Monday, March 11, 2013

Ganbatte! Coragem aos japoneses

anbatte! Essa é a expressão que os japoneses usam quando querem encorajar alguém a dar seu máximo e fazer algo da melhor forma possível. E é o que eles têm feito para tentar reconstruir suas vidas depois do desastre nuclear de Fukushima. Dois anos após o acidente, a tragédia ainda continua para aqueles que foram impactados pela radiação em 11 de março de 2011. O governo japonês anunciou o desmonte da usina de Fukushima, mas muitas áreas do distrito continuam inabitáveis. Mais de 160 mil pessoas que foram evacuadas ainda estão em moradias provisórias, não podem retornar para suas casas e, para piorar, não recebem compensação financeira e apoio da TEPCO, empresa responsável pela usina.O desastre de Fukushima alertou o mundo para os perigos da energia nuclear e fez com que muitos países revissem seus planos energéticos. A Alemanha, por exemplo, se comprometeu a desativar suas usinas até 2022. Em protesto para relembrar os dois anos do acidente no Japão e mostrar o que acontece em um reator quando este explode, o Greenpeace projetou na usina de Mühleberg, na Suíça, imagens de Fukushima. Para escancarar o descaso da empresa com a população japonesa, o Greenpeace Internacional publicou o relatório (em inglês) “Fukushima Fallout: Nuclear business makes people pay and suffer” (do inglês: “As consequências de Fukushima: a indústria nuclear faz as pessoas pagarem e sofrerem”) no qual mostra como os prejuízos foram repassados ao bolso dos contribuintes japoneses, enquanto a indústria foi poupada. “Parece que o governo japonês abandonou as pessoas que sofrem por causa do acidente. É uma atitude imprudente reativar plantas nucleares e retomar a construção de plantas que estavam paralisadas. É uma empreitada perigosa e desnecessária, isso mostra o quanto o governo não escuta o que a população quer e que nada foi aprendido após o Japão ter sido palco do pior acidente nuclear desde Chernobyl”, disse Junichi Sato, diretor-executivo do Greenpeace Japão. O Greenpeace pede que os governos revejam a legislação sobre responsabilidade nuclear para que as operadoras e empresas sejam totalmente responsáveis pelos acidentes e não mais a população.

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