Thursday, December 26, 2019

Reserve your seat, the Greenpeace film festival is back!

by Delphine De La Encina

Reserve your evenings and get the popcorn ready. The Greenpeace film festival is back. The 2020 edition features 15 documentaries focusing on different environmental issues such as climate, food, agriculture, overconsumption, biodiversity but also less well-known subjects such as whistleblowers and fossil energies.
The best part is all the films are free and YOU are the jury! At the end of the Festival, the People’s Choice Award will be given to the film with the most votes. So sit back, relax and decide!
Hondar 2050

Plastic debris and waste are relentlessly invading our beaches. On the Basque coastline, a lot of thought has been put into this issue, resulting in action.
Poor Chickens, Poor People

What impact do the eggs we consume daily have on economic migration in Africa? You don’t make an omelette without breaking eggs. Watch the trailer.

The Time of Forest

Like all forests in the world, French forests are also endangered. In order to forge the landscapes of the future, there are other alternatives to industrial exploitation.
Anote’s Arch

Rising waters threaten the existence of entire nations. Climate refugees on the Kiribati Islands are fighting with dignity for their survival. Watch the trailer
.
From Paris to Pittsburgh

At the four corners of the United States, the fight against climate change is also taking place -whether Trump’s government agrees or not!
Living the Change

Faced with the decline of biodiversity and overall climate change, taking action in our daily basis is not only possible but can make a change! Watch the trailer.

Agriculture turnaround

The industrial agricultural system is running out of steam. Change is possible if everyone plays their part.
The Borneo Case

Day after day, the forest in Borneo is being further destroyed. Who stands to gain from this crime? Watch the trailer.

Rewilding

This exciting film shows the possibilities of returning European landscapes back to the wild.
Frightened: the Real Price of Shipping

The consequences of our hyper-consumption society are alarming. Take a behind the scenes look ar the business of sea freight. Watch the trailer.

Amazonia: the awakening of Florestania

‘’This movie is born of the urgent question: is there nothing we can do to save the Amazon Forest?’’ Discover the Amazon forest.
Going sideways

Something’s not right in our world. In the rural area of Monts du Lyonnais, in France, we are trying to find the right way to move forward. Watch the trailer.

Sea of life

Our oceans are suffering. In this inspiring film everyone is encouraged to join the movement to preserve them
Metamorphosis

Transformation is the end of one thing and the beginning of another. It’s up to us to write our own History. Watch the trailer.

Breakpoint

Our planet is reaching a breaking point. How did we get here?
‘Out of competition’ Bonus:
Monsters and Guardians
gives the account of an Indigenous community fighting and  mobilising against the oil industry. It’s David against Goliath as seen and shot by Greenpeace in New Zealand.
All the films are available in both English and French (audio and/or subtitled).
Delphine De La Encina is the Editorial Manager at Greenpeace France

Sunday, December 22, 2019

Os bastidores da entrega do “Prêmio Exterminador do Futuro” a Ricardo Salles

por Greenpeace Brasil

“É o prêmio que o Ministro tanto merece, que se esforçou muito pra conseguir”, disse Ian no momento da entrega

Ian Coêlho entregando o “Prêmio Exterminador do Futuro” a Ricardo Salles ® Henrique Medeiros / Mídia Ninja
No dia 9 de outubro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recebeu o “Prêmio Exterminador do Futuro”, durante a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, convocada em razão do vazamento de óleo que até então tinha atingido praias de ao menos nove estados do Nordeste.
O prêmio foi entregue por Ian Coêlho, um dos participantes do movimento “Jovens pelo Clima”, de Brasília, que por meio dessa ação acabou representando o desejo de outros milhares de jovens que têm se articulado para cobrar ações práticas de governantes e empresas para frear as mudanças climáticas.
Nós entramos em contato com o Ian para saber como nasceu o “Jovens pelo Clima” em Brasília e pedimos um relato de como foi a construção desse momento da entrega do prêmio sob a sua perspectiva, que merece ser relembrado, pois as ações posteriores do ministro, que continua avançando quando o assunto é retrocesso ambiental, só fizeram reforçar o merecimento de “Exterminador do Futuro”.

