Monday, July 4, 2016

Ilustre visita

Com mais de 30 anos de Greenpeace, nova Diretora Executiva Internacional visita o escritório brasileiro e o lar ameaçado dos Munduruku à beira do Rio Tapajós 

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Na foto, Bunny McDiarmid
O Greenpeace Brasil recebe, do dia 4 até o dia 13, uma das duas Diretoras Executivas Internacionais da organização, Ann Mary McDiarmid. Mais conhecida como Bunny, sua presença, além de inspiradora – afinal, são mais de 30 anos de casa –, é uma oportunidade de alavancar globalmente a campanha pela proteção da Amazônia, do Rio Tapajós e do povo indígena Munduruku.
Trata-se de um momento muito importante para mobilizar e engajar pessoas ao redor do mundo inteiro pela proteção da maior floresta tropical do planeta. É uma demonstração de reconhecimento global da importância da preservação da Amazônia.
Em sua vinda, a nova diretora visitará os escritórios do Greenpeace em São Paulo, Brasília e Manaus, além de ficar alguns dias na Terra Indígena Sawré Muybu, do povo Munduruku, que está ameaçada pela construção da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós. A obra barraria o Rio Tapajós, alagando parte do território Munduruku, o que pode levar à destruição da cultura e do modo de vida de cerca de 13 mil índios, alem de ameaçar diversas espécies de animais e plantas.
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Em São Paulo, Bunny terá agenda com diferentes movimentos de base e organizações da sociedade civil. Já na capital federal, deve se encontrar com o Ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, para tratar de alternativas energéticas como solar e eólica em oposição a grandes hidrelétricas da Amazônia. Em seguida retorna ao escritório do Greenpeace Internacional, em Amsterdam (Holanda).
Três décadas de ativismo
A neozelandesa Bunny tem história no Greenpeace. São mais de 30 anos servindo a organização em diferentes cargos e funções, desde marinheira nos deques dos navios até líder de campanhas internacionais. Em 1985, foi testemunha do ataque à bomba ao Rainbow Warrior, navio do Greenpeace, realizado pelo Serviço Secreto Francês, que resultou no naufrágio da embarcação e na morte do fotógrafo português Fernando Pereira.

Tripulação do Rainbow Warrior em 1985, antes do ataque francês. No sentido horário, a partir da parte superior central: Lloyd Anderson (de bandana e óculos), Henk Haazen, a marinheira Bunny McDiarmid, o capitão Peter Willcox, Martini Gotje, Grace O'Sullivan, Bene Hoffmann, Davey Edward, Nathalie Mestre, Hanne Sorensen e o médico Andy Biedermann
Nos últimos dez anos, Bunny foi Diretora Executiva do Greenpeace Nova Zelândia, se tornando referência em inovação entre os ativistas. Agora, em um ousado modelo de co-liderança, ela compartilha o posto de Diretora Executiva Internacional com a norte-americana Jennifer Morgan.
Bunny defende que uma liderança compartilhada não se resume apenas ao fato de dividir o mesmo cargo. “Esse arranjo é um reflexo da evolução que o Greenpeace passa: tudo se resume a compartilhar, globalmente, o poder, a responsabilidade, o desafio de crescer, de se tornar o melhor que podemos nesse momento de ameaça ambiental”.

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