Monday, November 30, 2015

Shell's not so beautiful relationship

Blogpost by Jess Miller

By now, not much that oil companies say or do to profit off outdated fuel sources surprises me. But even if they aren’t surprising, it is still entertaining to watch just how wrong they can get it.
Around the world, renewables are pushing fossil fuels out of the mix faster than most thought possible. And while our projections for an Energy Revolution were pretty close, we had no way of knowing how companies like Shell would react once they got nervous. One thing is for sure, in this case it is tragically funny. Have a look at Shell’s recent attempt at winning us over, called La Belle Relation (The Beautiful Relation).


Shell’s youtube description reads: "Renewable energy needs the perfect partner. See why the reliable and predictable natural gas can be one half of that beautiful relationship #makethefuture"
Fortunately, the global movement of folks saying #ShellNo is growing and includes some really talented people that recognize an opportunity for parody when they see it. Have a look at this response from some creative climate activists.




Thanks to the folks that created La Belle Solution (A Beautiful Solution) for showing us what a relationship between renewables and fossil fuels really looks like!
Jess Miller is the Managing Editor for the Americas at Greenpeace.

Governo Brasileiro diz não à farsa da compensação de carbono

Postado por therrero 

No dia 26 de novembro, o governo brasileiro emitiu o decreto número 8.576, que estabelece um grupo de trabalho responsável em definir como serão investidos os recursos provenientes de fundos climáticos globais para a redução de desmatamento e degradação de florestas.
A melhor notícia do decreto está na parte que marca o posicionamento do país. Não será mais aceito que o dinheiro para proteger nossas florestas seja usado  como moeda de troca para liberar a emissão de carbono por outros países poluentes.
“É uma notícia muito boa. O governo acertou na decisão. Esperamos que o ato tenha repercussão nas negociações de clima da COP 21 e que o governo se inspire neste decreto para ir além na proteção das florestas, declarando também o fim do desmatamento como meta no combate às mudanças climáticas”.
Para saber mais sobre o posicionamento do Greenpeace na questão de compensação de emissões por meio de florestas leia este artigo.

O que Dilma trouxe em seu discurso na COP 21 – e o que parece ter esquecido em casa

Postado por Márcio Astrini*


População pede o fim da devastação das florestas do Brasil durante a Mobilização Pelo Clima, em São Paulo. (©Zé Gabriel/Greenpeace)

A Conferência do Clima da ONU começou hoje (30/11), em Paris, já com a presença e discursos dos principais líderes de governo do mundo. Dilma Rousseff esteve entre eles.

A presidente levantou alguns pontos importantes e positivos para as negociações, que devem culminar com um acordo global para barrar as mudanças climáticas. Um por exemplo, foi o pedido para que as promessas apresentadas na capital francesa tivessem a força de leis e tragam números concretos. Dessa forma, daqui a alguns anos, poderemos cobrar que as metas prometidas virem realidade em cada nação envolvida nas negociações.

Dilma citou também que os países devem fazer uma de revisão dessas promessas a cada cinco anos. Assim, poderemos avaliar se estamos no caminho correto, tendo a chance de corrigir ou aumentar o grau de ambição das metas. Na outra ponta da linha, o governo deu a uma “derrapada na curva”. Primeiro ao enfatizar que a promessa entregue na COP é muito avançada, pois irá reduzir o desmatamento e expandir o uso de energia renováveis. Não vai. O que o governo vende como proposta para proteção das florestas, nada mais é do que a afirmação de que irá seguir a lei já vigente. E não dá para imaginar que o governo fizesse algo diferente do que cumprir a própria legislação. No setor de energias renováveis também não apresentou avanços. Se seguirmos a cartilha do que foi prometido, chegamos daqui a 15 anos com praticamente o mesmo percentual de energias renováveis que temos hoje.
Precisamos que considerar que há uma certa diferença entre o que se faz e o que se fala no governo brasileiro. A devastação da floresta amazônica, ponto central da proposta do nosso país, aumentou 16% no último ano, segundo levantamento mais recente. Enquanto a vegetação é destruída, nossos governantes ignoram o apelo de boa parte da população pelo desmatamento zero. Na área energética, o plano de investimentos anunciado para os próximos 10 anos (chamado PDE) prevê que 70% dos recursos do setor sejam direcionandos para fontes sujas, como as termelétricas. É um cenário bem diferente do que está anunciado na COP.
Além da diferença entre discurso e prática, a presidente citou que o país está oferecendo mais do que seria de sua responsabilidade. Esse tipo de discurso é ruim para as negociações. Se cada líder presente em Paris fizer apenas o que acha que é seu por dever, o mundo seguirá rumo ao aquecimento. E a vida de milhões de pessoas, principalmente as que estão em países pobres, estará em risco.
O Brasil, aliás, poderia (e deveria) fazer muito mais do que tem apresentado de promessas até agora – e isso seria bom não só para evitar as mudanças climáticas. Zerar o desmatamento de forma total (e não só o ilegal) ajudaria a estabilidade do clima e segurança hídrica de nosso país. Isso é essencial para a produção de alimentos e para a geração de riquezas. Promover verdadeiramente as energias renováveis, como a solar e a eólica, significa a economia na conta de luz de cada cidadão e, ainda, é uma enorme oportunidade de geração de emprego.
Ousar mais em nossos compromissos ambientais não é um favor que fazemos ao planeta. Significa oportunidades – e das boas – para nós mesmos. A falta de coragem do governo nos faz perder boas oportunidades, e deixa passar ao largo a chance de sermos um exemplo global a ser seguido na área ambiental.

VW responde ao Greenpeace sem se comprometer

Postado por icrepald

Demanda por compromissos concretos com a sociedade e o meio ambiente é ignorado pela multinacional


quinta-feira, 5 de novembro de 2015
 
No dia 26 de novembro, o grupo Volkswagen apresentou resposta vaga à carta que havia sido enviada pelo Greenpeace à montadora em outubro, exigindo que a empresa se retratasse sobre a  fraude em testes de emissões de seus veículos e demandado comprometimento da mesma  com a saúde da população e as mudanças climáticas. Em sua resposta ao Greenpeace, apesar de se apresentar aberta ao diálogo, a Volkswagen não ofereceu  qualquer medida concreta para compensar o danos causado pelas emissões adulteradas. Até o momento, a única medida tomada pela empresa no Brasil quanto à fraude em motores a diesel foi o anúncio de recall do veículo Amarock, que será feito apenas em 2016, sem qualquer contrapartida para a população. Porém, a fraude não afeta apenas os clientes da montadora, mas toda a sociedade, devido ao alto nível de poluição dos veículos adulterados.
São quase 12 milhões de veículos fraudados ao redor do mundo, nenhuma indenização aos consumidores no Brasil e, por enquanto, nenhum centavo pago da multa de R$ 50 milhões, aplicada pelo Ibama, ou dos mais de R$ 8 milhões de multa do Procon-SP.
É injustificável que a empresa não adote no Brasil tecnologias já existentes na Europa, e venda aqui carros com motores que emitam menos poluentes e menos CO2 como os que já existem em outros países. A empresa afirma em sua carta que o dispositivo fraudado na Amarok não prejudica o cumprimento dos limites de emissões estabelecidos pela legislação brasileira. Isso é o mesmo que justificar, em conjunto com o governo, baixas metas de emissões e de eficiência energética dos veículos e, nesse sentido, reforçar o prejuízo à saúde dos brasileiros.
Infelizmente, governo federal e montadoras caminham de mãos dadas, permitindo que os carros vendidos aqui emitam mais poluentes e mais CO2 que os de outros mercados. Isso acontece por falta de metas de limites de emissões ambiciosas e da fiscalização pouco transparente e insuficiente por parte do governo brasileiro. A COPPE/UFRJ realizou um estudo, encomendado pelo Greenpeace, que identificou dois anos de atraso nas metas de eficiência energética veicular do Programa Inovar-Auto em relação às da Europa (inseri link estudo COPPE). Além disso, estudo do ICCT de outubro de 2015 mostra que o Brasil ainda tem uma frota ineficiente se comparada com países com características similares em termos de territorialidade.
A carta enviada pelo Greenpeace deixa claras as demandas da organização por mais eficiência energética, transparência e um plano concreto rumo à eletromobilidade. Isso é o mínimo que a Volkswagen pode fazer para demonstrar compromisso com o meio ambiente e com seus consumidores, como afirma em seus comerciais.
Reiteramos nossa demanda  por carros que emitam menos CO2 e poluentes, além de uma evolução na mobilidade das cidades brasileiras. A mentira de uma grande montadora, como a Volkswagen, é mais um dos indícios de que, abandonando o transporte individual motorizado, além de lutarmos contra fraudes como esta, contribuímos para o fim de uma das armas mais potentes (e invisíveis) de destruição do planeta e da nossa própria saúde –  a qual usamos para nos locomover, mas não deixa as cidades fluírem.
Junte-se a nós e peça à Volkswagen para reduzir as emissões de todos os veículos da marca no Brasil aos níveis que a montadora utiliza na Europa. Precisamos da ajuda de todos para realizar esta grande mudança.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/vw-responde-ao-greenpeace-sem-se-comprometer/blog/54924/