Por Ian Coêlho

Meu nome é Ian Coêlho, tenho 17 anos e atualmente estou cursando o 3˚ ano do Ensino Médio. Nasci e moro em Brasília.
No início deste ano, uma amiga do colégio, chamada Nina, me contou sobre a movimentação internacional que estava acontecendo em torno de uma causa reforçada pela jovem Greta Thunberg. Nós não éramos ambientalmente militantes, mas sempre procuramos debater e pesquisar sobre política e movimentações geopolíticas internacionais.
Numa tarde de realização de um trabalho escolar, Nina sugeriu que, com o objetivo de reverberar o que estava acontecendo no mundo, fizéssemos uma manifestação em defesa do meio ambiente em frente ao Congresso Nacional em Brasília. Eu, Nina e Helena estávamos decididos que seria de fundamental importância que a capital de um dos países mais biodiversos do mundo “marcasse presença” nessa demonstração pública de indignação.
A ideia seguiu forte. Aos poucos outras amigas, Clara, Nara e Marcela, foram se juntando a essa ideia e assim nascia o projeto “Jovens pelo Clima” em Brasília, que começou com uma pequena estrutura e rapidamente foi recebendo cada vez mais jovens. Em nossa segunda manifestação, um total de 100 pessoas ocuparam o gramado em frente ao Congresso Nacional no dia 24 de maio, pedindo seriedade para com a política ambiental brasileira. Na ocasião, conseguimos chamar a atenção do poder público, pois contamos com a presença de um deputado distrital que demonstrou apoio ao projeto.
Cerca de um mês depois, no dia 28 de junho, uma roda de conversa foi feita no mesmo gramado para que pudéssemos dialogar e pontuar críticas e sugestões à política ambiental brasileira.
Com o tempo, o “Jovens pelo Clima” Brasília se estruturou melhor e estreou o segundo semestre de 2019 muito mais preparado para enfrentar tudo o que viria pela frente. Em uma das várias conversas que participamos com grupos ambientais, alguém sugeriu que criássemos um coletivo que reunisse diversas entidades para que pudéssemos fortalecer o movimento ambiental e assim fazer uma manifestação histórica em prol do meio ambiente. Após algumas reuniões, muito esforço conjunto e muito suor, no dia 18 de setembro, a Coalizão pelo Clima do Distrito Federal foi formada e o manifesto da Coalizão foi lido por mim no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Organizamos então como seria a Greve Global pelo Clima, que tinha tudo para dar certo, e deu.
No dia 20 de setembro de 2019, cerca de 2,5 mil pessoas lotaram a rodoviária do Plano Piloto, marcharam em direção ao Ministério do Meio Ambiente e desceram até o Congresso. Na marcha, tivemos a presença da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a presença do deputado Leandro Grass. Ao chegarmos no gramado do Congresso, uma roda de falas foi aberta e todos que tiveram vontade abriram seus corações e compartilharam seus pensamentos. Foi lindo.
Em meio a tantas idas e vindas à Câmara e ao Senado, conheci muitos ativistas do movimento socioambiental que fazem um trabalho fenomenal nessa área. Muitos deles encontraram em nós, jovens militantes, a esperança de um futuro. Após um desses encontros, em reuniões dentro e fora do Congresso, me foi dada a missão de fazer a entrega do prêmio de “Exterminador do Futuro” ao Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que parece mais ser um Ministro do Agronegócio…
Foram algumas semanas de preparação. O que eu quero dizer é: não foi um ato isolado e inconsequente de um estudante delirante, foi algo bem pensado para que tudo desse certo. Tínhamos o momento perfeito para agir. Por diversas vezes, revisamos a legislação brasileira para saber das possíveis sanções que poderiam me ocorrer, mas nada de substancial foi achado. Consideramos então como um ato legítimo, representado por uma pessoa com direito a ocupar aquele local de fala.
O principal objetivo desse ato era fazer uma crítica à condução da política ambiental brasileira, de forma descontraída e sarcástica. O objetivo foi alcançado com louvor, o ato repercutiu muito mais do que achávamos que repercutiria e ficamos sabendo que a notícia chegou até a União Europeia.
Confesso que em alguns momentos eu pensei em desistir, pois o nervosismo era enorme e a adrenalina estava no topo. Quando vi o boneco, minutos antes da entrega, foi uma sensação muito estranha, uma mistura intensa de ansiedade com felicidade.
Foi então que em uma pequena brecha entre a fala do presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e o início da audiência, eu me aproximei da mesa, me ajoelhei para que pudesse retirar o prêmio sem chamar muita atenção e fiz a tão merecida entrega, proferindo as seguintes palavras: “Ministro, eu queria fazer uma entrega pra você. Esse aqui é o prêmio do Exterminador do Futuro pro Ministro Salles, é o prêmio que o Ministro tanto merece, que se esforçou muito pra conseguir”.
Assim que eu coloquei o prêmio em cima da mesa, o Ministro rapidamente o escondeu. Eu acredito que foi uma tentativa de evitar que o ato fosse fotografado, mas já era tarde demais, inúmeras fotos já haviam sido tiradas.
Assim como o Ministro, os policiais legislativos federais foram rápidos e diretos e eu fui retirado de forma ríspida, mas não muito agressiva.
Quando conseguiram me tirar da mesa, me encaminharam até a saída da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Depois de ter saído, não fui repreendido e nem interrogado, fiquei no hall da entrada do Anexo 2 da Câmara conversando com alguns colegas. Quando achei oportuno, fui para a parada de ônibus ao lado do STF (Supremo Tribunal Federal), peguei meu ônibus e voltei para escola ainda a tempo de assistir a uma aula de História.
Seguranças retirando Ian após entrega do “Prêmio Exterminador do Futuro” a Ricardo Salles

