Thursday, June 30, 2016

Ação no Pará desvenda quadrilha de grilagem de terra e desmatamento

A Polícia Federal estima que apenas um dos investigados tenha sido responsável pelo desmatamento de 29 mil hectares. O grupo teria movimentado mais de R$ 1 bilhão, entre 2012 e 2015, grande parte com origem ilícita
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Receita Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagraram hoje (30) a operação Rios Voadores, que tem como objetivo desarticular um quadrilha especializada em desmatamento e grilagem de terras no Pará.
Entre as práticas cometidas pelo grupo organizado, que tinha braços também no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo, estão fraudes de documentos oficiais e o uso de “testas de ferro”, que forneciam os seus nomes e informações para o registro de terras ocupadas ilegalmente. De acordo com a investigação, depois de griladas, as terras eram destinadas à agropecuária.
Na manhã desta quinta-feira foram cumpridas 51 medidas judiciais expedidas pela Justiça Federal de Altamira, sendo 24 prisões preventivas, 9 conduções coercitivas e 18 mandados de busca e apreensão em empresas e residências. As ações ocorreram no distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira e Novo Progresso, no sudoeste do Pará, e ainda em SP, SC, MT e MS.
Consta na investigação que o principal investigado desmatou entre 2012 e 2014 mais de 29 mil hectares e foi multado pelo Ibama em R$119 milhões. Segundo a Receita Federal, o grupo composto de pessoas físicas e jurídicas movimentou mais de R$ 1 bilhão entre 2012 e 2015, “grande parte de origem ilícita ou incompatível com os rendimentos dos titulares das contas”.
O nome da operação é uma alusão a um dos mais importantes serviços ambientais prestados pela Amazônia: o transporte de água para todo o continente através das nuvens, os chamados Rios Voadores. As árvores da floresta amazônica bombeiam do solo e transpiram para a atmosfera cerca de 20 bilhões de toneladas de água por dia, que é transportada pelas nuvens, até colidir com a Cordilheira dos Andes e cair em forma de chuva no centro-sul do país.
Operações como a deflagrada hoje são de extrema importância para combater os crimes que levam à destruição da floresta Amazônica e para combater os efeitos climáticos decorrentes de sua destruição. Mas é igualmente importante que aqueles que praticam as infrações sejam devidamente penalizados, e não fiquem livres, como é o caso de Ezequiel Castanha.
Em fevereiro de 2015, Ezequiel Castanha, conhecido como o maior desmatador da Amazônia, foi preso na operação “Castanheira”. Mas não durou muito e, em outubro do mesmo ano, a Justiça Federal concedeu habeas corpus para que Ezequiel responda ao processo em liberdade. Ezequiel Castanha é acusado de crimes como grilagem de terra, desmatamento em terras públicas, furto de madeira, atuação em quadrilha e lavagem de dinheiro.
“Permitir que criminosos como Ezequiel fiquem impunes só estimula a continuidade de crimes que levam à derrubada das florestas. A justiça precisa encarar com mais seriedade o problema,  o desmatamento persiste e à ele estão atrelados casos gravíssimos de violência no campo, que continuam sem solução”, afirma Cristiane Mazzetti, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Por isso compromissos que levem ao fim do desmatamento, tais como a Moratória da Soja e o Compromisso Público da Pecuária, devem ser fortalecidos e adotados por outros setores produtivos e governos. Cessar a destruição das florestas é tarefa urgente e também um desejo da sociedade brasileira, que entregou, em outubro de 2015, uma Proposta de Lei no Congresso Nacional pedindo o Desmatamento Zero para todas as florestas do Brasil.

Wednesday, June 29, 2016

So how did they get that grand piano to the Arctic?

Blogpost by Mike Fincken - 29 June, 2016 at 15:30 Add comment
 

Composer and Pianist Ludovico Einaudi Performs in the Arctic Ocean. 16 Jun, 2016 © Pedro Armestre / Greenpeace
The Steinway baby grand piano was slung and swung on board in Germany, it was lashed down in the hold and we headed north. We took in a storm off the coast of Norway where green seas were shipped over the pitching bow and portholes resembled washing machines. As the degrees of latitude rose, those of temperature dropped. When we crossed the Arctic Circle and all the time we traveled I wondered what sound would finally come out of that adventurous piano.
Ludovico joined in Longyearbyen. We took him out onto the fjords in search of ice. It wasn't difficult to find. 28 miles from Longyearbyen is Wahlenbergbreen – a surging glacier. I approached slowly, bringing the Arctic Sunrise into Yoldiabukta Bay, looking for leads through the ice and weaving my way between aquamarine icebergs and bergy bits so striped with moraine that they resembled select candies.
In the last mile we left our satellite footprint behind. We had found the edge of the world and became unplugged from distraction. All attention became focused on the elements of the bay whilst our intention was firmly founded on Saving The Arctic. A ringed seal craned its neck from atop a block of ice and watched the Greenpeace boat glide slowly past.
I found anchorage in a depth of 60 meters of water in position 78°29'N 14°18'E just 550 meters off the ice wall. The stage was lowered to the water, set with geometric angles that reflected the arctic light. The baby-grand was set upon the stage and a piano stool passed out the pilot door. Ludovico donned a lifejacket and stepped off the boat.



When his fingers struck the first keys I was standing at the pilot door to the Arctic Sunrise. Ludovico Einaudi, rafted up beside the ship, played the first note of Elegy to the Arctic. The moment was suspended above the lapping sound of water and the crystalline chink of ice melting. My spine tingled and I wept – it was beautiful beyond words. He floated away with his grand piano towed behind a dinghy. The music drifted up, punctuated by the ice cliffs imploding, rumbling, plunging and as if in applause the collapsing ice sent waves racing out to rock us all together.
He played for the Arctic Terns, the Awks, the White Winged Gulls and the Black Legged Kittiwakes. He played for the crew of the Arctic Sunrise. He played for the 8 million who have lent their signatures to Save The Arctic. He played for those generations to come and he played for my son, Gwynfi on his 4th birthday.
Captain Mike Fincken has been sailing with Greenpeace for over 20 years.

Corpo de Nicinha é encontrado após cinco meses desaparecido

Greenpeace lamenta o assassinato de Nicinha e é solidário a seus familiares e ao MAB

A pescadora Nilce de Souza Magalhães, a Nicinha, cujo corpo foi encontrado na última terça (21) (©Divulgação/MAB)

Na terça-feira (21 de junho), recebemos a triste confirmação de que mais uma ativista foi assassinada no Brasil. O corpo de Nilce de Souza Magalhães, a Nicinha, ativista do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), que estava desaparecido desde janeiro, foi encontrado na usina hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO).
Nicinha era uma das pessoas atingidas diretamente pela construção de Jirau e não tinha conseguido ser reassentada. Esse foi o começo de sua luta pelo direito dos atingidos por barragens na região.
"Difícil afirmar exatamente o que houve mas, ainda que indiretamente, o verdadeiro culpado pela morte é a construção das barragens, da forma que foram construídas em Rondônia", disse o integrante do MAB Guilherme Weimann ao jornal Folha de S. Paulo.
Em 2015, o Brasil foi o país com mais assassinatos de militantes ambientais no mundo. A morte de Nicinha não pode ser esquecida e é necessário que haja justiça para que seja possível colocar um fim à violência no Brasil contra aqueles que lutam por seus direitos e pela proteção do meio ambiente.

