Friday, July 31, 2015

Mais fogo e menos água

Estudos apontam que as temporadas de queimada na Amazônia devem aumentar nos próximos anos e entre as causas estão a degradação e o desmatamento florestal
 
Queimada para limpeza do pasto, em São Félix do Xingu, no Pará (© Greenpeace/Daniel Beltrá)


O período de seca mal começou no Norte do Brasil, mas as queimadas já pintam de vermelho a cobertura verde da floresta. Os incêndios, tão comuns de agosto a setembro, estão começando mais cedo e, de acordo com duas pesquisas lançadas este mês, a explicação pode estar no desmatamento e a tendência é que tenhamos cada vez mais dias com fogo e menos dias com chuva.
Segundo o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (INPE), de janeiro a 29 de julho deste ano o número de focos de incêndio cresceu em cinco, dos oito estados que compõem o bioma Amazônia, chegando a até 70% de aumento, no Acre e em Rondônia, na comparação com o mesmo período de 2014. Nas últimas 48 horas a  Amazônia concentrou 39,3% dos focos de incêndios identificados por satélite.
Segundo o estudo “Climate-induced variations in global wildfire danger from 1979 to 2013” (Variações induzidas pelo clima no risco de incêndios florestais), publicado no periódico Nature, as mudanças climáticas estão alterando os padrões globais de queimadas e devem gerar um aumento na “temporada de incêndios” nas próximas décadas. O estudo aponta também que, de 1979 a 2013, o período anual de queimadas ficou 18,7% maior .
“O aumento da temporada de fogo e das áreas afetadas por queimadas foi verificado em todos os continentes, exceto Austrália. Florestas tropicais e subtropicais, campos e savanas da América do Sul têm experimentado enormes mudanças meteorológicas e temporadas de fogo mais longas, com um aumento médio de 33 dias ao longo dos últimos 35 anos”, revela a pesquisa.
“Esses dados são preocupantes. Vale lembrar que as queimadas ainda respondem por boa parte dos gases do efeito estufa emitidos pelo Brasil, o que agrava ainda mais as mudanças climáticas”, explica Rômulo Batista, da Campanha da Amazônia do Greenpeace. “É um círculo vicioso: as queimadas deixam o clima mais seco, o que provoca mais queimadas. Esta é uma relação perigosa, que deve ser evitada a todo o custo”, completa Batista.

Queimada gigantesca registrada dentro do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso (© Paulo Pereira
 /Greenpeace)
 
De acordo com o artigo, a seca enfrentada na Amazônia em 2005 trouxe um longo período propício ao fogo, “levando a um aumento dramático na atividade com uso de queimadas em toda a bacia”.
Para os pesquisadores de outro estudo recente - “Landscape fragmentation, severe drought, and the new Amazon forest fire regime” (Fragmentação de paisagem, secas severas, e o regime de fogo na Amazônia), fruto de uma parceria entre as universidades de Stanford e da Flórida com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), os incêndios florestais estão cada vez mais longos e comuns na região devido a “mudanças fundamentais no clima e na paisagem”.
“O desmatamento influencia os regimes de fogo da Amazônia, pois resulta no aumento de fontes de ignição, aumento do comprimentos de borda da floresta , e alterações de climas regionais”, esclarece o estudo. Ou seja, o desmatamento e a degradação deixam as florestas mais expostas e vulneráveis à queimadas.Segundo a pesquisa, ao longo de um período de 24 anos (de 1983-2007) 44% das florestas degradadas e 46% florestas de transição queimaram, contra  15%  das florestas primárias, muito mais densas e protegidas.
“Os efeitos combinados de um futuro climático mais seco, com mais fontes de ignição em paisagens cada vez mais fragmentados, pode diminuir a resistência ao fogo até nas densas florestas verdes”, alerta o estudo.
“As Florestas Primárias ou mata virgem, como são chamadas aqui na região, são muito mais densas e úmidas, constituindo uma barreira para o fogo. Além disso é nela que se concentram a biodiversidade e o carbono estocado na Amazônia, além de retirar da atmosfera mais de 2 toneladas de carbono por hectare  todo ano. Ao preservá-las evitamos e mitagamos as mudanças climáticas e garantimos a sobrevivência de milhões de espécies únicas” afirma Batista.
Ambos os estudos chamam atenção para o alarmante aumento na emissão de gases do efeito estufa que este “alongamento” na temporada de queimadas pode representar. “O aumento dos incêndios de larga escala em florestas degradadas pode aumentar as emissões de carbono para as taxas de três ou quatro vezes as emissões anuais de desmatamento de alguns tipos de floresta”.
O Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento. Mas ainda não é o suficiente. Esta destruição está fragilizando nossas florestas e os serviços ambientais que elas nos prestam. Está na hora de o país reassumir o papel de vanguarda ambiental, a que está destinado, e apresentar metas realmente ambiciosas em relação ao combate às mudanças climáticas e a perda florestal, assumindo um compromisso com o Desmatamento Zero no Brasil.
Faça parte do movimento pelo fim do desmatamento de nossas florestas. Assine em apoio ao projeto de lei pelo Desmatamento Zero e ajude a levar esta demanda ao Congresso Nacional.

Greenpeace responde alegações de associação madeireira do Pará

Em comunicado, Greenpeace responde nota feita pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira (Aimex) do Estado do Pará a respeito de relatório que expõe madeira ilegal

 
Extração de madeira na Agropecuária Santa Efigênia, no Pará ( © Greenpeace/Fábio Nascimento)

A mais recente publicação do Greenpeace sobre a extração ilegal de madeira na Amazônia brasileira, o relatório A Crise Silenciosa da Amazônia – Licença para lavar: garantida, publicado em junho de 2015, mostrou novamente  graves fraudes no sistema de controle madeireiro no país, que permitem que a madeira ilegal seja comercializada com papéis oficiais.
O relatório trouxe o caso do plano de manejo da Agropecuária Santa Efigênia, localizado no município paraense de Uruará, que superestimou consideravelmente a quantidade da espécie Ipê no inventário florestal da área com o objetivo de gerar créditos excedentes para esquentar madeira ilegal.
No início de julho de 2015, a Aimex (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará), enviou uma nota a uma série de associações comerciais da Europa contestando o relatório que expunha as falhas no sistema de controle madeireiro no país. Em resposta, o Greenpeace elaborou um comunicado comentando as alegações da Aimex. Além de conter informações incorretas, em nenhum dos pontos a nota da Associação foi capaz de contestar os fatos apresentados no relatório do Greenpeace (veja aqui).
A documentação oficial do Brasil não garante, de maneira alguma, a origem legal da madeira negociada e é inaceitável que a indústria madeireira continue operando com níveis altíssimos de ilegalidade.
A questão da madeira ilegal na Amazônia brasileira é grave e tanto o governo quanto a indústria têm o dever de combate-la. Convidamos a AIMEX a também fazer parte da solução e a fazer o possível para ajudar a limpar um setor que está fora de controle e plenamente contaminado por madeira ilegal – em vez de sair em defesa de comportamentos criminosos.
Veja aqui o comunicado completo do Greenpeace.

Navio passa após ativistas resistirem por 40 horas

Depois de intervenção da polícia e sob vaias da população local, o quebra-gelo Fennica atravessou a ponte que ficou bloqueada por quase dois dias pelos ativistas do GP EUA

 
 Fennica, navio contratado da Shell, passa pela ponte perto de ativistas (© Tim Aubry / Greenpeace)

Os 26 ativistas do Greenpeace EUA, que durante 40 horas formaram um bloqueio para que o navio da Shell não seguisse para o Ártico, desceram da ponte St. John, em Portland, na qual estavam pendurados.
Na manhã de ontem, depois do dramático impasse transmitido ao vivo pela TV local, os ativistas fizeram com que o quebra-gelo Fennica desse meia-volta e retornasse ao porto.
A diretora executiva do Greenpeace EUA, Annie Leonnard, disse que a ação é motivo de muito orgulho. “Os últimos dois dias foram uma experiência única para o Greenpeace e também para todas as pessoas que apoiam essa causa. Mostramos que quando estamos unidos, podemos encarar até as empresas mais poderosas do mundo”, comentou Leonard. Ela também ressaltou que além de fazer o navio da Shell dar meia volta, o protesto atraiu atenção mundial. “Explorar petróleo no Oceano Ártico é um erro terrível. O presidente Obama precisa se juntar às milhões de pessoas que levantam suas vozes em uníssono para dizer: Shell, Não”.
 
Agora o Fennica segue rumo ao Ártico para se juntar à frota da Shell (© Steve Dipaola/Greenpeace)

Durante a tarde de ontem, a juíza federal do Alasca, Sharon Gleason, ordenou que o Greenpeace removesse os seus ativistas da ponte ou então a organização teria de pagar uma série de multas, que começavam em US$ 2.500 por hora no primeiro dia e subiam para até US$ 10.000 por cada hora nos próximos dias. Os ativistas ficaram suspensos por várias horas depois da decisão, até que foram removidos da ponte pelas autoridades.
A Shell já tentou explorar no Ártico em anos anteriores, mas sem sucesso pelas dificuldades climáticas e geológicas da região. E desde que sua frota voltou a se mover em direção ao norte, um amplo movimento surgiu nos EUA e se estendeu até o Alasca. Em junho, os ativistas em caiaques formaram um bloqueio em torno da plataforma Polar Pioneer, que na ocasião deixava Seattle em direção ao Ártico.
Sem moral
Em maio deste ano, o governo Obama aprovou o plano da Shell de explorar petróleo no Mar de Chukchi, no Oceano Ártico, território do Alasca que pertence à região ártica. Desde então, as duas plataformas de petróleo da Shell falharam em inspeções de rotina.
O Fennica é um dos dois navios quebra-gelo que pertencem à frota da petrolífera, que são equipados para ajudar a conter vazamentos – e sua presença na área de exploração é obrigatória por lei. Enquanto o último navio da Shell não chega, a exploração só pode ser feita centenas de metros acima do petróleo que a Shell deseja extrair.
No entanto, segundo estudos geológicos do próprio governo norte americano, existe uma chance de 75% de vazamento nas águas geladas do Oceano Ártico.
Outra importante embarcação da Shell, a plataforma Noble Discoverer, é uma das mais antigas do mundo. Em dezembro de 2014, a empresa terceirizada da Shell para operar no Ártico foi acusada e condenada por oito crimes relacionados com as tentativas anteriores de explorar petróleo na região, em 2012. Não à toa, os navios da Shell estão sendo vaiados em cada nova partida ao Oceano Ártico.
Vídeo do navio atravessando a ponte: http://migre.me/qZxi4 (aos 05 minutos e 50 segundos em diante é possível ouvir as vaias)

Thursday, July 30, 2015

A Lava Jato vai limpar a nossa matriz energética?