A

Saturday, December 21, 2019

Rewilding

by Rex Weyler

Like many ecologists, every week I read announcements about a new “game changing” technology that promises to turn our ecological crisis around. The game rarely changes.
Knepp wildland © Charlie Burrell
Knepp wildland © Charlie Burrell
Governments and corporations cling to the belief that the world economy can grow forever, even as resources are depleted and carbon emissions keep increasing. Our population continues to expand, Earth’s forests and biodiversity decline, aquifers drain, and soils erode, leaving scientists to routinely warn
of a catastrophic threat if we do not drastically change our fundamental social systems.
What I rarely hear in popular environmental news are proposals for humanity to back off, to return regions to nature, to give up “managing” nature and allow evolution to work as it has for eons. So I was thrilled to meet Nancy Burrell this fall during the Extinction Rebellion protests in London. Nancy grew up watching an ecological miracle unfold, by giving nature a chance.
She gave me a book
, “Wilding: The Return of Nature to a British Farm,” published last year by her mother, the author and farmer, Isabella Tree . The book is the story of how Isabella and her husband, Charlie Burrell, let their 1,400 hectare farm at Knepp Castle Estate in West Sussex return to the wild. The book recounts the natural restoration of diverse habitats, including novel habitats,  that, in turn, provide conditions for a revival of biodiversity.
Isabella Tree at the gate of Knepp wildland © Charlie Burrell
Isabella Tree at the gate of Knepp wildland © Charlie Burrell
Isabella and Charlie had struggled for 17 years to make their conventional arable and dairy business profitable, but the heavy clay soils made it difficult. In the late 1990s, they invited arborist Ted Green, custodian of the ancient oaks in UK’s Windsor Great Park, to examine a 500-year-old oak tree on their farm.
What they learned from Green changed their perspective about the stewardship of land. He explained that their trees, on heavily worked land and depleted soils, had become stranded from their natural ecosystem allies. When Isabella and Charlie allowed land sections to go wild and restore soil mycorrhizae (fungi), for the benefit of oak trees, they began to learn lessons about ecology that could help humanity restore the health of the entire Earth.
The wild mess
Autumn at Knepp farm © Charlie Burrell
Autumn at Knepp estate © Charlie Burrell
Symbiotic mycorrhizal relationships support over 90% of all terrestrial plants on Earth. However, fertilizers, pesticides, and mechanical plow blades diminish or destroy these natural soil mycorrhizae. In contrast, healthy tree-grass-flower-fungi symbiosis provides habitat for worms, beetles, and micro-organisms that create healthy soils.
The human blind-spot about ecology is partially a result of our common language of commerce; based on nouns, on things. We label things as, “tree,” or “soil,” an “atmosphere,” or a “crop,” but none of these exist independently of the others.  Ecology, on the other hand, functions as a complexity of relationships, not isolated things.
A healthy oak tree in an open space will support hundreds of lichen, fungi, and invertebrate species, which in turn supply ecological services to other species. The fungi help supply nutrients and act as an early warning system for the trees, stimulating defensive enzymes in the presence of harmful chemicals. The invertebrates help cycle nutrients through soil and provide food for birds, who will, in turn help certain trees and shrubs distribute seeds.
Nancy and her parents began to watch and learn how a healthy ecosystem worked. Modern human science may not even know all of the species critical to our ecosystems, so the idea that we can engineer nature ourselves appears as human arrogance. Rewilding gives land back to the complex, diverse natural processes of evolution, and the results can be astounding.
After meeting the ecologist Franz Vera – author of Grazing Ecology and Forest History
and director of the Oostvaardersplassen nature reserve in the Netherlands – Isabella and Charlie replaced their domesticated animals with free-roaming herds of Old English longhorn cattle, Tamworth pigs, Exmoor ponies, and red and fallow deer.
Fallow deer on Knepp estate © Charlie Burrell
Fallow deer on Knepp estate © Charlie Burrell
Vera’s work had challenged the conventional picture of Europe’s early Holocene  vegetation as a closed canopy forest. Based on pollen analyses and flora ecology, Vera believes that herbivores played a significant role in creating an open wood-pasture landscape of grasslands, scrub, and solitary trees, with some closed regions of dense groves.
Isabella and her husband discovered, for example, that as the pigs graze, rootle for rhizomes, and trample vegetation, they vitalize organic matter and biota that help create various soil varieties that provide diverse habitat for microorganisms, invertebrates, small mammals, and birds.