  
Leia carta enviada à VW pelo Greenpeace.
Leia resposta da montadora à organização. 

Foi dada a largada na COP 21

Conferência do Clima começa nesta segunda-feira, depois de marchas pelo mundo todo pressionando os líderes presentes em Paris. Eles devem trazer para casa um acordo que evite as mudanças climáticas 
 

Em São Paulo, 2.300 foram à Avenida Paulista para mostrar apoio a um acordo ambicioso na COP 21 (Zé Gabriel/Greenpeace)

Neste domingo, (29/11) milhares de pessoas pelo mundo  foram às ruas mandar um recado: elas querem um acordo climático para evitar um aquecimento maior que 2 graus Celsius no planeta. Mais de 170 países receberam a Mobilização Mundial Pelo Clima, com 2.300 atividades. As marchas aconteceram no mesmo dia da abertura oficial da 21a  Conferência da ONU sobre o clima. Até o dia 11 de dezembro, representantes de vários países devem encerrá-la com esse acordo que garanta um futuro mais seguro para todos nós.
No primeiro dia de negociações, diversos presidentes e primeiros ministros de mais de 140 países discursaram, incluindo os líderes do Brasil, China, Estados Unidos e União Europeia. É a primeira vez na história destas conferências que eles se apresentam logo no início. E isto é um bom sinal porque pautará as negociações e o que deverá estar no acordo global desde o começo do encontro. Normalmente eles só chegam para dar a palavra final nos acordos. Ou – como ocorre na maioria das vezes – aparecem para dar a desculpa do porquê nada avançou como deveria.
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou apoiar que os acordos pelo clima sejam revistos a cada cinco anos. É uma posição positiva, pois permite atualizações das metas e ambição cada vez maior. Ao mesmo tempo, Dilma disse que não podemos deixar o planeta aquecer mais do que 2o C até o fim do século.  “Esse pensamento é um retrocesso porque estudos mostraram – e muitos governos já defendem – que nunca deveremos chegar a esses dois graus a mais. Do contrário, as consequências das mudanças climáticas serão drásticas”, diz Pedro Telles, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, que está em Paris acompanhando as negociações da COP. Para Telles, o Brasil deve voltar à posição inicial e se comprometer com a descarbonização da economia. É essa a atitude que permitirá que o planeta não ultrapasse a barreira dos 2o C.
Fora das salas de negociação e discussões, a pressão que a sociedade civil fez com as marchas mostra que é esperado acordo ambicioso da COP 21. No Brasil, a Mobilização Mundial Pelo Clima se deu em 19 cidades. Mais de mil foram à praia de Ipanema, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, 1.500 estiveram na marcha. Em São Paulo, mesmo com chuva forte, 2.300 pessoas saíram da Avenida Paulista para marchar pelo clima. Uma das pautas que estavam nas ruas brasileiras foi o fim do desmatamento de nossas florestas – hoje o principal vetor de emissão dos gases que agravam o efeito estufa.

O recado da sociedade civil foi dado: queremos o fim dos combustíveis fósseis e do desmatamento das florestas. E queremos energias renováveis junto a ações concretas por um mundo mais limpo e justo para os próximos anos. Um acordo que assegure este chamado é o dever dos mais de 40 mil participantes da COP 21. O mundo está de olho neles.

Mobilização Mundial Pelo Clima

Saturday, November 28, 2015

In 3 steps, here is what Paris can do - and what we need to do afterwards

Blogpost by Daniel Mittler

The last few weeks have seen the best and the worst in terms of climate change.
Victories which pundits told us for years were “impossible” have been coming at a breathtaking pace. Coal demand is in terminal decline worldwide, after a dramatic - if not complete - change of course in China. Oil is also in trouble, with Shell and Statoil retreating from the Alaskan Arctic, President Obama rejecting the Keystone XL pipeline and Alberta putting a cap on tar sands oil. Meanwhile, cities and companies are signing up for a 100% renewable future. Many communities hit by extreme weather are rebuilding sustainably and hundreds of thousands worldwide are building people power to push forward with climate action now - and in the future.

GP0STPCHHGreenpeace at Lowlands Festival in NetherlandsFor the last few years, Greenpeace has joined the Lowlands Festival in the Netherlands. This year, the subject is the Climate Campaign, the stand is set up in cooperation with Oxfam Novib. The message is: "LOVE THE CLIMATE > ACT ON CLIMATE CHANGE > GO TO PARIS!" Visitors can relax at the stand, get information about the campaigns, especially about the United Nation COP21 summit in Paris in December 2015.21 Aug, 2015 © JOOST RENTEMA / Greenpeace

At the same time the news is getting worse. This year will be the hottest year in recorded history. And Indonesia´s forest fires were a massive blow for climate action, emitting more than the entire United States of America - a powerful reminder of just how fast hard-won emission reductions can be jeoparized by greed. Also, despite the climate movement´s recent victories, too often polluters are still dictating policy in North and South. The energy revolution, which is now inevitable, is not going as fast as it needs to, if we’re to keep our climate safe.
The meaning of this year´s climate negotiations has been changed by the recent attacks in Paris, the host city. In response to these terrible crimes, the climate marches around the world this weekend are not just a call to action, but an expression of our shared humanity. Governments must hear this call and make the climate negotiations demonstrate that human cooperation can solve our common problems.
In order to do that, the Paris climate conference must be a starting point for faster and more decisive climate action. As Greenpeace, we have three key criteria that governments must meet:
1. Does the Paris climate agreement send a signal that the age of fossil fuels is over?
The world of energy is changing quickly. Governments in Paris must solidify the direction towards renewables that the world is already on, and state clearly that fossil fuels must be completely phased out by 2050. We need a just transition to a world run on 100% renewable energy for all; a world where workers, our health and our children win. This signal must be clear. It must not be stymied by delays. Therefore, we will ask:
2. Does the Paris climate agreement agree to soon - and continuously - improve national climate action?
We already know that the pledges governments are coming to Paris with are not good enough and will still lead to a very dangerous and destructive world (between 2.7 and 3.7 degrees warmer than in preindustrial times - the estimates vary). Governments and companies need to increase their ambition immediately after Paris. We simply cannot afford to be stuck with insufficient targets for the next 10-15 decisive years. The targets must be ramped up before the Paris agreement enters into force in 2020. And governments need to review and enhance their actions every five years after the Paris agreement comes into force in 2020.
3. Does the Paris climate agreement deliver global solidarity and ensure that polluters pay for the damage they cause?
Some impacts of climate change are with us already and we need sufficient and reliable funding and support for those affected. Greenpeace, for example, supports anchoring the “loss and damage mechanism” under the Paris Agreement, to help support the vulnerable. We expect governments to meet the growing adaptation needs. We will also continue to hold polluters accountable, as we are doing with our call on the Commission on Human Rights of the Philippines (CHR). We need the culpability of big fossil fuel companies for fuelling catastrophic climate change to be addressed.
If the three criteria above are met, we’ll take an important step towards a world in which energy is clean, cheap and accessible to all. A world where air and water will be cleaner and where global warming avoids truly hazardous temperatures.