Operação da PF expôs o elo entre energia insustentável e corrupção no Brasil; um efeito colateral poderá ser um impulso às renováveis
*artigo de Ricardo Baitelo e Carlos Rittl publicado no Blog do Planeta
Quando o governo federal anunciou a decisão de construir duas mega-hidrelétricas no rio Madeira, mesmo após um parecer contrário do Ibama, ambientalistas e técnicos do setor chiaram. As usinas eram obviamente problemáticas do ponto de vista ambiental: previa-se que causariam alagamentos, problemas à pesca e pressão sobre a floresta e os serviços públicos em Porto Velho (tudo isso está acontecendo hoje). O governo foi adiante: atropelou o Ibama, grudou nos ambientalistas o rótulo de inimigos do Brasil e licenciou Santo Antônio e Jirau.

Começava ali um roteiro que seria seguido depois em Belo Monte e agora no complexo de usinas do Tapajós: atropelos a salvaguardas socioambientais e fartos subsídios a empreendimentos caros, de alto risco e baixa viabilidade econômica. São investimentos que aumentam a fragilidade do sistema elétrico brasileiro ao colocar a geração a milhares de quilômetros dos centros de consumo e, como mostraram estudos recentes da Secretaria de Assuntos Estratégicos da própria Presidência, ainda nos deixam em risco de desabastecimento por causa das mudanças do clima. A ministra de Minas e Energia responsável por implementar esse modelo, na administração Lula, atendia pelo nome de Dilma Vana Rousseff.

A opção por hidrelétricas faraônicas fazia ainda menos sentido quando se olhava o que estava acontecendo no panorama energético lá fora. A energia solar entrava numa espiral descendente de preços, com o avanço de uma revolução chamada geração distribuída: cada família poderia produzir parte da eletricidade que consome ao instalar painéis solares em casa – energia segura e sustentável. Durante anos o governo federal torceu o nariz para a energia solar, alegando que essa fonte era cara demais. Só não explicava por que subsidiar solar não podia, mas tudo bem empatar R$ 30 bilhões para barrar o rio Xingu.

Uma das maiores razões para essa fixação em grandes obras começou a ser escancarada pela Polícia Federal e o Ministério Público: corrupção. A Operação Lava Jato, que já havia levantado indícios fortes de pagamento de propinas em Belo Monte, começou nesta semana a vasculhar mais a fundo o setor elétrico. Na última terça-feira, foi preso o diretor licenciado da Eletronuclear. A “holding” Eletrobras está agora na mira dos investigadores.

Há muito tempo se especula sobre o elo entre energia insustentável e corrupção: partidos políticos fatiam entre si os cargos-chave no setor. Os operadores de cada partido elegem as obras prioritárias e distribuem sua execução entre as empreiteiras do “clube”. Estas superfaturam os preços e, em troca, irrigam o caixa dos partidos e o bolso pessoal dos operadores partidários nos órgãos públicos. Como requinte de crueldade, ainda recebem crédito subsidiado do BNDES para isso, numa operação cujas dimensões o governo relutou em revelar. Quanto maior a obra, quanto mais pedra, cimento e terra escavada, mais gorda é a propina. A conta sobra para a população, que paga três vezes: pelo sobrepreço, pelo subsídio e pelo passivo ambiental.
O conluio entre agentes públicos e empreiteiras era algo de que apenas se suspeitava, até a Lava Jato puxar o fio da meada de outra produtora de energia suja e intensiva em capital – a Petrobras – e botar na cadeia os presidentes das maiores construtoras do país. O mergulho ora iniciado no setor elétrico tem tudo para não deixar tijolo sobre tijolo.

Um efeito colateral das investigações poderá ser um impulso às energias renováveis que operem de forma mais descentralizada. Com a ligação entre construtoras e agentes públicos exposta, o governo pode se sentir inibido em seguir tocando a mesma música. É uma oportunidade para uma ação mais séria em geração solar distribuída (contam-se em poucas centenas as residências no Brasil que têm painéis solares e trocam energia com a rede).

O governo dá sinais de que pressentiu o golpe. O próprio discurso de Dilma sobre renováveis mudou: em 2012, ela chamava a energia solar de “fantasia”; no mês passado, adotou uma meta de expansão de eletricidade renovável para 20% da matriz em 2030. Mesmo que a meta não seja nada ambiciosa - poderíamos chegar a pelo menos 40% - o fato de a presidente falar hoje em investir em energia solar é, sim, novidade.

No mês que vem, o Ministério de Minas e Energia realiza um leilão de energia solar fotovoltaica. Um segundo está marcado para novembro, e só o ritmo atual de contratação já superaria a meta pífia de 3,5 gigawatts instalados projetada pelo governo para 2023. Alguns Estados já começam a rever sua política de tributação para energia solar.

Nunca se deve duvidar da capacidade do sistema político brasileiro de mudar para manter o status quo. Bem pode ser que após a Lava Jato a corrupção encontre outros caminhos para continuar poluindo, desmatando e excluindo. Mas nunca o caldo de cultura no país esteve tão favorável a outras fontes de energia, renováveis e limpas, em todos os sentidos – e em novas formas de vendê-las e distribuí-las.

Ricardo Baitelo, 39, é coordenador da campanha de Clima e Energia do Greenpeace, uma organização integrante do Observatório do Clima

Carlos Rittl, 46, é secretário-executivo do Observatório do Clima, uma rede de entidades da sociedade civil

Ativistas bloqueiam ponte para impedir Shell

Em partida de Portland rumo ao Ártico, navio da Shell é barrado por ativistas do Greenpeace EUA e dá meia volta; ação já dura mais de um dia

 
Ativistas se penduram de ponte em Portland para barrar navio da Shell (© Greenpeace)

 26 ativistas do Greenpeace Estados Unidos estão pendurados da ponte de St. John em Portland, EUA, há mais de 30 horas para impedir que o navio quebra-gelo da Shell, o MSV Fennica, siga para o Ártico. Os escaladores estão com suprimento o bastante para aguentarem alguns dias na posição. O navio, que deveria ter zarpado ontem pela manhã, saiu hoje para sua viagem, mas ao chegar à ponte bloqueada teve de retornar ao porto.
Divididos em dois grupos de 13, sendo metade para apoio e auxílio em caso de emergência, os ativistas abriram banners com as mensagens #ShellNo, “Salve o Ártico” e “Presidente Obama, última chance de dizer #Shellnão”.
De acordo com uma das permissões ambientais concedidas pelo governo norte-americano, o Fennica precisa estar na zona de exploração da Shell antes que a empresa receba o aval final de operação.
  
Momento em que o navio Fennica se aproximou da ponte bloqueada (© Steve Dipaola/Greenpeace) 

Para Annie Leonard, diretora executiva do Greenpeace EUA, “cada segundo que atrasamos a Shell conta. Os corajosos ativistas são agora o símbolo de resistência que resta entre a Shell e o Ártico”. Segundo a diretora, essa é a última chance do presidente Barack Obama perceber o erro que é entregar a região à Shell, "que ignora o parecer dos melhores cientistas, assim como finge não ouvir milhões de pessoas do mundo inteiro”.
O navio quebra-gelo Fennica, que retornou a Portland para manutenção, servirá para abrir caminho no gelo para a plataforma de petróleo Polar Pioneer, que já se encontra no Oceano Ártico. “Quando essa embarcação chegar na região e se juntar à frota da Shell, a pressão pela última licença ambiental será enorme”, comenta Thiago Almeida, da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Brasil.
  
Ativista do Greenpeace EUA seguramente pendurada e em posição. A ponte está a 62 metros acima da água (© Tim Aubry/Greenpeace) 

O navio quebra-gelo Fennica, que retornou a Portland para manutenção, servirá para abrir caminho no gelo para a plataforma de petróleo Polar Pioneer, que já se encontra no Oceano Ártico. “Quando essa embarcação chegar na região e se juntar à frota da Shell, a pressão pela última licença ambiental será enorme”, comenta Thiago Almeida, da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Brasil.


Segundo estudos geológicos do próprio governo norte-americano, existe uma chance de 75% de vazamento nas águas geladas do Oceano Ártico. “O Greenpeace prioriza segurança acima de tudo. Escalar e fazer rapel em uma ponta é um passeio no parque perto dos perigos que a exploração de petróleo leva ao Ártico”, disse ainda Leonard.
Em maio desse ano, o governo Obama aprovou o plano da Shell de explorar petróleo no Oceano Ártico, no Mar de Chuckchi, que é território do Alasca dentro da região ártica. Desde então, as duas plataformas de petróleo da Shell falharam em inspeções de rotina.

O Greenpeace conta com o apoio de mais de 7 milhões de pessoas do mundo inteiro, que já assinaram a petição Salve o Ártico. O movimento continua crescendo a cada ação desse tipo, que expõe ao mundo os planos da Shell. Para assinar, acesse aqui.
Assine a petição

  
Mais um exemplo de posição assumida pelos ativistas (© Greenpeace)

Vamos solarizar a Grécia!