Arte Tapajós: arte e protesto para salvar o coração da Amazônia

Em julho, artistas do mundo todo participarão de um dia de arte em apoio aos índios Munduruku e sua luta pela conservação do Rio Tapajós. Todos podem participar, saiba como.
Em apoio ao povo Munduruku, que luta há mais de 30 anos contra os planos do governo de construir um complexo hidrelétrico no Rio Tapajós, no coração da Amazônia, artistas do mundo todo participarão de um dia de arte de rua e protesto contra a usina de São Luiz do Tapajós: é o Arte Tapajós. O Rio Tapajós é lar de diversos povos indígenas e abriga uma biodiversidade incomparável e trata-se de um dos últimos rios livres da Amazônia.
O evento acontecerá nos dias 9 e 10 de julho, quando artistas convidados pelo Greenpeace executarão grandes painéis de grafiti em três capitais do Brasil: São Paulo, Manaus e Rio de Janeiro, levando cor e informação à estas grandes metrópoles brasileiras, tão distantes da realidade da Amazônia.

Os artistas convidados doarão sua arte e seu trabalho para fortalecer a luta dos Munduruku, ajudando a amplificar sua voz. Mas qualquer pessoa pode participar, com qualquer tipo de arte de rua!
Para quem nunca fez arte urbana, mas não quer ficar de fora, essa é a oportunidade perfeita para começar! Acesse os kits disponíveis no site e siga as dicas do Greenpeace de como fazer um stencil ou um lambe-lambe. Aqui você encontra todas as informações que irá precisar para escolher um bom local e começar. Daí é só juntar os amigos e promover sua própria arte em defesa do Tapajós na sua cidade.
Você pode cadastrar uma atividade no site de mobilização O Bugio e divulgar seu evento. No dia, você também pode organizar outros eventos e intervenções, como oficinas de camisetas, palestras e até shows de música e compartilhar sua manifestação com o mundo!
Mostre que você também quer proteger o coração da Amazônia e mostre que as barragens hidrelétricas são um mau negócio para o Brasil, seus povos e sua biodiversidade. Junte-se aos Munduruku para proteger o coração pulsante da floresta.

Manuais para intervenções artísticas

(*antes de fazer seu Lambe ou Stencil, verifique se é possível conseguir uma autorização para utilizar o muro. Para mais informações, leia o manual abaixo "Faça você mesmo - Tudo o que você precisa saber antes de começar)
Tudo o que você precisa saber antes de começar – faça você mesmo
PDF
Projeção – faça você mesmo
PDF
Direitos básicos – faça você mesmo
PDF
Guia prático de como lamber
PDF
Estampando Camisetas
PDF
Como fazer um banner, cartaz ou bandeira
PDF
Intervenções Criativas
PDF
Flash Mob
PDF
Pegada Verde
PDF

Organize e inscreva seu evento n'O Bugio



organize seu próprio evento



Tuesday, June 28, 2016

Após um ano de testes, Programa Ruas Abertas é oficializado pela prefeitura

Prefeitura de São Paulo também criou Comitê de Acompanhamento e Fortalecimento do Programa Ruas Abertas. A ideia é dialogar com a sociedade civil para desenvolver o programa e incentivar a ocupação do espaço público restringindo o uso do automóvel. 

Em 2015, prefeitura oficializou o fechamento da Avenida Paulista (©creative commons)

Uma das dez maiores cidades do mundo dá um passo importante para que seus cidadãos possam se apropriar cada vez mais do espaço público. Neste sábado, a Prefeitura de São Paulo publicou o decreto que institui o Programa Ruas Abertas como um programa permanente na cidade. Além de oficializá-lo, Haddad também criou um Comitê de Acompanhamento e Fortalecimento do Programa Ruas Abertas, composto por organizações da sociedade civil e ligado diretamente ao gabinete do prefeito, com o objetivo de avaliar o programa e propor soluções para que o uso de ruas e avenidas para pedestres e ciclistas seja aprimorado. Na prática, a constituição do Comitê ajuda a construir uma cidade mais humana na qual, por exemplo, atividades esportivas e culturais acontecem na rua.
Além de uma maior ocupação das ruas e das avenidas de São Paulo, o programa “Ruas Abertas” incentiva a ampliação de espaços de lazer e promove a consolidação das relações sociais nos bairros, com mais inclusão cultural e com a recuperação urbana de espaços degradados e sem uso.
“Faz um ano que os paulistanos passaram a ocupar a Avenida Paulista aos domingos e, com a publicação do decreto, abre-se o caminho para que essas atividades possam ganhar a cidade toda com a qualidade que os cidadãos e cidadãs merecem.”, afirma Vitor Leal, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. “A partir do momento em que vivemos a experiência de uma rua aberta, ocupada pelas pessoas, silenciosa e menos poluída, também começamos a ver que a cidade não precisa ser refém dos automóveis. A gente descobre que outra cidade é possível”, conclui Leal.
Um grupo de cinco organizações, Cidade Ativa, Sampapé, Bike Anjo, Minha Sampa e Greenpeace, esteve reunido com o prefeito Fernando Haddad (PT) na última semana, e pediu a oficialização do programa Ruas Abertas, com regulamentação e orçamento próprio. Algumas sugestões sobre a implantação do programa foram levadas pelo grupo à Prefeitura, baseadas em experiências que essas e outras organizações tiveram com as Ruas Abertas. Nos últimos seis meses, Greenpeace, Bike Anjo, Sampapé e Cidade Ativa se articulam com a população e gestores locais para que a avenida Luiz Dumont Villares, na Zona Norte, torne-se uma via aberta.
A avenida foi selecionada por conectar diversos equipamentos públicos e privados de cultura e lazer e por ter fácil acesso pela proximidade do terminal urbano de ônibus e da estação de metrô Parada Inglesa. Trata-se de uma via central, próxima à subprefeitura, e identificou-se que o comércio de rua tende a ser beneficiado pelo programa. Além disso, o transtorno aos moradores seria baixo visto que a região tem um perfil mais comercial e já recebe ciclofaixa de lazer. Com isso, o grupo quer mostrar os benefícios que o programa pode trazer para a população, ajudando na descentralização do Programa para outras áreas da cidade.

