosto passado, alavancaram a audiência online do Greenpeace. Em setembro passado foi a vez de as comemorações de 40 anos da organização alcançar 1,2 milhões de usuários do microblog.

No Facebook, o ano de 2011 também trouxe bons resultados. De janeiro a outubro de 2011, nosso mural de notícias foi visualizado mais de 13 milhões de vezes, gerando cerca de 86 mil interações entre “likes” e comentários.

A pressão deste exército verde é o que ajuda o Greenpeace a pressionar governos e empresas a mudarem de atitude em prol do meio ambiente. Por isso, agradecemos a você por somar forças a nossas causas e divulgar nossas mensagens.
Fonte;Greepeace

Thursday, September 29, 2011

Gaúchos aderem à campanha contra novo Código Florestal


Greenpeace / Guilherme Santos
A emblemática Usina do Gasômetro, antiga termelétrica às margens do rio Guaíba, em Porto Alegre, foi o cenário escolhido por ativistas do Greenpeace para transmitir um recado direto ao Senado: “Desliga essa motosserra”.

A mensagem tinha como objetivo chamar a atenção dos gaúchos para a maior investida contra as florestas brasileiras já realizada no país. O novo texto do Código Florestal, em tramitação no Senado, dará perdão a desmatadores e permitirá substituir vegetação nativa por pastagens e plantação de soja.

Saiba mais sobre o novo Código Florestal.

Os ativistas também estiveram no Parque da Redenção, onde o público demonstrou apoio à campanha. Assinaram a petição que será enviada aos senadores e ainda pousaram para fotos como ativistas por um dia.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um relatório que dá aval para transformar o atual Código Florestal em decálogo para a expansão desenfreada da agropecuária sobre as matas nativas do Brasil. O texto ainda está sendo avaliado por outras três comissões no Senado, antes de ser submetido ao plenário.Fonte;Greenpeace

Wednesday, September 28, 2011

BH se mobiliza contra Código da Motosserra

Belo Horizonte recebeu na manhã desta terça-feira a visita dos ativistas do Greenpeace, em mobilização por várias capitais do Brasil contra as mudanças do Código Florestal, atualmente em tramitação no Senado.

A intenção era chamar a população a conhecer mais o assunto e participar do movimento para garantir que qualquer mudança na atual legislação ambiental mantenha o seu caráter de proteção das florestas brasileiras.
As pessoas que passavam pelo local encararam o movimento com bom humor. Assinaram a petição que será enviada aos senadores e ainda pousaram para fotos, manifestando seu apoio à campanha.

Além de realizar palestras em faculdades e entregar folhetos às pessoas nas ruas, os ativistas estenderam banners em importantes pontos turísticos da cidade, como a Pampulha e a Praça da Liberdade, com a frase “Senado, desliga essa a motosserra”.
Fonte;Greenpeace

Condenados por defender o Árt


Ativistas do Greenpeace que participaram de uma ação pacífica no Ártico acabam de ser considerados culpados pela corte da Groelândia. A condenação é referente à invasão de uma plataforma de petróleo. Os ativistas que escalaram uma das maiores plataformas do mundo foram multados pela corte e 18 deles também foram condenados por quebrar a zona de segurança ao redor da instalação.
Em maio deste ano, voluntários do Greenpeace de nove países, embarcaram na plataforma Leiv Eiriksson nas gélidas águas do oeste da Groelândia para pedir à companhia britânica Cairn Energy que divulgue seu plano de lidar com um possível vazamento de óleo no Ártico. Mesmo com a prisão dos ativistas, a ação chamou a atenção do mundo e pressionou a companhia, que recebeu uma petição assinada por mais de cem mil pessoas, que pedia a divulgação do documento. Em agosto, finalmente o governo da Groelândia divulgou o plano.

“Nós assumimos inteira responsabilidade por nossas ações pacíficas para protestar no Ártico”, diz um dos ativistas, o campaigner do Greenpeace Ben Ayliffe. “Cairn Energy admite que um vazamento naquele frágil e único habitat seria catastrófico. É loucura permitir que companhias negligentes como essa retire mais do óleo responsável por causar o derretimento na região. Nossa campanha para transformar congelada região norte do planeta em uma área livre da exploração da indústria do óleo continua”.

O plano da Cairn Energy – que tentaram manter em segredo – admite que qualquer operação de limpeza da região em caso de vazamento teria que ser parada durante o longo inverno do Ártico, enquanto técnicas tradicionais de recuperação, que utiliza bombas e outros equipamentos não seriam eficientes em águas tão frias quanto as da região. Cairn ressalta em seu documento que técnicas de limpeza podem ser tão danosas que o melhor seria deixar que praias afetadas com possíveis derramamentos se recuperem “naturalmente”. plano também mostra que um vazamento poderia causar problemas devastadores para a natureza do Ártico.
Fonte;Greenpeace