 A crise de energia é um dos sintomas mais dramáticos da crise grega, e por isso investir no Sol abundante, o maior recurso do país, é a solução. Foto: ©Panos Mitsios/Greenpeace

Quem visita a Grécia no verão normalmente volta para casa com um bronzeado incrível. A Grécia é o país do Sol, famoso por sua beleza natural e cultural. Contudo, as negociações pesadas de um novo acordo de resgate econômico criaram uma sombra sobre esse país ensolarado e sobre o futuro dos gregos, que estão exaustos com as infinitas medidas de austeridade e, principalmente, com a falta de esperança. 
Mas existe esperança (e ela brilha forte!)
O Sol é a oportunidade que temos que aproveitar. A crise de energia é um dos sintomas mais dramáticos da crise grega: 6 em cada 10 lares tem dificuldades para pagar a conta de luz. E por isso investir no Sol abundante, o maior recurso do país, é a solução.
O que queremos fazer
Na ilha de Rhodes, também conhecida como a Ilha do Sol, milhões de euros são gastos por ano com a importação de petróleo para a geração de energia. Porém, a população local está enfrentando uma séria escassez de energia. Com o seu apoio, nós queremos instalar o máximo de painéis solares possível nas residências das ilhas. A energia solar é barata e, além de garantir um alívio imediato para essas famílias, também vai reduzir o consumo de petróleo e criar muitos postos de trabalho, o que é mais que necessário. 
Como isso vai ajudar a Grécia?
Considere o panorama geral. Hoje, abastecer as ilhas com petróleo custa para os consumidores gregos em torno de 800 milhões de euros por ano em subsídios. A instalação dos painéis solares nas ilhas vai garantir um alívio mais que necessário para todos os consumidores gregos.
Mas vai além disso. Pode ser o pontapé inicial para a solarização da economia grega e, assim, a economia de bilhões que podem ser usados onde mais importa: investimentos sustentáveis, educação, pensões baixas, bem estar social entre tantos outros benefícios!
Vamos dar o pontapé inicial na solarização da Grécia!

Wednesday, July 29, 2015

Faltou água? Entenda mais

Está no ar o primeiro episódio da websérie “Volume Vivo” , que busca denunciar as principais causas da falta de água no Estado de São Paulo. “Negação da Crise” expõe a falta de informação sobre a maior crise hídrica da região e narra a trajetória do Sistema Cantareira, que caminha rumo ao colapso.

 
A seca chega às represas que abastecem o Sistema Cantareira. ©Zé Gabriel/Greenpeace

 Os capítulos de “Volume Vivo” serão veiculados gratuitamente na internet ao longo do ano, com o objetivo de esclarecer as tantas questões em torno da situação, partindo da premissa de que a crise faz urgente a reflexão sobre o uso deste recurso essencial à vida humana na região mais populosa do Brasil.
O conteúdo da websérie também serve para alertar a população sobre a falta de transparência dos responsáveis pela gestão hídrica em São Paulo. Trabalho que o Greenpeace também vem fazendo em sua campanha em defesa dos recursos hídricos.
Confira o primeiro episódio e acompanhe os próximos capítulos sobre os aspectos da falta de água em São Paulo.
 Saiba mais sobre nossa Campanha em www.aguapraquem.org.br. Entre em nosso site e peça pelo fim dos descontos na tarifa de água de grandes consumidores.

Ativistas se penduram de ponte para impedir Shell

Em partida de Portland rumo ao Ártico, navio da Shell é bloqueado por ativistas do Greenpeace EUA; escaladores se posicionaram sob ponte com mantimentos para dias

 
Ativistas do Greenpeace se penduram de ponte em Portland (© Greenpeace)

26 ativistas do Greenpeace Estados Unidos se penduraram da ponte de St. John em Portland, EUA, para impedir a partida do navio quebra-gelo da Shell, o MSV Fennica, que segue para o Ártico. Os escaladores estão com suprimento o bastante para aguentarem alguns dias na posição. O navio, já atrasado, não mostra sinais de sair do porto.
De acordo com a última permissão ambiental do governo norte-americano, o Fennica precisa estar na zona de exploração da Shell antes que a empresa receba o aval final de operação.
Os ativistas abriram banners individuais com as mensagens #ShellNo, “Salve o Ártico” e “Presidente Obama, última chance de dizer #Shellnão”.
Para Annie Leonard, diretora executiva do Greenpeace EUA, “cada segundo que atrasamos a Shell conta. Os corajosos ativistas são agora o símbolo de resistência que resta entre a Shell e o Ártico”. Segundo a diretora, essa é a última chance do presidente Barack Obama perceber o erro que é entregar a região a Shell, "que ignora o parecer dos melhores cientistas, assim como finge não ouvir milhões de pessoas do mundo inteiro”.

 
Eles ficam pendurados de maneira segura, com mantimentos para dias e ativistas substitutos, em caso de necessidade (© Greenpeace)

O navio quebra-gelo Fennica, contratado pela Shell, servirá para abrir caminho no gelo para sua plataforma de petróleo Polar Pioneer, que já se encontra no Oceano Ártico. Quando essa embarcação chegar na região e se juntar à frota da Shell, a pressão pela última licença ambiental será enorme.
Segundo estudos geológicos do próprio governo norte-americano, existe uma chande de 75% de vazamento nas águas geladas do Oceano Ártico. “O Greenpeace prioriza segurança acima de tudo. Escalar e fazer rapel em uma ponta é um passeio no parque perto dos perigos que a exploração de petróleo leva ao Ártico”, disse ainda Leonard.
 
A ponte St. Johns está a 62 metros acima no nível da água (© Greenpeace)

Em maio desse ano, o governo Obama aprovou o plano da Shell de explorar petróleo no Oceano Ártico, no Mar de Chuckchi, que é território do Alaska dentro do Ártico. Desde então, as duas plataformas de petróleo da Shell falharam em inspeções de rotina.
Junte-se a mais de 7 milhões de pessoas ao redor do mundo pela defesa do Ártico. Assine a petição aqui.

 
Ativista do GP-USA pendurada na ponte (© Greenpeace)

Tuesday, July 28, 2015

Avião utilizado pelo Greenpeace Brasil cai no Rio Negro

O acidente não teve vítimas e as causas estão sendo investigadas
 
(©Erica Harrison/Greenpeace)

Um acidente com o Cessna Caravan 208 de prefixo PR-PAZ, do Greenpeace, ocorreu na última quinta-feira, 23 de julho por volta de 16 horas (hora local) na região de Manaus, Amazonas. O piloto e um passageiro, únicos tripulantes da aeronave, não tiveram ferimentos graves e passam bem. Conforme protocolo em caso de acidentes aéreos, o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) já opera para avaliar as causas do ocorrido. 
O Greenpeace acompanha o andamento das investigações e trabalha para repor o mais rápido possível sua capacidade para seguir documentando e denunciando as atividades predatórias contra o meio ambiente, ajudando a assegurar a proteção da floresta e de seus povos.

A importância do que não se vê

Greenpeace lança a terceira edição de sua revista digital e aborda diversos exemplos de como a falta de transparência prejudica a proteção do meio ambiente e de direitos fundamentais



Está no ar a terceira edição da Revista Greenpece. O tema da publicação digital é algo que não dá para ver nem ouvir, apenas sentir: a transparência. No caso, transparência na gestão e política ambiental e energética. A revista mostra, por meio de reportagens especiais e exclusivas, artigos e entrevistas que, infelizmente, o Brasil ainda é um país de democracia turva. O respeito aos direitos coletivos – que incluem a preservação ambiental – e o acesso à informação ainda são metas a serem conquistadas para que nossa democracia realmente possa ser chamada por esse nome.
Para lançar luz sobre a importância da transparência nas políticas ambientais e sociais brasileiras, o Greenpeace, em parceria com a Agência Pública de Jornalismo Investigativo, retrata em sua principal reportagem o mercado de elaboração dos Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), formado por empresas que dimensionam impactos de grandes obras com interesse na construção dos empreendimentos.
Em outra reportagem, destacamos a  falta de transparência e diálogo do governo com o povo Munduruku sobre os planos de construção das hidrelétricas no rio Tapajós, assim como o caos instalado na cidade de Altamira com o não-cumprimento das condicionantes ambientais previstas pela usina de Belo Monte, em fase final de construção no Rio Xingu, ouvindo o que André Villas-Bôas, diretor do Instituto Socioambiental, tem a dizer.
Para enriquecer o debate, convidamos o Ministério Público Federal para comentar as críticas do governo e do setor privado aos processos de licenciamento ambiental, apontado como entrave para o “desenvolvimento”. Na entrevista, Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu há 50 anos e um dos maiores opositores às grandes construções de infraestrutura na Amazônia, aprofunda a questão com muita propriedade.
Também mostramos a história de vidas de jovens empoderados e capacitados para disseminar os benefícios da energia fotovoltaica e, claro, aproveitamos para ilustrar como funciona, passo a passo, tin-tin por tin-tin, uma placa solar.
A edição ainda conta com um incrível ensaio fotográfico sobre a crise hídrica, que se concretiza como uma constante no cenário nacional, e uma análise sobre como o jornalismo independente ganha força e importância ao criar uma narrativa que se contrapõe ao discurso hegemônico da grande imprensa.
Acesse a Revista Greenpeace, ela é digital e gratuita. Boa leitura!

Monday, July 27, 2015

Soluções para a crise grega: Greenpeace Grécia lança crowdfunding de energia solar

21 ativistas do Greenpeace abriram hoje uma faixa de 600 m2 em forma de flecha com a mensagem: ‘O petróleo abastece a dívida grega’, apontando para uma usina termelétrica a petróleo em construção na ilha de Rhodes.
 