Animal dung adds nutrients and insect habitats that accelerate soil restoration. When the entire system is organic, and when livestock numbers remain low, native flora germinate, thrive, and contribute to biodiversity. For example, at Tree and Burrell’s Knepp farm, the activity of wild mammals gave rise to patches of sallow, attracting the rare Purple Emperor butterflies, who lay their eggs on sallow leaves.
The important ecology lesson here is that animals not only live in a habitat, they create habitats. By 2016 the family had documented 62 bee species, 30 wasp species, and 441 moth species on the Knepp estate, some extremely rare or previously undocumented in the UK.  The revival of diverse butterfly and bee species enhanced pollination for plants and provided insect prey for birds, amphibians, and other species. Isabella viewed the revived ecosystem as a wild “mess,” the antithesis of a managed farm. 
Honey bee © Charlie Burrell
Honey bee © Charlie Burrell
Soil is not dirt
When animals have not been dosed with antibiotics, their manure provides habitat for microorganisms, fungi, and invertebrates. Knepp lands became a breeding ground for 19 earthworm species, who aerate, hydrate, rotavate, fertilize, and detoxify the soil. The family found, in a single cowpat, 23 species of dung beetle, one of which – the Violet Dor beetle (geotrupes mutator) – had not been seen in Sussex for 50 years. They have now documented over 600 invertebrate species occupying the site at Knepp, supporting organic decomposition and circulating nutrients.
In 2015, the UN Food and Agriculture Organization reported
that, every year, due to ploughing and intensive cropping, 25 to 40 billion tonnes of Earth’s topsoil are lost to erosion. In 2014, the UK Farmers Weekly predicted that depleted, eroded UK soils would only support about 100 future harvests. Letting land go wild, with grazing herbivores, can reverse this erosion and restore soil.
All human civilization, even the most modern, industrialized cultures, depend on soil. Furthermore, as microbiologist Dr Elaine Ingham points out
, “Soil is not dirt.” Healthy, productive soils contain about 45% of what we call “dirt,” non-organic clay, silt, and sand, and about 50% air and water. The remaining, critical 5% of healthy soil is comprised of organic, decaying organisms, microbes, fungi, and bacteria.
Soils compacted by heavy farm equipment, and depleted of soil biota by plows and pesticides, contain fewer microbes and few open pockets to hold air and water. In healthy soil, microbes create open pockets where air and water can move. Bacteria and fungi secrete thick compounds that bind soil particles together to create aggregates that help aerate and hydrate the soils. Some fungi stitch soils with thread-like hyphae, creating more pockets for water and air. This allows plant roots to penetrate deeper. Since different microbes and nutrients reside in different layers of healthy soil, this allows for healthier and more diverse flora.
Seedling in an organic field © Greenpeace / Vivek M.
Seedling in an organic field © Greenpeace / Vivek M.
Wild orchids appearing in some of the wild Knepp fields indicated that soil fungi had grown healthier and more diverse. All plants in the Orchidaceae family rely on a symbiotic relationship with mycorrhizae to obtain food and energy. Orchid seeds possess scarce energy reserves, so the plant gets most of its food from fungi rather than photosynthesis. Understanding ecology is appreciating how wild herbivores – via worms, beetles, and fungi – contribute to the flowering of an orchid.
Restoring the world
Perhaps the most important concept of wilding is leaving nature alone to do its work, but this does not preclude intelligent human intervention to kick-start the process.
By the 1930s, wolves had been eliminated from the Yellowstone Lake region of Wyoming. With the wolves gone, elk expanded and curtailed winter migrations. Large elk herds would browse on riparian willow saplings, reducing beaver colonies, who relied on willow to survive the winter. The loss of beaver reduced wetland habitats for fish and water-birds, and reduced shrub habitat for invertebrates and songbirds. The loss of wolves reduced scavenger species, such as ravens, magpies, coyotes, and grizzly bears. In 1995, when biologists reintroduced
the grey wolf, they witnessed a return of the beaver and a “trophic cascade” of biodiversity.
Certain microbes, bacteria, fungi, and plants can metabolize pollutants in soil, which led biologist, Dr. John Todd, to treat domestic sewage and to clean up contaminated soil and water with natural, biological systems
.“Landscape restoration starts with restoring ecological function,” says John Liu, an American working with the Chinese government on ecological rehabilitation projects.
According to David Montgomery, professor of Earth and space sciences at the University of Washington and author of Dirt: The Erosion of Civilizations
, “societies that don’t take care of their soil don’t last.” 
“The soil is, quite literally, what grounds us,” writes Isabella Tree. “It is the invisible foundation of all that we see emerging before our eyes; it is the great recycler, the connector, the key to life itself.”