GP0STPG1YCOP21 Quezon City MarchAround 15,000 Filipino Marchers set out a call for climate justice in behalf of vulnerable nations like the Philippines, and demand a strong, fair and ambitious global climate agreement ahead of the international UN climate talks that will start on November 30.28 Nov, 2015

But even if governments take us this one step forward in Paris, it is still only one step. We are the ones that have to keep marching to get us to where we need to go. We need to keep up the pressure in the months and years after the Paris summit. The race between renewables and climate change will only be won if we keep winning like we have been doing on Keystone, coal and the Arctic. We must continue to build our power as a climate movement worldwide in 2016. This is how we force politicians across the globe to end the fossil fuel era and deliver a decent environment for all.

Daniel Mittler is the Political Director of Greenpeace International

Fogo: terras indígenas no Maranhão voltam a sofrer ataques

De acordo com relatos locais, madeireiros estão iniciando os incêndios como forma de ameaça aos povos indígenas que tentam defender seus territórios 
 

Mapa mostra áreas protegidas do Maranhão e desmatamento (Greenpeace)

As Terras Indígenas (TI) Alto Turiaçu e Caru, ambas no estado do Maranhão, novamente viraram palco do ataque de madeireiros, que voltaram a atear fogo ao redor das aldeias. A TI Caru abriga o povo indígena Awá Guajá, recém-contatado e conhecido como um dos povos mais ameaçados do mundo. A TI Alto Turiaçu é território do povo Ka’apor que, acuado pelo ritmo incessante da devastação, desde 2013 passou a fazer o monitoramento independente de seu território devido a constantes invasões.
Segundo relatos vindos da região, a aldeia Juriti, na TI Caru, onde vivem os Awá, já foi atingida pelo fogo e não há apoio do Estado para tentar conter as chamas, que também já teriam atingido a Reserva Biológica do Gurupi. Os indígenas estão muito preocupados não só com a necessidade urgente de apagar o fogo, mas também com como vão reconstruir suas vidas após o incêndio, já que dependem da floresta para sobreviver. No momento não há uma estimativa da dimensão e do alcance do incêndio.
Toda essa região de áreas protegidas e terras indígenas reúne um dos últimos remanescentes florestais do Maranhão. “É urgente o envio de brigadistas a estes locais antes que o fogo se alastre ainda mais e os impactos aumentem de forma irreversível, como aconteceu na TI Arariboia recentemente. No Maranhão, o pouco que resta da floresta Amazônica encontra-se nessas áreas, e, para protegê-las, é necessário focar na coibição da atividade dos madeireiros ilegais, a maior ameaça a estes territórios e o primeiro passo para a destruição" afirma Marina Lacôrte, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

Incêndio na Alto Turiaçu pode ser retaliação à ação de fiscalização

No início de novembro deste ano, indígenas do povo Ka’apor estiveram em Brasília para cobrar mais uma vez do governo federal melhorias na situação de proteção de seu território. Na ocasião foi realizada uma audiência com o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais). As conversas demonstraram alguns avanços e, como resultado, o órgão realizou uma ação de fiscalização na região, sobrevoando e percorrendo a área por terra. De acordo com os Ka’apor, a ação culminou na prisão do dono de uma serraria e na apreensão e queima de equipamentos, além da aplicação de multas e fechamento de serrarias. Após a saída do Ibama, no entanto, os indígenas afirmam ter sofrido retaliação por parte dos madeireiros, que voltaram a atear fogo nos arredores das aldeias. Cinco aldeias da Terra Indígena já sofrem com o impacto do fogo.
Ações dos órgãos de fiscalização são extremamente importantes para inibir a atividade ilegal de madeira, porém a presença constante do Estado na região é essencial para coibir completamente atividades ilegais dentro das áreas protegidas.
“A solução definitiva do problema passa necessariamente por uma reforma urgente e robusta no sistema de madeira, a começar pela revisão de todos os planos de manejo, para acabar com esse ciclo vicioso de destruição”, diz Lacôrte.  “Enquanto não houver uma mudança sistêmica, áreas protegidas como a TI Alto Turiaçu e a TI Caru continuarão sob ataque por conta de seus valiosos recursos”, complementa ela. 
Desmatamento aumenta na Amazônia

A extração ilegal de madeira é o primeiro passo para a destruição da floresta. De acordo com dados oficiais divulgados no dia 26, o desmatamento voltou a subir na Amazônia Legal. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE), os 5.831 km² desmatados este ano (o equivalente a 753 mil campos de futebol) representam um aumento de 16% na taxa anual de desmatamento referente ao período de agosto de 2014 a julho de 2015.
Além de o desmatamento em grandes áreas ter voltado a ocorrer, a degradação segue como uma grande ameaça neste cenário. O sistema falho de controle de madeira, que permite fraudes no licenciamento da atividade alimenta essa degradação e o desmatamento, além de toda a violência que os acompanha.
Os alertas de degradação confirmam este fato. A degradação florestal acumulada no período de agosto de 2014 a julho de 2015 totalizou 2.186 quilômetros quadrados, o que representou um aumento de 207% em relação ao período anterior (agosto de 2013 a julho de 2014), segundo a ONG Imazon. O último boletim, de outubro de 2015, mostra que continuamos seguindo pelo mesmo caminho. O novo período acumulado, de agosto a outubro de 2015, já aponta um aumento dos alertas em relação ao mesmo período anterior. Já o governo brasileiro não publicou os dados oficiais de degradação em 2014 e segue com uma meta extremamente despretensiosa para a redução de suas emissões via desmatamento.

Friday, November 27, 2015

Desmatamento da Amazônia dispara novamente

Aumento de 16% da área desmatada, em relação ao período anterior, mostra que o Brasil precisa de metas mais ambiciosas de proteção às florestas 
 

Desmatamento recente em área embargada pelo Ibama, no Amazonas (© Greenpeace/Bruno Kelly)

O desmatamento voltou a subir na Amazônia Legal, segundo dados divulgados ontem (26) à noite pela Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Desta vez, o aumento da taxa anual de desmatamento – referente ao período agosto de 2014 à julho de 2015, foi de 5.831 km², 16 % maior que o período anterior, segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE).  O resultado pode prejudicar as metas já pouco ambiciosas do governo brasileiro para a redução do desmatamento no bioma.
A área total desmatada equivale a 753 mil campos de futebol.  Os estados do Pará e Mato Grosso foram, mais uma vez, os que mais desmataram em área total. Mas os estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso tiveram os maiores aumentos em relação ao ano anterior (54%, 41% e 40 % respectivamente). Dentre as causas apontadas pela ministra, estão a expansão da pecuária (principal causa), agricultura e corte seletivo. Outro detalhe preocupante é que o desmatamento em grandes áreas voltou a ocorrer, seguindo o mesmo padrão de quando as taxas eram altíssimas, há dez anos.

