Monday, November 18, 2013

Sob fiança, três ativistas ganham liberdade

Em audiência realizada hoje, Justiça russa concede pedido de liberdade sob fiança os ativistas Ekaterina Zaspa, Andrey Allakhyerdov e Denis Sinyakova. Decisão sobre Ana Paula sai amanhã.

A médica russa Ekaterina Zaspa foi liberada sob fiança. Ela foi a primeira dos 30 tripulantes do Arctic Sunrise. (© Igor Podgorny/Greenpeace) 


A Justiça russa decidiu libertar a médica russa Ekaterina Zaspa, 31, o fotógrafo Denis Sinyakova e o ativista Andrey Allakhyerdov. Em audiência realizada hoje para decidir sobre o pedido do comitê russo de investigação de estender a prisão provisória por mais três meses, o juiz acatou apelo do Greenpeace para a liberdade dos ativistas. Eles são os primeiros do grupo de 30 pessoas a ganhar a liberdade.
Já o ativista australiano Colin Russel, cuja audiência aconteceu mais cedo, teve a prisão provisória estendida até dia 24 de fevereiro, sem direito a fiança. O Greenpeace vai apelar da decisão.
A brasileira Ana Paula também passou por audiência hoje. A promotoria não se opôs ao pedido do advogado de libertá-la sob fiança. Porém, a decisão do juiz só será divulgada na manhã desta terça-feira.
“Claro que esta é uma notícia positiva, mas não significa que seja o final. Os ativistas e o fotógrafo que foram libertados permanecem sob suspeita de vandalismo, além de pirataria, acusação que ainda não foi oficialmente retirada, e podem pegar 20 anos de prisão por um crime que não cometeram. Além disso, nosso amigo Colin teve a fiança negada e foi mandado de volta à prisão por mais três meses”, disse Mads Christensen, do Greenpeace Internacional.
“O caso contra os 30 do Ártico se transformou numa farsa. Um ativista australiano sem passaporte teve fiança recusada sob o argumento de que ele poderia deixar o país ou interferir na investigação, enquanto outras ativistas, nas mesmas circunstâncias, deixaram a prisão. Todos eles deveriam ser libertados. Faremos todo o possível para tirar nossos amigos da prisão.”
Na audiência de hoje, os promotores buscaram estender as prisões apenas para vandalismo e não para pirataria – o primeiro crime pelo qual o grupo de 30 pessoas foi acusado. Entretanto, a acusação de pirataria ainda não foi retirada oficialmente, apesar dos anúncios públicos do comitê de investigação. O protesto pacífico foi realizado em águas internacionais. O crime de vandalismo só se aplica a atos praticados em território russo.
Até o final da semana, a Justiça deve decidir sobre o destino de todo o grupo de 28 ativistas e dois jornalistas detidos desde o dia 19 de setembro, após protesto pacífico contra a exploração de petróleo no Ártico.

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