Resources and links 
Isabella Tree, “Wilding: The Return of Nature to a British Farm,” Picador / Pan Macmillan

“World Scientists’ Warning of a Climate Emergency,” William J Ripple, et al.; BioScience
, November 5, 2019
Franciscus Vera, “Grazing Ecology and Forest History” CABI
, 2000
George Monbiot, “Feral: Searching for Enchantment on the Frontiers of Rewilding,” review, Guardian
, 2013
“Status of World’s Soil resources,” UN Food and Agriculture Organization
, 2015
Philip Case, “Only 100 harvests left in UK farm soils, scientists warn,” Farmers Weekly
, October 2014
“Sustainability and Organic Livestock Modelling,” Christian Schader, Adrian Muller and Nadia El-Hage Scialabba, UN Food and Agriculture Organization, FAO
, April 2013
“Thirty Years and Counting: Bioremediation in Its Prime?” Bioscience
, March, 2005
Richard J. Sima, “A Dirty Truth: Humans Began Accelerating Soil Erosion 4,000 Years Ago,” Eos
, 10 December 2019
“Assessing the resistance and bioremediation ability of selected bacterial and protozoan species to heavy metals,” I. Kamika and M. Momba; BioMed Central
, Microbiology, Feb. 2013
Paul Stamets, ” Helping the Ecosystem through mushroom cultivation,” Fungi Perfecti
, January 2000
John Todd: Ecological Design
 
John Lui, documentary: Green Gold

“Soil, not Dirt – Dr Elaine Ingham Talks Soil Microbiology,” Permaculture Research Institute
, 2013
“Wolf Reintroduction Changes Ecosystem in Yellowstone,” Yellowstone Park
, January 15, 2019

about the author

Rex Weyler was a director of the original Greenpeace Foundation, the editor of the organisation's first newsletter, and a co-founder of Greenpeace International in 1979. Rex's column reflects on the roots of activism, environmentalism, and Greenpeace's past, present, and future. The opinions here are his own.
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Friday, December 20, 2019

Assim como nós, a natureza quer e precisa de paz

por Asensio Rodriguez

Marcado por muitos desastres ambientais, 2019 também foi o ano em que o sentimento de ação veio à tona em muitas pessoas

Caros amigos,
Caminhamos para o final de um ano bastante difícil para o meio ambiente, e como já esperávamos, marcado por muitos desastres ambientais gravíssimos e inaceitáveis. Sofremos com a nova onda de lama que matou mais de 250 pessoas em Brumadinho (MG); com as queimadas e a alta do desmatamento na Amazônia; com o maior derramamento de óleo no litoral brasileiro; além do desmonte da já frágil estrutura governamental de proteção ambiental, motivada pela ganância humana da exploração a qualquer custo. Mas, calma, se há muito o que lamentar, há também muito para renovarmos a nossa esperança.
Em 2019, o sentimento contagiante de ação veio à tona em cada um dos momentos mais difíceis que tivemos. E foi graças às pessoas e sua solidariedade que pudemos enfrentar tais eventos. Vimos o trabalho dos grupos de voluntários em várias cidades do Brasil que prontamente se organizaram para amenizar os impactos aos afetados, seja distribuindo mantimentos, limpando praias, salvando vidas; vimos uma ampla reação internacional de indignação contra o fogo criminoso na floresta Amazônica; vimos também grandiosas mobilizações pelo Clima, lideradas pela jovem sueca Greta Thunberg, que levaram milhões de pessoas para as ruas em todo o mundo, como nunca antes se viu. Nós do Greenpeace estivemos junto a essas pessoas incríveis que agiram a favor da vida, atuando e usando nossas vozes para defender a natureza em todo a sua forma. E você foi parte disso!
Assim como todos nós, ela, a natureza, também quer – e precisa – de paz. A emergência climática é o maior sinal da urgência em agir. Por isso, meu desejo para 2020 é que nossas florestas, mares, clima possam ser mais respeitados por meio de ações concretas de proteção. Nossa existência depende de uma aliança verdadeira com o planeta, um pacto de paz, que só será alcançado por meio de uma construção coletiva.
Apenas unidos poderemos enfrentar os desafios que virão pela frente. Dependerá de nós continuarmos alertas, cobrando governos e empresas medidas e compromissos sérios, denunciando quem agride e ameaça o meio ambiente. O seu apoio para o nosso trabalho em 2020 será fundamental para isso. 
Por isso, o meu agradecimento e desejo de um Feliz Ano Novo aos nossos doadores, voluntários, colaboradores e todos aqueles que, de uma forma ou outra, tornam o Greenpeace forte e independente. Não à toa que a paz está no nosso nome. Que possamos juntos continuar a defender um mundo mais verde e pacífico para todos.
*Asensio Rodrigues é diretor executivo do Greenpeace Brasil