Monday, June 27, 2016

Brazil: the most dangerous country for environmental activists in 2015

Blogpost by Márcio Astrini

Last year was the worst year on record for the murder of environmental activists, and more killings took place in Brazil than in any other country in the world.
Illegal Logs in Ka’apor Indigenous Land in Brazil. 1 Sep, 2015  © Lunae Parracho / Greenpeace
Activists across the globe are facing increasing violence as they stand up for the planet. An environmental defender was assassinated almost every other day in 2015, according to a new report from Global Witness.
Of those killed, a severely disproportionate number – 40 percent – were Indigenous People. And 50 of the 185 murders worldwide took place in Brazil.
Global Witness found that fights against mining projects, agribusiness expansion and the construction of new hydroelectric plants were the main causes of the killings. Not coincidentally, these are the three priority areas for the supposed development agenda of the Brazilian government.
Brazil is facing an escalation of violence in remote areas, and murderers often face no consequences. Almost all of the murders of environmental defenders in Brazil took place in the Amazon, where criminal activity is common. The lack of governance in the region victimizes the forest and its people.
Only days ago, a Greenpeace Brazil team conducted a flight over ​​the Sawre Maybu Indigenous Land in the heart of the Amazon – home of the Munduruku Indigenous People – and found evidence of illegal logging and mining activities.
Timber found at the northern limit between the Itaituba 2 National Forest and the Sawré Muybu indigenous village is evidence of the presence of illegal loggers. This is along the Jamanxim River, the main tributary of the Tapajós, at Itaituba city, in Pará State, Brazil. 2016. Photo Credit: Rogério Assis/Greenpeace
Just last week, there were clashes and deaths in three Brazilian states. In the state of Pará, Sergeant João Luiz de Maria Pereira was killed during an operation against illegal deforestation in the Jamanxim National Forest of Novo Progresso.
In Mato Grosso do Sul, a Guarani-Kaiowá Indigenous Person was shot dead in a 70 farmer attack on a farm neighbouring the Tey'i Kue Indigenous Land. Six other Indigenous People were hospitalized with gunshot wounds, including a 12-year-old child.
And in Maranhão, the Ka'apor people of the Alto Turiaçú Indigenous Land live under constant threat of attack. To prevent the invasion of their land and forest destruction, they have begun monitoring and patrolling their territory, but his has upset farmers and loggers seeking to exploit it. According to organisations that support the Ka'apor people, farmers and loggers are planning to attack villages. Yet the government agencies responsible for the safety of Indigenous People and their territory are not taking action.
Ka’apor People set up cameras to fight Amazon destruction. 28 Aug, 2015.   © Lunae Parracho / Greenpeace
If the Brazilian government doesn't immediately implement measures to address this growing violence – if it continues weakening the rights of Indigenous and traditional Peoples in the name of economic interests – there is no doubt that there will be more victims.
Environmental defenders are putting their lives at risk to protect their lands, forests and rivers against destructive industries. We must stand in solidarity with them – no matter where we are in the world.
You can start now. Stand with the Munduruku Indigenous People of Brazil, who are fighting to keep their traditional territory in the heart of the Amazon from being devastated by a massive dam.
Márcio Astrini is the public policy coordinator for Greenpeace Brazil.
Another version of this blog was posted by Greenpeace Brazil.

Greenpeace reaction to UK decision to leave EU

Blogpost by John Sauven - 27 June, 2016 at 11:29
 
Climate banner at Big Ben, London
Reacting to the vote to leave the EU, Greenpeace UK executive director John Sauven said:
"Many of the laws that make our drinking and bathing water safe, our air cleaner, our fishing industry more sustainable and our climate safer now hang by a thread. But Greenpeace is determined that this country does not go back to year zero on environmental protection.
"Over the coming months we all need to demand that the government replaces European regulations protecting nature with new UK laws that are just as strong.
"There is a very real fear that Cameron's successor will come from the school that supports a bonfire of anti-pollution protections. The climate change-denying wing of the Conservative Party will be strengthened by this vote for Brexit. That means the green movement, indeed every Briton who values a clean and safe environment, may need to stand up for nature in the face of an attack on the natural world.
"The environment barely featured in this campaign. Whoever comes to occupy Downing Street does not have a mandate to gut the environmental laws that we all rely on to protect us from pollution."
John Sauven is the Executive Director of Greenpeace UK.

Friday, June 24, 2016

My first time in the Arctic

Blogpost by Paloma

This week held huge hope for the Arctic. We could have seen the start of a sanctuary protecting one of the most pristine and beautiful parts of our planet. But OSPAR nations meeting in Tenerife, Spain have failed the Arctic. Three countries, Norway, Denmark and Iceland, refused to engage in negotiations. As a result, the icy waters remain exposed to threats such as destructive fishing and risky oil drilling. 
As a deckhand on the Greenpeace ship Arctic Sunrise, these last few urgent weeks of campaigning brought me to the Arctic. I witnessed first hand, for the first time, what millions of us worldwide are campaigning so hard to project.  
One week ago, the Arctic Sunrise was sailing from Longyearbyen, on the west coast of Svalbard, Norway, up to uncharted waters to the north. A crucial week leading up to the OSPAR meeting that could result in the protection of the first ten percent of this sanctuary, and the first internationally recognized protection for the North Pole. I’m below deck cutting giant letters spelling Save the Arctic out of particle board with a table saw, encased in noise-canceling headphones and goggles, trying to keep the edges straight and not cut off my fingers. The boson, a long-haired Kiwi named Grant, comes over to check up on the deck crew and tells us to go outside, because it’s really beautiful.
When I walk onto the deck, I gasp.
Arctic Sunrise in Svalbard, 16 April 2016. © Rasmus Tornqvist / GreenpeaceThe Greenpeace ship Arctic Sunrise in Svalbard
We are surrounded absolutely by wilderness amid myriad pieces of ice, some as big as a truck, others the size of my fist. Ringing our horizon are snow-capped mountains, veins of snow weeping down their sides. The sea is glassy, reflecting a mirror image. In front of the bow, 500 kilometers away, is the towering, cracked wall of a surging glacier. All is still and silent, save for the tinkle and slap of water and ice. It’s like being in a frozen cathedral, voices intuitively hushed by the sheer power of this alien land.
I’ve spent years talking about the Arctic, knocking on doors and telling people why we need to protect this place from extractive industries like oil drilling, companies like Shell and Gazprom who take advantage of the melting sea ice brought on by a global climate crisis they helped create. I’ve watched documentaries, I’ve looked at countless photos, but nothing could prepare me for this moment, for actually being here. A year ago, to the day, I was in a kayak in the port of Seattle, Washington, paddling in a watery blockade in front of the Polar Pioneer, Shell’s giant oil rig that was headed for the Arctic. I never imagined I would actually be in the Arctic the following year.
 Sun over the Arctic Ocean in Svalbard, 11 April 2016. © Nick Cobbing / GreenpeaceSun over the Arctic Ocean in Svalbard
It’s the most beautiful place I’ve ever been. Tears of awe fill my eyes.
I want to be outside all the time, drinking in the beauty of this place. Every piece of ice is different. There are dark brown ones caked in mud, translucent chunks, electric blues, perfectly white mounds. As they melt, the waterline tends to melt faster, giving the illusion the icebergs are levitating a few inches above the sea. A seal keeps poking its head up to watch our activities, and when I’m crewing the RHIB, one of our small boats, he pops up just a couple meters away, black eyes looking curiously in our direction, with an eerily human-like face like that of a wise old man. Fulmars and gulls circle the ship, and little auks, being really bad at flying, paddle around the increasingly slushy ocean. Every now and then we hear a noise like thunder, and a pillar of ice calves off and fall into the sea, sending up a white cloud and moving the fabric of the ocean in rolling waves as the great chunks of ice tipped to find balance in the sea.
We’re here just two never-ending days, confusing our internal rhythms with the twenty-four hours of daylight. The longer we stay, the more we’re reminded just how wild this place is. The glacier crumbles before our eyes with increasing frequency, filling the ocean with more and bigger ice, the water covered in slush between the bigger growlers and bergy bits (each size of floating ice has a name, I found out through listening in to our ice navigator giving lessons on the bridge). As we heave the anchor to leave, I’m lucky enough to catch a sort of Fourth of July fireworks show grand finale, as towering pillar after pillar cracks off and smashes into the sea.
Ice Floating on the Arctic Ocean, 1 April 2016. © Nick Cobbing / GreenpeaceIce Floating on the Arctic Ocean
Before I came here, I understood on an intellectual level why we need to save the Arctic, but never before have I felt the power of a place like this so deeply. Being here, surrounded by this frozen wonderland, it’s unconscionable to think of an oil rig or a trawling ship plowing through these waters. I think of the delegates of OSPAR, deciding on the fate of ten percent of the Arctic sanctuary that we’ve been working for, and I wish that instead of meeting in sunny Tenerife, they could have met here, voices hushed as they take in one of our last wild places, and perhaps our friend the seal could witness them breathe in the cold air, all debate melting like ice back into the sea. If they had witnessed the beauty of the Arctic this week, maybe their decision would be have been different.
Raise your voice to protect the Arctic.
Paloma, from Los Angeles, California, USA, is a Volunteer Deckhand onboard the Arctic Sunrise.