Sem miséria, mas com floresta


Com uma faixa e uma muda de Açaí, ativistas do Greenpeace mandam recado para Dilma Rousseff durante lançamento de programa contra a pobreza, em Manaus. Ao deixar a cerimônia no Teatro Amazonas, Dilma passou de carro pela faixa estendida pelo Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Baleia
O palco estava armado: com a presença de governadores do Norte, a presidente Dilma Rousseff chegou a Manaus para lançar seu programa de combate à pobreza, o Brasil Sem Miséria. O Greenpeace foi atrás e, diante do Teatro Amazonas, cartão postal da cidade, ativistas abriram uma faixa: “Dilma, Brasil sem miséria é Brasil com floresta”. Eles também tentaram entregar uma muda de Açaí com a mensagem: “Presidenta Dilma, Vou ficar muito bem no jardim do Alvorada. A senhora sabe que sou importante para as populações da Amazônia. Cuide de mim, pois ando preocupado com esse novo Código Florestal. Cordial abraço, Açaí”.

A ação aconteceu num contexto em que as taxas de desmatamento na Amazônia voltaram a subir e que o Congresso discute um projeto de lei que pode derrubar o Código Florestal – uma lei com mais de 70 anos de tradição. Tudo isso a menos de um ano para o Brasil sediar a Rio + 20, o mais importante evento climático do mundo.

“O projeto do novo Código foi aprovado na Câmara debaixo de inúmeras críticas da ciência, da agricultura familiar e da sociedade civil. Agora, no Senado, a história está se repetindo e o governo continua omisso”, diz Rafael Cruz, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “A presidente Dilma precisa desligar a motosserra no Congresso, pois para eliminar a pobreza precisamos manter de pé nossas florestas, que são a maior riqueza do país, que abriga uma parcela importante da população pobre do Brasil e que impulsiona nossa agricultura.”.

Após consecutivos anos de queda, os índices de desmatamento voltaram a subir no primeiro ano de gestão de Dilma. Em 2009, durante a Conferência do Clima em Copenhague (Cop-15), ela própria, então como ministra da Casa Civil, prometeu mundialmente que o Brasil reduziria suas emissões de CO2, que vêm predominantemente das derrubadas.

“O modelo de produção brasileiro ainda é predatório. Enquanto as outras nações recuperam suas florestas para poder continuar produzindo, estamos acabando com as nossas”, observa Cruz. “E isso não significa riqueza: mesmo com quase 18% de suas matas derrubadas, a Amazônia ainda permanece com baixíssimos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), especialmente em municípios onde a destruição florestal ocorre mais fortemente.Fonte;Greenpeace

Thursday, September 22, 2011

Senado escorrega e aprova mudança do Código Florestal na CCJ


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na tarde de hoje o relatório escrito pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que altera o Código Florestal para pior. Greenpeace / Ronaldo Barroso
O processo reproduz dois problemas que aconteceram na Câmara. O primeiro é a omissão do governo. O outro é a abertura a novos desmatamentos, anistia a crimes ambientais e afronta a Constituição. E isso em pleno Dia da Árvore.

O trator da bancada ruralista, porém, não encontrou a estrada livre no Senado como aconteceu na Câmara. Cinco senadores o rejeitaram: Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Ana Rita (PT-ES), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Além disso, parte dos votos que levaram à aprovação do texto foi dado com ressalvas (como inconstitucionalidade de certos pontos e pouca participação da sociedade).

O governo, por sua vez, deixou o texto ruim correr, usando o líder no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ao pedir sua aprovação quase em nome da fé. “Devemos dar um voto de confiança a Luiz Henrique em prol do entendimento”, disse Jucá.

O Planalto deveria saber que Luiz Henrique não é confiável quando se trata de proteção das florestas. Em 2009, na condição de governador de Santa Catarina, ele sancionou uma lei que revogou quase integralmente o atual Código Florestal em seu estado. Essa lei, chamada Código Ambiental, é contestada hoje no Supremo Tribunal Federal.

“O texto que a presidenta Dilma disse que vetaria foi hoje aprovado hoje na CCJ, com a anuência do governo”, afirma Marcio Astrini, da campanha da Amazônia do Greenpeace. O relatório ainda é analisado por outras três comissões do Senado, antes de ser votado no plenário da Casa.

“Os senadores empurraram para a frente um Código Florestal que, veja só, desprotege as florestas”, diz Astrini. “Foi prometido pelos senadores que as mudanças que deixaram de ser votadas hoje serão acatadas nas próximas comissões. Mas, enquanto eles fazem promessas, o texto continua avançando.”

Senado, desliga a motosserra

Enquanto a discussão acontecia na CCJ, seis ativistas do Greenpeace estenderam faixas em frente à entrada do Senado com a mensagem “Desligue essa motosserra”. A atividade em Brasília foi apenas a primeira de uma série que acontecem ao longo de um mês. Os voluntários passarão por Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo.

Além de palestras, quem quiser poderá ser ativista do Greenpeace por um dia pode tirar sua fotografia com nosso cartaz e enviá-lo para a página da ONG no Facebook. “O Greenpeace segue para estes Estados para que os eleitores pressionem seus representantes em Brasília a cuidarem do ambiente”, afirma Astrini.
Fonte;Greenpeace