Wednesday, June 17, 2015

Plataforma da Shell é alvo de novo protesto

Seguindo em direção ao Ártico para iniciar operação de extração de petróleo, Polar Pioneer se depara com mais um protesto; Greenpeace vai fazer de tudo para impedir sua chegada na região

 
A artista e ativista indígena Audrey Siegl, do povo Musqueam, encara a Polar Pioneer (© Keri Coles / Greenpeace)

A artista e ativista indígena Audrey Siegl se aproximou hoje da plataforma de petróleo da Shell feita para explorar o Ártico, a Polar Pioneer, a bordo de um bote inflável. Ele partiu do navio Esperanza do Greenpeace, enquanto dois mergulhadores canadenses colocavam seus corpos no caminho da plataforma, que se negou a desacelerar.
Siegl, portando as vestimentas tradicionais do povo Musqueam, se posicionou na ponta do bote com seu tambor e suas plumas para sinalizar ao Polar Pioneer que parasse. “Encarar uma máquina desse porte de um barco minúsculo é aterrorizante, mas eu acredito que todos nós temos o dever de fazer o que for necessário para proteger nossas terras e águas sagradas”, disse a ativista, que vem viajando com o navio Esperanza para integrar as comunidades indígenas situadas ao longo da costa da Colúmbia Britânica na resistência contra a exploração de petróleo.

 
A artista e ativista indígena Audrey Siegl, do povo Musqueam, encara a Polar Pioneer (© Keri Coles / Greenpeace)

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“A Shell pode ter dinheiro e máquinas monstruosas, mas as pessoas unidas são ainda mais fortes. Juntos, vamos impedir a exploração do Ártico para defender a região e o clima do planeta”, completou Siegl.
O Esperanza interceptou a plataforma Polar Pioneer enquanto ela rumava para o Alasca, que compõe parte do Ártico, local onde a Shell promete explorar a partir de julho desse ano. A empresa já gastou mais de 7 bilhões de dólares nesse projeto. No entanto, uma das terceirizadas da Shell foi acusada e condenada por falhas na operação.
Os planos da gigante petrolífera encaram uma enorme resistência global. O Greenpeace já havia ocupado com seis ativistas a plataforma no dia 6 de abril desse ano, e mais recentemente centenas de ativistas sobre caiaques se reuniram na cidade americana de Seattle para protestar contra as embarcações da Shell que ancoravam na cidade.

 
 A artista e ativista indígena Audrey Siegl, do povo Musqueam, segurando banner que diz "Pessoas versus Óleo", com a Polar Pioneer de fundo (© Keri Coles / Greenpeace)

Uma pesquisa divulgada recentemente pela revista científica Nature aponta que qualquer desenvolvimento de extração de recursos a base de óleo e gás no Ártico é inconsistente com a meta global máxima de aumento de temperatura, que é de 2ºC.
A artista americana Jane Fonda falou com o Greenpeace Canadá e ofereceu seu suporte aos ativistas: “quando nosso governo falha conosco, quando as corporações se refusam a se curvar perante pressão da sociedade, quando a Shell insiste em capitalizar em cima de uma crise climática e ignorar 7 milhões de pessoas que se opõem aos seus planos – bom, aí depende de nós, de cada um colocar seu corpo no caminho. O que os ativistas do Greenpeace estão fazendo nesse momento é encorajador e altruísta. Eles estão fazendo isso por nós, e se a Shell passar por eles, vocês talvez me encontrarão lá da próxima vez”.

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