Mapa do desmatamento, com base no PRODES

O mais curioso é que os estados que concentraram os maiores aumentos, receberam recursos do Fundo Amazônia - constituído de doações internacionais – para reduzir o desmatamento. A ministra atribuiu o aumento aos estados, que apesar de receberam recursos para o controle do desmatamento não entregaram resultados. Nem ela nem os estados entendem o por quê. Mas, esse aumento já vinha sendo sinalizado ao longo do ano. O sistema de alertas de desmatamento do governo (DETER) e o sistema de alertas do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente na Amazônia) já mostravam indícios de aumento.
O aumento do desmatamento esta sempre associado a violência na floresta. A região entre o sul do Amazonas e norte de Rondônia tem sido apontada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) como uma das mais críticas na escalada na violência no campo, em decorrência principalmente da extração ilegal de madeira e do avanço da pecuária. Para piorar, uma reforma política no estado do Amazonas cortou quase metade do orçamento da Secretaria de Meio Ambiente. Infelizmente o sul do Amazonas já está incorporado ao arco do desmatamento, que avança ano a ano. E, claro, a exploração de madeira segue fora de controle, como o Greenpeace vem denunciando.


Gado criado em área embargada, com desmatamento recente, no Mato Grosso (© Greenpeace/Bruno Kelly)

“Dessa forma, o Brasil coloca em risco a conquista dos últimos anos em relação à redução do desmatamento na Amazônia. Após esforços da sociedade, e do próprio governo, o desmatamento saiu da casa dos 27 mil km², em 2004, para a faixa dos 5 mil. No entanto, o governo federal não fez muito nos últimos anos. Pouco demarcou Unidades de Conservação e Terras Indígenas, que protegem a floresta, assiste passivamente a aprovação da PEC 215, ameaçando direitos indígenas, foca seus investimentos em hidrelétricas, mesmo com estudos apontando para a inviabilidade destas obras”, afirma Cristiane Mazzetti, da Campanha Amazônia do Greenpeace.
Na próxima segunda-feira inicia-se a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP21). Líderes de diversos países estarão reunidos em Paris para decidir um novo acordo para combater o aquecimento global. A proposta do Brasil será chegar a 2030 emitindo 1,33 bilhões de toneladas de carbono equivalente. Com relação às florestas, o plano baseia-se em implementar a lei (Código Florestal), mas só daqui 15 anos, e só na Amazônia. Ou seja, o crime será tolerado por mais 15 anos, e isso infelizmente passa o recado aos desmatadores de que a farra pode continuar.


Queimada ilegal para abrir espaço para atividade agrícola, no Pará. (© Greenpeace/Lunae Parracho)

A redução das emissões brasileiras, que o governo tanto se orgulha, foi baseada na redução histórica do desmatamento, o país utiliza disso para se promover nas negociações internacionais. O aumento de 16% coloca em xeque essa imagem e mostra que o problema do desmatamento está longe de ser resolvido.
Combater as mudanças climáticas é urgente, no Brasil a Amazônia é responsável por grande parte das chuvas que irrigam o país, suas plantações agrícolas e os reservatórios de água. O que o Brasil e o mundo precisam é de Desmatamento Zero.
Está na hora do governo assumir uma nova visão de país, que não mais incorpora desmatamento em seu desenvolvimento, e é isso que a sociedade pediu ao Congresso recentemente, com a entrega do Projeto de Lei pelo Desmatamento Zero à Câmara e Senado. O projeto obteve o apoio de mais de 1,4 milhão de pessoas e busca o fim da emissão de licenças para novos desmatamentos. Além disso um setembro deste ano, um grupo de organizações lançou o manifesto “Desmatamento Zero e o futuro do Brasil”, que pede maior ambição do governo e oferece sugestões para acabar com o desmatamento em todos os biomas.
Setores importantes da economia já mostraram que é possível na prática produzir sem desmatamento, vide a Moratória da Soja e o Compromisso Público da Pecuária, compromissos de mercado que impedem a comercialização de produtos vindos do desmatamento. Tais acordos tiveram grande participação na redução das taxas de desmatamento e, graças à fraca atuação do governo, se fazem ainda mais necessários agora.
O Compromisso Público da Pecuária por exemplo, abrange 60% do que é abatido na Amazônia, mas existem 40% que ainda são produzidos sem o menor controle, muitas vezes com desmatamento e outros crimes socioambientais. É por isso que o Greenpeace lançou recentemente a campanha “Carne ao Molho Madeira – Como os supermercados estão ajudando a devastar a Amazônia com a carne que está em suas prateleiras”, para aumentar a pressão sobre os fornecedores que ainda não se comprometeram com o fim da destruição florestal, a partir da pressão das maiores redes varejistas do Brasil. Desmatamento não dá mais para engolir.
"A política a ser adotada agora deve ser nova, ousada, rumo ao fim do desmatamento. Ou seremos mais ambiciosos e inovadores daqui para frente, ou caminharemos para trás", completa Mazzetti.

Assine a petição

Thursday, November 26, 2015

Mariana? Que tragédia?

Comissão do Senado aprova projeto que acelera licenciamento ambiental apesar da destruição causada pelo rompimento de barragem de rejeitos minerais em Mariana (MG) 
 

zoom
Arraial de Paracatu de Baixo, umas das comunidades ao redor da cidade mineira de Mariana que foi devastada pela lama. Sob a camada de barro há casas inteiras soterradas.
Alguns senadores ignoram totalmente o que se passa em Mariana. Foi aprovado nesta quinta-feira (25), pela Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, projeto que acelera a liberação de licenças ambientais para grandes empreendimentos de infraestrutura. O Projeto de Lei (PL) 654/2015, do Senado Federal, é um braço da Agenda Brasil – pacote de medidas apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PP/AL), que ameaça o meio ambiente em prol da retomada do desenvolvimento econômico nacional.
A decisão acontece enquanto a tragédia de Mariana (MG), causada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, ainda está acontecendo: a lama tóxica composta por rejeitos minerais tomou todo o Rio Doce e agora chega ao Oceano Atlântico pelo Espírito Santo. Os parlamentares da Comissão Especial votaram a favor da criação de um procedimento especial e veloz (fast-track) para licenciar obras “estratégicas e de interesse nacional”.
Conforme o texto de autoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR), o Poder Executivo indicará, por decreto, obras sujeitas ao licenciamento ambiental especial. O órgão licenciador terá 60 dias para analisar o projeto e os estudos ambientais apresentados e solicitar esclarecimentos. Depois disso, terá mais 60 dias para decidir. Até mesmo as audiências públicas e consultas livres deixarão de ser obrigatórias. Com isso, o objetivo é reduzir o tempo de processo para oito meses.
“Encomendado pelo Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, o fast-track proposto pelo projeto de lei busca facilitar especialmente o que o ministro chama de ‘obras estratégicas para o País’, defende Danicley de Aguiar, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace. Segundo ele, se o projeto for aprovado, os direitos das populações afetadas por esse empreendimentos seriam ainda mais fragilizandos. Isso sem contar os impactos sobre biomas frágeis como a Amazônia.
Foram sete votos favoráveis e dois contrários. O senador Cristovam Buarque (PDT/DF) disse temer que o PL 654 fragilize ainda mais o cuidado com o meio ambiente. “Aqui abre uma porta para que, com qualquer ineficiência de um dos órgãos, o projeto seja aprovado mesmo que seja nocivo ao meio ambiente”. O senador apresentou seu voto em separado.
Para Randolfe Rodrigues (REDE/AP), o projeto torna o País ainda mais vulnerável a desastres ambientais, como o que ocorreu no início do mês em Mariana. O senador disse que o PL 654 vai na contramão da história ao criar um “rito sumário para o licenciamento ambiental”.
O Greenpeace acredita que o processo de licenciamento ambiental, se bem feito, deveria informar a população sobre a viabilidade socioambiental desses grandes projetos. Mas acontece justamente o contrário: o fast-track consolida o processo como uma mera formalidade. Assim, legitima-se decisões políticas já tomadas que interessam mais aos mesmos grupos econômicos do que ao País defende.
“A aprovação desse projeto na Comissão evidencia a força do lobby corporativo sobre o Estado brasileiro em detrimento dos interesses coletivos da sociedade. Isso abre um precedente perigoso para que outros direitos consagrados pela Constituição Federal sejam atropelados e para que tragédias como as de Mariana venham a se repetir, dada a inviabilidade técnica de se proferir um parecer conclusivo em tão curto espaço de tempo”, conclui Aguiar.
Mesmo em caráter terminativo, que não obriga o texto passar pelo Plenário do Senado, um acordo foi feito para o projeto entrasse em pauta no Plenário com regime de urgência. Em seguida vai para as comissões e para o Plenário da Câmara dos Deputados. Caso não haja mudanças no texto, resta ao Executivo sancionar ou vetar a lei.