Nossas grandes imagens que marcaram 2019

por Victor Bravo

A atuação do Greenpeace pode se traduzir nas imagens que rodam o mundo e, mais uma vez, este ano foi repleto delas

Podemos dizer que o ano de 2019 foi, no mínimo, complexo e intenso. Além de inúmeras tragédias e crimes ambientais no Brasil e no mundo, também vimos muitas mobilizações e dezenas de ações criativas e pacíficas que realizamos com pessoas comuns ao redor do mundo, que se recusam a ser meras espectadoras da realidade. Foram desde escaladas em usinas e monumentos, passando por atos de resistência, até marchas e festivais ao lado de milhões de pessoas. Nada melhor para ilustrar tudo isso que algumas dessas grandes imagens captadas pelos nossos fotógrafos. Confira a nossa seleção:

A tragédia de Brumadinho

© Fernanda Ligabue / Greenpeace
No Brasil, começamos o ano com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), administrada pela mineradora Vale. A lama tóxica provocou a morte de mais de 250 pessoas, animais e a vegetação ao redor. Esta foto do carro dragado pela lama no rio Paraopeba rodou a imprensa mundial e foi compartilhada pelo ator Leonardo DiCaprio, expondo os impactos dessa tragédia para milhares de pessoas no mundo.

Solidariedade com a Amazônia

A famosa escultura “I amsterdam” se transformou em uma mensagem contra o desmatamento da Amazônia e de apoio aos povos indígenas. © Olivier Truyman / Greenpeace
© Olivier Truyman / Greenpeace
Em dezembro de 2018, o icônico letreiro “instagramavel” de Amsterdã, “Iamsterdam” (Eu sou Amsterdã), foi removido da Praça dos Museus, cartão-postal da cidade. Pois em junho deste ano ele voltou, só que um pouco diferente. “Se as milhões de pessoas que fotografaram a escultura anterior também espalharem a mensagem “Eu sou Amazônia” – teríamos uma gigantesca expressão mundial de solidariedade aos Guardiões da Floresta e à necessidade de protegê-la e, consequentemente, de mantermos o equilíbrio do clima no planeta”, disse, na época, Sigrid Deters, da campanha de biodiversidade do Greenpeace Holanda.

Cobrança da responsabilidade

Protest against President Bolsonaro in Jerusalem. © Greenpeace
© Greenpeace
Em abril, o presidente Jair Bolsonaro fez sua primeira visita à Jerusalém, em Israel. Ele foi recepcionado pelos nossos ativistas com um banner de 140 m² com a mensagem: “Bolsonaro, pare a destruição da Amazônia”, em frente ao hotel que ficou hospedado. O presidente também foi surpreendido enquanto estava em um restaurante. No lado de fora pelo vidro do estabelecimento, voluntários exibiram banners
com a mesma mensagem, só que dessa vez em português e hebraico.

A Amazônia para a proteção do planeta

© Mitja Kobal / Greenpeace
A cobrança ao presidente se mostrou necessária, pois com a alta das queimadas, os retrocessos na fiscalização e o incentivo à impunidade, era esperado uma explosão de desmatamento, mais precisamente em 9.762 km² devastados, um aumento de 30% em relação ao período anterior e a terceira maior alta percentual da história. As queimadas na Amazônia alertaram o mundo. Nossos ativista na Áustria fizeram esta ação acima na praça da Catedral de St. Stephens, em Viena, para chamar a atenção sobre a importância da maior floresta tropical do planeta para a regulação do clima. Sem Amazônia, não há como conter o aquecimento global.

