Saturday, November 10, 2018

Fotografia como ativismo

por Rodrigo Gerhardt

Conheça os vencedores do Greenpeace Photo Award 2018 e inspire-se a defender o nosso planeta

Céu tomado pela fumaça de usina de petróleo
Usina da Syncrude Oil Sands, localizada a 14 quilômetros da reserva indígena de Fort McKay. As areias betuminosas são uma das maiores fontes de poluição do ar na América do Norte, muitas vezes excedendo as emissões totais da maior cidade do Canadá, de acordo com um estudo de 2016 realizado por cientistas federais © Ian Willms
Arte, política, poesia, ativismo. A fotografia é um dos principais meios pelo qual o Greenpeace denuncia impactos ambientais e mobiliza pessoas. Por isso, muitos dos nossos escritórios pelo mundo promovem concursos fotográficos para profissionais amadores ou profissionais. Este mês, nossos colegas da Suíça e da Alemanha anunciaram os vencedores do Greenpeace Photo Award 2018, uma premiação realizada a cada dois anos, desde 2012, e que tem parceria com a revista GEO. Participam inscritos de todos os continentes. Este ano, o canadense Ian Willms ganhou o prêmio do júri e o argentino Pablo Piovano recebeu o prêmio da audiência, por votação online.
“Com o seu ensaio sobre as consequências da extração de petróleo nas areias betuminosas em Alberta, no Canadá, o fotógrafo Ian Willms, 33, lança luz sobre um desastre ecológico multifacetado. Além da excelente qualidade fotográfica de seu trabalho, o seu projeto intitulado ‘Enquanto o sol brilha’, distingue-se por um exame sensível da realidade contraditória da população indígena ”, disse Lars Lindemann, editor-chefe da GEO e membro do júri.
Por quase uma década, Willms tem documentado a mineração de areias betuminosas no Canadá e o seu impacto na cultura local, no meio ambiente e na economia. Agora, com o prêmio de 10 mil euros que recebeu, o co-fundador do Boral Collective pretende concluir e apresentar seus anos de pesquisa fotográfica nesse tema.

Patagônia, terra de conflitos

Flare de uma torre vista por trás de uma cerca
A Patagônia é o território de lutas ferozes pela terra, pelos recursos e contra os direitos das populações indígenas
Já o fotógrafo argentino Pablo Piovano, 37, reconhecido mundialmente por trabalhos como “The Human Cost”(O Custo Humano), que expõe a crueldade dos agrotóxicos na saúde de produtores rurais, foi o favorito desde o início entre aqueles que votaram pela internet. Seu projeto Patagônia, Território em Conflito, ganhou o prêmio da audiência.
Graças aos 10 mil euros que também recebeu, Piovano continuará a fotografar paisagens únicas da Patagônia e a registrar sua destruição e a resistência dos povos indígenas, incluindo os mapuches. “Piovano é um fotógrafo corajoso – suas imagens são contundentes e ainda assombrosamente belas. Ele trata seus assuntos com muito respeito e sensibilidade, nos mostrando como não só falhamos em proteger os grupos étnicos, mas também ficamos a observar quando suas terras e meios de vida são tirados deles, em nome da ganância”, avalia a fotógrafa e jurada Britta Jaschinski.
O Greenpeace Photo Award apóia fotógrafos ambiciosos para realizar projetos inovadores em temas ambientais.

As belezas naturais do Canadá

Por-do-sol sobre um lago na floresta
Um pôr-do-sol na floresta foi a escolha do público no Greepeace Photo Competition deste ano, no Canadá © Marie-Claude Tremblay
Em agosto, o nosso escritório no Canadá também divulgou as fotos vencedoras do seu concurso, o Greenpeace Photo Competition 2018, que tem o desafio de registrar as melhores imagens de floresta e vida selvage. A votação popular foi para este incrível pôr-do-sol na floresta, de Marie-Claude Tremblay, enquanto o juri técnico selecionou as 12 belas imagens da galeria abaixo, que farão parte de um calendário de bolso dos canadenses. Imagens como essas nos lembram sempre porquê o apoio de todas as pessoas é tão importante e necessário para a nossa missão: garantir que esta natureza maravilhosa esteja preservada e protegida!
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