Greenpeace formaliza denúncia de ameaças ao povo Ka’apor na TI Alto Turiaçu

As ameaças ao povo Ka’apor se intensificam no Maranhão e denúncia formal com pedido de proteção aos indígenas e à seu território é protocolada em órgãos oficiais do governo 

Indígenas Ka'apor queimam madeira ilegal encontrada perto da Terra Indígena Alto Turiaçu, no norte do Maranhão. (©Lunaé Parracho/Greenpeace)

Após visita a campo e contato com pessoas e organizações que apoiam o povo Ka’apor, no Maranhão, o Greenpeace protocolou recentemente uma denúncia para os Ministérios do Meio Ambiente e Justiça, Ibama, Ministério Público Federal e Polícia Federal, expondo as graves ameaças que os indígenas vêm sofrendo durante as últimas semanas.
Fazendeiros e madeireiros da região ameaçam invadir aldeias a qualquer momento, além de impedir o trânsito dos indígenas entre os municípios e povoados vizinhos. Incomodados com as atividades de monitoramento e proteção do território que os Ka’apor têm realizado de forma autônoma, desde 2010, para proteger sua casa e impedir a destruição da floresta, esses invasores intensificam a cada dia as ameaças contra lideranças indígenas.
Na semana passada, segundo informações de organizações que apoiam a luta dos  Ka’apor, duas lideranças indígenas foram ameaçadas de morte e forçadas a entregar os planos e os nomes dos envolvidos com as atividades de proteção territorial. “Os madeireiros e fazendeiros estão aumentando a pressão e as ameaças aos indígenas porque tem certeza de que seguirão impunes. Até hoje, depois de mais de um ano do assassinato de Ezequiel Ka’apor, liderança da TI Alto Turiaçu, ninguém foi acusado formalmente pelo crime”, diz Rômulo Batista, da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.
Alguns relatos indicam que as lideranças já não podem mais circular em certas regiões e estão sem acesso aos municípios próximos para atendimento à saúde e abastecimento de mantimentos. “O governo precisa tomar providências urgentes para garantir a integridade física do Povo Ka’apor, de seu território e sua cultura”, afirma Batista.
O Brasil é o país com mais assassinatos de militantes ambientais e direitos territoriais no mundo. Em 2015, das 185 mortes decorrentes de conflitos no campo, 50 aconteceram no Brasil e a vasta maioria se passou na Amazônia. Além do Maranhão, outros dois Estados tiveram casos recentes de violência. O sargento João Luiz de Maria Pereira foi assassinado no Pará durante operação de combate ao desmatamento ilegal na Floresta Nacional do Jamanxim, em Novo Progresso. Já no Mato Grosso do Sul, um indígena Guarani-Kaiowá foi morto a tiros devido a um ataque de 70 fazendeiros na Fazenda Yvu, vizinha à reserva Tey'i Kue, no município de Caarapó.
O problema da violência no campo no Brasil não é recente. O abandono por parte do poder público de áreas que deveriam ser protegidas tem estimulado a ação de todo o tipo de atividade ilegal na Amazônia. Isto vem com altas doses de violência, mortes e destruição, que acabam sendo encorajadas por constantes ataques aos direitos indígenas que acontecem dentro do próprio Congresso.
“Se seguirmos a atual tendência de enfraquecer a legislação ambiental e os direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, teremos sempre novas vítimas. Precisamos mudar esta realidade sombria e implementar medidas como a criação de Unidades de Conservação e Terras Indígenas” diz Batista. Ele ainda concluiu que “também é necessário ter uma real politica de proteção terrítorial dessas áreas, que são segundo a ciência, a maneira mais eficiente de combater o desmatamento na Amazônia, além de serem essenciais para a sobrevivência da cultura indígena e de outras populações tradicionais”, conclui Batista.

Thursday, June 23, 2016

Lideranças do povo Munduruku iniciam mapeamento da TI Sawré Muybu

Mundurukus da Terra Indígena Sawré Muybu dão início ao mapeamento participativo do seu território no Rio Tapajós e fazem levantamento dos locais importantes para sua sobrevivência física e cultural. 

Munduruku durante mapeamento participativo na aldeia Sawré Muybu, no Rio Tapajós (©Marizilda Cruppe/Greenpeace)

Debruçados ao redor de uma grande folha de papel em branco, os Munduruku da Terra Indígena Sawré Muybu iniciaram, esta semana, o mapeamento participativo do seu território no Rio Tapajós. O objetivo dessa iniciativa é fazer um levantamento dos lugares importantes para a sobrevivência física e cultural do povo, especialmente aqueles que estão ameaçados pela construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.
O mapeamento é baseado nos conhecimentos ecológicos dos Munduruku e de suas tradições e faz parte da série de atividades que estão sendo desenvolvidas pelos Mundurukus, na aldeia, com a participação de ativistas do Greenpeace.
“Além de documentar o uso e sua relação com o território, a iniciativa também busca se constituir como um instrumento político de diálogo com a sociedade, garantindo as informações necessárias para que esta exija do governo federal o respeito ao direito originário do povo Munduruku sobre seu território”, explica Renata Nitta, coordenadora de pesquisa do Greenpeace Brasil e coordenadora desse projeto.
Após um amplo processo de pactuação, as lideranças Munduruku decidiram que os homens farão o mapeamento dos locais onde eles desenvolvem atividades como pesca, caça e extrativismo na floresta, enquanto as mulheres farão o levantamento das casas com seus quintais e roças ricas em agrobiodiversidade, evidenciando os impactos que as hidrelétricas trariam a região e ao modo de vida do povo.

Munduruku durante mapeamento participativo na aldeia Sawré Muybu, no Rio Tapajós (©Marizilda Cruppe/Greenpeace)
Hoje (23/06), por exemplo, elas vão mostrar onde coletam as formigas saúva, registrando suas práticas e conhecimentos tradicionais sobre esta espécie.
O antropólogo Thiago Cardoso, que faz parte do grupo de profissionais que acompanha o trabalho, diz que com o mapeamento será possível entender melhor as ligações entre todos os elementos da floresta. “O Tapajós não é um vazio, existem pessoas, animais e plantas que vivem nesse local e tudo está interligado. Não existe destruir só 7% da floresta no território indigena, como querem fazer acreditar os relatórios do EIA-Rima para a construção da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, a destruição de uma parte da floresta afeta todos os seus habitantes.”
As 43 hidrelétricas planejadas para serem construídas na bacia do Rio Tapajós são hoje a maior ameaça para os povos que vivem ao longo dos mais de 490 mil quilômetros quadrados da bacia. Se construída, a maior delas, São Luiz do Tapajós alagará perto de 400 quilômetros quadrados de floresta e uma série de outros ecossistemas importantes para a sobrevivência dos Munduruku e de outras populações tradicionais que habitam o vale do rio Tapajós – como lagos, pedrais, ilhas e corredeiras.
O mapeamento se estende pelas próximas três semanas.

Alimentando a luta por um Tapajós Livre

Postado por Bruno Leão*

Me chamo Bruno Leão, tenho 23 anos e sou voluntário do Greenpeace no grupo de Florianópolis. Nasci em Manaus, onde comecei meu voluntariado, em 2010. Mas desde 2013 vivo na capital catarinense, onde ajudei a fundar o grupo de voluntários da cidade.
Estou na aldeia Sawré Muybu para ajudar o time da cozinha durante as atividades realizadas pelos Munduruku e ativistas pela proteção do coração da Amazônia. Para nós, o dia começa bem cedo (por volta das 5h). Somos os primeiros a levantar e geralmente os últimos a ir dormir, pois nosso papel é garantir que todos os ativistas e Munduruku estejam bem alimentados, já que o trabalho é sempre muito pesado para todos.