Desolação nos incêndios da Indonésia

Orangutan Threatened by Haze in Central Kalimantan. © Jurnasyanto Sukarno / Greenpeace
© Jurnasyanto Sukarno / Greenpeace
Enquanto isso, na Indonésia, os incêndios também foram devastadores e chegaram a 328 mil hectares queimados, de acordo com o órgão responsável por gerenciar desastres no país. A fumaça atingiu o país vizinho, Singapura, fazendo com que a qualidade do ar tenha sido classificada como insalubre, mas quem sempre é mais afetado é a frágil vida selvagem. Nesta imagem acima, flagramos o orangotango bebendo água usando um saquinho de plástico, em meio ao cenário de terra arrasada na ilha de Salat, em Kalimantan Central.

Por menos lixo plástico no mundo

Giant Choking Plastic Whale at Viareggio Carnival in Italy. © Francesco Alesi / Greenpeace
© Francesco Alesi / Greenpeace
Este ano, esculturas de plástico foram criadas em várias cidades do mundo, para denunciar a poluição que vem invadindo os oceanos. Na Itália, nossos ativistas participaram do Carnaval de Viareggio, criando esta gigante baleia moribunda
, literalmente sufocada pelos resíduos plásticos que todos os anos vem causando a morte de milhares de animais marinhos.

Impactos (in)visíveis

Plastic Waste in Verde Island, Philippines. © Noel Guevara / Greenpeace
© Noel Guevara / Greenpeace
Ainda sobre plásticos, é raro vermos o impacto que causamos quando jogamos algo fora de forma inadequada. O fotógrafo Noel Guevara flagrou essa cena inusitada no mar de Verde Island Passage, nas Filipinas, que infelizmente vem se tornando mais comum. O registro do siri no copo plástico foi durante a exploração subaquática de três dias com o navio Rainbow Warrior e a imagem correu o mundo. “Esta é uma prova inegável de como a produção irresponsável de plástico descartável ameaça nosso ambiente primitivo. Se grandes empresas como a Nestlé e a Unilever não responderem aos nossos pedidos de redução na produção de plástico descartável, paraísos como Verde Island Passage serão perdidos ”, disse Abigail Aguilar, ativista do Greenpeace.

Óleo de maisena para denunciar o óleo real

Derramamento de Óleo e Desmatamento em Brasília. © Adriano Machado / Greenpeace
© Adriano Machado / Greenpeace
No dia 23 de outubro, nossos ativistas realizaram um protesto pacífico em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, usando óleo feito de amido de milho e corante natural, além de cinzas e madeira queimada, para simular tanto o derramamento no litoral brasileiro como a destruição da Amazônia, no local de trabalho do Presidente da República. O protesto cobrou maior reação e efetividade do poder público em enfrentar os problemas e cuidar dos atingidos.

“Parem de nos matar”

Indígenas formam mensagem com cerca de 3.000 luzes de LED: Justiça é uma exigência desses povos por seus direitos constitucionais de proteger suas terras e florestas.
© Leo Otero/ MNI
Na 15ª edição do ATL (Acampamento Terra Livre), a maior mobilização dos povos indígenas no país, nossos ativistas criaram uma mensagem clara e direta de JUSTIÇA, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Com 8 metros de altura e 60 metros de largura, a palavra foi formada com cerca de 3.000 luzes de LED, criando a imagem acima. Abaixo, a líder da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, representando o Brasil manchado de sangue pelos massacres cometidos contra os povos tradicionais.
© Christian Braga / MNI

Shell, limpe sua sujeira

Protests on Shell Brent Oil Platforms in the North Sea. © Marten  van Dijl / Greenpeace
© Marten van Dijl / Greenpeace
Não poderia faltar nossas clássicas ações de escalada. Ativistas do Greenpeace da Holanda, Alemanha e Dinamarca embarcaram em duas plataformas de petróleo no campo Brent, da Shell, no Mar do Norte, em um protesto pacífico contra os planos da empresa de simplesmente abandonar no Mar do Norte, como se ele fosse um grande lixão, estruturas antigas gigantes com 11 mil toneladas de petróleo. Após 24 horas de protesto e a aproximação de uma tempestade, os ativistas do Greenpeace deixaram as plataformas por segurança.

