Friday, May 24, 2013

Energia jovem

Kuno Roth, diretor do Youth Support Center, em capacitação na Suíça (©Greenpeace) “O mundo é jovem, particularmente no hemisfério Sul. Este é o momento de mudar de “lutando contra” para “lutando com” a geração mais jovem. Integrar jovens é a nossa missão e é fundamental para a sobrevivência do planeta. Quem, se não a juventude, irá continuar nosso trabalho?” Este é um trecho da apresentação do Youth Support Center (YSC), centro do Greenpeace que trabalha exclusivamente com programas e projetos para jovens. Conversamos com Kuno Roth, diretor do YSC, sobre o projeto Juventude Solar no Brasil. Greenpeace: A palavra Juventude (Youth) faz parte do nome de um projeto sobre energia, no caso, o Juventude Solar. Qual a importância de termos jovens envolvidos nesta campanha? KR: A juventude representa as gerações futuras, os jovens serão protagonistas das mudanças simplesmente porque já sofrem com as consequências das mesmas, assim como as próximas gerações sofrerão, com a má gestão dos nossos governos. Um dos objetivos do projeto Juventude Solar é alcançar 50% da produção mundial de energia por fontes renováveis. É uma meta para os jovens, porque vai demorar alguns anos para se tornar realidade. GP: O que você enxerga como características da juventude brasileira? KR: É uma juventude cheia de energia que pode combinar ações práticas com aspectos culturais únicos do Brasil, como o samba e o futebol.* É muito importante para nós que tenhamos jovens alegres que trabalham com um objetivo tão importante quanto este. * Kuno refere-se à instalação de painéis solares em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, durante a Copa das Confederações GP: Você acha que os resultados da campanha podem mudar de acordo com as diferenças culturais dos jovens de cada país? KR: No momento em que se está elaborando um projeto e pensando em seus objetivos, é fundamental considerar as diferenças culturais. Cada país, cidade ou região tem seus valores e uma forma de agir, então, é muito importante que isso seja considerado. GP: Algumas pessoas dizem que a juventude não tem voz e que os políticos não a escuta. O que você acha disso? Como os jovens podem solucionar essa questão? KR: Esse é um problema global. Mas com o apoio do Greenpeace esses jovens poderão dar voz à suas demandas e serão escutados. Este é um dos objetivos do nosso trabalho com a juventude: não se trata apenas do que o Greenpeace está pedindo e quer atingir, mas que isso venha e parta dos jovens, que eles peçam uma nova e mais limpa matriz energética. Outro ponto importante é o aspecto emocional envolvido no trabalho com os jovens. Os políticos trabalham com tantas informações e dados que esquecem do lado emocional dos problemas e lembrá-los desse “detalhe” importante é algo que cabe aos jovens. GP: Quais são suas expectativas com o projeto no Brasil? KR: A solução perfeita seria conseguirmos chamar a atenção do governo para o nosso projeto para que, em 2014, eles queiram empregar parte dos lucros da Copa do Mundo na proteção da Amazônia e em energia limpa.

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