Cozinha instalada na aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku, para dar apoio a ativistas e indígenas durante atividades de proteção ao território e contra as hidrelétricas (©Greenpeace)
  Na cozinha não paramos nem um segundo, há sempre panelas para lavar, verduras para picar, pois a comida é feita em grandes quantidades. Somos responsáveis pela alimentação de mais de 50 pessoas! Mesmo assim, é muito legal ver o time da cozinha trabalhando unido, sempre muito animado, fazendo piada desde que acorda até a hora do jantar.
É também na cozinha que temos contato com todos que estão aqui. Logística, jornalistas, caciques…todos passam por lá e temos a chance de conhecer, conversar, e ver a especificidades do trabalho de cada um, os seus costumes e culturas diferentes.
Aqui na comunidade existem muitas crianças. Muitas mesmo! E elas estão sempre circulando em volta da cozinha, brincando, conversando e pedindo coisas. Nós as ensinamos a lavar os próprios pratos e tem sido muito engraçado. Até as que não alcançam a altura da pia se organizam para lavar seus pratos, mesmo que para isso alguém tenha que carregá-las.
Conhecer voluntários de outros países também é algo muito legal.  Ver que mesmo estando em países muito distantes, com culturas muito diferentes umas das outras, somos muito parecidos. Que a paixão que nos move é a mesma: lutar por um mundo melhor para todos.
Foi pensando nisso que, junto com a campaigner de Floresta da Itália, a Martina, tivemos a ideia de reunir todos os voluntários para compartilhar nossas experiências, contar um pouco sobre nossos grupos e as ações que realizamos em nossas cidades e enviar uma mensagem para os voluntários que não puderam estar aqui para inspirá-los. Acredito que isso será incrível para os voluntários e estou muito orgulhoso de fazer parte disso.
No fim, vir para o Tapajós está sendo uma escola.  Nem tudo é fácil, claro. Mas saber o porquê de estarmos aqui e ver que estamos todos lutando por um mesmo objetivo, faz qualquer dificuldade parecer pequena demais e qualquer esforço válido. Tudo o que posso hoje é me sentir agradecido, pois faço parte de uma luta legítima. É pelo futuro de todos que estamos aqui e todo o esforço faz diferença.
Junte-se a nós e assine a petiçãohttp://br.heartofamazon.org
*Bruno Leão é voluntário do Greenpeace

De volta à tragédia

Postado por Fabiana Alves* - 23 - jun - 2016 às 9:25 Adicionar comentário
 

O Rio Doce continua com a tonalidade marrom causada pela lama (© Fabiana Alves / Greenpace)
Nesse mês de junho, retornamos às margens do Rio Doce para verificar a situação da região e apresentar à sociedade estudos que serão desenvolvidos nos próximos seis meses sobre a fauna, flora e água locais, além dos direitos dos impactados.
Aterrissamos em Belo Horizonte (MG) e logo seguimos para Mariana de carro para começar os encontros e reuniões com os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, formada pela brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.
A cidade continua bonita e acolhedora, mas ao conversar com as pessoas, fica evidente o impacto que a destruição do subdistrito de Bento Rodrigues teve em Mariana. Dependente da produção mineral para seu sustento, a cidade está sendo afetada economicamente e o desespero por uma solução rápida começa a fervilhar.
Bento Rodrigues não pode ser acessado sem a defesa civil de Mariana, que alerta para o risco do colapso da barragem de Germano – mostrando que pouco foi concretamente resolvido no local em termos de segurança. Um segundo colapso afetaria ainda mais um rio já tomado pelos rejeitos de mineração.
Mais de 260 famílias continuam sem local certo para a reconstrução de suas casa. Essas pessoas recebem um salário mínimo e uma cesta básica da Samarco, que prossegue com a estratégia assistencialista, fácil e barata para resolver a situação, já que pagar o mínimo é mais fácil que criar uma estrutura que dê condições para o trabalhador retornar seus sustento original e recuperar perdas físicas. Alguns moradores de Mariana culpam os atingidos pela situação econômica, que degringolou com o congelamento das atividades da Samarco, em uma clara inversão da ótica entre culpados e atingidos.
Nos outros municípios ao longo do Rio Doce impera o medo de uma possível contaminação da água. Em Governador Valadares (MG), onde não há outra fonte de captação de água que não seja o Doce, quem tem recursos compra água mineral, e ninguém mais consome peixe. O mesmo se repete em outras cidades, que também temem a contaminação dos alimentos irrigados com a água do rio. Linhares, no Espírito Santo, que sofre com a seca, além de não poder inaugurar o novo sistema de captação de água do Rio Doce, está exaurindo a água de suas famosas lagoas – agora barradas para não sofrerem contaminação.
Os Krenak conhecem há muito a maneira de negociar da Vale, já que a empresa possui uma linha férrea que passa no meio de sua Terra Indígena demarcada. A aldeia recebe água potável da Vale, pois se recusa a utilizar a água do Doce. A única alternativa de captação de água existente é o rio Eme, que está seco devido à estiagem e ao desmatamento. A seca piora a situação dos Krenak, dos pequenos agricultores e pecuaristas que dependem da irrigação para o cultivo. A dimensão do estrago causado por Samarco, Vale e BHP são ainda imensuráveis.
Quanto aos governos, a única política conjunta existente é o acordo interfederativo entre governo estadual, federal e Samarco, assinado em 2 de março, que não ouviu os atingidos e prefeituras afetadas pelo derramamento da lama, e deixou toda a solução nas mãos da empresa. O “Acordão”, como é chamado, está sendo questionado pelo Ministério Público Federal e diversas instituições, inclusive o Greenpeace, divulgaram uma carta de repúdio ao acerto.
Acabamos em Vitória, Espírito Santo, onde a pesca na foz do rio está proibida desde fevereiro em resposta à recomendação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Enquanto não se comprova o grau de contaminação da água, não há pesca. E mesmo que houvesse, como afirmam os pescadores, a população não consumiria.
Enquanto isso, discussões como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65 são levantadas no Congresso com o objetivo de enfraquecer o Licenciamento Ambiental para grandes obras com impactos ambientais e sociais. Vale lembrar também do novo Código de Mineração, que busca desburocratizar o processo, passando por cima de Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Quilombolas. Tudo em nome do progresso e desenvolvimento.
Os estudos selecionados pelo edital público do Rio de Gente em parceria com o Greenpeace foram bem recebidos por todos na região e chegam em um bom momento, uma vez que cada pesquisa pode ser uma chance de resposta para as questões do moradores e atingidos. O rompimento da barragem da Samarco já é um dos maiores desastres do século, e deve servir para que dirigentes percebam que o impacto ambiental sempre será um impacto social e econômico.