Um mergulho histórico

© Alexis Rosenfeld / Olivier Bianchimani / Greenpeace
Em agosto deste ano tivemos um grande feito para a oceanografia mundial: realizamos o primeiro mergulho humano nos Corais da Amazônia, na costa da Guiana Francesa. A descida de seis mergulhadores profissionais documentou com imagens de alta resolução a diversidade de cores e formas dos corais. Ao mesmo tempo, eles coletaram amostras biológicas para estudo. O ecossistema é formado principalmente por esponjas-do-mar, corais e rodolitos (algas calcárias). Conhecemos apenas 5% da extensão do recife de corais, mas sabemos que ali vivem ao menos 73 espécies de peixes.

Enfim, multidões pelo Clima

Global Climate Strike in Sydney. © Marcus Coblyn / Greenpeace
© Marcus Coblyn / Greenpeace
Este ano foi um marco para a causa climática. A Greve Global pelo Clima realizada em 185 países levou às ruas mais de 6 milhões de pessoas entre os dias 20 e 27 de setembro. Foram puxadas sobretudo por jovens engajados liderados pela jovem Greta Thunberg, a grande voz ativista escolhida como pessoa do ano pela revista Time. A foto acima feita em Sydney, Austrália, é apenas uma amostra de como o movimento pelo clima global está vivo e vibrante, e deve continuar em 2020 pressionando os líderes mundiais a agir com urgência para cumprir o que determina a Ciência.
Tudo o que fizemos e ainda faremos só é possível graças a pessoas como você. Obrigado por estar sempre ao nosso lado. 2020 nos aguarda, e que seja um ano de muitas ações criativas e união para lidar com os desafios que continuam.
Você pode apoiar mais este trabalho. Clique aqui
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A educação é um dos caminhos para a preservação ambiental

por Larissa Gambirazi

Em 2019, nossos voluntários e voluntárias levaram a educação ambiental para quase sete mil pessoas em todo o Brasil por meio do Projeto Escola

Neste ano, o Projeto Escola levou a educação ambiental para quase 7 mil pessoas de todas as idades. © Grupo de voluntários de Brasília
Com o Projeto Escola, posso inspirar os jovens estudantes e o público em geral a serem mais conscientes para que eles saibam de suas responsabilidades com o meio ambiente”, é assim que o aposentado Valdeci C. de Souza (62) se sente sendo palestrante do Projeto Escola do grupo de voluntários de Porto Alegre (RS). 
Valdeci C. de Souza é voluntário e palestrante do Projeto Escola desde 2012. © Valdeci C. de Souza / Greenpeace
O Projeto Escola é uma das principais frentes de trabalho do voluntariado do Greenpeace Brasil, no qual os voluntários realizam palestras em escolas, feiras, empresas, universidades e outros locais, atendendo a públicos que vão desde crianças a idosos. O projeto tem o objetivo de debater assuntos socioambientais e explicar as principais campanhas da Organização, levando conhecimento e mostrando a importância do meio ambiente para a vida na Terra.
“Eu sou completamente apaixonada pelo Projeto Escola”, diz Juliana Teixeira (32), voluntária e palestrante do grupo de São Paulo. “Com ele conseguimos alcançar muitas pessoas e utilizar o instrumento mais importante para a preservação ambiental: o conhecimento”.
Juliana Teixeira (32) é palestrante do Projeto Escola de São Paulo.
Apenas neste ano, nossos grupos realizaram 120 palestras para mais de 6.900 pessoas, tratando de assuntos como: sustentabilidade, proteção dos oceanos, poluição de plásticos, mudanças climáticas, Amazônia, energias renováveis, entre outros. O grupo de voluntários de Porto Alegre foi o que mais levou a educação ambiental para diferentes lugares, com 57 palestras e 3.263 pessoas impactadas em várias cidades da estado gaúcho. 
Segundo Valdeci, o Projeto Escola proporciona, principalmente aos jovens, um olhar mais carinhoso para o meio ambiente. “Eu acredito que esta geração é mais consciente nas questões ambientais que a minha, por exemplo. Eles estão mais interessados em discutir. O Projeto Escola tem este propósito: incutir no jovem o compromisso com a construção de um mundo mais sustentável e um lugar melhor para se viver”.
Multiplicando conhecimento e abordando a educação ambiental no cotidiano, o Projeto Escola visa inspirar jovens e adultos a fazer a diferença no mundo.
Já pensou em fazer como a Juliana e o Valdeci e levar a educação ambiental para a sua cidade? O Projeto Escola já está presente em 17 cidades em todo o Brasil e levá-lo para a sua escola, universidade e empresa é muito fácil! Acesse aqui e saiba mais.