Thursday, August 16, 2012

Ameaça de desastre irreparável no Ártico

Urso polar procura abrigo na Rússia. As empresas de petróleo que querem começar a explorar óleo no Ártico ameaçam a frágil região e a vida animal local (©Denis Sinyakov/Greenpeace) As condições adversas do mar Pechora associadas ao inadequado - e expirado - plano de resposta em caso de vazamento de petróleo da Gazprom, a gigante de energia russa e operadora da plataforma de petróleo Prirazlomnaya, indicam que em caso de acidente a empresa russa não seria capaz de conter o vazamento no Ártico russo. Um vazamento poluiria seriamente a frágil região, incluindo regiões costeiras. Estas são as conclusões dos cientistas russos junto com o Greenpeace e a WWF Russia reunidas em um estudo sobre os possíveis cenários de vazamento de óleo na plataforma Prirazlomnaya. Na véspera do lançamento da pesquisa, o Greenpeace Rússia também descobriu que o plano de resposta da Gazprom em caso de vazamento expirou em julho, fazendo com que qualquer perfuração da companhia seja ilegal até que um novo plano seja feito e aprovado. O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, está na Rússia para chamar a atenção para o desenvolvimento comercial do Ártico. “O gelo está derretendo, abrindo espaço para gigantes do petróleo como Shell e Gazprom. Estas empresas afirmam estarem prontas para lidar com situações de emergência e seguir os mais elevados níveis de padrões ambientais, no entanto, o plano de mitigação de vazamento da Gazprom expirou e é completamente inadequado para um dos ambientes mais frágeis do planeta”, afirmou Kumi em uma coletiva de imprensa em Moscou. A pedido do Greenpeace Rússia e da WWF Rússia especialistas do centro de informática Riska testaram modelos de risco informatizados em variados cenários de vazamento de óleo na plataforma Prirazlomnaya e determinaram a área total que pode ser afetada em caso de acidente. "Nossa análise mostrou que, dentro dos padrões estabelecidos pelos volumes derramados, a empresa não seria capaz de conter o vazamento", disse Valentin Zhuravel, gerente de projetos da Informática Riska. “Isso pode levar a uma poluição significativa no mar Pechora costa e áreas protegidas.” Os especialistas estudaram dezenas de milhares de cenários possíveis e concluíram que a área de possível contaminação abrange mais de 140 mil quilômetros quadrados em águas abertas – o mesmo tamanho da Irlanda - , bem como mais de 3 mil quilômetros de costa. A área de risco também inclui três regiões protegidas que são o lar de morsas e inúmeras espécies de aves. A Gazprom não inclui em seu plano fundos para resgate de animais em caso de acidente. "Não existem tecnologias que retirem efetivamente o óleo depois de um vazamento no Ártico. Por exemplo, a lista de equipamentos disponíveis inclui 15 pás, 15 baldes e uma marreta", disse Igor Chestin, Diretor da WWF Rússia. "Como nós não temos tecnologia que garanta o controle das consequências de um vazamento de óleo, não devemos sequer falar sobre o desenvolvimento industrial na região do Ártico”. Como parte de sua campanha para proteger o Ártico, o Greenpeace pede à Gazprom e ao governo russo que abandonem os projetos de exploração de petróleo na região e que comecem a implementar e desenvolver energias alternativas no país, focando em renováveis e em eficiência energética. Se você também quer proteger o Ártico, participe da campanha global do Greenpeace assine a petição e divulgue. Você pode ajudar a criar o santuário que protegerá a região da exploração industrial de seus recursos naturais.;Fonte,Greenpeace

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