*Fabiana Alves é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil

Protesting at Siemens in defense of the Amazon’s Tapajós River

Blogpost by Jannes Stoppel 

Greenpeace activists are asking the company not to get involved in the construction of a enormous hydroelectric dam in the heart of the Amazon.
Greenpeace activists protest in front of Siemens Germany headquarters in Munich against Siemens' plans to get involved in the new mega-dam project at the Tapajos River in the Amazon. 15 Jun, 2016 © Bastian Arlt / Greenpeace
Last week, Greenpeace activists gathered at Siemens headquarters in Germany and the Netherlands to protest the company’s likely involvement in the São Luiz do Tapajós hydroelectric dam. If constructed, this massive dam would flood almost 400km² of Amazon rainforest and destroy the livelihoods of the Munduruku Indigenous people who’ve lived there for centuries.
Greenpeace activists are protest in front of Siemens Germany headquarters in Munich. 15 Jun, 2016  © Bastian Arlt / Greenpeace
Greenpeace Germany protesters hold a sign in front of Siemens headquarters that reads “Siemens, we want innovation instead of Amazon destruction” in German.
In Germany, the activists used the trunk of an illegally logged Amazon tree to highlight the deforestation the project would cause if it became a reality. They also marked a red line around the Munich-based headquarters to symbolize the ongoing unofficial demarcation of the Sawré Muybu Indigenous Territory, started last week by the Munduruku Indigenous People with the support of Greenpeace activists. Official recognition of Munduruku lands from the Brazilian government -- known as demarcation -- is the only way indigenous communities can gain the rights to their ancestral lands.
During the protest, Greenpeace Germany forest campaigner Sandra Hieke had a chance to present the CEO of Siemens, Joe Kaeser, with details of the destruction the São Luiz do Tapajós hydroelectric dam would cause to the Amazon rainforest and the Munduruku Indigenous People. And she gave him a new Greenpeace report that explains the problems hydro-dams cause in the Amazon and a new company briefing on Siemens (in German). This was the first direct conversation between the CEO and members of Greenpeace. Hieke also spoke with him about the human rights violations that occur as part of the construction of many hydroelectric dams in the Brazilian Amazon, like the Belo Monte Dam on the Xingu River. (To find out more, see the UN report published recently).
Amazon protest at Siemens Headquarter in Munich. 15 Jun, 2016, © Bastian Arlt / Greenpeace
Companies like Germany’s Siemens, who provide the technology for hydroelectric dams, must publicly commit to not become involved in the Tapajós project. Instead of contributing to the destruction of the Amazon, Siemens and other companies should help Brazil develop a future with truly clean energy, like solar and wind to meet the country’s energy supply needs.
Greenpeace offices around the world have asked Siemens not to get involved in this devastating project. But the company has yet to distance itself.
Your voice can help make the difference. Join the call to protect the heart of the Amazon and stand in solidarity with the Munduruku people to stop the São Luiz do Tapajós dam.
Jannes Stoppel is a Forest Campaigner at Greenpeace Germany.

O canto dos guerreiros

Postado por Vânia Alves* 

Os Munduruku demarcam seu território com placas similares às utilizadas pelo governo brasileiro (©Anderson Barbosa/Greenpeace)
 
Eram cinco e meia da manhã na aldeia Sawré Muybu. A lua cheia e as poucas estrelas que teimavam em se demorar no céu iluminavam o local quando começamos a ouvir um canto suave de vozes masculinas vindo do barracão onde funciona a escola da aldeia.
As vozes foram aumentando de intensidade e se transformando num canto vigoroso, acompanhado de pisadas fortes que ajudavam a marcar o ritmo. Eram os jovens guerreiros Munduruku que comemoravam a instalação de 10 placas que sinalizam os limites de seu território. O trabalho está sendo feito com a ajuda de voluntários do Greenpeace.
Munduruku demarcam seu território com apoio dos voluntários do Greenpeace (©Anderson Barbosa/Greenpeace)
 
Até meados de julho, outras 40 serão instaladas. A Terra Indígena Sawré Muybu ocupa uma área de aproximadamente 178 mil quilômetros quadrados no município de Itaituba, no Estado do Pará. Chegar até seus limites é um trabalho duro, que muitas vezes inclui longas caminhadas por dentro da mata, viagens de barco, subir em árvores altas, atravessar igarapés com lama até a cintura, entre outros desafios. “A gente faz essa dança e esse canto para dar disposição para o dia. O objetivo é trazer alegria”, conta Emerson Saw Munduruku, guerreiro e professor.
Chegar aos limites do território é um trabalho duro e inclui viagens de barco e subir em árvores (©Anderson Barbosa/Greenpeace)
 
A colocação das placas faz parte de uma série de outras atividades importantes para a luta contra a construção de hidrelétricas no Tapajós que os ativistas do Greenpeace estão desenvolvendo com os Munduruku.
Se construída, a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós alagará cerca de 400 quilômetros quadrados de floresta e diversos lugares importantes - como lagoas, pedrais, ilhas e corredeiras - para a sobrevivência dos Munduruku e de outras populações tradicionais que habitam o vale do rio Tapajós.
Junte-se a essa luta e vamos juntos salvar o Rio Tapajós no <3 a="" amaz="" da="" nia=""> 
*Vânia Alves é jornalista do Greenpeace

De mãe para mãe: que vida terão nossos filhos?

Postado por Rosana Villar*


Crianças na aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku
Me tornei mãe há quatro anos e aqui, na aldeia Sawré Muybu, tenho a oportunidade de entrar em contato com uma outra visão de maternidade, ao conviver com as mães e crianças Munduruku. Me encanta a organização social da comunidade, onde as crianças tem liberdade para ir, vir e brincar quando quiserem. Quem acha que isso as torna “incontroláveis” não poderia estar mais enganado. Elas se auto-organizam em uma sociedade própria, onde os maiores cuidam dos menores e todos zelam uns pelos outros. Cuidar do irmão menor não é uma obrigação, mas um prazer e é comum ver meninas de menos de dez anos carregando seus irmãos pela aldeia, brincando e nadando no igarapé. E todas ajudam nos afazeres da família.

Crianças na aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku
  Aqui não existem brinquedos. O que não é um problema, pois o mundo é a brincadeira.  As folhas, os frutos, pedaços de pau, sementes, tudo se transforma no imaginário dos pequenos.
Os gafanhotos tornam-se pipas, amarrados por linhas. Preso a um pedaço de corda, o velho garrafão de água, cortado ao meio, vira carro, barco, avião e os menores são puxados pelos maiores a toda velocidade. As risadas das crianças são som constante na aldeia.
Subir na árvore, pendurar-se de cabeça para baixo, e balançar é uma das brincadeiras preferidas. As vezes a árvore parece um “pé de criança”, de tantas que se juntam nos galhos para assistir ao futebol dos adultos. A partida dos homens e a das mulheres, clássicos do fim de tarde.

quarta-feira, 22 de junho de 2016 © ANDERSON BARBOSA/FRACTURES COLLECTIVE
  Há também as travessuras, comuns às crianças de todo o mundo. Os pequenos daqui gostam de pegar os “branquelos” de surpresa, com a mão cheia de Urucum, e pintar-lhes os rostos.
E há a liberdade.
Elas transitam pela aldeia e são respeitadas e protegidas por todos os adultos. Penso na minha filha, que ela não pode fazer isso. Em todos os riscos que ela corre na cidade, todas as violências a que ela está exposta e este medo é compartilhado com as mães Munduruku. Para elas, lutar contra a construção da barragem de São Luiz do Tapajós não trata-se de proteger sua própria vida, mas o futuro de seus filhos. De proteger a liberdade e segurança deles, como um rio que corre livre.

Crianças na aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku
  Outro dia conversava com Aldira Akai Munduruku, professora de língua materna da comunidade. Ela me disse que nasceu na aldeia, mas passou boa parte da infância em uma cidade próxima chamada Jacareacanga, onde a vida era muito difícil. Seus filhos nasceram em Sawré Muybu. Mas caso a barragem seja construída, eles terão que se mudar e sua aflição ao falar sobre o assunto era quase tangível, de tão instalada.
“As vezes lá as coisas faltavam. Aqui, a terra dá tudo e dinheiro não é um problema”. Na aldeia, os índios trabalham a terra, pescam, caçam, coletam frutos e ervas. O dinheiro que corre, é pouco. Mas o resultado de tanto serviço prestado salta aos olhos: uma imensidão verde sem fim, é floresta que não se acaba mais.