“O petróleo abastece a dívida grega”. Os dizeres da faixa de 600 m² estendida hoje por 21 ativistas do Greenpeace em uma usina termelétrica a petróleo na ilha de Rhodes. Foto: © Panos Mitsios / Greenpeace
 Os ativistas gregos, italianos e espanhóis revelam uma das causas mais negligenciadas da crise grega: a dependência do país de combustíveis fósseis importados.
O protesto lança a nova campanha de crowdfunding do Greenpeace Grécia a fim de obter apoio internacional para a mais significativa oportunidade de investimento no país que vive uma grave crise: o Sol. O arrecadamento da campanha será usado para instalar painéis solares nas comunidades das ilhas que enfrentam sérios problemas de energia.
Atualmente, há uma usina termelétrica a petróleo sendo construída em Rhodes, na Grécia. O custo da obra já ultrapassou o orçamento inicial de 120 milhões de euros e seu custo estimado passou para 180 milhões de euros. Quando estiver em operação, estima-se que o custo de operação para os próximos 10 anos seja de mais de 1 bilhão de euros. O Greenpeace pede que as ilhas não interligadas às redes de transmissão sejam conectadas e que a economia grega seja ‘solarizada; começando pelas ilhas que enfrentam sérios problemas de falta de energia.
“Nós sabemos que o mundo está de olho na Grécia, então pedimos ao mundo todo para nos ajudar a criar uma solução para o uso devastador do petróleo, um combustível muito caro. O Sol já é o nosso maior recurso, não só para o turismo, mas também por ser uma fonte de energia gratuita e ilimitada que pode derrotar a recessão e promover um desenvolvimento sustentável. Temos que usar esta oportunidade,” afirma Takis Grigoriou, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Grécia.
A alta dependência de importação de energia cara dificulta qualquer perspectiva realista para a recuperação econômica na Grécia. A geração de energia elétrica movida a petróleo, somente para as ensolaradas ilhas gregas, atualmente onera os consumidores em 800 milhões de euros por ano com subsídios para petróleo – quantia equivalente aos novos cortes no sistema previdenciário propostos para reduzir o orçamento nacional. Apesar disso, não existe um plano sólido para eliminar progressivamente o petróleo, como mostra a construção da nova termelétrica em construção em Rhodes.
“Solarizar a economia grega é um cenário onde só há vencedores: além de a Grécia conseguir cortar custos dramaticamente e economizar bilhões em importação de energia, também podemos mudar para o uso de energia limpa e sustentável, e redirecionar os fundos para onde realmente importam: pensões, políticas previdenciárias e estímulo da economia,” acrescenta Grigoriou.
Acesse a página do crowdfunding: http://igg.me/at/solarize-greece

Desmatamento Zero contagiando o Brasil

Mais de 110 grupos, distribuídos em 23 estados, estiveram nas ruas neste sábado dia 25 no Dia da Mobilização Nacional pelo Desmatamento Zero

 

Se as florestas tivessem voz, estariam dando gritos de alegria. Hoje centenas de brasileiros abdicaram do seu sábado de descanso para ir às ruas para lutar pela proteção das florestas. A mobilização foi um sucesso e teve coleta de assinaturas em locais movimentados, stand com faixas e banners, apresentações artísticas e distribuição de mudas.
Em Garça (SP) o Grupo de Educação Ambiental da FAEF distribuiu mudas e o Coletivo AIA, de Brasília, distribuiu sementes germinadas em esculturas de terra! Em São Luís (MA) houve coleta de assinaturas, atividade com faixas pela manhã e apresentação de teatro de fantoches. Na Praia do Camburi/ES, as meninas do blog Mochilando com Elas levaram suas Magrelas (bicicletas) para a mobilização e até uma árvore participou da atividade.
Em Porto Alegre faixas e placas com a campanha do Desmatamento Zero chamaram a atenção da população. Em Santa Brígida (BA) o pessoal do Grupo de Aventura Ambiental Santa Brígida mobilizaram a população no centro da cidade.
E, claro, tivemos ainda a forte participação da atriz Letícia Spiller, embaixadora da campanha, que agitou as redes sociais em nome da mobilização pelas florestas, recebendo o apoio de fãs e famosos, como a atriz Giovana Ewbank. Veja o vídeo que a Letícia gravou para a mobilização.
Mas este breve espaço é pequeno demais para o tamanho desta mobilização. “Hoje, certamente, demos mais um passo rumo ao Desmatamento Zero no País”, diz Cristiane Mazzetti, da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Com tantas pessoas nas ruas ficou ainda mais evidente que o desmatamento já é algo intolerável para brasileiros e este movimento está crescendo cada vez mais em toda a sociedade”, completa.

Estamos coletando fotos da mobilização. Se você participou, envie-nos um registro da sua atividade, não importa o tamanho dela!  Você pode postar as fotos nas redes sociais utilizando a hashtag #DesmatamentoZero e/ou enviar para o Greenpeace através do e-mail: cmarcal@greenpeace.org
As atividades tinham como objetivo chamar a atenção da população para a urgência de se proteger as florestas e também coletar assinaturas em apoio ao projeto de lei pelo Desmatamento Zero, que proíbe o corte raso de florestas nativas no País.  A iniciativa  já obteve o apoio de mais de 1,2 milhão de brasileiros.  É preciso chegar a pelo menos 1,43 milhão de assinaturas para entregar a proposta ao Congresso Nacional e, agora, estamos muito próximos deste momento.
Nós e as florestas agradecemos!

Thursday, July 23, 2015

Sábado é dia ir às ruas pelas florestas e pelo futuro

No Dia da Mobilização Nacional pelo Desmatamento Zero mais de cem grupos realizarão atividades de conscientização ambiental em todo o Brasil
 
Neste sábado (25), durante o Dia da Mobilização Nacional pelo Desmatamento Zero, diversos grupos espalhados por todo o Brasil realizarão atividades e intervenções artísticas para chamar atenção para a urgência de se proteger as florestas e coletar assinaturas em apoio ao projeto de lei pelo Desmatamento Zero, que proíbe o corte raso de florestas nativas no País.
Quer fazer parte deste movimento? Então dê uma olhada na lista de atividades já confirmadas (que será atualizada diariamente), escolha o evento que mais te agradar na sua cidade e participe! As florestas precisam da nossa ajuda.
Mas se na sua cidade ainda não houver uma atividade cadastrada, não fique parado e organize você mesmo uma mobilização, de qualquer tamanho! Imagine quantas pessoas você poderá alertar e quantas assinaturas poderá conseguir. Confira a página do evento no Facebook.
Para organizar uma atividade na sua cidade:
Dia da Mobilização Nacional pelo Desmatamento Zero (25/07/2015)
Atividades confirmadas por estado
Acre (AC)
Cidade: Rio Branco-AC
Horário:17h
Local: Em frente Palácio Rio Branco, centro de Rio Branco AC
Atividade: Juntar pessoas com cartazes exigindo desmate zero.
Organizador: Edmilson Ferreira da Silva
Evento no Facebook: Não fornecido

Alagoas (AL)
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Amapá (AP)
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Amazonas (AM)
Cidade: Manaus - AM
Horário:16h às 17h30
Local: Largo São Sebastião, Centro
Atividade: A atividade consiste na elaboração de um cenário de desmatamento para que as pessoas presentes possam "entrar" na realidade da nossa Amazônia, a atividade tem o objetivo de mostrar o que a pessoa pode fazer para lutar pela proteção das florestas. A atividade terá coleta de assinaturas, conscientização do público sobre a campanha do Desmatamento Zero, dinâmica com os participantes e distribuição de mudas de espécies nativas.
Organizador: Grupo de Voluntários do Greenpeace em Manaus
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/679728915495541/

Bahia (BA)
Cidade: Barra do Mendes - BA
Horário: 8h às 12h
Local: Inicia-se na Praça Nossa Senhora Aparecida e termina na Praça Nestor Coelho
Atividade: Caminhada e coleta de assinaturas durante o percurso
Organizador: Jacelly Araújo dos Santos
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Ibirataia-BA
Horário:9h às 12h
Local: Praça 10 de Novembro, n°9, próximo a prefeitura municipal e da câmara de vereadores do município de Ibirataia.
Atividade: Um dia com plantio de árvores, entrega folders e palestras com os alunos do município e autoridades locais.
Organizador: José Muniz Ferreira Neto
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Itaberaba-BA
Horário: 8h às 17h
Local: Prefeitura Municipal de Itaberaba
Atividade: Mobilização contra o desmatamento e coleta de assinaturas
Organizador: Fabricio Bernardes Martinez
Evento no facebook: não fornecido

Cidade: Salvador - BA
Horário: 13h30 às 18h
Local: Das 13:30h às 15:30h na Praça do Campo Grande
Largo do Campo Grande, s/n - Canela, Campo Grande
Das 16h às 8h no Farol da Barra
Atividade: Atividades lúdicas, coleta de assinaturas
Organizador: Milena Cayres/ Grupo de Voluntários do Greenpeace em Salvador
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1635590760049886/

Cidade: Salvador - BA
Horário:14h às 17h
Local: Praça da Revolução em Periperi
Atividade:coleta de assinatura em apoio ao projeto de lei do Desmatamento Zero
Organizador: Tania Maria Messias Pereira
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Salvador - BA
Horário: 13h50 às 18h
Local: Inicia-se no campo grande, em frente ao Teatro Castro Alves, e termina na Prefeitura de Salvador
Atividade: Caminhada de protesto e coleta de assinaturas
Organizador: Marcos Claudio Ribeiro de Jesus
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Salvador - BA
Horário: 15h às 16h30
Local: Shopping da Bahia
Atividade: Mobilizar a sociedade sobre a importância da Floresta Amazônica
Organizador: Danilo de Medeiros Costa
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Santa Brígida - BA
Horário: 9h às 17h
Local: Praça Raimundo Santana Gomes, Centro
Atividade: O Grupo Aventura Ambiental Santa Brígida (GAASB) luta pela causa ambiental e pretendemos baixar os matérias, montar uma tenda na praça e MOBILIZAR. Vamos utilizar cartazes, megafone, boca a boca e divulgação online.
Organizador: Rafael de Lisboa Deveza
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/728397460622332/

Cidade: Wagner - BA
Horário: 10h às 12h
Local: Salão Paroquial, na Praça 2 de Julho, s\nº
Atividade: Coleta de assinaturas e palestra com os fazendeiros e agricultores da região
Organizador: David Ribeiro de Jesus
Evento no Facebook: não fornecido

Ceará (CE)
Cidade: Fortaleza-CE
Horário: 9h às 12h
Local: Inicio no Dragão do mar/Praça verde, término na Av.Beira Mar
Atividade: Caminhada de conscientização com cartazes e coleta de assinaturas
Organizador: Yago Dias Freitas
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Fortaleza - CE
Horário: 9h às 12h
Local: Centro Dragão do Mar
Atividade: Coleta de assinaturas e mobilização pelas ruas
Organizador: Jonathan Fernandes Barros
Evento no Facebook: não fornecido

