Thursday, July 30, 2015

Ativistas bloqueiam ponte para impedir Shell

Em partida de Portland rumo ao Ártico, navio da Shell é barrado por ativistas do Greenpeace EUA e dá meia volta; ação já dura mais de um dia

 
Ativistas se penduram de ponte em Portland para barrar navio da Shell (© Greenpeace)

 26 ativistas do Greenpeace Estados Unidos estão pendurados da ponte de St. John em Portland, EUA, há mais de 30 horas para impedir que o navio quebra-gelo da Shell, o MSV Fennica, siga para o Ártico. Os escaladores estão com suprimento o bastante para aguentarem alguns dias na posição. O navio, que deveria ter zarpado ontem pela manhã, saiu hoje para sua viagem, mas ao chegar à ponte bloqueada teve de retornar ao porto.
Divididos em dois grupos de 13, sendo metade para apoio e auxílio em caso de emergência, os ativistas abriram banners com as mensagens #ShellNo, “Salve o Ártico” e “Presidente Obama, última chance de dizer #Shellnão”.
De acordo com uma das permissões ambientais concedidas pelo governo norte-americano, o Fennica precisa estar na zona de exploração da Shell antes que a empresa receba o aval final de operação.
  
Momento em que o navio Fennica se aproximou da ponte bloqueada (© Steve Dipaola/Greenpeace) 

Para Annie Leonard, diretora executiva do Greenpeace EUA, “cada segundo que atrasamos a Shell conta. Os corajosos ativistas são agora o símbolo de resistência que resta entre a Shell e o Ártico”. Segundo a diretora, essa é a última chance do presidente Barack Obama perceber o erro que é entregar a região à Shell, "que ignora o parecer dos melhores cientistas, assim como finge não ouvir milhões de pessoas do mundo inteiro”.
O navio quebra-gelo Fennica, que retornou a Portland para manutenção, servirá para abrir caminho no gelo para a plataforma de petróleo Polar Pioneer, que já se encontra no Oceano Ártico. “Quando essa embarcação chegar na região e se juntar à frota da Shell, a pressão pela última licença ambiental será enorme”, comenta Thiago Almeida, da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Brasil.
  
Ativista do Greenpeace EUA seguramente pendurada e em posição. A ponte está a 62 metros acima da água (© Tim Aubry/Greenpeace) 

O navio quebra-gelo Fennica, que retornou a Portland para manutenção, servirá para abrir caminho no gelo para a plataforma de petróleo Polar Pioneer, que já se encontra no Oceano Ártico. “Quando essa embarcação chegar na região e se juntar à frota da Shell, a pressão pela última licença ambiental será enorme”, comenta Thiago Almeida, da campanha Salve o Ártico do Greenpeace Brasil.


Segundo estudos geológicos do próprio governo norte-americano, existe uma chance de 75% de vazamento nas águas geladas do Oceano Ártico. “O Greenpeace prioriza segurança acima de tudo. Escalar e fazer rapel em uma ponta é um passeio no parque perto dos perigos que a exploração de petróleo leva ao Ártico”, disse ainda Leonard.
Em maio desse ano, o governo Obama aprovou o plano da Shell de explorar petróleo no Oceano Ártico, no Mar de Chuckchi, que é território do Alasca dentro da região ártica. Desde então, as duas plataformas de petróleo da Shell falharam em inspeções de rotina.

O Greenpeace conta com o apoio de mais de 7 milhões de pessoas do mundo inteiro, que já assinaram a petição Salve o Ártico. O movimento continua crescendo a cada ação desse tipo, que expõe ao mundo os planos da Shell. Para assinar, acesse aqui.
Assine a petição

  
Mais um exemplo de posição assumida pelos ativistas (© Greenpeace)

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