Wednesday, September 30, 2015

“Sempre tive vontade de mudar o mundo”

Vencedora do Desafio Salve as Florestas mobilizou toda a cidade, mas teve que começar mobilizando sua própria família. Leia o relato 
 
Em junho deste ano o Greenpeace lançou o Desafio Salve as Florestas, uma gincana de mobilização com o objetivo de engajar a população em torno do projeto de lei do Desmatamento Zero, que proíbe a derrubada de florestas nativas no Brasil.


Amanda e Márcia Piovezani, as vencedoras do Desafio Salve as Florestas.

A paranaense Márcia Piovezani, de Cascavel, foi quem conquistou o maior número de pontos e a viagem com acompanhante para conhecer de perto o trabalho do Greenpeace em Manaus. Mas por trás da mobilização de Márcia, estava a paixão pelo meio ambiente e a força de vontade da Amanda, uma jovem de 14 anos que não poupa esforços na luta por um mundo melhor.
Leia abaixo o relato de Amanda Piovezani e inspire-se. Basta uma pessoa para mover o mundo todo.
Por Amanda Piovezani, 14 anos.
“Desde pequena, sempre tive vontade de mudar o mundo e construir um planeta melhor. Desde que o ser humano aprendeu as palavras “ganância” e “poder”, o mundo se deixou cair em um abismo que parece não ter solução.
Sob a visão do homem, muitas coisas passaram a não ter mais tanto valor quanto deveriam ter, e, nesse contexto de globalização, a natureza e os animais saíram extremamente prejudicados. E o pior, não têm nem voz para se defenderem.
Assim, descobri a importância de pessoas que lutem por um melhor mundo, mais verde e justo, que não considere os humanos como os únicos habitantes da Terra. Pessoas que demonstrem que, além do lucro ganho pela exploração da madeira, há vidas que dependem daquelas árvores para sobreviver, que além do lucro ganho com as indústrias, existem ecossistemas inteiros sendo destruídos por causa da poluição emitida pelas mesmas. Pessoas que se importem com o futuro, mas que olhem para o presente, e, ao invés de apenas se indignarem, tomem uma atitude e decidam mudar o mundo.
Foi pensando assim que eu me tornei uma defensora do meio ambiente, afinal, nada pode ser produzido se os recursos naturais não existirem. Na luta pelo planeta, ainda há muita dificuldade em preservar e cuidar do meio ambiente. Comecei, então, a acompanhar a Greenpeace e suas ações ao redor do mundo. As campanhas para salvar o meio ambiente me encantavam, e eu sempre sonhei em fazer parte disso tudo.
Quando, há alguns meses, eu li sobre o Desafio Salve as Florestas e sobre a lei do Desmatamento Zero no site da Greenpeace, eu decidi que era hora de fazer a diferença. Era a minha vez de parar de somente rezar pelo fim do desmatamento e ajudar a salvar o patrimônio natural brasileiro, que é de extrema importância para todos nós.
Ao ler o regulamento e descobrir que só poderiam ser inscritos no Desafio pessoas com mais de 18 anos, fui até a minha mãe e a mobilizei a participar da Campanha. Conversei com o diretor do colégio onde estudo, o Colégio Marista, e pedi autorização para trazer a campanha para o colégio.
Eu e minha mãe, Márcia, passamos em diversas salas da escola, incentivando as crianças a participarem de um projeto tão nobre, que não muda só a vida dos animais e das pessoas que moram nessas florestas, mas de todos nós, brasileiros.
Procurei o vídeo que falava sobre a campanha, editei (para ficar mais curto), e fomos às salas. Entregamos uma folha para que cada criança conseguisse o maior número de assinaturas possível, e o mais gratificante de tudo foi ver o engajamento de todas elas para que conseguíssemos aprovar a lei que garantisse vida eterna às nossas florestas. O resultado foi impressionante. O colégio, que sempre incentivou as crianças a cuidarem do planeta, apoiou a lei e ofereceu todo o auxílio necessário para que as assinaturas fossem conseguidas.
Além do colégio, mobilizei toda a minha família a coletar o maior número de assinaturas, fui a algumas empresas da minha cidade, coletei assinaturas de pessoas que visitavam esses locais, ao mesmo tempo em que nossos parentes se engajaram e conseguiram mais assinaturas em seus locais de trabalho.
Ao final, ficamos muito satisfeitas em poder ajudar a natureza e ainda conseguir engajar um grande número de pessoas à causa. Participar de um dos projetos da Greenpeace é e sempre será uma honra. Honra maior ainda é poder ajudar essa incrível organização a construir um mundo melhor.
Que a luta pelo meio ambiente nunca seja extinta. Espero, um dia, ser voluntária da organização (ainda não tenho idade suficiente) e ajudar mais ainda a transformar o nosso mundo em um lugar melhor, no qual natureza e seres humanos vivam em harmonia”.


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