Wednesday, November 25, 2015

4 of ExxonMobil’s greatest climate denial hits

Blogpost by Naomi Ages


Exxon has known about the dangerous reality of climate change for decades.

In the last few months, exposé after exposé has uncovered how Exxon knew about the dangerous reality of climate change before the media, politicians and just about everyone else. But instead of doing the right thing, or even just sitting on its evidence, Exxon did something much more insidious. It tried to hide the truth from all of us. 
As we approach COP21, a global meeting to address the climate crisis, let’s take a look back on four examples of how far Exxon has gone to stop climate action:

1. That time Exxon learned in 1982 that climate change would lead to environmental catastrophe

As early as 1977, Exxon’s own scientists were researching human-caused global warming. Exxon dedicated a substantial research budget to studying carbon emissions, developed sophisticated models and published its findings in peer reviewed journals. By 1982, an internal company report told Exxon management “there are some potentially catastrophic events that must be considered… Once the effects are measurable, they might not be reversible.”
So Exxon knew. But instead of acting to protect the planet, Exxon acted to protect its profits. It spent the next three decades funding and spreading climate denial. Exxon funded groups like ALEC, the Heartland Institute and the Advancement of Sound Science Coalition — all of which ran successful public climate denial campaigns. The Advancement of Sound Science got its start challenging the dangers of secondhand smoke, so climate denialism wasn’t a big stretch. And ALEC — a climate-denying front group that peddles its pro-corporate legislation to US statehouses — spread misinformation so egregious that Shell’s investors forced the oil giant to cut ties.
Now, the catastrophic events Exxon predicted are here. But Exxon continues to fund climate denialism to this day.

Hurricane Sandy aftermath in New Jersey, USA. 30 Oct, 2012 © Greenpeace / Tim Aubry

2. That time Exxon paid for a PR strategy to convince the world climate change wasn’t real

Of course, Exxon isn’t alone in funding and spreading climate denialism. In 1988, Exxon joined a group of fossil fuel companies and industry front groups organised by the American Petroleum Institute to create the Global Climate Science Communications Plan. The group spent $2 million dollars on a plan to get the average citizens and the media to “‘understand‘ (recognise) uncertainties” in climate science and for these uncertainties become part of the “‘conventional wisdom.’” That “uncertainty” set the planet back decades in terms of climate change policy — and it’s one reason people who don’t believe in science can run for president in the United States.

3. That time ExxonMobil got the US to withdraw from the Kyoto Protocol

For decades, Mobil — and then ExxonMobil — ran a weekly “advertorial” on the opinion page of the New York Times. After the 2000 election, these advertorials practically became a guidebook for the new Bush administration.
In January 2001, an Exxon advertorial called the Kyoto Protocol “unrealistic” and “economically damaging” because of its “fundamental flaws.” When President Bush gave his now-infamous June 2001 speech on climate change, he echoed Exxon — calling the policy “unrealistic”, “fatally flawed in fundamental ways” and said it would have had a “negative economic impact.”
The harm this caused to the planet is undeniable.

 Sandbagging action against Mobil in New Zealand during a global warming protest. 12 Jun, 2001 © Greenpeace / Mark Coot

4. That time Exxon called the current New York Attorney General investigation into its deception a “distraction”

 “I really don’t want this to be a distraction.” That’s ExxonMobil CEO Rex Tillerson talking about the New York Attorney General’s investigation into Exxon’s “possible climate change lies”. Then there’s Exxon flack Dick Keil, calling Senator Sheldon Whitehouse’s suggestion that Exxon be investigated for corruption “complete bullshit.”
Tillerson sounds a lot like Tony “I’d like my life back” Hayward in the midst of the BP Deepwater Horizon spill. We can all sympathise with beleaguered CEOs in the middle of a corporate PR disaster, but the Exxon investigation is more than a distraction. The Attorney General is looking into Exxon’s history of misleading statements on climate change, to investors and to the public. California and the Philippines might be next, and the public is clamouring for a federal Department of Justice investigation. Rex Tillerson and Dick Keil might be in denial, but Exxon’s woes aren’t going anywhere.

Typhoon survivors and civil society groups in the Philippines, delivered a complaint to the Commission on Human Rights of the Philippines (CHR), calling for an investigation into the responsibility of big fossil fuel companies for fueling catastrophic climate change that is resulting in human rights violations. 22 Sep, 2015 © Vincent Go / Greenpeace

The truth is that ExxonMobil and other fossil fuel companies fuelled climate debate for years knowing the harm it was causing. Join us and support an investigation into Exxon and other Big Oil companies now.
Naomi Ages is a Climate Liability Campaigner at Greenpeace USA

Could you go a year without buying new clothes?

Blogpost by Chiara Milford

The last time I bought something new to wear was July 2014: it was a pretty blue dress for my graduation. Since then, every piece of clothing that found it’s way into my closet has been bought second-hand, inherited or borrowed.
Swearing off shopping altogether might sound impressive, bordering on the self-righteous, but it’s really not. A large part of why I stopped buying new clothes was out of laziness, not just for the environmental high ground (although it does feel pretty great). You might say, “I could never do that”, but it’s much easier than it sounds!
Every purchase you make has implications far beyond your closet. Once you make that realisation it’s easy to consider never buying something new again. But of course, it’s a big leap from consideration to quitting consumerism all together, one that just isn’t possible for everyone.
Disposable fashion has made itself incredibly convenient, even addictive. But over-consumption fuels a toxic supply chain and stuffs landfill sites with impulse buys. We need to demand less from retailers, not more.
There are currently 31 items of clothing in my wardrobe, not including underwear. I am clearly not a minimalist, but I can still describe every piece of clothing that I own. Some I’ve had for years, and they’re still totally wearable, like the summer dress I bought for a picnic in 2010, or the sparkly disco shorts I’ve worn on innumerable nights out.
Fashion changes, but style doesn’t. I dare you to find me one old piece of clothing you own that couldn’t be restyled or altered to look great now. While it goes against the fast changing fashion world, it doesn’t matter; my old clothes suit me. I’ve been wearing them for so long that they’re part of who I am. 

clothes 1. Photo by Chiara Milford 
Knits – inherited, thrift shop. Shirts – boyfriend's own. Dresses – borrowed or several years old. Skirts – second-hand. Jeans – ancient. Tops – roommate's, swapped, old. Outerwear – found, flea market. Shoes – second-hand, reheeled.

Fix up and look sharp

You probably shouldn’t be taking fashion advice from me; I’ve been wearing the same jeans since I was 18.
Not all of us are lucky enough to be the same size we were years ago though. But professionally altering your jeans costs about the same as buying a brand new pair, and they can be tailored to fit you perfectly, rather than the arbitrary sizes by shopping off the rack.
My clothes are old – they show the marks of the stories they’ve lived: buttons are missing and there are irremovable stains and holes everywhere. But if Kanye West can go out in a holey t-shirt, then so can I. Or I try to fix them. Upcycling is slow-fashion’s new buzzword and it’s helping to reform the industry for the better.

clothes 2. Photo by Chiara Milford#ImKeepingThis – My favourite skirt has four holes in it. Some I've tried sewing up, the others I just let hang.