Distrito Federal (DF)
Cidade: Brasília - DF
Horário:12h às 16h
Local: Torre de TV de Brasília, Eixo Monumental, 70070 Brasília.
Atividade: Diálogo com o público e coleta de assinaturas
Organizador: Gessivan F Oliveira/ Grupo de voluntários do Greenpeace em Brasília
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1607427389525013/

Espírito Santo (ES)
Cidade: Santa Maria do Jequitibá - ES
Horário: 15h às 19h
Local: Pátio de festas
Atividade: Manifestação contra o desmatamento na 35ª Festa do Colono e coleta de assinaturas
Organizador: Thais Schreder Nunes
Evento no Facebook: não fornecido

Goiás (GO)

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Maranhão (MA)
Cidade: Açailândia- MA
Horário: 16h às 17h30
Local: Praça da Bíblia.
Atividade: Informar a população (dialogar) com cartazes e coletar assinaturas.
Organizador: Mikael Douglas Lopes dos Santos
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: São Luís/MA
Horário: 8h30 às 17h
Local: Centro da Cidade (Praça Deodoro).
Atividade: coleta de assinaturas, pinturas de camisas, grupo teatral e animação para chamar atenção
Organizador: Denison Dione Ferreira Cardoso
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/386888441516761/

Cidade: São Luís - MA
Horário: 10h30 às 15h30
Local: Praia Litorânea
Atividade: Caminhada no calçadão e coleta de assinaturas
Organizador: Mylady dos Santos Amaral
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: São Luís - MA
Horário:19h às 20h
Local: Praia Litorânea
Atividade: Apresentação do espetáculo "O Encanto da Floresta" do grupo de Teatro de Fantoches "Aprender Brincando", voltada ao público infantil, onde é trabalhada a temática de preservação ambiental, proteção da florestas, fauna e flora.
Organizador: Morgana de Anandi Martins Zibetti
Evento no Facebook: Não fornecido

Mato Grosso (MT)
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Mato Grosso do Sul(MS)
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Minas Gerais (MG)
Cidade: Caxambu - MG
Horário: 8h30 às 18h
Local: Calçadão
Atividade: Coleta de assinaturas, limpeza da principal área de recarga das águas minerais de Caxambu, plantio de árvores nativas, palestra, ação social e apresentações musicais
Organizador: Rennan Luiz Toledo
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Ituiutaba-MG
Horário:8h às 18h
Local: Calçadão da cidade
Atividade: Conscientização na área central da cidade e coleta de assinaturas
Organizador: Ludmylla arantes de andrade
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/894012954005956/

Cidade: Manhuaçu-MG
Horário: 9h
Local: Praça da Matriz e sinal da praça
Atividade: Distribuir folheto informativo, exibir uma faixa no sinal e colocar outra na praça.
Organizador: Maria Aparecida Salles Franco
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Santana do Riacho-MG
Horário:11h às 23h
Local: Na loja de artesanatos e café na Vila Cipó, área anexa ao Restaurante Panela de Pedra, na Serra do Cipó.
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Fábio Torres
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Uberlândia-MG
Horário:10h às 12h e 14h às 16h.
Local: Praça Rui Barbosa, também conhecida como Praça da Bicota
Atividade: Coleta de assinaturas para o projeto de lei
Organizador: Tulio Guimarães da Cunha
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1470118676635589/

Pará (PA)
Cidade: Belém-PA
Horário:19h às 22h
Local: Praça da República
Atividade: Conscientização da população
Organizador: Eduarda Canuto Carvalho
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1469920819988873/

Cidade: Belém-PA
Horário: 8h30 às 16h
Local: Praça da República
Atividade: Recolher assinaturas para o Desmatamento Zero.
Organizador: Endell Menezes de Oliveira
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Itaituba - PA
Horário: 9h30 às 21h30
Local: Orla da cidade de Itaituba (PA)
Atividade: Coleta de assinaturas, além de protesto contra a construção de hidrelétricas no Rio Tapajós e a favor da autodemarcação de terras indígenas
Organizador: Joao Paulo Silva Pessoa
Evento no Facebook: não fornecido

Paraíba (PB)
Cidade: João Pessoa (PB)
Horário: 10h às 14h
Local: Av. Almirante Tamandaré
Atividade: com banners, folders, intervenção e coleta de assinaturas
Organizador: Noaldo Gomes Araújo
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: João Pessoa- PB
Horário:8h às 12h
Local: No Busto de Tamandaré na praia do Cabo Branco
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Denis Soares dos Santos
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: João Pessoa - PB
Horário:10h às 11h30
Local: Mercado público do bairro de mangabeira localizado na Avenida Josefa Taveira – rua principal do bairro.
Atividade: Fazer cartazes e colher assinaturas e informar a população sobre a importancia acabar com o desmatamento.
Organizador: Valdete Santos de Araújo
Evento no Facebook: não fornecido

Paraná (PR)
Cidade: Cascavel - PR
Horário:14h30 às 18h
Local: Centro, em frente a Catedral.: Rua: Rio Grande Do Sul 556
Atividade: Marcha da Catedral até a prefeitura de Cascavel, ao longo da Avenida Brasil.
Organizador: João Vitor Mendes Monteiro
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1627658670805941/

Cidade: Coronel Vivida - PR
Horário: 14h às 16h
Local: Recanto das Cachoeiras
Atividade: Coleta de assinaturas e caminhada pelas trilhas da Mata, da Água e das Araucárias
Organizador: Olivo Dambros
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Londrina/PR
Horário: 8h às 18h
Local: No calçadão, em frente ao Banco do Brasil. Avenida Paraná, 347
Atividade: coleta de assinaturas
Organizador: Maria do Céu Martins Lopes
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Quatro Barras -PR
Horário: 9h às 13h
Local: Est. Monte Alegre 4400  - Espaço Floresta - Rio da Poço - Quatro Barras
Atividade: Plantio de mudas de Araucaria na região do Monte Alegre em Quatro Barras.
Organizador: Roslangela Polichuk
Evento no Facebook:Não fornecido

Pernambuco (PE)
Cidade: Cabo de Santo Agostinho - PE
Horário:8h às 20h
Local: Engenho Ronca Lote 04 Jussaral Cabo pE
Atividade: Caminhada ecológica
Organizador: Weliton Jose de Carvalho
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Recife - PE
Horário:13h às 16h
Local: Parque Dois Irmãos - Praça Farias Neves, s/n - Dois Irmãos
Atividade: Coletar assinaturas, atividades lúdicas de conscientização, tais como: uso de fantasias para que as pessoas possam vir tirar fotos, participar da oficina de camisetas, pegada verde, apresentar a campanha, brincadeiras de pinturas com crianças, etc.
Organizador: Grupo de voluntários do Greenpeace em Recife
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1014113345300199/

Cidade: Recife - PE
Horário: 16h às 18h
Local: Parque Dois Irmãos
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Gleysom Matias de Lima Vicente
Evento no Facebook: não fornecido

Piauí (PI)
Cidade: Castelo do Piauí - PI
Horário: 7h às 17h
Local: Portal da entrada. Na avenida Antonino Freire, Centro
Atividade: Conscientização, plantio de mudas e coleta de assinaturas
Organizador: Marcelo Bezerra Mineiro
Evento no Facebook: não fornecido

Rio de Janeiro (RJ)
Cidade: Itaboraí RJ
Horário:15h às 19h
Local: Praça no centro da cidade
Atividade: Stand informativo, coleta de assinaturas
Organizador: João Pedro Nascimento Batista da Silva
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Maricá - RJ
Horário: 14h às 18h
Local: Praça Orlando de Barros Pimentel- Maricá-RJ. Ao lado da igreja católica
Atividade: Grupo se vestirá com roupas de uma cor e levarão cartazes para chamar atenção. Além de coletar assinaturas das pessoas que passarem pela praça.
Organizador: Matheus da Rocha Leite Antonio
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Petrópolis - RJ
Horário: 15h às 19h
Local: Rua do Imperador, 888, aptº 403
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Alexandre de Oliveira Boechat
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1106915009322088/

Cidade: Piabetá Magé - RJ
Horário:9h às 16h
Local: Calçadão Rua Brasil
Atividade: Atividade educativa com distribuição de material informativo e coleta de assinaturas.
Organizador: Carlos Alberto Martins da Silva
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Rio de Janeiro - RJ
Horário: 17h
Local: Praça XV - Centro
Atividade: O grupo fará uma passeata no centro da cidade com cartazes, camisetas, coleta de assinaturas explicando o porque as florestas são tão importantes para o planeta e para nós. Queremos conscientizar cada vez mais as pessoas de que as florestas são importantes para todos.
Organizador: Dafne Moraes de Vasconcellos
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1456547198001541/

Cidade: Rio de Janeiro
Horário: 9h às 12h
Local: Terminal Alvorada
Atividade: Coletas de assinaturas contra o desmatamento
Organizador: Eugênio Faria Ventura
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1642759235965105/

Cidade: Rio de Janeiro - RJ
Horário:13h30 às 17h
Local: Praia do Arpoador
Atividade: Atividade do grupo local do Rio de Janeiro. Através de atividades lúdicas e criativas vamos tentar chamar a atenção das pessoas para a campanha do Desmatamento Zero e tentar coletar o máximo de assinaturas.
Organizador: Bruno Pires Albuquerque Justino
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1039391306094383/?fref=ts

Cidade: São João de Meriti - RJ
Horário:8h às 17h
Local:  Rua Souza Neves 15
Atividade: Atividade será na realização de um mutirão da coleta de lixo em todo o município de São João de Meriti.
Organizador: Janaína Gabriele dos Santos
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: São João do Meriti - RJ
Horário: 10h às 20h
Local: Sede da Justiça Federal
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Ana Cláudia Mascarenhas Seixas
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Seropédica - RJ
Horário: 8h às 16h
Local: Sede da Brigada Voluntária Brasileira
Atividade: Palestras, oficinas e coleta de assinaturas
Organizador: Helder Ferreira
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1464663700500570/

Cidade: Volta Redonda - RJ
Horário: 9h30
Local: Praça Brasil, Vila Santa Cecília, Volta Redonda - RJ.
Atividade: Manifestação, com o intuito de mobilizar outras pessoas e recolher assinaturas pelo Desmatamento Zero.
Organizador: Jhéneci Feitosa P. de Souza
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/802046996582313/802050729915273/