Crianças na aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku
  Me desconcentrei por alguns segundos e lembrei de uma foto que ví uma vez, de um grupo de mulheres indígenas sentadas numa calçada de concreto e barro de Altamira, com suas crianças no colo. Algumas das milhares de vítimas dos deslocamentos e inundações provocados por Belo Monte.  Quantas vezes teremos que ver estas mesmas cenas? Quantas crianças ainda vão deixar de viver livres? Quantos rios?
Sinto o medo de Aldira, de Margarete e de outras mães Mundurukus. Mas também sinto meu próprio medo, e o de Marias, Graças e Camilas e tantas mães, sobre o futuro de seus filhos. Que mundo vamos deixar para eles?
Junte-se a essa luta e vamos juntos salvar o Rio Tapajós no <3 a="" amaz="" da="" nia=""> 
*Rosana Villar é jornalista do Greenpeace

Estamos todos conectados

Postado por Oliver Salge*


Munduruku realizam a sinalização de seu território (©Anderson Barbosa/Greenpeace)
Na última segunda-feira cheguei a aldeia Sawré Muybu para me unir aos outros ativistas do Greenpeace na campanha para salvar o coração da Amazônia. É minha segunda vez aqui, mas agora há um sentimento diferente no ar, uma euforia que vem junto com a esperança de que o trabalho que estamos fazendo sirva para ampliar a voz dos Munduruku em sua luta contra a construção de uma grande hidrelétrica em seu Rio da Vida. Foram quase três anos de trabalho e alguns meses de preparação para chegarmos até aqui e agora, finalmente, podemos ver as coisas acontecerem.
Na manhã do meu segundo dia acompanhamos os Munduruku em uma atividade na mata. Eles estão instalando placas para sinalizar seu território, que eles mesmo demarcaram, cansados de esperar uma ação do governo. Cinco barcos repletos de guerreiros e famílias Munduruku seguiram até o local, por um imponente Rio Tapajós de águas esverdeadas.
Para alguns pode ser só uma placa, mas para o povo Munduruku é muito mais que isso. Simboliza o início de uma nova fase de sua longa luta, mas em um nível totalmente diferente.
Ontem trabalhava sozinho tarde da noite, no escritório de palha construído para receber ativistas e jornalistas na aldeia,  quando três adolescentes Munduruku chegaram ao barracão e começaram a olhar curiosos um quadro, onde colamos as imagens das ações que realizamos na Alemanha e na Holanda, em que utilizamos um banner que eles pintaram com suas mãos há mais ou menos oito semanas (e que está agora com a Siemens, em Munique). Expliquei para elas o que havia acontecido, que a Sandra, uma campaigner do Greenpeace Alemanha, falou com o chefe do Siemens sobre Tapajós e sobre a luta deles contra a usina e pediu para a empresa não se envolver no projeto.

Munduruku preparam faixa para protesto contra hidrelétricas (© Rogério Assis/Greenpeace)
Os três adolescentes estavam felizes. Talvez começando a compreender que todo o trabalho é conectado e que muitas pessoas do Greenpeace pelo mundo estão trabalhando para ‎apoia-los e para proteger a Amazônia
Parece que a ficha caiu, vi um sorriso nas rostos deles, e sinto fluir nas minhas veias a energia para continuar nosso trabalho aqui, juntos.
Foi um momento importante para mim. É em horas como essas que vemos que todo o trabalho valeu a pena. Tem tanta gente que pode fazer o bem, e nós podemos usar nosso tamanho e influência para divulgar uma historia tão importante quanto esta. Pois não viemos aqui para fazer o trabalho, viemos para apoiar a luta dos Munduruku, e isso me deixa muito feliz.
Acho que em alguns anos vamos olhar para esse momento com um sorriso no rosto, contando muitas histórias, de quando começamos nossa jornada aqui.
*Oliver Salge é da Campanha da Amazônia do Greenpeace

Tuesday, June 21, 2016

At 8 million strong, the Arctic story is just beginning

Blogpost by Trillia Fidei-Bagwell 

 he movement to save the Arctic has become a great story. It crystallises some of the big challenges of our time into something simple and compelling, a way for millions of people to make sense of the world and work together to improve it. For three years people across the world have joined together to seek a protected sanctuary around the north pole, and an end to destructive industry across the Arctic.
Volunteers create a human 'I Love Arctic' banner in Buenos Aires. 20 Apr, 2013,  © Martin Katz / Greenpeace
We’ve come a long way towards that vision. Today, over eight million people have joined our movement. We have helped force one of the richest oil companies on earth - Shell - into almost total retreat. Thirty brave people risked their liberty in Russia and helped put the issue under a fierce global spotlight. Arctic drilling now looks less likely than at any point in the last two decades, and it’s thanks to the incredible global community who make up this movement.
Greenpeace supporters protest in central Satiago to demand the release of the Arctic 30. 5 Oct, 2013
It’s hard to believe that it’s been just three years since we launched the campaign. In 2013 the Arctic was far from the political or financial agenda. The oil companies saw it as just another ‘play’, the logical next step in the hunt for the last drops of oil on earth. Politicians assumed that it would be carved up, exploited, sold. We set out to change this tired old story, to turn drilling for oil in the Arctic into a rallying call for people power.
Protest against Shell at Fredericia in Denmark. 30 Jun, 2015, © Jason White / Greenpeace
We’ve seen real drama along the way. The sight of a giant icebreaker forced to turn around in Portland was an incredible symbol of what people working together can do. On the other side of the world, thousands rode bicycles in Bangkok to celebrate a part of nature they might never see. These are just two amongst hundreds of events, rallies and actions. It is impossible to list them all.
'Act for Arctic' Ice Ride in Thailand. 4 Oct, 2014,  © Roengchai Kongmuang / Greenpeace
Behind the scenes, this campaign has chipped away at the foundations of power. Through working with big institutional investors we've helped transform the Arctic from a source of industry bravado to a place of massive risk, both financial and reputational. We’ve made it harder for companies looking to drill and fish in the far north to clean up their image through brand partnerships, diminishing their cultural influence. The impacts of this have extended beyond the Arctic circle, helping to weaken relationships between corporations and politicians elsewhere in the world.
Save the Arctic Ice Ride in Quezon City in the Philippines. 15 Sep, 2013, © Pat Roque / Greenpeace
And the politics are starting to change. Some of the most powerful countries in the Arctic now openly embrace an agenda of protection, not exploitation. We’re still some way from creating a sanctuary, but this dream seems more possible than ever before. We’ve put together a coalition of people, groups and cultural figures who see the importance of this work, and who lobby independently on its behalf.
Audrey Siegl and Emma Thompson at Shell HQ Protest in London. 2 Sep, 2015, © Jiri Rezac / Greenpeace
We always hoped that the Arctic campaign could ripple outwards across the world. The past three years has shown this happening in ways we never expected. When we win the campaign and create an Arctic sanctuary, when the oil companies retreat and Indigenous Peoples are treated with the respect they deserve, we will turn these small ripples into great waves of change. Together, we will save the Arctic. Thank you for being a part of this movement!
Banner Painting with with kids from a Haida Gwaii community. 23 May, 2015,  © Greenpeace / Keri Coles.
If you haven’t already, join more than 8 million people worldwide who want to #SaveTheArctic: www.savethearctic.org
Trillia Fidei-Bagwell is the Digital Engagement Team Leader for the Arctic campaign at Greenpeace International.

