de espécies correm o risco de desaparecer para sempre, caso ações ambiciosas para conter os vetores de perda de biodiversidade não sejam colocadas em prática.
Atualmente, quase um quarto de todas as espécies do mundo, entre animais e vegetais, correm o risco de serem extintas nas próximas décadas, e seu desaparecimento aceleraria o desaparecimento de inúmeras outras, colocando em perigo também a nossa própria existência, de acordo com a ONU.
SIM! Proteger a biodiversidade é proteger também a nossa própria vida – parece óbvio, eu sei. Mas se fosse tão óbvio não veríamos desmatadores avançando diariamente sobre a floresta, destruindo habitats importantes, plantas jamais catalogadas. Não veríamos empresas petroleiras atentando sobre ambientes submarinos únicos e insubstituíveis. Não veríamos governos inteiros incentivando a destruição, doa a quem doer.
Foi pensando nisso que o Greenpeace lançou este ano o projeto Protegendo o Desconhecido, para tratar das novas espécies e os fatores que colocam seus habitats em risco e também o Programa Tatiana de Carvalho de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade da Amazônia. Queremos que o mundo conheça a floresta e tudo o que está em jogo com sua destruição, e uma das formas de fazer isso é incentivando a ciência, a produção de pesquisa e de conhecimento.
A Amazônia, como toda a Terra, é um organismo vivo e complexo, de uma tecnologia que jamais poderemos igualar. A maior floresta tropical do mundo abriga cerca de 30 milhões de espécies animais, 2.500 espécies de árvores lenhosas e 30 mil espécies de plantas. E isso é só o que é conhecido pela ciência. Ao persistir no erro do desmatamento, estamos perdendo espécies que ainda nem conhecemos e a Amazônia se aproxima cada dia mais de um ponto de não retorno, onde a floresta pode se transformar em uma savana, levando à perda de serviços ambientais e biodiversidade. Precisamos conhecer e valorizar esta preciosidade que, por uma sorte do destino, tivemos a sorte de poder chamar de casa. NOSSA casa, pois apesar de estar sob nossa responsabilidade, este é um mega condomínio, habitado por milhares e milhares de moradores.