Cidade: Volta Redonda-RJ
Horário: 10h às 15h
Local: Praça da Prefeitura em Volta Redonda
Atividade: Atividade de conscientização e coleta de assinaturas
Organizador: Simone Lucia Puntel
Evento no Facebook: Não fornecido

Rio Grande do Norte (RN)
Cidade: Mossoró -RN
Horário:18h
Local: Praça Rodolfo Fernandes
Atividade: Apresentação de teatro com bonecos
Organizador: Antonio Teixeira de Melo
Evento no Facebook: Não fornecido

Rio Grande do Sul (RS)
Cidade: Bento Gonçalves - RS
Horário: 13h30 às 17h
Local: Praça Vico Barbieri.
Atividade: Com faixas, a intenção é criar um "posto" de coleta de assinaturas na praça.
Organizador: Fausto Passaia
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/652931688140614/

Cidade: Caxias do Sul - RS
Horário:13h às 17h30
Local: Praça Dante Aligeri
Atividade: Oficina de camisetas
Organizador: Gustavo Souza Velho
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Estação-RS
Horário: 10h às 18h
Local: Av. Lido Tagliari, Centro
Atividade: Coleta de assinaturas, conscientização da população
Organizador: Eduardo rodrigues da Silva
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Pelotas-RS
Horário: 9h às 16h
Local: Mercado Público Pelotense
Atividade: coleta de assinaturas e trabalho de conscientização
Organizador: Júlio Cesar Xavier Botelho
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Porto Alegre - RS
Horário: 13h às 17h
Local: Redenção: Avenida João Pessoa, S/N - Cidade Baixa, Porto Alegre
Atividade: faixas para mobilizar as pessoas que passarem no local e coleta de assinaturas
Organizador: Letícia de Oliveira Coimbra
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: São Leopoldo - RS
Horário: 15h às 17h
Local: Centro da cidade, rua Independência
Atividade: Passeata pelo fim do desmatamento
Organizador: Glênio Felipe Gonçalves de Avila
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Triunfo/RS
Horário: 10h às 19h
Local: Praça Bento Gonçalves - Osvaldo Aranha
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Amanda de Souza Garcia
Evento no Facebook: não fornecido

Rondônia (RO)
Nenhum evento cadastrado desde a última atualização

Roraima (RR)
Nenhum evento cadastrado desde a última atualização

Santa Catarina (SC)
Cidade: Florianópolis
Horário: 14h às 17h
Local: Parque de Coqueiros
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Matheus Wander da Silva
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1685818508315947/

Cidade: Florianópolis - SC
Horário:10h às 15h
Local: Praça XV de Novembro
Atividade: Conscientização da população
Organizador: Danilo Rodrigues da Silveira
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Florianópolis-SC
Horário: 11h às 16h
Local: Centrinho da Praia dos Ingleses
Atividade: Conversar e divulgar o material de campanha do "Desmatamento Zero"
Organizador: Lucimara da Cunha Santos
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Fraiburgo-SC
Horário: 8h às 17h30
Local: Rua Nereu Ramos, Praça da Chaminé
Atividade: Flashmob, recolhimento de assinaturas e uma caminhada pelo centro da cidade distribuindo os panfletos sobre o ''salve as florestas'' e o sorteio de camisetas do desmatamento zero.
Organizador: Carla Azevedo
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/467052353461792/

Cidade: Itajaí - SC
Horário: 10h às 13h
Local: Barra dos Molhes
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Lucas Coitinho Araújo
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Santa Rosa do Sul - SC
Horário: 9h às 15h
Local: Praça Municipal, perto da Rua Alberto Trajano
Atividade: Coleta de assinaturas e discussão sobre o desmatamento e o seu efeito nos bióticos
Organizador: Giseli Borba Machado
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Tubarão-SC
Horário: 14h
Local: Parque Ambiental Tractebel Energia e Farol Shopping
Atividade: Conscientização do público e coleta de assinaturas
Organizador: Manoella da Silva Mendes
Evento no Facebook: Não fornecido

São Paulo (SP)
Cidade: São Paulo - SP
Horário: 10h às 12h40
Local: Saída do Metrô Faria Lima
Atividade: Mobilização contra o desmatamento e coleta de assinaturas
Organizador: Juliana Teixeira/ Grupo de voluntários do Greenpeace em São Paulo
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1655500344682442/

Cidade: Araraquara - SP
Horário:8h às 12h
Local: Parque Infantil 2676, R. Padre Duarte, 2570
Atividade: coleta de assinaturas
Organizador: marcelo de oliveira e silva
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Araçoiaba da Serra - SP
Horário: 9h às 15h
Local: Praça da Matriz de Araçoiaba
Atividade: Atividade com banners, folders e distribuição de Imãs de Geladeira do "Desmatamento Zero", e coleta de assinaturas.
Organizador: Marco Antonio Ballister Lopes Contreras
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Campinas - SP
Horário: 11h às 15h
Local: Vegan Shop (Rua José Pugliesi Filho, 591, Guará, Distrito de Barão Geraldo)
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Cabeto Rocker Pascolato
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Carapicuíba - SP
Horário: 11h às 15h
Local: Avenida Rui barbosa , S/n - Calçadão de Carapicuíba
Atividade: Conscientização da população
Organizador: João Felipe Gomes de Oliveira
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Cruzeiro – SP
Horário: 10h
Local: Praça 9 De Julho - Cruzeiro/SP. RUA CAPITÃO NECO 127, 12705
Atividade: evento cultural na praça com as seguintes atrações: doação de livros, doação de mudas, música ao vivo, finalizando com uma passeata
Organizador: Cinthia Gonçalves
Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/850659154981889/

Cidade: Hortolândia-SP
Horário:11h
Local: Em frente ao shopping Hortolândia, entrada do supermercado Wallmart.
Atividade: Caminhada pelo centro de Hortolândia, e algumas atividades para interagir com o público, assim como coleta de assinaturas.
Organizador: William Gonçalves de Souza
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1604445909807174/

Cidade: Itaquaquecetuba - SP
Horário: 14h às 23h
Local: Estação de Trem da CPTM
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Rodrigo Mendes Caetano da Silva
Evento no Facebook: não fornecido
Cidade: Juquitiba - SP
Horário:12h às 13h30
Local: Em frente a Banca Carlinho ao lado do supermercado Frigoyama - Rua Jorge Victor Vieira, 249, no Centro de Juquitiba
Atividade: Banners, diálogo com as pessoas e coleta de assinaturas.
Organizador: Clydia Ann Davenport
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Osasco-SP
Horário: 12h às 18h
Local: Próximo a estação Osasco - Centro de Osasco
Atividade:Coleta de assinaturas
Organizador: Lucas Mota Barcelos
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Peruíbe-SP
Horário:12h às 18h
Local: Av. Governador Mario Covas Junior (orla da praia)
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Fernanda Fornazier Caquetti
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Peruíbe-SP
Horário:10h às 15h
Local: Serão em dois pontos na cidade (Peruíbe, SP - Brasil):Praça Matriz - Monsenhor Lino dos Passos, s/nº - Centro e PIT Pirâmide - Avenida João Abel, s/nº - Bairro dos Prados
Atividade: Stand para colher as assinaturas, falar sobre a proposta da campanha para a  cidade, o grupo está tentando uma parceria para disponibilizar mudas de plantas para repassá-las a população que participar.
Organizador: Adriana Mendonça Ramos
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/juventudeperuibe/photos/a.921142651300027.1073741828.918385611575731/975231595891132/?type=1&theater

Cidade: Ribeirão Preto -SP
Horário:3h às 0h
Local: Praça das Bicicletas,Rua Galileu Galilei , Rua Professor João Fisussa
Atividade: Informações sobre o processo de desmatamento e coleta de assinaturas.
Organizador: Weliston Audri
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Santos - SP
Horário: 15h
Local: Praça da Independência
Atividade: Passeata pelo fim do desmatamento
Organizador: Victor augusto patricio
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/413582758847521/

Cidade: São José do Rio Preto - SP
Horário:9h às 13h
Local: Praça Rui Barbosa e Mercado Municipal
Atividade: Coletar assinaturas e intervenções de conscientização.
Organizador: Washington Carvalho dos Santos
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/778628845569251/

Cidade: São José do Rio Preto - SP
Horário:11h30 às 12h30
Local: Calçadão da Bernardino em frente ao Praça Shopping
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Rodolfo Walter da Silva Garcia
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Ubatuba-SP
Horário: 9h às 15h
Local: Praia da Maranduba - Ubatuba-SP, Km. 77 da Rodovia Rio- Santos
Atividade: Divulgar o desmatamento na região, suas consequências, abordar o problema do lixo nas praias, sobre a importância de se preservar as nascentes de água e coleta de assinaturas para o projeto de lei.
Organizador: Maria Angelica Caldas Uliana
Evento no Facebook: Não fornecido

Cidade: Votuporanga-SP
Horário:8h às 11h
Local: Rua Amazonas, Centro
Atividade: Coleta de assinaturas
Organizador: Adalto Boer
Evento no Facebook: Não fornecido

Sergipe (SE)
Cidade: Aracaju - SE
Horário:14h às 17h
Local: Avenida Santos Dumont no arco da orla de Atalaia em Aracaju Sergipe.
Atividade: Caminhada na Orla defendendo esta causa.
Organizador: Moisés Oliveira Alves
Evento no Facebook: não fornecido

Cidade: Aracaju-SE
Horário:8h30 às 13h
Local: Praça Fausto Cardoso, s/n. Centro,  em frente ao Palácio Museu Olímpio Campos.
Atividade: Montagem de barraca com atividades lúdicas, oficina de cartazes, musicalização, panfletagem, distribuição de mudas e coleta de assinaturas pelo Desmatamento Zero!
Organizador: José Antonio Marques de Oliveira
Evento no Facebook: Não fornecido

Tocantins (TO)
Cidade: Palmas -TO
Horário: 9h às 12h
Local: Parque Cesamar
Atividade: coleta de assinaturas
Organizador: Edínia Marinho Stefani
Evento no Facebook: Não fornecido

Wednesday, July 22, 2015

O fracasso do programa de descontaminação de Fukushima

A política de retorno forçado à província de Fukushima, no Japão, expõe moradores a risco de contaminação radioativa.
 
