Friday, November 22, 2013

Tribunal do Mar pede liberdade aos 30 do Ártico

Mediante pagamento de caução de 3,6 milhões de euros, Tribunal Internacional do Mar pede que Federação Russa liberte os 30 presos e o navio Arctic Sunrise

Tribunal Internacional sobre Direito do Mar pediu a liberação do navio Arctic Sunrise, detido na Rússia (©Dmitri Sharomov/Greenpeace) 


O Tribunal Internacional para o Direito do Mar ordenou a libertação do navio Arctic Sunrise e dos 28 ativistas e dois jornalistas presos na Rússia desde 19 de setembro. A decisão do Tribunal pede que a Federação Russa liberte-os mediante o pagamento de uma caução de 3,6 milhões de euros.
“Hoje é um dia histórico. Os direitos fundamentais de 30 pessoas foram defendidos pelo Tribunal Internacional. Estes homens e mulheres foram presos porque protestaram pacificamente, defenderam o Ártico da exploração de petróleo e querem evitar os impactos devastadores das mudanças climáticas”, afirmou Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.
Esta semana, 29 ativistas deixaram os centros de detenção onde estavam presos, em São Petersburgo, após pagamento de fiança. O australiano Colin Russell foi o único que teve a prisão preventiva estendida por mais três meses. A ativista brasileira Ana Paula Maciel foi a primeira a ganhar liberdade na quarta-feira.
“Vinte e nove libertações mediante pagamento de fianças já haviam sido concedidas pelos tribunais russos, mas isso não é suficiente. O Tribunal Internacional afirma claramente que todos os 30 devem ter a liberdade de deixar a Rússia até que o processo arbitral seja concluído”, disse Naidoo.
A própria Constituição russa afirma que o direito internacional é parte integrante do sistema legal russo e que os tribunais russos são obrigados a implementar a ordem. “O Greenpeace espera que a Rússia respeite o Tribunal Internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar como já fez anteriormente”, afirmou Jasper Teulings, conselheiro geral do Greenpeace Internacional.
Ainda segundo Teulings, “o Greenpeace agradece o governo holandês que se posicionou fortemente em relação à legislação internacional e à defesa do direito de protesto pacífico. Acreditamos no direito internacional, afinal um dos objetivos primários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar é o de proteger o ambiente marinho.”

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