Thrift-shopping

Thanks to the rise of the hipster, vintage is growing astronomically. Historically the reserve of the older generation, second-hand shops, flea markets and thrift stores are now full of young fashionistas trying to find something cool. 
It helps that dressing like an 80-year-old seems to be back in style. The other day my friend commented that I look like “Hermione’s grandma”, which is not a bad thing when you’re wearing an oversized camel coat (€8 from Amsterdam’s Ij-Hallen flea market) and a hat you found on the floor of a bus. Style is about what makes you feel good. Look weird: you don’t need to blend in.
I’m lucky enough to live in Berlin, where there are flea markets every other day and second-hand clothing is easy to come by, but for those who don’t have the luxury of four different thrift stores in walking distance, there are lots of online communities where people trade vintage clothes.
Pros:
  • It’s cheap!
  • You’re automatically hip.
  • You get to say the sentence “Thanks! It’s vintage.” whenever someone compliments your dress.
Cons:  
  • You can’t always get what you want (but when can you ever? Disposable fashion is dictated by mass popularity, not necessarily by what’s fashionable).
  • It’s rare that you’ll find exactly what you’re looking for so don’t go along with a vision in mind. Be open to finding something totally different.
clothes 3. Photo by Chiara Milford 
#OOTD the statement summer skirt, brought to you by a second-hand store, teamed with an old pair of shoes.

SWAP team

Fashion recycles. A few years ago it was the 60s, now the 70s is seeing a revival. Current fashion trends revolve wearing exclusive, original clothes and looking a bit like your parents did when they were younger (plus iPhone). The best way to get this look is with authentic old clothes, and where better to get them than from someone who lived it?
If everyone shared their clothes with another person, we’d need to produce half as many clothes.
I have “accidentally borrowed” about a fifth of the clothes I now call mine: somehow I’ve acquired my boyfriend’s ex-girlfriend’s jumper, his sister’s black top, some of his shirts, my mum’s old scarf and a couple of hats too.
clothes 4. Photo by Chiara Milford 
Let's hope they don't ask for any of it back... #ImKeepingThis
I don’t necessarily recommend that method, but there are a bunch of social media groups and some wonderful websites dedicated to giving away and swapping your old stuff with other people.
Certain items are totally impossible to source second-hand – I draw the line at buying used underwear, but there are still options that don’t involve throw-away fashion. Set your own goals, find what’s right for you. Fashion has never been about what everyone is wearing. It’s about feeling amazing in your clothes, be they riddled with holes, six years old or a golden thrift store find.
Maybe you’ll reduce the amount of new clothes you buy, or maybe you’ll bite the bullet and vow to make everything yourself. Start small: this Black Friday, just buy nothing. 
Chiara Milford is a freelance writer living in Berlin. She tries to live an environmentally friendly existence.

“Parece que a Justiça quer que ele mate mais um de nós”

Pistoleiro condenado por assassinar o casal de extrativistas Zé Claudio e Maria fugiu da prisão, em Marabá. Em entrevista, a família denuncia ameaças 
 

O casal de extrativistas que lutava pela floresta (©Greenpeace/Felipe Milanez)

Indignação e revolta é pouco para definir o sentimento da família do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, assassinado em maio de 2011, em Nova Ipixuna, sudeste do Pará, em uma covarde emboscada. Na semana passada, Lindonjonson Silva Rocha, pistoleiro condenado em 2013 a 42 anos de prisão pelo crime, fugiu da penitenciária Mariano Antunes, em Marabá, onde cumpria pena.
O casal de extrativistas lutava contra a grilagem e o roubo de madeira no assentamento em que vivia. Os movimentos sociais de Marabá divulgaram uma nota (leia aqui) condenando a fuga e classificando-a como um escândalo. Tudo indica que Lindonjonson teve a fuga facilitada: segundo a Justiça, ele só poderia progredir para o regime semiaberto em 2028, mas, mesmo assim, recebeu autorização da direção da penitenciária para frequentar a área do semiaberto, onde estava quando conseguiu fugir.
Na entrevista a seguir, Claudelice Santos, a irmã caçula de Zé Cláudio, que todos os anos organiza um ato de resistência em memória ao casal, condenou a fuga de Lindonson e disse que a família está ameaçada:
Greenpeace - O que você sentiu quando soube da fuga?
Claudelice Santos - Para mim e para a minha família foi como uma bomba. Fiquei sabendo por uma agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra) que me mandou uma mensagem pedindo para ter calma, mas dizendo que havia a possibilidade de ele ter fugido. Isso foi mais ou menos duas horas depois que sentiram falta dele na penitenciária. Ela pediu para que eu acionasse toda a família para avisar para ter cuidado e ficarmos alertas. Logo em seguida tive que viajar e quando voltei, poucos dias depois, tive a confirmação de que ele realmente tinha fugido. Todo mundo ficou desesperado, o estado de saúde da minha mãe, diagnosticada com depressão por todo o trauma que ela passou, piorou, e nós simplesmente não sabemos o que vamos encontrar pela frente.
O sentimento é de impunidade total, de insegurança, de injustiça, muito medo. Parece que a Justiça quer que ele mate mais um de nós. Ele pode facilmente descobrir onde moramos, matar todo mundo e voltar para cadeia de novo, como se nada tivesse acontecido.


Lindonjonson, o assassino de Zé Claudio e Maria, que fugiu da prisão na semana passada (Divulgação)

Greenpeace - Como você avalia os indícios de que a fuga tenha sido facilitada?
Claudelice Santos - É preciso punir os responsáveis que permitiram isso, afinal, como ele foi para um regime semiaberto sendo que não tinha esse direito? Com esse gesto colocaram a vida de muitas pessoas em risco. Por enquanto ele deve estar se escondendo, mas assim que sentir firmeza, vai começar a agir. Enquanto isso, nós não sabemos o que fazer e nem para onde ir, ele pode estar em qualquer lugar. Nossa situação é de desespero. Eu tenho certeza de que ele vai atrás da gente, vai querer se vingar. Ele dizia isso enquanto estava preso.

Greenpeace - Além da fuga do pistoleiro, o fazendeiro José Rodrigues, acusado de ser o mandante do crime, também está solto, apesar de ter a prisão decretada desde agosto de 2014*.
Claudelice Santos - Sim, enquanto um tem um mandado de prisão e a polícia não prende, o outro fugiu. Realmente não tem o que dizer. O mandante do crime não só continua solto, como continua circulando pelo assentamento, como se fosse normal, como se ele fosse um cidadão de bem. Foi decretado que ele deve aguardar o próximo julgamento preso, mas ele está na mesma terra onde expulsou as três famílias que moravam lá, onde queimou suas casas.
A denúncia já está feita, mas não adianta, a Justiça não está nem aí, é como se estivessem esperando que morresse mais gente. A situação é crítica, de extrema delicadeza, mas para as autoridades está tudo muito bom. A polícia diz que não encontra ele, mas, desde o ano passado nós denunciamos, com a CPT, a presença dele no assentamento, e ninguém faz nada. Ora dizem que não tem efetivo, ora dizem que não têm carro. Eu já cansei de avisar. Enquanto isso ele continua livre, e agora, com a fuga do pistoleiro, mais perigoso ainda.

*Em agosto de 2014, o Tribunal de Justiça de Belém anulou a decisão do Tribunal do Júri de Marabá, que havia absolvido o fazendeiro José Rodrigues, acusado de ser o mandante do assassinato de Zé Claudio e Maria. Na ocasião, foi decretada a prisão preventiva do réu, enquanto aguardava um novo julgamento, que deve ocorrer em 2016. A família exige que o novo julgamento ocorra em Belém (PA), para que não sofra influências externas, como aconteceu no julgamento de Marabá.