Greenpeace japão documenta trabalho de descontaminação radioativa no distrito de Iitate, no Japão. A área está contaminada desde março de 2011 quando o reator nuclear da usina de Fukushima explodiu. (©Jeremy Sutton-Hibbert/Greenpeace)

A contaminação radioativa nas florestas e terras da província de Iitate, em Fukushima, é tão vasta e tão intensa que será praticamente impossível que antigos moradores retornem em segurança para seus lares, revelou uma investigação conduzida pelo Greenpeace Japão.
Os resultados da investigação foram revelados dias depois de o Governo de Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, anunciar que a ordem de evacuação da região será suspensa em março de 2017, e que encerrará as indenizações aos moradores em 2018, o que, na prática, forçará as vitimas a retornar a uma região altamente contaminada.
A província Iitate, que ocupa mais de 200 quilômetros quadrados, está localizada entre 28-47 km a noroeste de Usina Nuclear de Fukushima-Daiichi, e foi uma das áreas mais atingidas após a catástrofe de Março de 2011. Desde 2014, dez mil trabalhadores buscam reduzir os níveis radioativos de algumas áreas do município de Fukushima, incluindo a região de Iitate, mas com poucos resultados práticos.
“O Primeiro-Ministro Abe adoraria que as pessoas do Japão acreditassem que o governo está descontaminando a enorme área de Fukushima e fazendo com que a área tenha níveis de radiação seguros o bastante para que pessoas possam viver lá. A verdade é que esta medida está fadada ao fracasso. As florestas da região de Iitate são, agora, grandes armazéns de radioatividade, trarão enormes riscos de contaminação direta e também serão fontes de recontaminação por milhares de anos. É impossível descontaminar a região”, disse Jan Vande Putte, especialista em radiação do Greenpeace Bélgica.
“O Governo japonês condenou as populações de Iitate a viverem em um ambiente que oferece riscos inaceitáveis à saúde. Retirando das vítimas sua já insuficiente compensação, o governo os estará forçando a retornarem a regiões perigosas e altamente radioativas por motivos financeiros. Sejamos claros: esta é uma decisão do Governo de Abe, sem respaldo científico, sem dados, ou preocupação com saúde pública,” disse ele.
O Greenpeace conduziu um estudo sobre radiação, retirando amostras em Iitate, incluindo suas florestas. Uma das principais descobertas foi que a maior parte da região de Iitate nunca será descontaminada, sendo que a maioria da radiação está depositada nas florestas e montanhas da região.
Mesmo as áreas que teriam sido descontaminadas, próximas às casas, terrenos e estradas, possuem níveis de contaminação incrivelmente altos e inaceitáveis. Os resultados mostram que o atual programa de descontaminação não está obtendo sucesso na redução efetiva dos níveis de radiação, que se mantêm altos e inseguros para a presença humana.
Os níveis de radiação encontradas em regiões tidas como “descontaminadas” é dez vezes mais potente do que a dose máxima permitida ao público em geral. Nas florestas, a radiação tem níveis altíssimos que se manterão assim por muitos anos.
Apoiando o governo japonês em sua manobra para forçar o retorno das pessoas às áreas contaminadas, está a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que auxiliou a promover o retorno prematuro de cidadãos de Fukushima a áreas que haviam sido evacuadas. Não só os preceitos da AIEA em relação aos riscos radioativos estão baseados em conclusões científicas questionáveis, como também há certa ignorância em relação aos reais efeitos da radioatividade. A AIEA deturpou as medições e a efetividade do programa de descontaminação, inclusive em litate.
“Mesmo após quase trinta anos, os 30Km ao redor de Chernobyl permanecem como área de exclusão. É alarmante a cumplicidade entre a AIEA e o Governo Abe, o que revela o quanto eles estão desesperados para transmitir a ilusão de que o retorno ‘à normalidade’ é possível, mesmo após um acidente nuclear desta magnitude. A posição deles é indefensável, e o planejamento para um retorno forçado deve ser impedido”, disse Mamoru Sekiguchi, da campanha de Energia do Greenpeace Japão.

Congresso para; questão indígena não

Em recesso parlamentar, Greenpeace mostra como os direitos indígenas foram abordados no primeiro semestre desse ano pelo Congresso Nacional
 
Semana de Mobilização Nacional Indígena, abril de 2015 (© Fábio Nascimento / MNI)

Com um primeiro semestre repleto de polêmica acerca da questão indígena, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal pausam suas atividades em recesso de 11 dias, somente retomando as atividades em 1º de agosto. Enquanto a problemática fica no ar, o Greenpeace faz um apanhado do que aconteceu (e do que deixou de acontecer) nesse primeiro semestre de legislatura, trazendo também perspectivas do que está por vir após o recesso parlamentar.
Abril Indígena: a resistência dos povos
Promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Semana de Mobilização Nacional Indígena levou mais de 1,5 mil índios para acampar na Esplanada dos Ministérios, às vistas do Congresso Nacional, em abril desse ano. Conhecido como “Abril Indígena”, a mobilização mostrou grande força e poder de resistência dos povos tradicionais contra as iniciativas anti-indigenistas dos parlamentares.
“Os objetivos desse acampamento são denunciar a grave violação dos ataques sistemáticos aos direitos dos povos indígenas, reafirmar os direitos conquistados na Constituição Federal de 1988 e sensibilizar toda a sociedade nacional e internacional para que se juntem e apoiem nossa causa”, discursou Sonia Guajajara, liderança indígena que integra a Apib.
Na ocasião, foi articulada a fala de deputados e senadores no acampamento e também sessões solenes em respeito aos povos indígenas nos plenários da Câmara e do Senado. Entretanto, os indígenas foram barrados na entrada do evento, que seria em homenagem a eles. Uma vez lá dentro, mais constrangimentos como a ausência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e a censura a um filme sobre as lutas dos povos indígenas que seria exibido no ato solene.
Alguns deputados destacaram a importância de uma sessão de homenagem aos povos indígenas, depois de a Câmara ter se fechado aos indígenas tantas vezes. Outros afirmaram que a Casa não fazia mais que sua obrigação e que uma concessão de fato seria o arquivamento de propostas contra os direitos indígenas. Poucos parlamentares participaram da sessão; quase todos presentes eram membros da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas.
PEC 215/2000: paralisação das demarcações
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que dá ao Legislativo o direito de apreciar as demarcações de áreas indígenas, tramita na Câmara há 15 anos sem nunca ter levado em consideração a opinião dos povos tradicionais. Atualmente o texto está sendo analisada por uma Comissão Especial da Câmara, que é presidida pelo deputado Nilson Leitão (PSDB/MT), investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por atuar contra os indígenas.
Caso aprovada, a alteração significaria, na prática, a paralisação de todos os processos de homologação de terra, uma vez que mais da metade de um total de 513 deputados defende os interesses do agronegócio.
Em abril desse ano, o diretor substituto da Fundação Nacional do Índio (Funai), Jaime Siqueira, disse em audiência pública no Congresso que o órgão é contrário à proposta, uma vez que o Legislativo abriga “muitos interesses contrários aos povos indígenas”. Ele pediu que as demarcações sejam mantidas com o Poder Executivo, e realizadas pela Funai. “Há uma situação bastante adversa para defender o interesse indígena. Há uma visão deturpada e preconceituosa sobre o índio”, afirmou ele.
A deputada Janete Capiberibe (PSB/AP) também denunciou os interesses da bancada ruralista: “a Friboi elegeu 160 deputados aqui na Casa. Vocês acham que eles vão defender os direitos tradicionais? Vão sim é defender as patas do boi, o agronegócio”.
Outros consideram a transferência da criação de Áreas de Proteção do governo para o Congresso Nacional totalmente inconstitucional, como a representante do Tribunal do Trabalho, Noemir Porto. “O deslocamento de leis constitucionais só pode ser feito para ampliar direitos. Do contrário, é inconstitucional. E a PEC 215 é bem clara quanto seus objetivos”, atestou Porto em maio desse ano.
Na mesma ocasião, Deborah Duprat, subprocuradora-geral da República, disse que a Câmara dos Deputados é hostil à presença de indígenas e quilombolas que vão ao Congresso para acompanhar discussões sobre iniciativas como a PEC 215. Segundo ela, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) determina que antes de qualquer medida legislativa que impacte os povos indígenas, eles sejam ouvidos. “No entanto, não se permite o ingresso dos povos indígenas nas diversas comissões onde se discutem os inúmeros projetos de lei que dizem respeito aos seus interesses”, disse Duprat.
Entretanto, no final de maio, o Senado deu um importante passo para barrar a PEC 215. De um total de 81 senadores, 48 assinaram um manifesto contra a proposta da Câmara. A iniciativa foi articulada pelo senador João Capiberibe (PSB/AP), que em entrevista exclusiva para a reportagem do Greenpeace, classificou a PEC como uma “sandice política”.
Como o Senado é responsável por revisar e aprovar as leis e propostas da Câmara dos Deputados, o cenário ficou favorável à causa indígena. No entanto, o deputado Nilson Leitão pode colocar a PEC 215 em votação no segundo semestre desse ano.
PL 1610/1996: índio garimpeiro?
Com o enfraquecimento da PEC 215, foi reinstalada em junho uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados para proferir parecer ao Projeto de Lei (PL) 1610, que dispõe sobre a exploração e o aproveitamento de recursos minerais em terras indígenas.
O texto é analisado desde 1996 pelos deputados. O projeto já passou por diversas Comissões, como a de Minas e Energia e a de Meio Ambiente. No entanto, pareceres contrários travaram sua aprovação e arrastaram o processo até os dias de hoje. Agora o texto tramita em regime de prioridade.
O presidente da Comissão é o deputado Índio da Costa (PSB/RJ), que demostrou desconhecer o que é a PEC 215 e a Convenção 169 da OIT. Para ele, "o direito de exploração mineral não quer dizer a obrigação [da exploração]. Não estamos tirando nenhum direito dos índios, e sim ampliando. Os que quiserem autorizar a exploração em suas terras, terão suas terras exploradas”
Com essa afirmação, o deputado se esquece dos processos de licenciamento de diversas usinas hidrelétricas, rodovias e empreendimentos de infraestrutura que ignoraram solenemente a participação dos povos indígenas. Então como ele pode afirmar que só haverá exploração onde os indígenas autorizarem?
Para Carlos Bittencourt, historiador e pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), esse projeto de lei seria a “batalha final contra os povos indígenas, muito próximos de um etnocídio completo”. O historiador considera absurdo votar a abertura de territórios indígenas para mineração antes de votar o Estatuto dos Povos Indígenas.
PL 1216/2015: mais uma frente de ataque ruralista
De autoria do deputado Luís Antônio Covatti (PP/RS), o Projeto de Lei 1216 pretende adequar o processo de demarcação de territórios indígenas à Portaria 303/2013, da Advocacia Geral da União (AGU).
Entre diversas restrições aos direitos indígenas, o projeto propõe a instituição do “marco temporal” para definir a ocupação indígena, ou seja, só seriam considerados de posse indígena os locais ocupados pelas comunidades na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Segundo a proposta, a expulsão dos índios de seus territórios em período anterior a essa data – inclusive na ditadura militar – retiraria o seu direito à demarcação.
Para Cleber Buzatto, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a partir dessa interpretação, "os povos que foram expulsos de suas terras e, por este motivo, não estavam na posse física delas na data da promulgação da Constituição de 1988, e que não estavam em guerra ou disputando judicialmente essa posse com os invasores na mesma ocasião, teriam perdido o direito sobre suas terras". Segundo Buzatto, isso legitima e legaliza as expulsões e demais violações cometidas contra os povos indígenas do Brasil.
O PL 1216 está em tramitação desde junho desse ano e segue em regime ordinário.
PEC 71/2011: a proposta “amiga”
Criada pelo Senado, essa Proposta de Emenda Constitucional visa indenizar as pessoas detentoras de títulos de terra em territórios declarados indígenas até a data da promulgação da Constituinte, em 5 de outubro de 1988.
A muitos produtores foram oferecidos pedaços de terra pelo governo na época da ditadura militar, e estes as ocuparam de boa fé, mesmo sendo territórios indígenas, pois tinham o aval do poder público. Mas em muitos outros casos, invasões possessórias colaboraram para expulsar povos tradicionais de seus territórios, e as ocupações foram feitas de maneira ilegal.
O texto de autoria do senador Paulo Bauer (PSDB/SC), no entanto, estipula o pagamento indenizatório apenas aos proprietários que comprovem a boa fé, o que pode ser difícil de identificar.
No geral, a proposta pode ser positiva ou negativa, a depender dos caminhos que se escolha. É claro que ao indenizar esse proprietário, o território fica livre de conflito e os indígenas podem voltar a ocupá-lo sem risco de novas disputas. Mas, segundo Mauricio Guetta, advogado do Instituto Socioambiental (ISA), “independente de ser a favor ou contra as indenizações para proprietários de boa-fé em terras indígenas, há duas questões relevantes a serem alteradas no texto original, sob pena de inviabilizar todo o sistema e, principalmente, travar a demarcação de terras indígenas no Brasil, a exemplo do que se pretende através da PEC 215".
"A primeira é não se permitir o pagamento retroativo de indenizações, seja por questões jurídicas impeditivas, seja pelo fato de que o governo não teria o montante necessário. A segunda é permitir que o pagamento seja feito em outras modalidades e títulos que não sejam em dinheiro. Caso contrário, o proprietário vai demorar anos para receber sua indenização e se negará a deixar a terra, impedindo a efetiva demarcação e ocupação indígena", explica Guetta.
Portanto, o que se estuda é modificar o texto para permitir que o pagamento seja feito em títulos de reforma agrária. Entretanto, a mudança ainda não foi feita e a PEC 71 já está no plenário do Senado para votação. Mais uma questão para ficar atento, pois o tiro pode sair pela culatra.
Nos próximos capítulos...
O recesso termina no primeiro dia de agosto, e as atividades parlamentares prometem voltar com tudo na segunda metade do ano.
Novas manifestações, organizadas pela Mobilização Nacional Indígenas, devem acontecer em agosto e setembro, antecedendo a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista, programada para novembro.
Sobre os trâmites legislativos, Mariana Mota, assessora de políticas públicas do Greenpeace, comenta que o Congresso é um ambiente imprevisível e o contexto político pode mudar a qualquer momento, ainda mais se levar em conta as investigações de corrupção que podem tirar políticos de cargos estratégicos. Mas é possível afirmar que “como a atual legislatura permanece com maioria ruralista e conservadora, os direitos indígenas serão novamente alvo de ameaça no segundo semestre por essa série de projetos citados e tantos outros que tramitam na Câmara e Senado”.
Na opinião de Danicley de Aguiar, da campanha de Amazônia do Greenpeace, “a bancada ruralista deve forçar um acordo em torno da PEC 71, sob pena de votarem a PEC 215 na Comissão Especial, dando continuidade a lógica de fazer vale os interesses do agronegócio sobre qualquer outro, seja ele indígena ou não. Ainda que no campo das teses, de uma maneira ou de outra, a bancada ruralista vai acelerar as iniciativas para reduzir os direitos dos povos originários, invocando o ‘progresso’, assim como fizeram os que aqui desembarcaram em 1500”.
O Greenpeace seguirá acompanhando as tramitações de perto, sempre no intuito de defender os direitos indígenas e informar a população. Acompanhe em nosso site as notícias do Congresso Nacional e confira se seu deputado está atuando pela defesa das minorias e dos povos originários do Brasil.