Monday, June 20, 2016

Ludovico Einaudi performs with 8 million voices to save the Arctic

Blogpost by Elvira Jiménez and Erlend Tellnes



The beauty of the Arctic is overwhelming. The cold, the silence and extraordinary sounds as the ice creaks, rumbles and falls. The pristine environment, with life popping out to welcome you when you least expect it. A unique place that people across the world want to protect.
Brede glacier in Viking bay, Scoresby Sund fjord, east coast of Greenland. 6 Sept 2015 © Christian Åslund / Greenpeace Brede glacier in Viking bay, Scoresby Sund fjord, east coast of Greenland.
Two weeks ago the Greenpeace ship Arctic Sunrise set off from the Netherlands carrying a very special load: the voices of eight million people. Messages from around the globe calling for governments to save the Arctic from threats such as oil drilling and destructive fishing.
Here are a few of the reasons why:
  • For its unique wildlife, including polar bears, narwhals and Arctic foxes
  • For future generations
  • Because it regulates the climate
  • Because it is a global treasure worth protecting from corporate greed
As the ship stopped in Svalbard, Norway, Europe’s gateway to the Arctic, it welcomed aboard a very special guest: renowned pianist and composer, Ludovico Einaudi. With him a grand piano, to undertake his most challenging performance yet, in the Arctic surrounded by ice.
Acclaimed Italian composer and pianist Ludovico Einaudi performs one of his own compositions on a floating platform in the Arctic Ocean, in front of the Wahlenbergbreen glacier in Svalbard, Norway. 16 June 2016 © Pedro Armestre / Greenpeace Acclaimed Italian composer and pianist Ludovico Einaudi performs on a floating platform in the Arctic Ocean.
Ludovico Einaudi has turned eight million voices into music, Elegy for the Arctic, specially composed to help protect what we love. As he performed this piece for the first time — in front of a magnificent surging glacier — the music echoed across the ice, a moment that will remain in our minds forever. 
The timing of Einaudi’s performance is not by chance. This week, delegates at the OSPAR Commission meeting in Tenerife, Spain, have an opportunity to take an important step in protecting the Arctic. The proposal before them would safeguard 10% of the Arctic ocean, an area roughly the size of the UK.
Polar Bear at OSPAR Meeting in Ostend. 24 June 2015, © Pedro Armestre/GreenpeacePolar Bear at OSPAR Meeting in Ostend.
And it is urgent. The Arctic ocean is the least protected sea in the world, its high seas currently have no legal safeguards. As the ice cover decreases with rising temperatures, this unique area is losing its frozen shield, leaving it exposed to reckless exploitation, destructive fishing trawlers and risky oil drilling.
The OSPAR Commission has a mandate to protect the marine environment of the northeast Atlantic, including part of the Arctic ocean. But three countries, Norway, Denmark and Iceland, who are listening to corporate interests, are keen to stop that from happening.
As Arctic states, even though they do not govern over the Arctic high seas, which fall north above their national waters, their opinion is weighted heavily and their influence is great.
We must show them that what they have is unique, that the Arctic is worth protecting and not to be risked for short term profit.
Ludovico Einaudi in the Arctic Ocean. June 16 2016 © Pedro Armestre / GreenpeaceLudovico Einaudi in the Arctic Ocean.
Until they they change their view, those who would risk the Arctic should not be heard over those calling to protect what we love, not over Ludovico's music, not over the piano and the glacier, not over 8 million voices.
Thank you for raising your voices to save the Arctic.


 Elvira Jiménez and Erlend Tellnes are Arctic Campaigners with Greenpeace Spain and Greenpeace Nordic.

Saturday, June 18, 2016

Alerta: ameaças ao povo Ka’apor se intensificam

Madeireiros e fazendeiros ameaçam invadir a Terra Indígena Alto Turiaçu a qualquer momento
O povo Ka’apor, da Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão está vivendo dias de tensão. Fazendeiros e madeireiros da região da Terra indígena Alto Turiaçú, incomodados com as atividades de monitoramento e proteção do território realizadas de forma autônoma pelos indígenas para impedir a invasão da área e a destruição da floresta, estão ameaçando invadir aldeias a qualquer momento.
As ameaças vêm à tona na mesma semana em que ocorreu o massacre contra os Guarani Kaiowa no Mato Grosso do Sul. “Estamos vivendo um momento sombrio quanto ao descumprimento dos direitos garantidos aos indígenas na Constituição. Diversos povos estão sendo ameaçados e atacados, sem receberem a devida proteção das autoridades competentes”, afirma Rômulo Batista, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
Segundo informado por organizações que apoiam a luta dos  Ka’apor, denunciando a violência, duas lideranças indígenas foram ameaçadas de morte e forçadas a entregar os planos e os nomes dos envolvidos com as atividades de proteção territorial. Eles afirmam que os madeireiros se reuniram nas cidades próximas à terra indígena e planejam atacar aldeias e que não há nenhuma providência sendo tomada pelos órgãos responsáveis pela segurança dos indígenas e do território.
Os Ka'apor realizam ações de monitoramento e proteção do território desde 2010 e são reconhecidos como grandes defensores das últimas áreas remanescentes de floresta amazônica no Maranhão. De acordo com as informações, desde então cinco lideranças foram assassinadas, 14 indígenas foram agredidos, duas aldeias foram invadidas e cerca de oito lideranças e 12 guardas florestais estão ameaçados de morte. O trabalho de proteção do território desenvolvido até agora resultou no fechamento de 24 ramais de madeireiros. No final de 2015, ativistas do Greenpeace trabalharam com lideranças Ka'apor para começar a integrar o uso de tecnologia às atividades autônomas de monitoramento e proteção do seu território tradicional.

Veja aqui a íntegra da nota.

Friday, June 17, 2016

This is my walk, what's yours?

Blogpost by Jay

Jay - Detox Wales walker.  © Greenpeace | Malcolm Carroll
My name is Jay and today I’m studying a map of Wales, as I prepare to walk across the country on Saturday for the Greenpeace Detox campaign. That’s my walk, #whatsyourwalk?
Why walk across Wales? Not just because it’s there, but to raise awareness about the Greenpeace campaign to Detox outdoor clothing, challenging brands to ditch PFC chemicals that are damaging our environment.
I’m from Lincolnshire, which is famous for being flat. Wales is not. This walk is going to be the challenge of a lifetime. Even at its thinnest point the county is 42 miles across, which is a long a day’s hike. But with local knowledge from Malcolm, my Welsh Sherpa (and Greenpeace network developer), I’m confident we'll do it in 14 hours.
I'm expecting the weather to be hot, cold, dry and wet, often at the same time. I’m relying on my outdoor gear to protect me from the elements. However, much of the outdoor gear on the market is considered toxic because of the PFCs used to make the gear waterproof and breathable. The production of PFCs releases persistent organic poisons into to the environment; the very environment the gear is supposed to help us enjoy.
So I’m instead kitted out with high-tech, high performance gear, PFC-free gear, from Páramo, which does less harm to the environment and enables me to enjoy it. All 42 miles of it. Especially the hilly bits... ok maybe not the hilly bits. I’m from Lincolnshire, remember.
If you’d like to see how far I get, follow me on #whatsyourwalk
That’s my walk, what’s yours? Whatever the weather, if you’re out on the hills or flats this weekend, join me in walking for a PFC free future. Share your exploits on #whatsyourwalk, and please make it a PFC free one. Together we can Detox the outdoors.
Finally, if you’d like to drop The North Face a line, and ask them why they aren’t doing more to Detox their outdoor clothing lines, please include @TheNorthFace in your tweet and/or you can sign the global petition to their CEO.
Jay is a volunteer with Greenpeace UK.
This blog originally appeared on the Greenpeace community site Greenwire.