Greenpeace - A partir de agora, quais providências serão tomadas?
Claudelice Santos - A única coisa que nós podemos fazer para tentar nos proteger é continuar denunciando. Precisamos denunciar: tem mais um bandido solto e perigoso na sociedade. É um risco para a sociedade inteira, não só pra gente. Um pistoleiro perigoso como esse, solto, é capaz de qualquer coisa.

Tuesday, November 24, 2015

Ibama concede licença e Belo Monte pode começar a operar

Desrespeito a direitos humanos marcou a obra cujo custo superou 33 bilhões e, mesmo assim, não atendeu parte das medidas condicionantes 
 

Obras do canteiro da hidrelétrica de Belo Monte, em março de 2015 (Greenpeace/Fábio Nascimento)

Apesar de todos os impactos socioambientais causados por Belo Monte até agora e de grande parte das condicionantes estipuladas no licenciamento não terem sido cumpridas, o Ibama concedeu, nesta terça-feira, dia 24, a licença de operação permitindo que a Norte Energia, empresa responsável pela construção da hidrelétrica, inicie o enchimento do reservatório da usina.
Em Brasília, um grupo de cerca de 70 índios do Xingu protestou contra a decisão do Ibama, durante a coletiva de imprensa com a presidente do órgão, Marilene Ramos, organizada para anunciar a licença.
“Belo Monte não tem e nem nunca teve viabilidade ambiental. A Licença de Operação agora concedida apenas coroa um processo de licenciamento questionável, baseado na pressão do setor elétrico para que o projeto seja realizado a qualquer custo. Infelizmente esse fato evidencia que o licenciamento ambiental hoje no Brasil funciona como um jogo de cartas marcadas para viabilizar uma decisão política já tomada previamente, que subestima o gigantismo dos impactos socioambientais causados na região”, afirma Danicley de Aguiar, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
Em junho, um levantamento batizado de “Dossiê Belo Monte – Não há condições para a Licença de Operação”, publicado pelo Instituto Socioambiental (ISA) apontou sérias consequências resultantes do não cumprimento de grande parte das condicionantes. Entre os principais impactos estão o aumento da exploração ilegal de madeira, a inviabilização do modo de vida ribeirinho e indígena, a destruição da atividade pesqueira da região e um atropelado do processo de reassentamento compulsório de populações urbanas e rurais.

Está mais fácil para cada brasileiro gerar sua própria energia elétrica

A Aneel aprovou a revisão da resolução 482/2012, que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia. Entre as mudanças está o estabelecimento de novas formas de geração distribuída 
 

Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário, em Vila Isabel (RJ) (©Otávio Almeida/Greenpeace

O dia começou cedo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que votou hoje (24/11) as mudanças nas regras de micro e minigeração de energia no país. A discussão levou mais de três horas e contou com a participação de representantes da indústria, do comércio, ONGs e de distribuidoras. Ao todo, 17 sustentações orais foram feitas por esses atores.
Entre as sugestões de mudanças feitas pelas Aneel, uma foi duramente criticada por quase todos os presentes: a redução na compensação de energia nos casos em que o sistema de geração está instalado em local diferente de onde há consumo. É o caso de prédios sem área livre que comporte um sistema, ou de um morador de apartamento e queira instalar o sistema em sua casa da praia.

Nessa hipótese, a geração não produziria uma compensação total na conta de luz. E isso reduziria entre 30% e 80% os ganhos do cidadão que aproveita a luz do sol para ter eletricidade. Na prática, isso impossibilitaria mais de 40 milhões de brasileiros – que hoje vivem em prédios, onde não há área útil o suficiente para instalar um sistema – de terem acesso à microgeração. Entenda mais aqui.
Esse ponto acabou sendo rejeitado por completo pela diretoria da Aneel ao fim da reunião. “Isso mostra que a agência, de fato, ouviu a sociedade civil, que não apoiava a mudança. A resolução aprovada não só incentivará a geração distribuída no país, como também permitirá que mais brasileiros se valham dos benefícios de gerar sua própria energia”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A resolução validada oferece uma série de benefícios aos brasileiros. Entre os principais pontos alterados está a permissão para que moradores de um mesmo condomínio se organizem e instalem um sistema de energia solar, de forma a abater parte da conta de luz de suas residências. O mesmo vale para um grupo de pessoas que more em uma área próxima e queira aproveitar a luz do sol em painéis compartilhados. Antes, para ter compensações na conta de luz de sua casa, era preciso ter um painel instalado em seu próprio telhado.

O prazo de validade dos créditos gerados na micro e minigeração foi expandido de 36 para 60 meses, garantindo o benefício por mais tempo. A redução de prazos recaiu sobre as distribuidoras que tinham 82 dias, mas agora terão apenas 34 dias para conectar sistemas de microgeração (até 75kWp) na rede elétrica.

Com essas alterações, a Aneel prevê que o país chegue a 1,2 milhão de sistemas conectados à rede elétrica até 2024. “Desde 2014 o Greenpeace defende junto ao governo brasileiro a adoção da meta de 1 milhão de telhados solares no país até 2020. Agora, parece que estamos realmente no caminho correto para chegar lá”, concluiu Rubim.
De acordo com dados do próprio governo, se todo o potencial dos telhados de todas as casas brasileiras fosse aproveitado, geraríamos eletricidade suficiente para abastecer 2,3 vezes o consumo do setor residencial.
A resolução aprovada traz novos ares para a micro e minigeração no Brasil! Temos, então, que continuar seguindo rumo um Brasil com mais energia renovável para todos nós.

Conheça as três entidades finalistas do Solariza e vote na sua preferida

Postado por Thais Herrero


A entidade com mais votos irá ganhar do Greenpeace a instalação de um painel fotovoltaico e sua instalação. Isso irá ajuda-las a diminuir a conta de energia
Promessa é dívida.Quando lançamos o jogo Solariza, nós do Greenpeace Brasil nos comprometemos a doar um sistema fotovoltaico – e sua instalação – a uma entidade beneficente caso chegássemos à meta coletiva de instalar placas solares em 6 milhões de casas no mapa virtual do jogo. Esse número representa a geração de energia suficiente para desligar duas poluentes usinas termelétricas e as nucleares Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro.
Depois de bater a meta, abrimos as inscrições para as entidades interessadas em ganhar o sistema de energia solar. Para nossa surpresa e felicidade, tivemos cerca de 200 inscritos querendo aproveitar o sol para gerar eletricidade! As três finalistas foram escolhidas com base em critérios técnicos (viabilidade da instalação das placas nos telhados), por relevância do seu trabalho e impacto na comunidade onde estão inseridas.

A próxima etapa depende novamente dos internautas, colaboradores do Greenpeace, jogadores do Solariza e vocês que desejam disseminar as vantagens da energia vinda da luz do sol por todo o país. A entidade vencedora será escolhida por votação popular, aberta até as 12h do dia 7 de dezembro. A seguir, conheça um pouco do trabalho de cada uma delas e vote!