Tuesday, July 21, 2015

A crise elétrica para além de São Pedro

Artigo publicado no Correio Braziliense discute a crise elétrica para além da falta de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas.
* artigo de Larissa Rodrigues, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, publicado no jornal Correio Braziliense em 20/07/2015.
O Brasil encara uma grave crise no setor elétrico. As contas de luz não param de subir e o risco de racionamento ainda existe. Além dos brasileiros, quem sofre é São Pedro, culpado pela falta de água nos reservatórios das hidrelétricas. Mal sabe o santo - e a população - que muito do que ocasionou a crise foram decisões políticas tomadas nos idos de 2012.
A parte fácil de entender é a relação da crise com a estiagem. Basta olhar como a eletricidade é gerada no Brasil: cerca de 70% vem das hidrelétricas. Em 2014, em quase todo o País os reservatórios chegaram a níveis extremamente baixos – mais dos que os registrados em 2001, quando o Brasil viveu o apagão.
Para evitar que o País ficasse no escuro, o governo optou por acionar mais usinas térmicas. O uso constante dessas usinas poluentes e mais caras elevou o custo da energia. Para se ter uma ideia, o preço pode chegar a mais de R$ 1.000/MWh, quase sete vezes mais do que o preço das eólicas e quase cinco vezes mais do que as solares contratadas nos últimos leilões.
Os custos aumentaram e foram pesar no bolso do consumidor. Para piorar, no começo de 2015 as bandeiras tarifárias entraram em operação. Estas indicam se a eletricidade está custando mais ou menos em função das condições de geração, sendo traduzido nas cores verde, amarela ou vermelha. Quando muitas termelétricas são utilizadas, a bandeira é vermelha, o que significa custos elevados, repassados para as contas de luz, um aumento de quase 30%.
Infelizmente a crise não é passageira. Além de a bandeira não sair do vermelho há sete meses, a conta de luz ainda sofreu mais reajustes para cobrir parte do endividamento das distribuidoras. Estas possuem hoje uma dívida de mais de R$ 30 bilhões, que continuará sendo repassada aos consumidores.
Esse é o lado da crise um pouco mais difícil de ser entendido. É aqui que São Pedro deixa de ser protagonista da crise e que uma sequência de medidas irresponsáveis começam a ganhar a cena: em 2012 foi editada uma Medida Provisória – que virou lei - que renovava as concessões de usinas elétricas e estabelecia a divisão da eletricidade delas em cotas destinadas às distribuidoras a um preço estabelecido em um terço do que vinha sendo praticado.
No início de 2013 a presidenta Dilma veio com a ‘boa notícia’ de um desconto médio de 20% na conta de luz. A má notícia, não anunciada, é que algumas usinas não aceitaram renovar suas concessões, pela baixa remuneração da energia. A consequência foi que as distribuidoras ficaram sem parte dos contratos para receber as cotas de energia e tiveram que recorrer ao mercado livre para comprar energia e honrar a entrega ao consumidor.
O problema é que no mercado livre o preço flutua conforme as condições do sistema. Quando os reservatórios estão cheios, o preço cai, quando estão baixos, o preço sobe. Em um momento de crise hídrica, os custos foram elevadíssimos. Para se ter uma ideia, em 2011 os preços eram próximos a R$ 30/MWh e, em 2014, com o baixo nível dos reservatórios, o preço máximo atingiu quase 30 vezes esse valor.
A soma de todos esses acontecimentos no setor elétrico traz como resultado uma dívida de dezenas de bilhões de reais. Na prática, a conta de luz que teve um desconto de 20% em 2013 depois do anúncio de Dilma, hoje, está cerca de 60% mais cara para o consumidor residencial. Em algumas regiões o aumento foi ainda maior.
A situação atual demonstra a fragilidade de uma matriz elétrica alicerçada no binômio hidrotérmico, além da falta de planejamento para a utilização dos recursos naturais do Brasil, que poderia diversificar sua matriz e investir em seu abundante potencial de sol e de vento. O argumento de que essas fontes são caras é um mito. A geração eólica já é a segunda mais barata do País e a solar apresentou redução de preço e está no mesmo patamar de outras fontes.
Hoje, cerca de 600 brasileiros já optaram por instalar sistemas próprios em suas casas e estabelecimentos, sendo beneficiados pela redução na conta. Há  um potencial imenso para a geração distribuída, que, além de beneficiar o consumidor final, traz eficiência a todo o sistema. Potencial e necessidade existem. O que nos falta são incentivos para seguir na direção das novas renováveis, pois se depender do sol e do vento o Brasil não fica sem energia.