Idosos do Abrigo Paulo de Tarso comemoram a festa junina

 Abrigo Paulo Tarso: Desde que foi fundado, há 62 anos, o abrigo recebe os idosos que estão abandonados e vivem nas ruas de Nazaré (BA) e municípios vizinhos. Hoje são 39 idosos atendidos, que contam com quartos, enfermaria e farmácia, espaço para fazer fisioterapia e área de lazer. Alguns deles têm familiares próximos que prestam alguma ajuda e fazem visitas. Outros são sozinhos ou têm laços rompidos. Então, o abrigo se preocupa com suas histórias de vida, identidades e vínculos comunitários e promove eventos culturais, datas festivas e visitação de escolas com crianças e jovens. Isso permite a socialização e o contato com outras gerações. Para ajudar com os custos de manutenção do abrigo, eles contam periodicamente com bazares e doações. E recentemente, passaram a cultivar uma horta com alguns alimentos, como forma de manter uma maior autonomia.
Crianças durante aula na Associação Amarati

Associação de Educação Terapêutica Amarati: Prestar tratamento às pessoas com lesões neurológicas ou com necessidades especiais, de todas as idades, é o trabalho da entidade. Isso inclui desde a assistência médica, odontológica e psicológica aos atendidos e seus familiares, quanto o apoio educacional e profissional. A Amarati promove a educação adaptada, permitindo que todos desenvolvam suas capacidades e habilidades, e dá oficinas com foco na inserção no mercado de trabalho. Atualmente, o número de atendidos é 250, mas outros 39 estão em avaliação para em breve se juntar ao time. A sede fica em Jundiaí (SP) e tem 33 anos de atuação.
Ex-moradores de rua recebem cuidados na Casa Santa Gemma

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/conhea-as-trs-entidades-finalistas-do-solariz/blog/54865/

PEC 215 incomoda MPF, que promove audiência pública

A ser realizada na próxima quinta-feira, evento contará com a presença de lideranças indígenas, deputados, senadores, juízes e representantes do Governo

 
Não só os indígenas e as organizações de direitos humanos se preocupam com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 pela Câmara dos Deputados. O Ministério Público Federal (MPF) já se manifestou contrário à iniciativa que visa transferir o poder de demarcar Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação do Poder Executivo ao Poder Legislativo, o Congresso Nacional. Segundo nota emitida , a transferência da prerrogativa da demarcação de terras entre os poderes do Estado fere cláusula pétrea da Constituição Federal.
Para ampliar o debate, o MPF promove nessa quinta-feira (26) uma Audiência Pública com o tema PEC 215: demarcação de terras indígenas, que contará com a presença de lideranças indígenas, representantes do poder Legislativo, órgãos governamentais e entidades que atuam em defesa dos direitos dos povos tradicionais e da sociedade civil.
O evento acontece no prédio da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, às 14 horas. A entrada é livre e não é necessário fazer inscrição, mas vale a pena conferir o evento criado pelo MPF no Facebook. Para quem não estiver na cidade, é possível acompanhar a transmissão online feita pela TV MPF.
No fim de outubro, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a PEC 215 aprovou o projeto por unanimidade, uma vez que parlamentares contra a proposta se retiraram da sessão. Leia mais aqui.



Grupo de Voluntários de Porto Alegre mostram porque Juntos Somos Mais

Postado por Heloísa Mota



O Grupo de Voluntários de Porto Alegre, pelo segundo ano consecutivo, participou do Dia Mundial de Limpeza de Praias junto com diversos parceiros. Em 2014 e 2015, participaram da Limpeza de Praias em Torres, e em Novembro de 2015, visitaram Imbé para realizar uma ação pela primeira vez. Uniram suas causas por um mundo melhor e pela preservação do meio ambiente, e mostraram, mais uma vez, porque trabalhar junto vale a pena.
Abaixo, leiam o relato inspirador da voluntária Márcia Natasha Brodt sobre a ação realizada em Imbé. 
Na manhã de 14.11.2015, último sábado, o Grupo de Voluntários Greenpeace Porto Alegre participou da ação de limpeza de praias no município de Imbé/RS. O evento foi organizado por Cleverton da Silva, tendo a colaboração da Associação de Surf de Mariluz (ASM), Prefeitura Municipal de Imbé e outras instituições. Contou também com a presença de crianças e adolescentes do Grupo Escoteiro Praia de Imbé. O grande grupo foi dividido em dois, saindo dos limites externos da praia as 09h a fim de se encontrarem pontualmente ao 12h na praia de Mariluz. Foram formadas patrulhas pelos escoteiros, com a inserção de voluntários, para efetuarem todos juntos a coleta do lixo na beira da praia.
 Assim que os voluntários do Greenpeace de Porto Alegre chegaram ao município de Imbé, foram direto ao encontro dos outros participantes para já darem início aos trabalhos. Foi feita uma pequena apresentação e uma vibrante recepção aos nossos voluntários pelos queridos escoteiros da cidade e organizadores do evento. Formadas as patrulhas, passadas as coordenadas, os participantes ansiosos colocaram em fim a mão na massa, ou melhor, no lixo.
No começo da manhã saíram todos agrupados em constante comunicação e êxtase pela enfim realização do evento, que a princípio estava marcada para ocorrer no dia 19/09/2015, mas que foi adiado devido ao mal tempo e as tantas mudanças climáticas que vem ocorrendo no nosso planeta. A colaboração das crianças e adolescentes do Grupo de Escoteiros, que apenas há dois meses iniciaram suas atividades, comoveu a todos os participantes e pessoas que estavam passeando pela praia e não sabiam da ação. Além da admiração dessas pessoas pelo grupo, algumas até mesmo pararam suas atividades de lazer e participaram conosco da limpeza, mostrando a força do impacto da conscientização em ações locais como essa.
 O bonito grupo de crianças e adolescentes que representa o futuro não deixou a desejar e fez a sua parte. Incansáveis, caminharam a longa extensão da praia de Imbé com um entusiasmo impressionante. Parando a cada pequena duna e recolhendo grande quantidade de lixo do local. Houve uma atenção especial na catalogação do lixo recolhido pelos mesmos e, a cada novo e inesperado material encontrado, era possível ver que eles estavam de fato comprometidos com sua missão de identificar os resíduos sólidos. 
A organização não deixou faltar nem um tipo de suporte para os participantes; a todo o momento três carros e um caminhão faziam pequenas rondas perto das patrulhas, para que as mesmas fossem abastecidas com água, luvas, sacos de lixos vazios e também, serem recolhidos os sacos de lixos cheios para que ninguém precisasse fazer muita força carregando a enorme quantidade de resíduos encontrada. 
A ação de sábado abriu horizontes para todos os envolvidos. Nesse evento, novos participantes do Greenwire das cidades do litoral norte gaúcho estavam presentes, acrescentando e somando forças ao Grupo Greenpeace de Porto Alegre. Novos voluntários que inclusive formarão futuramente o primeiro grupo de voluntários do litoral gaúcho!
Essa ação não só embelezou ainda mais o litoral norte rio-grandense retirando a sujeira do local, como também nos mostrou a importância da realização de eventos mais perto da realidade da comunidade local. 
As crianças e os moradores ficaram impressionados com a presença do Greenpeace e nos trataram como heróis, quando para nós, os heróis são eles. É difícil ressaltar somente um ponto de importância dessa ação, quando cada movimento foi fundamental e primordial. A conscientização que passa do adulto para a criança e da criança para o próximo adulto, nos mostra o ponto chave de conexão e criação de pontes do presente para o futuro das novas gerações. 
Os moradores da cidade também se sentiram motivados e influenciados para desencadearem novas ações como essa, cada vez mais participativa, para que a conscientização da preservação do litoral e da natureza seja um trabalho de todos e em todo ano. Embora aja uma falta de infraestrutura na cidade, é possível criar uma perspectiva inovadora e esperançosa, porque quando realizações como essa são concretizadas a partir de um sonho, não há mais nada que possa impedir a luta pacífica e constante por um amanhã melhor para todos.
No sábado fomos grandes, heróis, sonhadores, estudantes, professores, surfistas, voluntários, escoteiros, crianças, cidadãos, amantes e protetores da natureza. Nós nos servimos da beleza natural e tentamos recompensá-la, limpando o que nós mesmos sujamos. Reconhecendo nossas falhas somos humildes e corajosos e temos certeza absoluta que com essa ação nos tornamos mais fortes e convictos da importância da união. Afinal, cada vez mais somos um, o planeta Terra!
 
Para ver o texto original e mais imagens, clique aqui!
Para ver o texto sobre a Limpeza de Praia em Torres, clique aqui